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ACIPOL
ACADEMIA DE CIÊNCIAS POLICIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO ACADÉMICO EM CIÊNCIAS POLICIAIS
Mestrando:
Alcides Francisco Macucule
Docentes:
Phd. Fernando F. Tsucane
Msc. JediãoMaluve
Mestrandos:
AlcidesFrancisco Macucule
Índic
Índice
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................1
1.1. Objectivos.............................................................................................................................................3
1.1.1. Geral.................................................................................................................................................3
1.1.2. Especificos........................................................................................................................................4
2. Revisao da Literatura................................................................................................................................4
2.3. Drogas..................................................................................................................................................5
2.4. Violência..............................................................................................................................................5
Consideracoes finais.........................................................................................................................................8
Referências bibliográficas..............................................................................................................................10
Legislação......................................................................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase crítica da vida de qualquer ser humano e é geralmente nesta fase onde as
drogas e a violência encontram espaço para inserir-se na vida do ser humano. Criar uma
consciência de saúde e paz na mente dos adolescentes, ensinando-os o porquê, para que, e como
dizer não às drogas e à violência, capacita-os a entrar na fase da adolescência com uma grande
probabilidade de não serem contaminados. É isso que a iniciativa de Prevenção do Crime e da
violência faz através de seus agentes.
Esta trabalho é importante para a realização de uma pesquisa que identifique a importância das
iniciativa de Prevenção do Crime e da violência no combate à criminalidade no âmbito da
adolescência, justificando-se pelo uso abusivo de psicotrópicos e da violência que são dois
potenciais problemas que afligem a sociedade cearense. O primeiro é o combustível do segundo. À
medida que o uso de drogas aumenta, a violência cresce em igual proporção. Somos vítimas,
mesmo sem usá-las. A droga não destrói só a vida de quem usa, mas de toda a família. E de
família em família nossa sociedade vai se degradando.
Ultimamente tem sido frequente propagaçao noticiosa dos índices de violência, no rádio, televisão,
jornais, etc, envolvendo jovens como infratores e vítimas. Tal índice tem me feito refletir sobre as
causas, efeitos, consequências desse aumento alarmante da juventude como protagonistas e vítimas
de alguma ocorrência ou delito.
O problema do uso indevido de drogas em nossa sociedade é cada vez mais assustador. As drogas
vêm destruindo muitas famílias e a qualquer momento elas podem entrar em nossos lares.
Devemos estar sempre atentos! Os Jovens são um alvo fácil para as investidas deste grande mal.
Temos que agir. Mas o que fazer para protegê-los?
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Os pais geralmente assistem estes factos de muito longe, porém eles são peças chaves para se
alcançar o objetivo maior: ―Afastar Nossos jovens das Drogas e da Violência. Precisa-se engajá-los
nesta luta.
Ao longo deste trabalho o método a ser empregado será a revisao bibliográfica, buscando analisar
acerca das mudanças sociais no dia-a-dia alcançadas pelo referido Programa.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Descrever o modo como a iniciativa de Prevenção do Crime e da violência (CVPI) vem obtendo
resultados efetivas no Bairro Trevo.
1.1.2. Especificos
2. Revisao da Literatura
Nesta ordem, a Segurança Pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, ou seja,
além do Estado há a necessidade do comprometimento de toda a sociedade, para que consigamos
ter uma vida mais segura. No entanto, o que, infelizmente, se tem visto é que além das polícias,
poucas pessoas têm se comprometido com a segurança de nossa cidade, o que tem dificultado
sobremaneira o desenvolvimento de políticas públicas no sentido de combater a violência e a
criminalidade na Provincia de Maputo.
A sociedade urbana actual é cheia de contradições em um espaço físico cada vez mais reduzido.
A expansão individualista, consumista e hedonista gera uma grande vítima: o jovem, que busca
nesse turbilhão o preenchimento de suas carências afectivas e emocionais. Essa desumanização se
verifica na agressividade, violência, formação de tribos, como meio de superar o problema pela
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Segundo Regina Novaes (2002), entre os jovens de hoje, a desigualdade mais evidente remete
à classe social, no entanto, somam-se a essa outras formas de distinção e preconceito como o
gênero, a raça e o local de moradia. Quanto a esse último, revela a autora que determinadas áreas
urbanas conhecidas como, subúrbios, vilas, periferias, morros, conjuntos habitacionais,
comunidades são subjugadas pela violência e a corrupção dos traficantes e da polícia.
