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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

Campus Sorocaba

EDUARDO HENRIQUE DE CAMARGO REIS

Biodiesel

Trabalho a ser apresentado na disciplina de


Disciplina A Energia e Suas Fontes
Alternativas (Física 1000893) sob
responsabilidade do Prof. Dr. Airton
Natanael Coelho Dias, como p a r t e dos
requisitos para obtenção da nota final da
disciplina

Sorocaba

Março de 2023
Introdução

No dia 23 de fevereiro de 1893 o engenheiro Rudolf Diesel recebe a patente da


invenção do motor de ignição por compressão, que recebe o nome do seu inventor.
Devido ao baixo custo e do amplo acesso ao petróleo rapidamente essa passa ser o
motor de maior utilização. Dois anos depois Rudolf Diesel juntamente com Henry Ford
descobrem a utilização de óleos vegetais como combustível o que amplia as opções para
o desenvolvimento de novos combustíveis. Nesse momento os dois pesquisaram opções
para alimentação dos motores, entre eles o álcool produzido a partir da biomassa, mas
como dito anteriormente o baixo custo e o acesso ao petróleo fazem com que as
pesquisas nessas áreas não avancem. (1)

Com o advento da 2ª Guerra Mundial (1935-1945) o acesso ao petróleo começa


a ser dificultado e desde então países europeus começam a busca por novas fontes
distantes dos combustíveis fósseis. Rudolf Diesel em suas pesquisas iniciais se utilizou
de petróleo cru e de óleo de amendoim. A mistura de gordura e óleos, que basicamente
são mistura de glicerina e ésteres de ácido graxo e são denominados de triacilgliceróis,
que posteriormente são chamados de triglicerídeos. (2)

O biodiesel faz parte do que se denomina biocombustíveis que definiremos


como todo produto que pode ser utilizado para produção de energia, obtido total ou
parcialmente de biomassa. (3)

É na crise do abastecimento do petróleo iniciada na década de 30, devido aos


conflitos armados, que diversos cientistas procurassem alternativas ao petróleo. Na
Bélgica que aparece a ideia de produzir combustível através do processo de
transesterificação de óleos vegetais. (4) Outro processo é o craqueamentos dos óleos e
das gorduras, o que vai dar origem ao biocombustível chamado de Bio-oil.

Ainda no período da 2ª Guerra Mundial podemos citar os estudos franceses


utilizando a transesterificação do óleo de dendê e etanol obtendo ótimos resultados. Já
nos Estados Unidos desenvolveu se uma técnica que consistia em catalisadores ácidos
unidos a catalisadores básicos que evitam a transformação dos óleos em sabão onde o
resultado é um óleo bruto com pH elevado que poderia ser usado diretamente como
biodiesel. (5)
Com o final da 2ª Guerra Mundial os problemas de acesso ao petróleo cessam e
os programas para avanço em biocombustíveis diminui significativamente e só retornam
na década de 70 com a crise do petróleo. Enquanto a transesterificação foi apenas
experimental com poucas aplicações práticas o processo de craqueamento de tungue foi
amplamente usado, sendo a principal fonte alternativa ao petróleo na China,
substituindo a gasolina e o diesel. (6)

Falando no cenário nacional, na década de 30, houve o desabastecimento do


mercado de petróleo e ocorre as primeiras tentativas do uso de óleos vegetais e gorduras
em motores a diesel. Tem os relatos do uso do óleo vegetal puro em motores a diesel,
com a proibição governamental da exportação desses óleos para que seu preço se
mantivesse baixo para que pudesse ser utilizado principalmente no transporte
ferroviário. (7)

O Brasil, nessa época, limitou se a produção de biodiesel através do processo de


craqueamento sem registros de produção via a transesterificação dos óleos. É então nas
décadas de 70 e 80, com as crises internacionais do petróleo, que o governo cria o
projeto que ficou conhecido como PRÓAlCOOL e em 1975 criou o Plano de Produção
de Óleos Vegetais para Fins Energéticos, conhecido como PRÓ-ÓLEO. O plano tinha
como objetivo a produção de óleos vegetais para que o custo pudesse competir com o
petróleo. A princípio o plano era de produzir um combustível com 30% de óleo vegetal
que progressivamente chegasse à substituição total do petróleo.

