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TRABALHO FILOSOFIA

COLÉGIO ADVENTISTA NOVO MUNDO – CeANM

RAZÃO E FÉ

Arthur Faleiro Augusto

3ano “A” E.M


DESENVOLVIMENTO

Muitos debates da Filosofia podem parecer ultrapassados, mas este com certeza se mantém
muito atual. Nesta aula, vamos entender como Razão e Fé são encaradas pelas principais
correntes filosóficas!

Razão e Fé

Razão e Fé são formas (às vezes antagônicas) de entendermos o mundo que nos cerca. Há
alguns milênios, os gregos cansados de serem ludibriados pelos deuses e deusas de outrora,
decidiram tomar seu destino de volta a suas mãos. Em resumo, é assim que nasceu a Filosofia:
uma alternativa à religião. Para tanto, a “arma” que a Filosofia usou para libertar as pessoas dos
grilhões da religião foi a Razão.

A Filosofia surgiu em um momento épico de batalhas travadas na Grécia Antiga. Pois bem,
falamos que a arma da Filosofia para derrotar os mitos na Grécia foi a Razão, mas afinal o que é
isso?

O que é Razão?

A palavra Razão pode ter diversos significados. Desde aquilo que você nunca terá numa
discussão com seu/sua cônjuge, até aquilo que podemos utilizar na matemática. Mas, como o
foco aqui são as Ciências Humanas, ficaremos com o conceito de Razão utilizado pela Filosofia.
Os filósofos veem a Razão como uma característica humana única.

A Razão nos permite identificar e operar conceitos em abstração, resolver problemas, encontrar
coerência ou contradição entre eles e, assim, descartar ou formar novos conceitos de uma
forma Lógica.

O que é Fé?

A Fé se dá quando a pessoa passa a acreditar de maneira incondicional numa explicação de


mundo e a considera como sendo uma verdade absoluta, ainda que haja qualquer tipo de prova
objetiva (racional) a contrariando. Portanto, é impossível duvidar e ter Fé ao mesmo tempo.

Agora que você já está por dentro dos conceitos, vamos contrapor os dois para entender como
essa “treta” faz parte da história da humanidade.

A Razão e a Fé na história da humanidade


A Fé veio primeiro. Os primeiros textos sagrados do Hinduísmo, os Vedas, foram escritos há
mais de 3.500 anos. As origens das religiões, porém, têm raízes na Pré-História!
Já a Razão surgiu junto com a Filosofia em contraposição a religião. Isso aconteceu em meados
do século VI antes de Jesus nascer. Sendo assim, a Filosofia é consideravelmente mais nova que
a religião. E, desde o surgimento da Filosofia, a Razão e a Fé se tornaram conceitos antagônicos.

Todavia, foi só durante a Idade Média que o conflito se acirrou (principalmente no Ocidente)


por conta do surgimento do Cristianismo. Religião que, como você sabe, surge inspirada num
mano “gente boa” chamado Jesus.

Causas do antagonismo Razão e Fé


Tanto a Filosofia quanto a religião estão tentando explicar o mundo segundo seus próprios
princípios e metodologias. Apesar de sua intenção ser a mesma, suas conclusões e a maneira
que elas são obtidas diferem muito.

A galera adepta da Razão entendia que o cosmos era algo regido por leis naturais e
compreensíveis. Embora houvesse (e ainda há) desacordo a respeito das explicações de como o
mundo foi criado, como ele funciona, qual é o nosso papel nele, tudo isso é explicável
racionalmente para os adeptos da Razão.

Ora, a Filosofia formula que para entendermos o mundo não basta ter Fé, “au contrarie”, sua
característica fundante é suspeitar de tudo. Partindo daí (da duvida) para que realmente
possamos entender algo como verdadeiro, são necessárias comprovações, sejam elas por meio
das ciências humanas, exatas, biológicas ou qualquer que seja o artificio. O importante é que
seja Racional.

Assim sendo, é unicamente por meio da Razão que conseguimos entender o cosmos, pois,
somos seres dotados de Razão. Tendo em vista que o cosmos é ele próprio racional, é através
da Razão (logos) que nós conhecemos o mundo e reconhecemo-nos como elemento do
cosmos.

Já quem prima pela Fé acredita no modelo teocêntrico, isto é, a compreensão do mundo se dá a


partir da compreensão da entidade (Zeus, Alá, Deus, Jeová, Javé, Odin, Heka, Olodumare,
Brahma, Nhanderuvuçú, ou seja lá quem for) criadora do cosmos.

Dessa forma, a origem das coisas será bastante diferente dependo da Fé que as pessoas
adotarem. Por exemplo, a origem dos macacos, segundo a Fé Asteca, dá-se quando os
humanos, que foram assomados por um grande vento feito por Quetzalcóatl, precisaram
agarrar-se em árvores.

Dessa forma, transformaram-se em macacos. Algo parecido explica a origem dos peixes nessa
civilização. Para os astecas, os humanos viraram peixe para não morrerem no dilúvio causado
pela deusa Chalchiuhtlicue.

Outra explicação um tanto quanto curiosa para a origem do mundo é a apresentada pela
mitologia nórdica. Nela Odin e seus irmãos carregaram o corpo do pai (o gigante Ymir) e assim
fizeram a Terra de sua carne e as rochas de seus ossos. Seu sangue deu origem aos lagos e
mares, a abóbada celeste foi formada de seu crânio esfacelado. Peculiar né?

Pegando, então, essas explicações como modelo, você consegue notar como não há um critério
racional para explicar as coisas. Tampouco evidências que sustentem essas teorias. O que há é o
que chamamos de Teocentrismo.
Por Teocentrismo entendemos a teoria que considera uma entidade divina como centro do
cosmos e responsável pela criação de tudo o que há no universo. Esta ideia era fortemente
defendida na Idade Média (e ainda hoje), o que gerava conflito. Pois, há na explicação pela fé
apenas uma narrativa fantasiosa sobre a origem das coisas e não provas racionais. Confirmando
assim o antagonismo entre Razão e Fé.
CONCLUSÃ O

Muitos debates da Filosofia podem parecer ultrapassados, mas este com certeza se mantém
muito atual. Neste trabalho vimos, e entendermos como Razão e Fé são encaradas pela
sociedade e principais correntes filosóficas!

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