2.3. Drogas
A Organização Mundial de Saúde – OMS define droga como toda substância que
introduzida no organismo modifica uma ou mais funções, em virtude de alterações provocadas
no Sistema Nervoso Central, o que, conseqüentemente, modifica os estados emocional e
comportamental, embotando as idéias, o pensamento e a razão.
A Lei nº 3/97, de 13 de Março é a principal legislação que define o quadro repressivo do tráfico e
consumo de estupefacientes. Naturalmente que os juízes abordam, aplicam e punem o tráfico em
função da gravidade das infracções, sendo que se pune mais severamente o tráfico do que o
consumo. Conforme estudos da Open Society Foundations (OSF), o público jovem, abusa o
consumo para lidar com muitas situações para as quais está inseguro ou despreparado.
Por tanto, o uso de drogas de consumo ilícito ou mesmo lícito, como álcool e fumo, preocupam
autoridades. Os jovens experimentam, muitas vezes, através de um amigo. Mas também é
largamente usada para diminuir frustrações e ansiedade, solidão, experimentar novas sensações e
em virtude de maus exemplos familiares. Não existem regras infalíveis para o seu combate nem
soluções mágicas para minimizar seus efeitos sobre o equilíbrio físico e moral de seus usuários.
2.4. Violência
Para Chongo (2017), a violência é quase sempre um acto criminoso. Aviolência afigura-se como
um comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidaçãomoral a outra pessoa. Tal
comportamento pode invadir a autonomia, integridade física e psicológica de outra pessoa.
Por outro lado, na visão do Fernandes (2007), a violência, é mais intimidação do que facto. Ela
estaria associada, desde Freud (1976a; 1976b), à pulsão de morte, ao que não faz vínculo com a
linguagem, ao que excede o corpo e a capacidade de representação do aparelho psíquico, e não à
agressividade dirigida a alguém. Daí a compulsão à repetição como seu correlato, conforme o
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sujeito revive situações que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca trouxeram
satisfação, “algo que parece mais primitivo, mais elementar e mais pulsional do que o princípio
do prazer” (Freud, 1976a, p. 37).
Por tanto, as causas do aumento da violência, tem sido a facilidade do comércio das drogas nas
diversas ruas, e locais públicos junto dos jovens e adultos das mais diversas classes sociais.
Drogas essas que tem causado divórcios, afastamento familiar, crimes, prisões e disputas por
pontos de venda.
Na nossa cultura, não existem rituais de passagem que marquem a saída da infância e a entrada na
fase adulta. Assim, a joventude é considerada por CONCHA-EASTMAN, et. tal..(2007) como
um período intermediário entre a infância e a fase adulta, um período de moratória, no qual o
jovem adia a sua inserção na cultura, “preparando-se” para ela. Apesar de apresentar todas as
condições para o exercício da vida sexual, profissional e afetiva, a sociedade não permite que ele
exerça esses papéis. A fase da adolescência é, pois, marcada por um “não lugar”, um intervalo,
um período de espera para a entrada no mundo social. Se esse período de moratória imposto pela
sociedade pode dificultar a inserção social do jovem, sabemos que um intervalo entre o despertar
do real da puberdade e a assunção de uma posição sexuada se faz necessário.
Ao se deparar com o que faz furo no saber, o sujeito adolescente precisa construir um saber sobre
si que possibilite alojar o seu gozo e sustentar seu desejo. Para isso, é necessário um “compasso
de espera”, certa moratória, que permita ao sujeito construir uma resposta sintomática, fazer um
arranjo particular com o qual ele organizará sua existência, sua relação com o mundo e com o
gozo.
Assim, diante da falha de saber no real, que se presentifica para todos, a trajetória de alguns jovens
parece conduzi-los a estratégias de inscrição (e não de segregação) no laço social pela via do crime.