A proposta era a implementação da transesterificação ou a alcoólise de óleos e


gorduras de insumos já produzidos no país. Podemos destacar como centros de pesquisa
a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC), a Universidade Federal do
Ceará (UFC) e a Universidade de Campinas (UNICAMP). Com a queda do preço do
petróleo o plano foi oficialmente abandonado em 1986, mas as pesquisas continuaram.

No ano de 2002 o Ministério de Ciências e Tecnologia (MCT) através da


portaria n° 702 do dia 30 de outubro, denominada PROBIODIESEL, com a proposição
de instituir o diesel B5, consiste no combustível com 5% de biodiesel e 95% de diesel,
em 15 anos a substituição para o diesel B20, com 20% de biodiesel e 80% de diesel. O
projeto enfrentou dificuldades técnicas devido ao processo escolhido para o
desenvolvimento do biodiesel, a etanólise do óleo de soja, devida a grande produção de
soja no Brasil. (8)
Dois anos antes o Brasil instala sua primeira indústria de produção de ácidos
graxos que muda o patamar do biodiesel de algo experimental para um combustível
comercial, com uma produção de 1400 toneladas por mês de biodiesel com óleo de soja.

Somado a todos os esses fatores citados anteriormente podemos adicionar as


preocupações ambientais crescentes a partir da década de 90 onde demonstrado os
estudos que material particulado de monóxido de enxofre está diretamente a chuva
ácida, e enquanto diversos estudos associam o aumento do efeito estufa com a emissão
dos subprodutos da combustão dos combustíveis fósseis como o monóxido e dióxido de
carbono e outros hidrocarbonetos.

No ano de 2003 foi criado, via decreto presidencial, um grupo composto de 14


diferentes ministérios para estudar a viabilização do uso dos combustíveis de óleos,
gorduras e os derivados dos mesmos. (9)Em pouco mais de 6 meses esse grupo
estabelece que para o Brasil cumprir as metas estipuladas pelo protocolo de Kyoto
deveria introduzir esse tipo de combustível em sua matriz energética de forma imediata,
mas não obrigatória. (10)

Em 2004 é criado o Programa Nacional de Produção de e Uso de Biodiesel


(PNPB) que instaurou através do Decreto n°5.448 (11) a utilização do biodiesel B2,
com 2% de biodiesel e 98% de diesel. Já em 2010 o PNPB sob conselho do Conselho
Nacional de Energia (CNE) implementa a utilização do biodiesel B5, antecipando a data
que era projetada para 2013.

Atualmente a legislação em vigor, decretada pela presidência da república (12),


estabelece a porcentagem de biodiesel destinada para consumidores finais em 3
porcentagens e a devida progressão. Em vigência imediata 8% de biodiesel, após 2 anos
aumento para 9% e 3 anos após a promulgação da lei um aumento para 10% de
biodiesel. A lei ainda define que para uso em transporte público, transporte ferroviário,
navegação interior, equipamentos e veículos do setor agropecuário a porcentagem de
biodiesel pode ser em quantidade superior ao estabelecido por lei em uso voluntário.
(13)

Em 2022 houve uma tentativa de alteração da legislação através da MP 1118,


com relator Danilo Forte, alterando a porcentagem mínima de biodiesel para 20%, mas
não ocorreu a alteração já que a MP 1118 tem status definido como sem eficácia devido
ao término do prazo para votação no congresso. (14)
De maneira internacional utiliza se uma nomenclatura para designar a
concentração de biodiesel, já citada previamente nesse texto. A referência se dará na
forma BXX, onde XX é a porcentagem de biodiesel. Comercialmente encontramos hoje
o biodiesel nas concentrações, diferenciadas para os devidos fins:

 Puro – B100
 Misturas – de B20 a B30
 Aditivo – B5
 Aditivo de lubricidade – B2.

O biodiesel B5 a B20 estão presentes de maneiras mais acessíveis, para as


concentrações até B5 não é necessária a modificações nos motores. Acima dessas
concentrações é necessárias modificações, mas essas são simples e de baixo custo.
Como o biodiesel é miscível no diesel, e sua produção resulta em compostos
semelhantes em características físicas e químicas explica porque é uma aplicação viável
em substituição do diesel puro proveniente do refino do petróleo.

No Brasil o diesel e o biodiesel são regulamentados pelas leis federais citadas


acima, encontramos em duas categorias:

 Óleo diesel A: combustível unicamente proveniente do refino do petróleo e


processamento do gás natural, não contém biodiesel, apresenta uma maior
quantidade de enxofre em sua constituição.
 Óleo diesel B: a partir do óleo diesel A com a adição do biodiesel produzido
através dos óleos vegetais ou gordura animais, a quantidade de biodiesel
adicionado ao óleo diesel A é regulamento pela legislação vigente.

