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Paz Sebastião Gento

Algumas particularidades aspectuais de alguns tempos gramaticais em português:


pretérito imperfeito, pretérito perfeito simples e pretérito perfeito composto: caso dos
alunos da escola secundária de Francisco Manyanga.

Licenciatura em Ensino de português

3˚Ano

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2022
Paz Sebastião Gento

Algumas particularidades aspectuais de alguns tempos gramaticais em português:


pretérito imperfeito, pretérito perfeito simples e pretérito perfeito composto: caso dos
alunos da escola secundária de Francisco Manyanga.

Trabalho de pesquisa da cadeira de Sintaxe,


Semântica e pragmática I (SSPPI) a ser
apresentado no Curso de licenciatura em
português, como requisito de avaliação.

Docente: Prof. Doutor Rufino Alfredo

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2022
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Índice
1 . Introdução.............................................................................................................. 4

1.2. Objectivos gerais ..,............................................................................................ 4

1.3. Objectivos específicos ...................................................................................... 4

2. Capítulo I- Revisão bibliográfica ...............................................,...................... 5

2.1. Pretérito Imperfeito ...........................................................................................5

2.2. Pretérito Perfeito Simples ............................................................................... 6

2.3. Pretérito Perfeito Composto ............................................................................7

3. Capítulo II -Metodologia .......................................................................................9

3. Técnica de recolha de dados ..,............,............................................................. 10

3.1.Observação. ........................................................................................................ 10

3.2.Questionário. ...................................................................................................... 10

3.3.Entrevista ..............................................................................................................10

3.4. Entrevista aos alunos .......................................................................................10

3.5.População ..............................................................................................................11

3.4.Amostra .................................................................................................................11

4.Capítulo III- Análise e interpretação de dados ..............................................11

5. Considerações finais ............................................................................................12

6. Referência Bibliográfica. ...................................................................................14

1.Introdução
4

Neste presente trabalho de pesquisa da cadeira Sintaxe, Semântica e Pragmática do


Português I (SSPPI), primeiramente dizer que, vimos ou estudamos muitas coisas que
tinha a ver com as questões de semântica do Português e até desde então falamos das
questões que tem a ver com a semântica do Português. Para depois vermos ou
estudarmos sobre o que tem a ver com a sintaxe do Português.

Portanto, ainda importa a abordar sobre tudo o tema do presente trabalho abordar-se-á
de algumas particularidades aspetuais de alguns tempos gramaticais em Português:
pretérito imperfeito, pretérito perfeito simples e pretérito perfeito composto.

Sendo assim, olhando aos todos tempos gramaticais aqui pressupostos estão envolvidos
no aspecto gramatical. Ora, aspecto gramatical: o contexto gramatical permite construir
novos valores aspectuais a partir do valor aspectual básico (lexical)—a interação de
diferentes, tempos verbais, verbos auxiliares aspetuais, estruturas de quantificação,
advérbios e locuções adverbiais permite representar situações acabadas e não acabadas ,
iterativas, habituais e genéricas. E, com objecto de estudo estudar as diferentes maneiras
sobre tudo como se comportam os tempos gramaticais em Português, na perspectiva
aspecto gramatical.

1.2. Objectivos gerais

 Compreender algumas particularidades aspetuais de alguns tempos gramaticais


em Português: pretérito imperfeito, pretérito perfeito simples e pretérito perfeito
composto e;

 Conhecer as características de cada tempo gramatical em Português.

 1.3. Objectivos específicos

 Analisar como se comportam os tempos gramaticais em Português, no aspecto


gramatical;

 Diferenciar os diferentes tipos de tempos gramaticais e;

 Identificar os tipos de tempos gramaticais em Português.

2. Capítulo I- Revisão bibliográfica

2. Algumas particularidades de alguns tempos gramaticais em Português: pretérito


imperfeito, pretérito perfeito simples e pretérito perfeito composto são de alguns
tempos gramaticais que se encontram no aspecto gramatical.

Aspecto Gramatical: traduz uma forma de perspectivar uma dada situação a partir de
elementos linguísticos contidos na frase, como os tempos verbais, advérbios e locuções
adverbiais temporais, ou verbos de operação aspectual, verbos auxiliares, modificadores
(começar a, deixar de etc).
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2.1. Pretérito Imperfeito

É um tempo gramatical com informação de passado, mas que em muitas construções


não apresentam características temporais. Com efeito, por ser um tempo alargado, pode
alterar o tipo de evento, havendo uma sobreposição parcial ou total com um tempo do
passado, ou ainda uma relação de inclusão.

Vejam-se os exemplos a seguir:

(1) A Maria lia o jornal quando a Joana chegou.

(2) Ontem a Maria estava doente.

(3) A Maria estava doente às 5 horas da tarde.

O primeiro destes exemplos mostra que o evento ler o jornal perdeu a sua culminação e,
ao mesmo tempo, a chegada da Joana está incluída no tempo de ler o jornal, que pode
ter continuado para além da chegada. Com os estados, tendo em conta os adverbiais das
frases (2)-(3), verifica-se que, preferencialmente, no primeiro caso há uma sobreposição
temporal entre os dois intervalos e que no segundo destes exemplos o adverbial está
incluído no intervalo de estar doente.

No entanto, nem sempre o imperfeito apresenta características do tempo relativo a um


ponto de perspectiva tempo do passado. Vejam-se alguns exemplos ilustrativos:

(4) Eu, neste momento, bebia um cafezinho...

(5) Estava à tua espera desde ontem.

(6) Se a Rita chegar/chegasse a tempo, íamos ao concerto.

(7) Amanhã ia falar consigo ao escritório, está bem ?