Nesse sentido, diante de fenômenos característicos da puberdade (como o esfacelamento da
imagem, a impossibilidade simbólica de dizer das mudanças físicas e afetivas e do real que irrompe
com o encontro com a sexualidade - ou castração), o saber do crime poderia ser pensado como um
Outro que garante uma resposta e uma inscrição no laço social. E, conforme inclua atos agressivos
sua composição, pode ainda se configurar em uma via suplementar de escoamento pulsional.
Pressupomos, pois, que o jovem, na busca de afirmação de si, tempo da reafirmação de posições e
escolhas, endereça-se a um Outro do saber (mundo do crime) e produz um saber possível a partir
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daí sobre si mesmo (complementarmente podendo fazer desse arranjo uma solução para o
excedente pulsional que o atravessa). O Outro do crime prometeria resposta ao furo da estrutura,
pois ofereceria um sistema normativo e regulador, ainda que não dialetizável, que funcionaria como
contorno ao real pulsional em jogo na puberdade.
A criminalidade no bairro trevo, vem crescendo de forma qualitativa nos ultimos tempo. Segundo
Fereira (2006), a explicação para o aumento da criminalidade nesta província pode ser atribuída
acausas ou factores isolados como consumo e trafico de drogas entre os jovens.
Segundo o Código Penal de Moçambique, crime é todo e qualquer acto descrito e declarado
passível de pena por lei estabelecida anteriormente antes do momento da ocorrência de tal acto.
Assim, em Moçambique toma-se em consideração os crimes registados, ou seja, todos aqueles
crimes detectados pelas autoridades competentes ou levados ao seu conhecimento por meio de
denúncia ou queixa.
A segurança pública na Província de Maputo tornou-se uma questão de contestação. Para a maioria
da população, principalmente aquela que se faz ouvir pelos meios de comunicação social, a
insegurança tornou-se num desafio e um problema. Esta conclusão resulta da percepção, quase
generalizada, de que o crime e a violência na Província de Maputo, estão a aumentar.
De acordo com Adrono (2002), em grande medida, a percepção e sensação de insegurança das
populações resulta da publicação pela mídia de actos criminosos de forma sensacionalista. O autor
defende que o medo do crime e do sentimento de insegurança acarretam efeitos psicológicos
negativos sobre as pessoas, causando lhes ansiedade, desconfiança, alienação, insatisfação com o
bairro, com acomunidade e com a vida para além de que cria um pânico social.
O sistema de prevenção e combate ao crime na Província de Maputo é extenso mas frágil. É extenso
porque possui diversas instituições, organizações e unidades. De acordo com o Decreto Presidencial
nº 18/2000 de 21 de Novembro que Define as atribuições e competências do Ministério do Interior
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b) A garantia da permanente prontidão das Forças da Lei e Ordem, para prevenir e combater a
criminalidade e asviolações da legalidade.
Outra instituição que se revela de capital importância para a segurança pública na Provincia de
Maputo é o Ministério daJustiça, também garantidora da lei e ordem. Sob sua tutela encontram-se
em primeiro lugar os tribunais formais na Província.
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Consideracoes finais.
Pode-se concluir ainda que o ambiente de segurança pública na Província de Maputo, não é
completamente negativo. As comunidades levam uma vida normal e conduzem seus negócios sem
qualquer tipo de problemas. A segurança e protecção dos bairros mais vulneráveis não pode ser
negligenciada pois os efeitos da insegurança resultam num aumento da pobreza que por sua vez
pode motivar acriminalidade e a violência. Seria necessário quebrar o ciclo vicioso da pobreza e
consumo de drogas para diminuir acriminalidade. A luta contra a criminalidade e a violência exige
também respostas multissectoriais e o envolvimento de todos os.
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Referências bibliográficas
ADORNO, Sérgio, Exclusão socioeconômica e violência urbana, Sociologias, Porto Alegre, ano
4, nº 8, jul/dez 2002
FERNANDES, Rubem (2007) César. Segurança para viver. In: NOVAES, R. e VANNUCHI, P.
Juventude e sociedade. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.
Legislação