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Introdução........................................................................................................................................2
Breve historial..................................................................................................................................3
Conclusão......................................................................................................................................12
Referências bibliográficas.............................................................................................................13
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Introdução
O presente trabalho irá abordar o tema Influência de métodos de planeamento familiar em
relação ao HIV. De referir que o Planeamento Familiar foi definido pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) como sendo uma certa maneira de pensar e de viver, aceite voluntariamente
pelos indivíduos e pelos casais, com conhecimento das atitudes e decisões tomadas, a fim de
promover a saúde e o bem-estar do grupo familiar. Embora o Planeamento Familiar ainda seja
muitas vezes considerado como sinónimo de «anticoncepção» ou de «contracepção», ele
ultrapassa esse domínio, sendo actualmente considerado uma forma racional e saudável de
espaçar os nascimentos, e abrangendo áreas como a infertilidade e a sexualidade. O Planeamento
Familiar é um conceito de saúde, individual e parte integrante do processo de desenvolvimento
dos povos. O trabalho tem como objectivos: Conhecer influência de métodos de planeamento
familiar em relação ao HIV; Conceituar planeamento familiar e o HIV; Descrever a influência de
métodos de planeamento familiar em relação ao HIV. Em termo de colecta de dados foi preciso o
uso do método bibliográfico. O uso deste método consistiu na revisão de diferentes (obras ou
livros e artigos) que tratam dos objectivos desenvolvidos no trabalho. Quanto ao tipo de estudo
este estudo requer abordagem qualitativa e descritiva. Para melhor compreensão o trabalho
obedece a seguinte estrutura: Introdução; Metodologias; Analise e discussão; Conclusão;
Referências bibliográficas.
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Influência de métodos de planeamento familiar em relação ao HIV
Embora o Planeamento Familiar ainda seja muitas vezes considerado como sinónimo de
«anticoncepção» ou de «contracepção», ele ultrapassa esse domínio, sendo actualmente
considerado uma forma racional e saudável de espaçar os nascimentos, e abrangendo áreas como
a infertilidade e a sexualidade. O Planeamento Familiar é um conceito de saúde, individual e par-
te integrante do processo de desenvolvimento dos povos.
Breve historial
Viera, (2001), refere que:
Foi com Thomas Malthus, no séc. XVIII, e com uma preocupação demográfica, que se
começou a falar da necessidade de controlo dos nascimentos. Preocupado com as
reservas do mundo, Malthus denunciou no seu livro “Ensaio sobre o Princípio da
População” (1798) que, se a população continuasse a aumentar como até então, os
produtos não chegariam para alimentar o homem uma vez que, enquanto a população
crescia em progressão geométrica, os recursos alimentares aumentavam apenas em
progressão aritmética. Foi com este receio que Malthus apelou ao controlo dos
nascimentos, não falando em contracepção, mas propondo o celibato e o casamento
tardio. Trata-se de uma preocupação centrada numa perspectiva social e não individual
(da saúde e do bem-estar) (p.165).
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Castro & Luís, (2009), refere que, “ Foi Francis Place quem, em 1822, considerou que a resposta
aos problemas populacionais residia no uso de métodos de contracepção artificial” (p.32).
À problemática levantada por Malthus (a explosão demográfica) vêm juntar-se no séc. XIX um
conjunto de factores sociais, tais como o desenvolvimento da sociedade industrial, a entrada da
mulher para o mundo do trabalho e o avanço do conhecimento médico, aumentando a esperança
de vida, que vão ao encontro dos desejos e das necessidades individuais. Com o desenvolvimento
da sociedade industrial, os braços que até então serviam para trabalhar os campos passaram a
bocas a serem alimentadas e corpos que não produziam, por proibição do trabalho infantil (Ingla-
terra, 1880). O movimento neo-malthusiano estendeu-se pela Europa e EUA, tendo sido criadas
organizações para lutar por este ideal. Defendiam a diminuição da natalidade, devendo os filhos
ser desejados em função dos recursos económicos, reduzindo desta forma a miséria das classes
trabalhadoras.
A expressão «Planeamento Familiar» surgiu nos anos trinta, vindo substituir a que estava então
em moda, «controlo da natalidade». Este termo é claro e pelo menos dois significados usuais
podem ser distinguidos: um controlo «individual» dos nascimentos e um «nacional». Ao
primeiro faz-se geralmente corresponder a ideia de profilaxia ou simplesmente a deliberada
separação do sexo e da reprodução através da utilização de contraceptivos. O segundo pode ser
expresso em termos de «espaçamento dos nascimentos» ou de uma preocupação relativa ao
crescimento populacional nacional, e relacionada com esforços de desenvolvimento.