Para o consumidor final, em uso rodoviário, se encontra no diesel S-10 e S-500


para motores de tratores, carros de passeio, caminhões, geradores elétricos, entre outros.
A classificação do combustível no formato S-XX designa a quantidade de enxofre em
partes por milhão (ppm). O diesel S-10, disponível ao consumidor a partir de 2013,
possui um teor de 10 ppm de enxofre, para atender aos novos modelos de motores a
diesel que tem a finalidade de emitir menores quantidades de gases de nitrogênio
oxidados e outro tipo de material sólido. (15)

O diesel S-500 tem teor de 500 ppm de enxofre, atende motores a diesel
produzidos até 2012, o uso em motores mais novos acarreta desgastes precoces. A
utilização desse tipo de óleo diesel em motores fabricados a partir de 2013 tambem pode
ser considerado crime ambiental quando identificado em abordagens, com pena de
reclusão de até 4 anos. (16)

Em 2021 ocorreu uma tentativa de tornar obrigatório o uso do diesel S-10 por
meio do Projeto de Lei n° 4322, tornando proibido a venda do diesel S-500, a PL foi
arquivada ao fim da legislatura. (17)

Enunciado dos conceitos físicos e/ou químicos e/ou matemáticos;


Tomamos a definição de biodiesel como uma mistura de ésteres de ácidos
graxos com monoalcoóis de cadeia curta. Óleos vegetais, que é a principal fonte de
obtenção de biodiesel, são formados por três moléculas de ácido graxo ligadas a uma
molécula de glicerina. As principais fontes do biodiesel são: (18)

 Gorduras animais: proveniente principalmente de matadouros


 Óleos vegetais usados: proveniente da reciclagem das indústrias, residências e
redes hoteleiras.
 Plantas oleaginosas: proveniente da produção agrícola como: mamona, dendê,
colza, girassol, rícino e soja.

Existem 3 processos para obtenção do biodiesel: craqueamento térmico,


transesterificação e a esterificação. (4)

Craqueamento

No craqueamento, ou pirólise, as moléculas de ácido graxos são quebradas em


hidrocarbonetos mais leves, que é basicamente a composição do diesel refinado a partir
do petróleo. A pirólise é uma reação de composição através do aquecimento de
moléculas orgânicas, em ambientes desprovidos de oxigênio, em outras substâncias. O
craqueamento pode ser térmico ou catalítico. Durante a reação do craqueamento a
degradação dos triglicerídeos ocorre sem a presença de oxigênio ou qualquer composto
oxigenado. (19) (20)
O craqueamento é a terceira etapa do refino do petróleo, o termo vem do inglês
crack que significa quebrar. No refino do petróleo o craqueamento transforma a
molécula de querosene em molécula de gasolina.

C 12 H 26 → C 8 H 18 +2 C2 H 4Querosene →Gasolina+ Alceno

O craqueamento térmico pode ocorrer de maneira rápida ou lenta, dependendo


apenas da taxa do aquecimento, do tempo de exposição e do tempo para a condensação
dos subprodutos. Ao realizar o craqueamento de uma das fontes citadas acimas se obtém
como subprodutos: gases leves que não sofrem condensação, subproduto líquido (os
bio-óleos) e um subproduto sólido (bio-carvão).

No craqueamento ocorrem diversas reações complexas, paralelas e consecutivas,


mas no craqueamento de óleos vegetais podemos condensar essas diversas reação em
duas etapas. Na primeira etapa, chamado de craqueamento primário, ocorre a quebra
dos triglicerídeos em ácidos carboxílicos. Na segunda etapa os ácidos carboxílicos serão
desoxigenados formando monóxido e dióxido de carbono, alcanos lineares, alcenos
terminais e água. (21) (20)

No craqueamento primário a energia fornecida quebra as ligações entre carbono


e oxigênio entre a parte glicerídica e o resto da cadeia do óleo, como mostrado na
Figura 1

Figura 1: Reação global do craqueamento primário dos triglicerídeos em ácidos carboxílicos. (21)
No estágio secundário do craqueamento ocorrem duas possibilidades: a
descarboxilação e descarbonilação. Na descarbonilação ocorre a produção do monóxido
de carbono, alcenos e água, como mostrado na Figura 2.

