Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

CURSO DE DIREITO

Beatriz Gonçalves Trindade


Juliana Rodrigues Teixeira
Karolaine Virgilio de Souza

ANÁLISE DE CASO CONCRETO DE CESARE BATTISTI

NITERÓI

2021
Beatriz Gonçalves Trindade
Juliana Rodrigues Teixeira
Karolaine Virgilio de Souza

ANÁLISE DE CASO CONCRETO DE CESARE BATTISTI

Trabalho de análise do caso concreto de


Cesare Battisti por meio de conceitos
estudados em aula para obtenção de nota na
disciplina de Direito Público das Relações
Internacionais I.

Professor: Evandro Menezes de Carvalho

NITERÓI

2021
No mundo jurídico, existem determinados casos concretos que se tornam referência
para professores e alunos. O Direito Público das Relações Internacionais possui alguns casos
que alcançam grandes proporções midiáticas, aqui no Brasil tivemos o caso Cesare Battisti. A
análise jurídica deste caso envolve temas como direito internacional dos refugiados,
refugiados e direito de asilo, expulsão e extradição, condição jurídica do estrangeiro, entre
outros.

Assim, face às diversas possibilidades jurídicas que cercam esse tema, este trabalho
tem como objetivo abordar o caso Cesare Battisti sob a ótica do Direito Público das Relações
Internacionais. Dessa forma, serão abordados, primeiramente, os fatos ocorridos na Itália e
em seguida, será analisado o rumo em que o processo tomou no Brasil, traçando uma linha do
tempo entre os acontecimentos. E por fim, serão elucidados alguns principais institutos de
Direito Público das Relações Internacionais envolvidos no processo, como por exemplo,
expulsão e extradição, direito internacional dos refugiados, refugiados e direito de asilo.

SOBRE O CASO

O caso concreto abordado retrata questões muito importantes, as quais envolveram


direta e indiretamente divergências de nível internacional. Em relação ao caso Cesare Battisti
nascido em 1954, é um escritor e ex-ativista do Proletários Armados pelo Comunismo - PAC,
o qual consiste em um grupo militante e terrorista de extrema-esquerda. É válido
observarmos alguns pontos como, por exemplo, a década de 70, momento em que a Itália, seu
país de origem, passava por uma crise política com momentos conflituosos e conturbados
conhecido como “Anos de Chumbo”.
No ano de 1976, o jovem Battisti com a idade de 22 anos, era bastante ativo em
manifestações estudantis, que resultaram em sua adesão ao grupo de extrema esquerda, o qual
não chegou a alcançar uma dimensão nacional, o PAC não durou muito tempo, tendo a
extinção por aproximadamente três anos após a sua criação. A este grupo forma atribuídos
crimes de natureza grave como, por exemplo, os homicídios, entre 1977 e 1979, de quatro
pessoas: um carcereiro, um joalheiro, um açougueiro e um policial. No ano de 1979, Battisti
foi detido e, dois anos depois, recebendo uma pena de treze anos de reclusão e cinco meses
de detenção, por ter participado de grupo armado e realizado ocultamento de armas, porém
Battisti conseguiu fugir para a França após alguns meses de detenção.
No ano de 1988, especificamente no mês de dezembro, houve um agravamento na
situação de Battisti, uma vez que um dos membros do grupo PAC chamado Pietro Mutti, fez
uso do programa de delação premiada contou fatos e acontecimentos os quais incluem os
antigos colegas, o que levou Battisti a ser condenado à prisão perpétua, pelos quatro
homicídios acima citados.
Já no ano de 1991, a Corte de Apelação de Milão confirmou a sentença dada em
primeira instância. Neste mesmo ano, a Itália pediu a extradição de Battisti à França, situação
esta em que o pedido foi negado por decisão da Corte de Apelação de Paris, uma vez que
durante muitos anos esteve sob a proteção do presidente François Mitterrand, nesta época
tornou-se escritor de sucesso e publicou livros com sua trajetória na luta armada, tal proteção
ocorreu pelo fato que na França estava em vigor a chamada “Doutrina Mitterrand", através da
qual o Estado francês concedia asilo político aos extremistas italianos que tivessem
abandonado a luta armada.
No ano de 1995, entretanto, foi eleito para a Presidência da França o ex-prefeito de
Paris Jacques Chirac, o qual cancelou a validade da doutrina. Em 2002, a Itália realizou novo
pedido referente à extradição de Battisti, o que foi autorizado pelas autoridades francesas em
2004. Ainda no ano de 2004 Battisti fugiu novamente, desta vez para o Brasil. No dia 18 de
março de 2007, houve uma operação com trabalho em conjunto da Polícia Federal brasileira
com a Interpol, além de órgãos policiais representantes da França e da Itália, o resultado foi a
prisão de Cesare Battisti no Rio de Janeiro, situação que incentivou o governo italiano a
solicitar, pela terceira vez, a extradição do italiano, desta vez para o governo do Brasil.
Durante o processo de extradição, o qual foi de responsabilidade do Supremo Tribunal
Federal, Battisti solicitou refúgio ao governo brasileiro, com base no artigo 1º, inciso I, da Lei
9474/97, o qual “Define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de
1951, e determina outras providências’’, uma vez que permite a concessão deste instituto
àqueles que estão sofrendo qualquer tipo de perseguição política. O STF suspendeu a
tramitação do pedido de extradição, por conta do pedido de refúgio, baseado no artigo 34 da
mesma lei, o qual define que “A solicitação de refúgio suspenderá, até decisão definitiva,
qualquer processo de extradição pendente, em fase administrativa ou judicial, baseado nos
fatos que fundamentaram a concessão de refúgio’’. Dessa forma, Battisti permaneceu preso
para aguardar a decisão final quanto ao seu pedido.
DIREITO DE ASILO

