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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas


Psicologia

a PERCEPÇÃO de tempo construído no CONCILIAMENTO ENTRE


carreira e ESTUDOS DE universitários

Danielle Ribeiro 834374-8

Glenda Alfonso 766630-6

Manoel Martins 834197-4

Milton Sena 768313-8

Renata Casas 766985-2


Flamboyant - Goiânia
2008
UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Psicologia

a PERCEPÇÃO de tempo construído no CONCILIAMENTO ENTRE


carreira e ESTUDOS DE universitários

Danielle Ribeiro 834374-8

Glenda Alfonso 766630-6

Manoel Martins 834197-4

Milton Sena 768313-8

Renata Casas 766985-2


Relatório de pesquisa apresentado
como requisito para a disciplina
Psicologia Integral IV e sob
orientação da Professora Juliana
Borges

Flamboyant - Goiânia
2008
INTRODUÇÃO

Bauman (2007) defende a noção de fluidez nas relações humanas de cidadãos da


“modernidade” e é por ele compreendido, de uma forma fluida e mutável. Os
relacionamentos das pessoas e comportamentos frente à sociedade de hoje
acontecem de forma instantânea e além da presença física do espaço, discute-se ainda
a idéia de tempo construído e é com esse embasamento que trabalharemos.
Considerando essa mobilidade de relações entre os indivíduos modernos o tempo
apresenta relevância especial, pois os fluidos estão sempre prontos a mudanças,
preenchem espaços apenas por um momento e por isso mesmo, precisam ser datados.
A modernidade fluida produziu uma profunda mudança na condição humana com
tendência de desenvolvimento nos conceitos básicos da emancipação, individualidade,
tempo/espaço, trabalho e a comunidade.     
O tempo adquire história pela velocidade do movimento através do espaço, da
imaginação e da capacidade humana. O céu passa a ser o limite, e a modernidade, um
esforço contínuo, rápido e irrefreável para alcançá-lo. O acesso a meios mais rápidos
de mobilidade na modernidade é a principal ferramenta de poder e dominação.
Com relação ao homem na modernidade, ser moderno passou a significar ser incapaz
de parar e de ficar parado, tendo necessidade de estar sempre à frente de si mesmo,
significa também, ter uma identidade que só pode existir como um projeto não
realizado. Neste mesmo raciocínio Verás (2001) descreve a onipresença da metrópole,
em todos os lugares e momentos. Comenta ainda que através delas, todas as
localizações tornam-se centrais funcionalmente e cada lugar está conectado à
sociedade. O tempo que torna a simultaneidade possível não e mais físico, o do
relógio, mas tempo social, que está em todos os lugares, o tempo metropolitano.
A autora considera ainda que metrópole instantânea é sincronicamente social, ela sofre
verdadeira dissolução e a temporalidade se faz presente nas sociedades que precisam
sempre produzir e especializa-se mais e nas quais o trabalho de cada um,
heterogêneo, qualitativo, transforma-se em quantidade de tempo.
Para Hansen (2000) qualquer reflexão que seja proposta em torno dos conceitos de
espaço e tempo exige ousadia por parte de seu proponente. Isso porque tais conceitos
revelam grande complexidade devido ao significado teórico-prático que adquirem no
decorrer do desenvolvimento da espécie humana. Assim o autor enfatiza que espaço e
tempo são elementos a partir dos quais a razão humana organiza-se, embora haja uma
“naturalidade” de espaço e tempo em nossa razão, é essa razão quem define o
significado do tempo e do espaço não apenas em termos cognitivos, mas
principalmente em sua dimensão prática.
Sobre o tempo, buscamos compreender no estudo realizado por Zarifian (2002) onde
são consideradas duas formas de tempo, de um lado o tempo é apreendido de maneira
estritamente quantitativa e neutra. O autor considera que não se deve confundir o
princípio do tempo espacializado com os diferentes modos de valorização de seu uso,
que podem reenviar a grandes variações nas culturas humanas: embora o uso do
calendário mude incontestavelmente de uma sociedade para outra, é um princípio de
construção idêntico que acabou por impor-se em todas as sociedades modernas e que
se pode observar que tende a tornar homogêneo seu uso, por meio de uma espécie de
banalização, de perda de valor dos referentes culturais específicos que permitiam
escolher certas datas símbolos. O simbolismo social se impõe universalmente, por
desvalorização dos referentes culturais.
A duração de que????, no sentido de Bérgson( ?????_), introduz uma perspectiva do