Figura 2: Craqueamento secundário a pirólise do ácido carboxílico dando origem a monóxido de carbono,
água e um alceno. (21)

Na descarboxilação o ácido carboxílico ocorre a formação do dióxido de


carbono e alcano lineares, como mostrado na Figura 3.

Figura 3: Craqueamento secundário pela relação de descarboxilação do ácido carboxílico com a formação
de dióxido de carbono e alcanos lineares (21)

Os produtos acima mostrados são unicamente resultados do craqueamento


térmico. É possível realizar o craqueamento catalítico, onde o catalisador tem a função
de diminuir a energia para a pirólise. Existem diversos catalisadores: Zeólitas, Zeólita
ZSM-5, Catalisadores metálicos suportados. Para cada catalisador existe reações
específicas e distintas que fornecem produtos diferentes.

Transesterificação
Na transesterificação ocorre que um éster é transformado em outro éster na
presença de um outro éster através de uma reação de troca com um álcool, como
mostrado na Figura 4.

Figura 4: Reação geral de transesterificação. Como o reagente é um álcool a reação recebe o nome de
alcoólise. (22)

A reação de transesterificação em óleos vegetais os triglicerídeos reagem com o


álcool, essa é uma reação reversível e em geral segue misturando os reagentes. Ao
adicionar um catalisador, seja um ácido ou base forte, ocorre o aumento do rendimento
da reação pois essa ocorrerá consideravelmente mais rápida. (23) (5)

Os triglicerídeos reagirão com o álcool, na presença de uma catalisador,


ocorrendo a alteração para outros ésteres e glicerol, uma reação global está representada
na Figura 5.

Figura 5: Reação global da transesterificação de triglicerídeos de óleos vegetais. (22)


O processo de transesterificação tem melhores resultados para o biodiesel
utilizando o metanol, mas como o Brasil tem uma grande produção de etanol busca se
uma forma de melhorar o processo gerando um combustível agrícola para ser totalmente
autossuficiente. Esse processo se dá em um reator de agitação e a temperatura será
controlada visando os produtos, para a produção do biodiesel a melhor temperatura é de
318K (45°C). (23) (22)

A reação de transesterificação apresenta uma dificuldade principalmente pelos


desgastes de dos reatores, que aumenta o custo, como cada produto é proveniente de
uma determinada temperatura ocorre o risco da saponificação. (24)

Uma das vantagens da cadeia de produção do biodiesel através da


transesterificação é que seu aproveitamento de rejeitos é grande, o que auxilia para
produção de um biocombustível mais limpo. A Figura 6 apresenta um fluxograma
demonstrando as etapas da produção do biodiesel bem como o aproveitamento dos
subprodutos e rejeitos do processo. (25)
Figura 6: Fluxograma simplificado do processo de transesterificação de triglicerídeos a partir de óleos
vegetais e gordura animal.

Esterificação

Na esterificação ocorre a obtenção dos ésteres a partir dos ácidos graxos na


presença de álcoois com 1 a 4 carbonos. Ocorre a troca da hidroxila ( OH −¿¿ do ácido
graxo por um radical de alcoxíla (−¿ ¿. A reação geral está apresentada na Figura 6.

Figura 6: Reação de esterificação onde ocorre a substituição da hidroxila pela alcoxíla. (26)

A reação de esterificação já é utilizada em outros setores como perfumaria,


formação de plásticos, aromatizantes, produtos farmacêuticos, entre outros. Como o
processo de transesterificação tem as dificuldades acima relatadas, a esterificação
adentra no setor como uma solução.

É então uma reação já conhecida e amplamente usada, o que muda são os


estudos no desenvolvimento dos catalisadores para que as reações ocorram em
quantidades equimolares dos reagentes ao invés de usar um deles em excesso, melhores
catalisadores que possam ser retirados mais facilmente das reações além de melhorar as
condições para que a reação aconteça. (27)

A reação de esterificação é reversível, as duas reações ocorrem em mesma


cinética, e para que ocorra a formação da esterificação é necessário o excesso dos
reagentes da reação direta. O processo todo se dá em 5 etapas representadas na Figura 7.
Figura 7: Etapas da esterificação partindo dos triglicerídeos até chegar no biodiesel (28)

Gerador elétrico movido a biodiesel


Definimos gerador elétrico todo dispositivo que transforma energia mecânica em
energia elétrica. O funcionamento desses dispositivos se dá através da indução
eletromagnética. (29)