Também chamado de asilo político por alguns doutrinadores, é definido da seguinte


forma:

Asilo político é o acolhimento, pelo Estado, de estrangeiro perseguido alhures -


geralmente, mas não necessariamente, em seu próprio país patrial — por causa de dissidência
política, de delitos de opinião, ou por crimes que, relacionados com a segurança do Estado,
não configuram quebra do direito penal comum.[1]

O asilo pode ser de dois tipos: político (ou territorial) e diplomático.

O asilo político ou territorial é o tipo mais comum, e baseia-se nos casos em que um
Estado qualquer concede asilo a um estrangeiro que se encontra dentro do espaço territorial
deste Estado, alegando que precisou fugir do seu país de origem por sofrer perseguição
política. A legislação internacional proíbe o asilo político nos casos de crime comum ou atos
contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Proíbe-se também a concessão de
asilo político nos casos de crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade.

Além disso, existe o asilo diplomático, que é uma espécie de forma provisória do
asilo político. Sendo uma característica da América Latina, não sendo muito utilizado em
outros continentes. De acordo com o artigo 1º do Decreto nº 42.628/57, o asilo diplomático é
aquele concedido em legações (sede de missão diplomática ou residência do chefe desta
missão), navios de guerra e acampamentos ou aeronaves militares, a pessoas perseguidas por
motivos ou delitos políticos. [2]

Portanto, a única diferença entre eles é que o asilo político é concedido no território
do Estado asilante, enquanto o asilo diplomático é concedido fora de seu território, nos locais
em que a legislação permite. Assim que o asilo diplomático é concedido, o Estado que
concedeu deve informar ao Estado que está perseguindo politicamente o asilado, que deverá
providenciar um salvo-conduto, que permita ao asilado dirigir-se ao território do país asilante.
Após esses procedimentos, o asilo diplomático será substituído pelo asilo político, de acordo
com as regras daquele Estado.

No Brasil, a concessão do asilo político está prevista no artigo 4º, inciso X, da


Constituição de 1988 e apesar de citar somente o asilo político, o inciso deve ser interpretado
de forma a também incluir o asilo diplomático. Além disso, esse tema também está previsto
nos artigos 28 e 29 da Lei 6.815/80 (Lei do Estrangeiro).