tempo inteiramente diferente. O tempo - devir é o tempo das mutações, o tempo das
séries de mutações e de suas imbricações. Esse tempo é qualitativo: ele fala sempre
de uma transformação. O presente existe nele, mas como simples tensão entre um
passado já passado – porque a mutação já teve lugar – e um futuro que ainda está por
vir. É no presente que nos transformamos sempre, mas esse presente só tem sentido
se estendido entre o passado e o futuro no fluxo das mutações. Ele está em si mesmo
cindido entre o passado e o futuro. Há esse tempo não sabemos hoje ligar uma medida
homogênea. Podemos somente juntar-lhe avaliações. E essas avaliações se exprimem
geralmente por verbos, que qualificam o tempo que está em questão. Por exemplo, se
digo “Alice cresce”, digo de uma só vez duas coisas:
O conceito de devir nada tem a ver com aquele de porvir. O porvir é uma noção
prisioneira do tempo espacializado. Se perguntarmos qual é o porvir de uma entidade,
isso significa que perguntamos o que ela será em tal data. Ao contrário, quando
falamos de seu devir, é da qualidade de sua existência, tal qual ela se joga no
presente, em projeção para (e não em) o futuro, que falamos. Mas é preciso dar ainda
mais um passo na caracterização desse tempo.
O tempo - devir é simultaneamente objetivo e subjetivo. O devir se impõe (não
escolhemos envelhecer), mas ele faz sentido pelo valor diferenciador que atribuímos ao
curso das coisas e aos acontecimentos que nele se produzem, pelas sínteses
disjuntivas que operamos na esteira desses acontecimentos, os “ou ainda, ou então”.
Milton achei que naum colou essa pesquisa sua aki naum??????
A pesquisa realizada por Staccirini e Trócoli (2001), estudou o estresse na atividade
ocupacional do enfermeiro, na cidade de Brasília localizada no Distrito Federal, teve
uma amostra de 33 enfermeiros escolhidos aleatoriamente nos serviços de
atendimento publico de saúde e educação de ensino superior. Destes profissionais 12
trabalham na área assistencial hospitalares, 11 docentes e 10 administrativos.
Staccirini e Trócoli (2001) precisa repedir????? consideram, que os fatores
estressores, relações no trabalho, sobrecarga de trabalho, carga horária e cobranças,
afetam na qualidade de vida do enfermeiro. Assim, as exigências do próprio trabalho
que enfrentado pelo enfermeiro relaciona-se com a questão do tempo disponível para a
realização de tarefas, em paralelo as influencias nos relacionamentos interpessoais.
Concordando com Bauman (2007), as relações pessoais e a organização do tempo, o
ambiente tem modificado e interferido no comportamento humano.
Em outro estudo, experimentalmente, o tempo subjetivo pode ser analisado em termos
de estimação Fraisse (1984), que está baseada na quantidade de mudanças
percebidas pelo sujeito. Há certa tendência no processo de estimar o tempo: quanto
maiores são as mudanças e o número de estímulos ocorridos por unidade de tempo,
maior é a duração do evento para o sujeito Zakay (1990). Tanto a duração relembrada
quanto à duração experienciada têm sido enfatizadas nas pesquisas de tempo
subjetivo. Essas duas maneiras de estudar a questão temporal definem os paradigmas
temporais: o retrospectivo no qual o sujeito não sabe que irá fazer uma estimação
temporal (duração relembrada) e o prospectivo no qual ele tem a informação de que
fará estimações temporais (duração experienciada).
Nas pesquisas de tempo objetivo, a natureza da estimulação, as características do
intervalo de tempo analisado, bem como a sua intensidade e modalidade podem
envolver diferentes processamentos temporais, que podem resultar em alterações nas
estimações temporais para mais (superestimações) ou para menos (subestimações).
Isso porque o padrão de experiências temporais e suas relações com os eventos do
mundo objetivo dependem do contexto no qual estão inseridos Bueno, Nather (2006).
HIPÓTESES

As hipóteses levantadas estão relacionadas quanto, às implicações da organização e


disponibilidade do tempo dos estudantes, rendimento profissional e produção
acadêmica. Determinar o fator tempo como elemento estressor e evidenciar questões
que afetam seu rendimento e aproveitamento no curso de graduação.
JUSTIFICATIVA

Justifica-se por levar a sociedade uma possibilidade de reflexão crítica sobre o tema,
bem como proporcionar aos acadêmicos pesquisadores a oportunidade de ampliar
seus conhecimento e disponibilizar novo referencial teórico para futuras pesquisas.
OU