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Objectivos de métodos de planeamento familiar
António, (2017), refere que, “ Segundo a Comissão Europeia O Planeamento Familiar tem dois
objectivos essenciais: um objectivo demográfico e macroeconómico que diz respeito à sociedade
no seu conjunto, e um objectivo social que visa aumentar o bem-estar dos indivíduos e das
famílias” (p.209).
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Implante.
Métodos naturais são:
Abstinência;
Método de temperatura basal, para determinar os dias férteis da mulher, e abster – se das
relações sexuais durante estes dias;
Coito interrompido;
Uso do calendário.
Macia, (2011), refere que:
HIV – É um vírus da imunodeficiência humana (VIH), (sigla em inglês para human
imunodeficiency vírus), é da família dos retro vírus e o responsável pelo SIDA. Esta
designação contém pelo menos duas subcategorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. Entre o
grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a -J. Porém com
o passar dos anos, surgiram novas subcategorias desse vírus, devido a pessoas portadoras
se relacionarem com outras também portadoras deste vírus e ocasionar uma mistura
genética entre seus tipos. Já dentro do corpo, o vírus infecta principalmente uma
importante célula do sistema imunológico, designada como linfócito T CD4+ (T4) (p.46).
De uma forma geral, o HIV é um retro vírus que ataca o sistema de defesa humano causando a
síndrome da imunodeficiência adquirida ou SIDA.
Araújo, (2004), refere que, “A integração dos serviços de planeamento familiar (PF) e HIV é
uma abordagem em que ambos os serviços são providenciados em conjunto para conseguir um
cuidado mais abrange aos utentes e melhorar os resultados sexuais e reprodutivos. (p.90).
De acordo com a visão do autor acima citado concluo que ao utilizar vários pontos de entrada, a
integração efectiva e eficiente reduz a prestação de serviços isolados e permite aos utentes de
serviços de HIV aceder mais facilmente a PF e serviços de gravidez segura e conseguir as suas
intenções de fertilidade.
Inclui a prestação de ambos os serviços ao mesmo tempo e no mesmo local, bem como
referência de um serviço para o outro (quer dentro da mesma instalação, ou numa instalação
diferente). A integração refere-se à prestação de serviços de saúde, e é uma parte de um conjunto
mais amplo de ligações entre as políticas, programas, financiamento e defesa da PF e HIV.
Os serviços que integram Planeamento Familiar e HIV tornam os serviços de cuidados de saúde
mais receptivos às necessidades dos clientes. Os clientes que procuram os serviços de HIV e os
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clientes que procuram os serviços de PF têm muitas das mesmas necessidades e preocupações.
De facto, são muitas vezes as mesmas pessoas.
Esses utentes partilham muitas características:
São muitas vezes sexualmente activas e férteis;
Podem ter uma necessidade não satisfeita de contracepção;
Podem desejar planear uma gravidez (Inquéritos sobre dados demográficos saúde
mostram que cerca de 20% dos seropositivas desejam outro bebé);
Podem estar em risco de aquisição de HIV (ou podem já viver com HIV);
Têm de conhecer o seu estado de HIV.
A influência dos serviços de Planeamento Familiar nos programas de HIV pode ajudar de várias
formas:
Aumentar acesso à contracepção entre utentes de serviços de HIV que pretendem atrasar,
espaçar ou limitar as suas gravidezes;
Garantir acesso aos cuidados para uma gravidez segura e saudável e parto para aquelas
que desejam ter uma criança;
Evitar gravidezes não desejadas e reduzir transmissão vertical (a transferência de HIV da
mãe para o feto ou bebé) de HIV para mulheres que vivem com HIV não desejam ficar
grávidas.
Evitar gravidezes não desejadas entre as seropositivas é um dos quatro componentes chave de
uma abordagem abrangente para a prevenção de transmissão vertical (PTV) de HIV.
Loforte, (2003), refere que, “Os benefícios chave da integração de Planeamento Familiar / HIV
incluem o seguinte itens a baixo mencionados” (p.231).
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1. Satisfaz os desejos e procura dos utentes.
A maioria dos utentes preferiam receber serviços contraceptivos no mesmo local onde acedem a
serviços de HIV.
1. Apoia as mulheres e casais a atingir as suas intenções de fertilidade.
Ajudar os utentes a aceder ao planeamento familiar e aconselhamento de gravidez segura reduz
as gravidezes não pretendidas e promove o espaçamento e calendário saudável de gravidezes.
2. Aumenta o acesso a e utilização de contracepção por pessoas que vivem com HIV
que desejam evitar a gravidez.