O REFÚGIO

O artigo 1° do Estatuto dos Refugiados considera como refugiado todo indivíduo


que devido a temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo
social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não
queira acolher-se à proteção de tal país. Logo, os motivos que levam a concessão do refúgio
não se resumem somente a elementos políticos, mas sim a uma grave violação aos direitos
humanos.

Apesar de serem institutos humanitários, o asilo e o refúgio diferem quanto a sua


natureza. Enquanto o refúgio possui um caráter mais universal, o asilo possui um caráter mais
local. Visto que, o asilo é concedido somente a uma única pessoa, enquanto o refúgio pode
ser concedido a um grupo de pessoas.

Em 1977 foi publicada a Lei nº 9.474/97, que tinha como objetivo delinear
mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados. A partir daí, foi criado o
Comitê Nacional para os Refugiados – CONARE, órgão colegiado, vinculado ao Ministério
da Justiça e Segurança Pública, que tem por objetivo deliberar sobre as solicitações de
reconhecimento da condição de refugiado no Brasil.

O artigo 3º da Lei nº 9.474/97 veta o benefício de refúgio para aqueles que tenham
cometido crimes contra a paz, contra a humanidade, crimes de guerra, crime hediondo,
participado de atos terroristas ou tráfico de drogas. Além disso, o artigo 33 dispõe que a
concessão do refúgio impede a extradição, desde que seja “baseado nos fatos que
fundamentaram a concessão de refúgio.”[3]
EXPULSÃO E EXTRADIÇÃO

Em um primeiro momento iremos abordar a diferença entre o Instituto de Expulsão e


o de Extradição visto que é comum ocorrer certa dúvida em relação a eles.
A Expulsão é uma medida coercitiva de retirada compulsória do estrangeiro nocivo ou
incoveniente, como abordado no Art. 54 da Lei 13.445/17, isso porque, segundo o inciso I:
ele cometeu crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de
agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de
1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ou, Inciso II: cometeu
crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as
possibilidades de ressocialização em território nacional. A expulsão, por sua vez, acarreta no
impedimento do estrangeiro de voltar por prazo determinado, seguindo o Art. 45, da lei citada
acima. a Expulsão é objeto de procedimento administrativo no Ministério da Justiça e a
competência é do presidente da República ou do Ministro da Justiça. Ela é materializada na
forma de decreto e garante a proibição do retorno do estrangeiro, salvo revogação do decreto.
A Extradição está ligada à necessidade de reciprocidade do Tratado Internacional. Ela
ocorre quando um estrangeiro que está no Brasil comete um crime em outro país e é
condenado. É necessária uma sentença condenatória final, ou ainda uma ordem de prisão. De
acordo com a Constituição Federal de 1988 não pode haver a extradição de brasileiros, salvo
no caso de naturalizados que tenham cometido crime comum anterior à naturalização ou de
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes. No Brasil também é vedada a extradição de
pessoas que tenham cometido crimes políticos, salvo casos em que o indivíduo tenha
cometido também crimes comuns, seguindo o Art. 82, inciso I. O Art. 82 da Lei 13.445/17
apresenta uma série de possibilidades nas quais não será admitida a extradição. São elas: I, o
indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro nato.II, o fato que motivar o
pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente.III, o Brasil for
competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando. IV, a lei
brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois) anos. V, o extraditando estiver
respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato
em que se fundar o pedido.VI, a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei
brasileira ou a do Estado requerente. VII, o fato constituir crime político ou de opinião. VIII,
o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo de exceção.
IX, o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei nº 9.474, de 22 de julho de
1997 , ou de asilo territorial. A extradição, por sua vez, tem competência compartilhada entre
o Supremo Tribunal Federal e o Executivo, como observado no caso Cesare Battisti.