Em 1820 Hans Christian Oersted demonstrou que uma corrente elétrica induz a
produção de um campo magnético. Ao aproximar uma bússola de um fio percorrido
como uma corrente elétrica ele nota a deflexão da agulha da bússola.
Posteriormente Michel Faraday demonstra que a variação de um campo
magnético induz uma corrente elétrica, que será denominada Lei de Faraday. Sabendo
que o fluxo do campo magnético é

Φ B=∫ ⃗
B∙d ⃗
A (1)

Na equação (1) temos um produto escalar que pode ser calculado:


B∙ d ⃗
A=|B||dA| cos θ (2)

B e d⃗
Onde θ é o ângulo entre os vetores ⃗ A , reescrevendo a equação (1)

Φ B=∫ (|B||dA| cos θ ) (3)

A lei de Faraday fiz que uma variação no fluxo magnético no tempo produz uma
força eletromotriz (fem), matematicamente representado como

−d Φ B
ϵ= (4)
dt

Onde ϵ é a força eletromotriz. A equação (4) descrever o enunciado da lei de


Faraday, e ao aplicarmos isso na equação (3) percebemos que para ocorrer uma força
eletromotriz podemos:

1. Variar o módulo de ⃗
B, isso é alterar a intensidade do campo
2. Variar o módulo de d ⃗
A , isso é alterar a área do condutor que está na
região do campo ⃗
B.
3. Variar o ângulo θ , isso é realizar uma rotação entre o condutor e ⃗
B.

É utilizando principalmente a afirmação 3. acima, o funcionamento básico dos


geradores. Podemos dividir o gerador em duas partes: estator e rotor. O estator é a parte
fixa do gerador, ligado mecanicamente a carcaça do gerador e o rotor é a parte móvel,
que gira em torno de um eixo. (30)

Chamaremos de indutor a parte do gerador que produz o campo magnético e


chamaremos de induzido a parte que produzida a corrente elétrica. No caso dos
geradores o estator é o indutor e o rotor é o induzido. O rotor gira em velocidade
constante entre uma região de campo magnético, esse campo pode ser gerado por um
imã permanente, e a indução ocorre exatamente pelo movimento relativo entre rotor e
estator. (29) (31)
Para um gerador movido a biodiesel, o motor a biodiesel é denominado Motriz.
É ali que ocorrerá a combustão do biodiesel para transformar a energia química em
energia mecânica para girar o rotor. Assim como um ciclo motor de ignição por
compressão, a motriz do gerador funciona em ciclo de 4 tempos:

1. O pistão do motor move-se para baixo a válvula se abre para ocorrer a


entrada de ar para a admissão do comburente (O2 ) e ocorre a injeção do
combustível (biodiesel).
2. A válvula se fechar e ocorro a compressão dessa mistura com o pistão do
motor subindo.
3. Com o pistão no ponto mais alto ocorre a ignição, através da vela de
ignição, a faísca fornece a energia necessária para a combustão que
aumenta a energia cinética dos gases dentro da câmara. Os gases se
expandem empurrando o pistão para baixo, e esse movimento é
transmitido para um eixo rotacional.
4. O pistão sobe novamente, uma válvula para escape dos gases da
combustão, e abre a válvula para admissão para entrada para que o
processo reinicie. (32)

Uma das vantagens dos geradores de biodiesel é a facilidade com o combustível,


em um estudo utilizando como biodiesel a partir do óleo usado em restaurantes,
conseguiu se uma eficiência de 88-89% da conversão em energia. Para biodiesel acima
de B40 o gerador passa a perder eficiência, sendo e melhor eficiência com biodiesel
entre B10 até B30, associado a isso a emissão de monóxido e dióxido de carbono para
essas faixas é 50% menor. (33)

Aplicação, potencialidade e limitações


Com o avanço dos estudos sobre os efeitos da combustão dos gases de origem
fóssil o biodiesel se apresenta como uma alternativa considerável. O diesel tem por
característica ser um hidrocarboneto com alta taxa de enxofre, o que já não ocorre no
biodiesel. Pesquisas realizadas apontam que o biodiesel tem a emissão de dióxido de
enxofre (SO2) completamente zerada, enquanto outros gases como o monóxido de
carbono (CO) outros hidrocarbonetos têm redução de 50%, como é possível ver na
Figura 8. (34)
Figura 8: Redução de gases de efeito estufa por biodiesel. (35)