Contribuir socialmente através de novas resoluções quanto à discussão do tema e suas


implicações do tempo, afim de, problematizar, e desta forma levar a reflexão,
fornecendo subsidio teórico para mudanças na maneira de se pensar o tempo e suas
influencias no comportamento humano. Compreender suas conseqüências alienantes e
ideológicas frente uma sociedade com constantes alterações na contemporaneidade.
Bem como proporcionar aos acadêmicos pesquisadores a oportunidade de ampliar
seus conhecimento e disponibilizar novo referencial teórico para futuras pesquisas.
OBJETIVO GERAL

Pesquisar como estudantes que trabalham em período integral percebem e


administram o tempo cronológico e como esse se dá de forma subjetiva e prática para
cada um.

Objetivos específicos

● Entender como a atual administração do tempo pelas pessoas tem impactado na


vida e nas relações mantidas por elas.
● Identificar qual é a percepção de tempo dos indivíduos pesquisados
● Como são desenvolvidas suas relações interpessoais.
● Verificar se a rotina é geradora de estresse nos estudantes.
● Analisar quais as possíveis estratégias de enfrentamento de estresse utilizado
pelos estudantes.
MÉTODO

Participantes
Estudantes de graduação de universitários da cidade de Goiânia que conciliam
trabalho, estudo e vida social, escolhidos aleatoriamente.

Instrumentos e Aparatos de Pesquisa.


Para a coleta de dados a pesquisa utilizará de questionários semi-estruturados,
canetas esferográficas, um gravador, um programa de computador para analise de
conteúdo das entrevistas, sala para preenchimento dos questionários e Termos de
consentimentos, para instituição de ensino e os participantes da pesquisa, que deverão
ser assinados.
O questionário semi-estruturado será dividido em quatro partes: primeiro dados
pessoais, segundo, roteiro especifico sobre organização do tempo, o significado de
tempo, dificuldade de conciliar atividades, terceiro, aspectos opcionais, e quarto,
espaço reservado para comentário suplementar sobre o tempo e agradecimento pela
contribuição prestada.
Procedimentos
A amostra será constituída de estudantes universitários da cidade de Goiânia que
conciliem emprego, serão escolhidos de forma aleatória dentro de uma universidade da
localidade.
A coleta de dados obedecerá às seguintes etapas: escolha da universidade para coleta
de dados, assinatura do termo de consentimento do representante da instituição,
escolha aleatória dos acadêmicos independentemente do curso de graduação,
assinatura do termo de consentimento, entrevista semi-dirigida com preenchimento do
questionário semi-estruturado e gravação das entrevistas realizadas. Quanto ao termo
de consentimento deverá haver esclarecimento de informações sobre a pesquisa,
garantia de anonimato ao sujeito, implementação de entrevista gravada, a partir da
concordância de cada participante.
As entrevistas transcritas devem passar por analise de conteúdo e categorizadas em
temas principais abordados pelos participantes, assim como tratadas por um programa
de computador. A partir de então a pesquisa levará em discussão os dados coletados.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Barlach, L., França, A. C, MALVEZZI, S. O Conceito de Resiliência Aplicado ao


Trabalho nas Organizações. Revista Interamericana de Psicologia, Vol. 42, Num. 1 p.
101-112, 2008.

1. BAUMAN, Z. Modernidade Liquida. São Paulo: Editora Zahar,2007.


BÉRGSON ??????????????????????

Bueno, J.L.O., Nather, F.C. Tempo subjetivo e percepção de movimento em obras de


arte. Estudos de Psicologia, Vol. 11, Num. 3 p. 265-274, 2006.

FRAISSE ???????????????

HANSEN, G. L.. Espaço e Tempo na Modernidade. Geographia. Rio de Janeiro, Vol 2


Num 3, 2000.

1. STACCINI, J. M.R., TROCCOLI, B. T. o estresse na atividade ocupacional do


enfermeiro. Rer. Latino-Am. Enfermagem, Mar./Abr. 2001, vol.9, Num. 2, p.17-25.
1. VERÁS, P. B. M.. Tempo e Espaço na Metrópole breves reflexões
sobre assincronias urbanas. São Paulo, Perspec. v.15 n.1 São
Paulo jan./mar. 2001.
ZARIFIAN, Philippe .O tempo do trabalho o tempo - devir frente ao tempo
espacializado. Tempo social; Rev. Sociol.USP. S. Paulo 14(2): p.1-18, outubro de 2002.

ZAKAY ?????????????

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