FASES DA EXTRADIÇÃO

Já foi explicado anteriormente o que é extradição e agora abordaremos um pouco


melhor sobre as fases desse processo e os possíveis pedidos que podem impactar ou não
nessa decisão, buscando sempre nos voltar para o caso concreto que está sendo avaliado no
presente trabalho.
A primeira fase da extradição ocorre quando o Ministério das Relações Exteriores
recebe o pedido da extradição e, por sua vez, o encaminha para o Supremo Tribunal Federal.
Vale destacar que, com a lei 13.445 de 2017, que institui a Lei de Imigração, o processo
também poderá ser feito pelas autoridades centrais designadas para esse fim.
A segunda fase é a judicial e, por sua vez, guiando-se pelo Art. 102, I, Ali.g da
Constituição Federal, compete ao Supremo Tribunal Federal a extradição solicitada por
Estado estrangeiro”. Para tal, o STF analisa uma série de requisitos para a extradição, se eles
forem cumpridos ele autoriza o Presidente da República a providenciar a extradição. Caso a
análise os leve a crer que os requisitos não foram cumpridos, o STF recusa a extradição
impedindo assim a entrega do Extraditando.
A terceira fase seria a de competência do Presidente da República, na qual ele, por sua
vez, optaria pela extradição ou não. Contudo, nessa questão surge uma discussão se o
Presidente é obrigado a aceitar a decisão do STF ou não que abordaremos mais a frente.

PAPEL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E PRESIDENTE NA EXTRADIÇÃO

Para a resolução do caso de extradição de Cesare Battisti houve então o julgamento do


STF sobre quem teria a palavra final em relação à possível extradição de Cesare Battisti. Se a
decisão final fosse do Supremo ficaria claro que Battisti seria extraditado, entretanto, se a
palavra final fosse do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caberia a ele tomar essa
decisão. A temática em si já é motivo de bastante discussão e divergência na Doutrina, há
quem defenda que a palavra final deve ser do STF bem como há quem defenda que ela deve
ser do Presidente da República. Por fim, em uma quantidade de 5 votos a 4 chegou-se a
conclusão que a decisão final acerca da extradição caberia ao Presidente da República.
O relator do processo, o Ministro Cezar Peluso, teve o seu voto pela obrigatoriedade
do Presidente em seguir a decisão do STF. A Ministra Ellen Gracie entendeu da mesma forma
e em seu voto afirmou que:

Nós não temos tempo para estar aqui a redigir e recitar votos tão extensos e
ilustrados para que nada aconteça, para que não haja consequências. Há
consequências sim nas decisões e nas manifestações do Supremo Tribunal Federal.
Quando ele se manifesta, como no caso, pela legitimidade do pedido encaminhado
pelo Estado estrangeiro, comunica isso ao Presidente da República; e o Presidente
da República, como representante da nação brasileira no concerto das Nações,
cumpre, executando os atos de entrega

Dentre os ministro que votaram de maneira contrária da acima citada tem-se o Ministro
Joaquim Barbosa que, em seu voto, afirmou que:

A extradição, como todos sabemos, inscreve-se no rol de atos e procedimentos que


formam as relações internacionais de um dado país. Matéria, portanto,
indiscutivelmente de alçada do Poder Executivo. Não é o Supremo Tribunal Federal
quem concede a extradição, mas sim o Presidente da República, a quem cabe a
palavra final em matéria de relações internacionais.

Apesar do julgamento do Supremo Tribunal Federal ter ocorrido em novembro de 2009,


apenas em 31 de Dezembro de 2010, em seu último dia como Presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva vetou a extradição de Battisti. Três dias após a defesa entrou com o pedido de liberdade
do italiano visto que tal veto acabava também com a necessidade de manter Battisti sob custódia. A
decisão teve como fundamento um parecer da Advocacia Geral da União (Parecer
AGU/AG-17/2010). Em seu conteúdo tem-se que:

Opina-se, assim, pela não autorização da extradição de Cesare Battisti para a Itália,
com base no permissivo da letra f do número 1 do art. 3 do Tratado de Extradição
celebrado entre Brasil e Itália, porquanto, do modo como aqui argumentado, há
ponderáveis razões para se supor que o extraditando seja submetido a agravamento
de sua situação por motivo de condição pessoal, dado seu passado, marcado por
atividade política de intensidade relevante. Todos os elementos fáticos que
envolvem a situação indicam que tais preocupações são absolutamente plausíveis,
justificando-se a negativa da extradição, nos termos do Tratado celebrado entre
Brasil e Itália.
Em Dezembro de 2018 o Ministro Luiz Fux revogou a sua antiga decisão que impedia a
extradição de Battisti. A partir daí, foi ordenada a sua prisão. Um dia após o presidente Michel Temer
assinou o decreto que autorizava a extradição. A partir deu-se início a procura por Battisti, entretanto,
como não conseguiram localizar o mesmo foi considerado foragida da justiça bem como buscado pela
Interpol.

Após cerca de um mês o italiano foi localizado e preso na Bolívia em Santa Cruz de la Sierra,
onde residia ilegalmente. A partir daí tinham duas opções: Battisti poderia ser enviado novamente
para o Brasil para de lá ser extraditado, mas nesse caso sua pena ficaria restrita a 30 anos como
solicitado por Brasília no acordo de extradição, ou ele poderia ser extraditado diretamente da Bolívia.
Optando pelo último caso Cesare Battisti foi enviado de avião diretamente para a Itália por
investigadores italianos da Interpol.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Olívia A. Com lenço, sem documento: gênero, apatridia e direito nas relações
internacionais. p. 267-286. VITALE, Denise; NAGAMINE, Renata (org). Gênero, direito e
relações internacionais: debates de um campo em construção. Salvador: EDUFBA, 2018.
BERTONHA, João Fábio. O Brasil, os imigrantes italianos e a política externa fascista,
1922-1943. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 40, n. 2: p. 106-130,
1997.
BRASIL. Advocacia Geral da União. Parecer nº AGU/AG-17/2010. Interessado: Cesare
Battisti. Ementa: Extradição 1085 – República Italiana. Supremo Tribunal Federal. Margem
de discricionariedade do Presidente. Aplicação do Tratado. Ponderáveis razões para
suposição de que o extraditando poderia ser submetidos a atos de discriminação, por motivo
de situação pessoal. Brasília, 28 de dezembro de 2010.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Decreto nº 42.628, de 13 de novembro de 1957. Promulga a Convenção sobre Asilo
Diplomático, Assinada em Caracas a 28 de Março de 1954. Diário Oficial da União, Seção 1.
19 nov. 1957. p.26.054. Disponível em WWW.planalto.gov.br. Acesso em: 29 ago. 2021.
BRASIL. Decreto nº 4.388, de 25 de Setembro de 2002, Promulga o Estatuto de Roma do
Tribunal Penal Internacional. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4388.htm>. Acesso em: 29 ago. 2021.
BRASIL. Lei Federal Nº 9.474, de 22 de Julho de 1997. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9474.htm. Acesso em: 29 ago. 2021.
BRASIL, Lei 13.445, de 24 de Maio de 2017, Institui a Lei de Migração. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm>. Acesso em: 29
ago. 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Extradição nº 1.085. Requerente: Governo da Itália.
Extraditando: Cesare Battisti. Relator: Ministro Cezar Peluso. Brasília, 16 de dezembro de
2009.
GUERRA, Sidney. Alguns aspectos sobre a situação jurídica do não nacional no Brasil: da
Lei do Estrangeiro à Nova Lei de Migração. Revista Direito Em Debate, v. 26 n. 47, p.
90-112, 2017. https://doi.org/10.21527/2176-6622.2017.47.90-112
REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 13 ed.São Paulo:
Saraiva, 2011.
TIBURCIO, Carmen. A Nacionalidade à luz do Direito Internacional e brasileiro.
Cosmopolitan Law Journal, v. 2, n. 1, jun. 2014, p. 131-167.

Você também pode gostar