Um estudo realizado por departamento do Estados Unidos mostrou que a


emissão de dióxido de carbono na cadeia completa, desde a produção agrícola até a
queima em motores, do biodiesel é menor do que a cadeia completa do diesel, da
extração a queima em motores, em 15,7% para B20 e de 78,5% para B100. Ao mesmo
tempo o mesmo estudo comprovou que a emissão de gases, como os de óxidos de
nitrogênio, é maior em 2,6% para B20 e 13,3% para B100, além de tambem emitir ácido
clorídrico em 2,8% para B20 e 13,6% para B100. (35)
Existem tambem eventuais poluições ao solo, mas essa depende da característica
de cada solo. Em cartilha o publica o ministério da educação ressalta que no Brasil é
necessário fazer um zoneamento das áreas para que o cultivo das culturas próprias para
o biodiesel, sendo atualmente a principal a soja, não avancem sobre regiões de proteção
ambiental como tem acontecido na Amazônia e Mato Grosso. (1)
Outro fator que deve ser considerado é a sazonalidade do cultivo da matéria
prima utilizada para produção. A Tabela 1 apresenta a quantidade produzida,
rendimento e valor da produção das oleaginosas segundo IBGE para o ano de 2021. (36)
Tabela 1 – Informações sobre oleaginosas do Programa
Brasileiro de Biodiesel
Planta– Quantidade Rendimento Valor da
Produção Produzida médio produção (mil
(Toneladas) (kg/hectare) R$)
Dendê 2.887.696 14.646 1.025.826
Pinhão 12.485 44.420
Coco 1.638.573 8.791 1.299.188
Abacate 300.894 16.618 710.363
Castanha do 33.406 142.367
Pará
Noz Pecan 6.215 1.553 74.124
Mamona 35.195 778 104.710
Azeitona 3.417 1.611 12.519
Amendoim 794.225 3.896 2.643.649
Cacau 302.157 503 3.973.400
Girassol 64.854 1.548 139.769
Arroz 11.660.603 6.903 19.146.736
Gergelim 4.499 8.341
Soja 134.934.935 3.445 341.747.600

Segundo dados da Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho (EAFMuz), o


pinhão, o nabo forrageiro e o girassol são os mais rentáveis para a produção do
biodiesel. (1)
A tabela 2 abaixo, apresenta o período de colheita das principais matérias –
prima. (37)
Tabela 2- Períodos de colheita nas cincos macrorregiões do Brasil
Região Cultura Períodos de Colheita (%)
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Sul Soja 15,5 32,8 34,5 17,2
Girassol
Sudeste Soja 20,5 39,2 29,5 10,8

Girassol
Amendoi 16,2 33,1 33,8 16,9
m águas
Amendoi 12,1 44,3 36,5 7,1
m secas
Centro Soja 4,3 23,5 42,1 24,4 5,8
Oeste Algodão 0,2 1,5 2,2 8,8 29,7 36,9 19,1 1,6
Nordeste Soja 14,5 36,9 33 13,1 2,6
Algodão 3,6 30,1 31,5 31,3 2,2 0,6 0,4 0,3
Mamona 23,6 47,6 25 1,9 1 0,4 0,3 0,2
Norte Soja 27,2 43,3 22,8 6,7
Dendê 10 9 10 9 12 9 8 7,5 6,5 5,5 4,5 9

Na tabela 2 as linhas em branco são aquelas onde não foram encontradas


informações precisas suficientes para as relações necessárias. Pelas Tabelas 1e 2
podemos notar que a produção de biodiesel fica sujeito a região e época do ano. Nota se
que o girassol é uma cultura pouco instalada no Brasil, atualmente encontramos
investimentos governamentais e privados para a expansão do plantio.

Podemos notar que a região Sul o biodiesel utilizando o girassol é de baixo


impacto, mesmo que na média é mais barato que a soja e que rende maior quantidade de
óleo.

Para região sudeste encontramos o biodiesel através do amendoim e do girassol,


o problema enfrentado é o baixo fornecido para larga escala de produção de forma
constante durante o ano. A soja é a cultura com maior área na região ainda é uma
cultura associada diretamente ao mercado externo, para biodiesel a soja apresenta baixo
rendimento de óleo, de cerca de 19% e com a demanda para exportação é o principal
vetor de destino da soja.

