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Combustíveis

Em meados do século XIX, a necessidade de combustível para


iluminação (principalmente querosene e gás natural) levou ao desenvolvimento
da indústria do petróleo. No final do mesmo século, o crescimento do
transporte motorizado fez com que a demanda por gasolina crescesse muito
rapidamente, consolidando a indústria do petróleo.
A gasolina era composta basicamente por destilados leves de
petróleo, com baixa resistência à detonação e a adição de álcoois etílico e
metílico mostrou-se eficaz na inibição desse problema. Em 1921, Midgley e
Brown testando compostos organometálicos nos laboratórios de
desenvolvimento da General Motors, constataram que o Chumbo-Tetra-Etila se
mostrou mais eficaz na inibição da detonação espontânea, tornando-se a partir
daí, o principal aditivo para a gasolina.
Durante a II Guerra Mundial o aumento da demanda por produtos
obrigou os países em conflito a um grande consumo de petróleo, e esse
esforço de guerra proporcionou a criação de vários novos processos de refino e
a descoberta de vários novos catalisadores, incrementando a indústria de
petróleo, proporcionando também o surgimento da indústria petroquímica.
Após os dois choques no preço do petróleo, em 1973 e 1979, muitos
combustíveis alternativos foram pesquisados, entretanto, a sua utilização em
grande escala somente foi adotada em países como Brasil e a Nova Zelândia.
No Brasil, apesar da adição de álcool etílico à gasolina ser realizado
desde 1935, em teores da ordem de 5%, somente em 1980 iniciou-se a adição
de 20% a 22% e atualmente variando de 22% a 27%, em função de oscilações
da produção de álcool.
Atualmente, os principais derivados de petróleo utilizados em
motores de combustão interna são as gasolinas, os óleos diesel, o querosene
de aviação e vários óleos combustíveis marítimos para motores pesados de
baixa rotação, variando desde o MF-100 – centi Stroke (Marine Fuel,
viscosidade no sistema CCGS – cm^2/S) até o MF-700, conforme ISSO-8217.
As exigências impostas às emissões de poluentes têm tornado
antieconômica a aplicação de motores ciclo Diesel em automóveis de passeio
na Europa. Com isso, o mercado está retornando a utilização de motores ciclos
Otto, mas com maior potência específica.
A utilização do downsizing não pode ser apresentada como uma
nova estratégia, pois os motores vêm sofrendo redução em seus
deslocamentos volumétricos progressivamente desde o início da indústria
automotiva, passo a passo, dependendo da disponibilidade de tecnologias. A
redução do consumo de combustíveis proporcionada pelo downsizing é mais
expressiva em cargas parciais por causa da redução das perdas por
bombeamento causadas pela borboleta da aceleração. Um exemplo do
aumento da eficiência percebida no uso urbano com borboleta de aceleração
parcialmente aberta no qual temos valores de potência e torque comparáveis a
de motor com maior cilindrada ou sobrealimentados.

Etanol
O etanol é uma substância química com fórmula molecular C2H6O,
produzida especialmente via fermentação de biomassas. É um biocombustível
utilizado em motores de combustão interna com ignição por centelha em
substituição especialmente à gasolina e em contraponto a outros combustíveis
fósseis.
São duas formas de utilização do produto: na forma de etanol anidro,
como componente de mistura na formação da gasolina tipo C, ou como etanol
hidratado, comercializado em todo o país como um combustível acabado.
O etanol hidratado comercializado no mercado brasileiro conhecido
como E95 contém aproximadamente 5% de água em sua composição, essa
mistura é resultado da destilação azeotrópica do etanol no processo de
fermentação, que chega à sua concentração máxima de 95,63% de etanol e
4,37% de água. Contrariando o pensamento da opinião comum há um ponto
positivo no percentual de água, ele ajuda a manter a temperatura no cilindro
em altas cargas (motor cheio), sendo assim temos um controle mais eficaz da
temperatura dos gases de escape, considerando os limites físicos dos
componentes (geralmente 900°C na válvula de escape e 950°C a 1000°C no
catalisador).

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