Intervenções para integrar serviços de PF e HIV reportaram resultados positivos, incluindo
aumentos da utilização voluntária de contraceptivos ou aumentos em referências concluídas de
serviços de HIV para clínicas de planeamento familiar.
3. Reduz a necessidade não satisfeita de PF.
Os resultados da iniciativa de investigação de cinco anos que avaliou quatro modelos diferentes
de saúde sexual e reprodutora (SSR) integrados e serviços HIV em contextos de "mundo real" no
Quénia, Malawi e Suazilândia confirmaram existir uma necessidade não satisfeita de serviços de
SSR entre mulheres que vivem com HIV (incluindo planeamento familiar) e descobriram que os
serviços integrados podem ajudar a mulher a realizar as suas intenções de fertilidade e satisfazem
as suas necessidades contraceptivas.
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5. Reduz o estigma e promove uma cultura de cuidados de saúde com base em direitos.
Os serviços integrados ajudam a dar ao utente mais controlo sobre a sua saúde reprodutora e
fertilidade e reduz o estigma associado com serviços de HIV isolados.
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Outros contextos de prevenção de HIV, incluindo aqueles para populações chave,
adolescentes e raparigas jovens;
Cuidado e tratamento de HIV (CeT), incluindo terapia anti-retroviral (TAR).
Em todos estes contextos, os prestadores devem estar equipados para aconselhar casais HIV
positivos e serodiscordantes sobre o seu PF e opções de gravidez segura, e apoia‐los para
tomarem decisões reprodutoras informadas.
Imagem 1.Tabela
sobre diferentes
níveis de
integração de
PF/HIV.(FHI,
p.360,2013).
Importância de
Conseguir uma
de Integração
Planeamento
Familiar em
relação ao HIV
Adequado ao
Contexto
António, (2017), refere que:
Não existe uma abordagem "única" à integração de PF/HIV. Assim, o Governo dos EUA apoia
diferentes modelos de integração dependendo do contexto local. Os decisores considerando
integração num local em particular devem ter em conta uma gama de factores para determinar -se
e como integrar serviços de PF/HIV, incluindo o seguinte a baixos mencionados (p.25).
Ambiente politico;
Extensão da epidemia do HIV;
Prevalência de contraceptives;
Capacidade dos prestadores;
Prontidão da instalação;
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Capacidade de realização de referências;
Gestão da cadeia de fornecimento, incluindo métodos disponíveis;
Recursos financeiros necessaries.
Mesmo em países com menos limitações de recursos, habitualmente não é possível que todas as
instalações ofereçam serviços integrados. As prioridades devem ser definidas para os serviços de
PF e HIV específicos a integrar, quando e onde os integrar, e em que medida a integração deve
ser implementada.
Foram desenvolvidos materiais de orientação que podem apoiar os planeadores de programa a
realizarem uma rápida avaliação de necessidade ou instalações para ajudar a identificar os
melhores pontos de entrada para os serviços integrados de planeamento familiar e HIV, e para
determinar o nível adequado de integração de serviço num dado ambiente. O Conjunto de
ferramentas da K4Health sobre Integração de PF/HIV contém vários recursos que podem ser
usados para determinar o tipo e nível adequado de integração de serviço a realizar num dado
contexto.
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Conclusão
Ao concluir o presente trabalho com o tema Influência de métodos de planeamento familiar em
relação ao HIV. Concluiu que Planeamento Familiar foi definido pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) como sendo uma certa maneira de pensar e de viver, aceite voluntariamente pelos
indivíduos e pelos casais, com conhecimento das atitudes e decisões tomadas, a fim de promover
a saúde e o bem-estar do grupo familiar. HIV – É um vírus da imunodeficiência humana (VIH),
(sigla em inglês para human imunodeficiency vírus), é da família dos retro vírus e o responsável
pelo SIDA. Esta designação contém pelo menos duas subcategorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2.
Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a -J. Porém com
o passar dos anos, surgiram novas subcategorias desse vírus, devido a pessoas portadoras se
relacionarem com outras também portadoras deste vírus e ocasionar uma mistura genética entre
seus tipos. Já dentro do corpo, o vírus infecta principalmente uma importante célula do sistema
imunológico, designada como linfócito T CD4+ (T4) (p.46)
Embora o Planeamento Familiar ainda seja muitas vezes considerado como sinónimo de
«anticoncepção» ou de «contracepção», ele ultrapassa esse domínio, sendo actualmente
considerado uma forma racional e saudável de espaçar os nascimentos, e abrangendo áreas como
a infertilidade e a sexualidade. O Planeamento Familiar é um conceito de saúde, individual e par-
te integrante do processo de desenvolvimento dos povos.
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