Para região centro-oeste a soja passa ser a oleaginosa de melhor aproveitamento


devido a grande demanda do insumo, seguido do girassol e do óleo a partir do caroço de
algodão. Mesmo a soja apresentando um menor rendimento na produção do óleo
comparado com os demais, a grande oferta da matéria prima barateia a produção.

No Nordeste a soja é o insumo com menor aproveitamento comparado com os


demais, e é no Nordeste que o caroço de algodão tem o valor de produção mais barato,
para que a mamona pudesse ser competitiva com o caroço de algodão a produção
deveria superar 2500 kg por hectare ou uma mudança no valor do mercado da saca de
60kg de mamona baixando aproximadamente 33,6%.

Na região Norte a soja volta a ser competitiva com os demais produtos da região,
o insumo competitivo para essa região, e que tem crescido cada vez mais é o dendê. Isso
se dá pelo rendimento da produção de óleo, para fator de comparação 10 mil toneladas
de biodiesel produzidos a partir da soja necessitariam de 22.161 hectares de plantio,
enquanto para o dendê a mesma quantidade é obtida a partir de um plantio de 4270
hectares.

A Tabela 3 apresenta o custo da produção de biodiesel para região Sul usando


uma usina de Carazinho no Rio Grande do sul com a matéria prima a preço de mercado.
O cálculo é feito na condição denominada PVU- Posto Veículo Usina, considerando
todo a cadeia até o consumidor final a preço de varejo do mercado. (37)

Tabela 3 – Custo do biodiesel a partir do custo da produção agrícola com preço de


mercado na região Sul em condição de PVU
Carazinho, 10.000 toneladas/ ano 40.000 toneladas / ano 100.000 toneladas/
RS ano
Soja Girassol Soja Girassol Soja Girassol
Custo do 1.775,46 1.153,25 1.637,12 1.021,48 1.562,79 959,87
Biodiesel
– PVU em
R$/t
Custo do 1,545 1,003 1,424 0,889 1,360 0,835
Biodiesel
– PVU em
R$/L

A Tabela 4 apresenta o custo da produção de biodiesel para região Sudeste


usando uma usina de Piracicaba em São Paulo com a matéria prima a preço de mercado
em condição de PVU. (37)

Tabela 4 – Custo do biodiesel a partir do custo da produção agrícola com preço de


mercado na região Sudeste em condição de PVU
Piracicaba, 10.000 toneladas/ ano 40.000 toneladas / ano 100.000 toneladas/ ano
SP Soja Amendoi Girassol Soja Amendoim Girassol Soja Amendoi Girassol
m m

Custo do
Biodiesel –
1.714 2.297,63 1.118,4 1.576,5 2.153,84 987,04 1.503,4 2.068,96 927,12
PVU em
R$/t
Custo do
Biodiesel –
1,491 1,999 0,973 1,372 1,874 0,859 1,308 1,800 0,806
PVU em
R$/L

A Tabela 5 apresenta o custo da produção de biodiesel para região Centro- Oeste


usando uma usina de Rondonópolis no Mato Grosso com a matéria prima a preço de
mercado em condição de PVU. (37)

Tabela 5 – Custo do biodiesel a partir do custo da produção agrícola com preço de


mercado na região Centro-Oeste em condição de PVU
Rondonópolis - 10.000 toneladas/ ano 40.000 toneladas / ano 100.000 toneladas/ ano
MT Soja Girassol Caroço Soja Girassol Caroço Soja Girassol Caroço
de de de
algodão algodão algodão

Custo do
1.226, 1.575,9 1.258,0 1.094,0 1.439,7 1.120,4 1.030,8 1.369,4 1.061,3
Biodiesel –
5 3 4 0 0 8 1 8 5
PVU em R$/t

Custo do
Biodiesel – 1,067 1,371 1,904 0,952 1,253 0,975 0,897 1,191 0,923
PVU em R$/L

A Tabela 6 apresenta o custo da produção de biodiesel para região Nordeste


usando uma usina de Luiz Eduardo de Magalhães na Bahia com a matéria prima a preço
de mercado em condição de PVU. (37)

Tabela 6 – Custo do biodiesel a partir do custo da produção agrícola com preço de


mercado na região Nordeste em condição de PVU
Luiz 10.000 toneladas/ ano 40.000 toneladas / ano 100.000 toneladas/ ano
Eduardo de Soja Girassol Caroço Soja Girassol Caroço Soja Girassol Caroço de
Magalhães de de algodão
- BA algodão algodão

