Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O último ajuste nos preços foi realizado em dezembro do ano passado, quando a Petrobras promoveu uma
redução no valor da gasolina de 3,13%. Foi a primeira queda desde 12 de junho.
"Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de
desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores,
importadores e outros produtores, além da Petrobras", informou a estatal em comunicado divulgado nesta terça.
No comunicado, a estatal também disse que "reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em
equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse
imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais."
Nesta terça, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2021 em
10,06%, a maior desde 2015. O resultado foi impulsionado pelos combustíveis. O etanol ficou 62,23% mais
caro, a gasolina subiu 47,49% e o óleo diesel teve alta de 46,04%.
Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas
flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
OBS: A alta nas refinarias deve resultar em aumento para o consumidor. O percentual, no entanto, não é
necessariamente o mesmo: o valor do combustível nas bombas depende de determinação dos postos.
TEMA 2
Qual é o combustível que mais polui a atmosfera?
Qual é o combustível que mais polui a atmosfera: O álcool, a gasolina ou o óleo diesel?
A gasolina, além de ser derivada do petróleo, lança na atmosfera gases que prejudicam a saúde humana e o
meio ambiente, pois não há um motor que faz a combustão de forma correta. Mas os hidrocarbonetos que
compõem a gasolina são mais leves do que aqueles que compõem o óleo diesel, pois são formados por
moléculas de menor cadeia carbônica (normalmente cadeias de 4 a 12 átomos de carbono), com isso a gasolina
se torna menos poluente do que o diesel.
O álcool, juntamente com a gasolina, polui consideravelmente menos do que o diesel, graças ao catalisador que
é uma peça vital para reduzir a emissão de gases poluentes. Esse importante equipamento faz com que gases
mais prejudiciais, como os monóxidos de carbono, sejam transformados em substâncias menos perigosas. Mas
ambos, tanto o álcool como a gasolina, são responsáveis pela emissão do dióxido de carbono, que contribui para
o efeito estufa e o aquecimento global.
A queima do álcool emite menos gases poluentes na atmosfera, pelo fato de ser derivado da fermentação da
cana-de-açúcar, a queima do álcool produz em média 25% menos monóxido de carbono e 35% menos óxido de
nitrogênio (NO) que a gasolina. Mas o álcool também polui, é verdade que em menor proporção que a gasolina,
mas não pode ser classificado como não-poluente.
A resposta à pergunta inicial: qual combustível polui mais? Sem dúvidas é o diesel, ele se tornou o grande vilão
no trânsito, e para agravar a situação, os veículos movidos a diesel, como ônibus e caminhões, não são
equipados com bons catalisadores.
Metais pesados altamente nocivos fazem parte da composição do diesel, eles se acumulam no organismo
humano e, depois de alguns anos, chegam a causar até mesmo males neurológicos. Estudos revelaram que as
dioxinas presentes no diesel são responsáveis por provocar as fortes dores de cabeça, distúrbios hormonais e
câncer no aparelho respiratório. A própria fuligem desse combustível serve como um facilitador para as alergias
nas vias aéreas.
Uma das grandes dúvidas das pessoas que possuem “carros flex” (capazes de utilizar dois tipos de
combustíveis) movidos a gasolina e a etanol é: qual desses combustíveis é o melhor?
Para chegar a essa conclusão, devemos conhecer o aspecto termoquímico (quantidade de calor gerado) por
esses dois combustíveis, o que está diretamente relacionado com a massa molar de cada uma dessas
substâncias, como podemos ver a seguir:
Um detalhe interessante é que o motor de um carro quando utiliza o etanol fica mais potente, já que esse
combustível suporta uma maior compressão. No entanto, esse aumento de potência e de resistência à
compressão eleva o seu consumo, o que ocorre em menor quantidade com a gasolina.
Agora, para dizer qual é o melhor combustível, a quantidade de energia liberada não pode ser o único fator a
ser analisado. Devemos analisar ainda os seguintes fatores, como:
Além disso, a produção do etanol é bem mais em conta que a produção da gasolina.
TEMA 4
Haverá o Terceiro Choque?
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online
A atual crise do petróleo não é resultado das tensões geradas por algum país árabe em conflito com potências
ocidentais, mas um problema de aumento da demanda e falta de estoques.
O crescimento acelerado nos EUA, aliado ao reaquecimento da economia mundial e às baixas cotações que o
produto vinha apresentando nos últimos dez anos, gerou um forte aumento do consumo de derivados de
petróleo.
"Essa crise no petróleo é diferente de todas as outras. O problema do petróleo hoje é muito mais uma questão de
oferta e procura, do que de especulação de produtores e consumidores", diz Demétrio Magnoli, doutor em
geografia humana pela USP, e diretor editorial do boletim "Mundo Geografia e Política Internacional".
O primeiro choque do petróleo ocorreu em 73, quando os países produtores diminuíram a produção elevando o
preço do barril de US$ 2,90 para US$ 11,65 em apenas três meses.
As vendas para os EUA e a Europa também foram embargadas nessa época devido ao apoio dado Israel na
Guerra do Yom Kippur. Com isso, as cotações chegaram a um valor equivalente a US$ 40 nos dias de hoje.
Em 79, a paralisação da produção iraniana, consequência da revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini,
provocou o segundo grande choque do petróleo, elevando o preço médio do barril ao equivalente a US$ 80
atuais. Os preços permaneceram altos até 1986, quando voltaram a cair.
Durante a invasão iraquiana no Kuwait, o barril chegou novamente ao patamar dos US$ 40, caindo após o fim
do conflito.