Custo do
Biodiesel –
1.225,73 2.698,83 947,62 1.093,14 2.550,82 817,95 1.029,95 2.457,74 760,42
PVU em
R$/t

Custo do
Biodiesel –
1,066 2,348 0,824 0,951 2,219 0,712 0,896 2,138 0,662
PVU em
R$/L

A Tabela 7 apresenta o custo da produção de biodiesel para região Norte usando


uma usina de Marabá no Pará com a matéria prima a preço de mercado em condição de
PVU. (37)

Tabela 7 – Custo do biodiesel a partir do custo da produção agrícola com preço de


mercado na região Norte em condição de PVU
Marabá - PA 10.000 toneladas/ ano 40.000 toneladas / ano 100.000 toneladas/ ano
Soja Dendê Soja Dendê Soja Dendê
Custo do 1.168,33 1.659,41 1.036,34 1,522.35 974,33 1.450,48
Biodiesel –
PVU em R$/t
Custo do
Biodiesel – 1,016 1,444 0,902 1,324 0,848 1,262
PVU em R$/L

Conclusão
O biodiesel nasce juntamente com a origem dos motores a diesel, muito mesmo
antes das preocupações ambientais, e é uma realidade principalmente em vista que as
alternativas para substituição completa dos combustíveis fosseis estão em progresso.

Quando adicionamos a esse cenário as pesquisas sobre o meio ambiente e como


o biodiesel é substancialmente menos poluente que o diesel fica claro que esse é o
caminho natural para os combustíveis. Não podemos imaginar que seja somente fatores
positivos, como citado anteriormente, como a produção do biodiesel nacionalmente tem
como principal fonte a soja, ocorremos que a expansão da monocultura da soja tem
levado ao desmatamento de florestas.

Ainda pensando no uso do consumidor final, o avanço da eficiência do biodiesel


fica atrelada ao setor da produção de veículos. A alteração para o diesel S-10 se dá para
se adaptar as novas tecnologias em motores a diesel.

No Brasil, um país de dimensões continentais, ocorremos a sazonalidade da


produção dos insumos de óleos vegetais, além da heterogeneidade das produções
agrícolas para cada região. E como demonstrado nas tabelas acima, para cada região o
preço para produção muda e ainda mais se considerarmos a variação da produção nas
diversas estações do ano.

Pensando em estratégias e aplicações no ensino temos o biodiesel como um tema


central para diferentes áreas. A aplicabilidade mais evidente está no ensino da química,
em reações orgânicas, as três reações básicas da produção do biodiesel fazem parte das
reações já ensinadas. Por mais que esse ensino seja limitado, e ensinado de maneira que
os alunos decorem as reações, sem que haja grandes explicações dos processos. Em uma
breve pesquisa em sites de busca se encontra muitas questões sobre esterificação,
transesterificação e craqueamento sendo tema de diversos vestibulares.
O Ministério da Educação (MEC) define como um dos temas transversais o
meio ambiente, onde podemos aqui encaixar a temática do biodiesel, para irmos além da
química, tratarmos da produção agrícola no Brasil dividido por regiões, o avanço do
desmatamento, a monocultura agrícola focada nas oleaginosas aplicadas a produção do
biodiesel. Localizar historicamente os momentos de avanço tecnológicos na produção
de novos combustíveis com os eventos de crise de fornecimento do petróleo.

Falando propriamente da física tratasse de um motor que de maneira ideal,


funciona em um ciclo de Carnot, sendo uma das aplicações práticas do modelo discutido
teoricamente nas aulas. Ainda pode ser abordar a transformação de energia, rendimento
da máquina no processo de transformação de energia. Abre se aqui uma oportunidade
para trabalhar o conceito de energia, mesmo sendo um conceito fundamental para a
física, é um conceito tratado de maneira superficial e em geral os discentes não
conseguem ter alguma ideia formada sobre energia, associando unicamente energia a
fonte elétrica.

Sabemos a maioria das fontes energéticas funcionam através do processo de


indução eletromagnética, então é mais uma oportunidade para trabalhar esse assunto em
aula.

Pode se concluir que o biodiesel se apresenta como um biocombustível


importante para as matrizes energéticas, não somente no Brasil, seja por se tratar de uma
fonte limpa como também se mostra uma fonte com alto rendimento energético. Ao
mesmo tempo no âmbito escolar encontra se um tema com diversas possibilidades de
intervenções com múltiplas associações com as diferentes ciências.

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