Verifica-se que nos dois primeiros exemplos deste grupo o ponto de perspectiva
temporal é o tempo da enunciação, através de neste momento e desde ontem (até agora),
mas em (4) pode haver uma projecção para um futuro (iminente), eventualmente
articulado com uma condicional, enquanto em (5) o uso do imperfeito indica que o
estado descrito (estar à espera) já não é relativamente no momento da enunciação. Nos
outros dois exemplos o ponto de perspectiva temporal é um tempo posterior ao da
enunciação, estabelecidos, num caso, pela condicional e, no outro, pelo advérbio
amanhã.

Estas observações permitem considerar que o imperfeito não denota sempre um tempo
do passado, mas que pode também expressar modalidade.
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2.2. Pretérito Perfeito Simples

É claramente um tempo do passado, embora não seja perfectivo na medida em que não
determina na maior parte dos casos a existência de um estado consequente. É, no
entanto, sempre terminativo, isto é, marca um momento em que um estado ou evento
terminou, podendo só nos casos em que há culminação inferir-se um estado
consequente, como em (8)-(9): “a carta está escrita” e a “corrida está ganha”. Vejam-
se os seguintes exemplos:

(8) A Maria esteve doente.

(9) A Maria escreveu a carta.

(10) A Maria ganhou a corrida.

(11) A Maria comeu.

Embora o ponto de perspectiva temporal seja tipicamente o tempo da enunciação, o


pretérito perfeito pode também em alguns casos articular-se com um tempo posterior:

(12) Quando a Maria voltar da viagem daqui a um mês, já o Rui concluiu o há uma
semana.

Quando ocorre uma sucessão de frases no pretérito perfeito, estamos perante uma
sucessão de evento e neste caso considera-se que cada uma das ocorrências serve de
ponto de referência para seguinte, como em (13).

(13) A Maria entrou no gabinete , cumprimentou os colegas e sentou-se à secretária.

2.3. Pretérito Perfeito Composto

Como já se disse antes, este apresenta algumas especificidades em Português. C efeito,


o pretérito perfeito composto não perfectividade, nem claramente tempo passado, mas
antes a duração de uma situação iniciada no passado e que continua no presente (da
enunciação), podendo ainda apresentar apresentar uma leitura de iteratividade, por vezes
apoiada por expressões adverbiais.

Este efeito de iteratividade é uma peculiaridade do português sujeita, no entanto, a


algumas restrições. Ocorre só neste tempo nas formas do indicativo e só com alguns
predicados eventivos que apresentem culminação, uma vez que os que não apresentam
necessitam de ¹ adverbiais que confirmem tal leitura. Acresce ainda que a natureza
semântica dos complementos pode também ser pertinente. Os exemplos que se
apresentam a seguir confirmam estas observações.

(14) O Rui tem visitado a avó.


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(15) É possível que o Rui tenha visitado a avó.

(16) O Rui tem escrito uma carta/? a carta/ cartas todos os dias.

(17) O Rui tem corrido *(todos os dias).

(18) O Rui tem estudado muito/ todos os dias.

(19) O Rui tem ganho a maratona (todo os dias).

(20) O Rui tem estado doente.

Os dois primeiros exemplos mostram o contraste dos modos, tornando claro que só no
indicativo é possível uma leitura de iteratividade. (16) revela que a natureza do
complemento é pertinente, enquanto (17)-(19) tornam evidente a necessidade de um
adverbial. Por outro lado, (20) apresenta só uma leitura temporal, não necessitando de
qualquer expressão adverbial de quantificação. Caso esta ocorra, como, por exemplo
“todos os meses”, então é possível considerar várias ocorrências delimitadas do estado
de doença. Em contextos mais alargados alguns destes exemplos podem ocorrer sem um
adverbial de quantificação, que, no entanto, se infere.

Está leitura de iteratividade perde-se também se o ponto de perspectiva temporal não for
o momento da enunciação:

(21) Quando a Rita chegar a casa da avó, já o Rui a tem visitado.

(22) Quando a Rita chegar a casa da avó, já o Rui tem lido o jornal *todos os dias.

Assim, o traço comum a todos os casos parece ser a marcação de um início


indeterminado de um estado ou de um evento anterior ao presente da enunciação que
pode continuar para além deste. Se o ponto de perspectiva temporal não for o presente,
então não existe continuidade para além desse ponto.

O efeito de iteratividade parece estar relacionado com o facto de a duração estabelecida


pelo pretérito perfeito composto ser bastante vaga; o que é também uma característica
dos estados. Ora, se as situações que incluem culminação, não a perdem, pode-se por
iteração obter um novo estado. No caso de processos não parece ser possível o pretérito
perfeito composto sem o apoio de expressões quantificacionais na medida em que,
sendo eventos divisíveis, é necessário estabelecer limites para obter esse efeito.

Quanto aos estados, a leitura iterativa não ocorre naturalmente porque se está perante
um tipo de situação que não é delimitada por natureza, não havendo nem completude
nem terminação. No entanto, podem ocorrer estados no pretérito perfeito composto com
adverbiais de quantificação temporal e nesse caso o efeito de iteratividade ocorre em
virtude dos adverbiais, sendo só possível com alguns tipos de estados, nomeadamente os
faseáveis, por ser possível atribuir-lhes delimitações temporais:

(23) Ele tem estado doente todas as semanas/ frequentemente/muitas vezes.


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(24) * Ele tem sido alto todas as semanas/frequentemente/muitas vezes.

Em suma, o pretérito perfeito composto tem uma informação temporal diversa de outros
tempos passados e pode, sob certas condições, desencadear um estado iterativo,
nomeadamente com evento.

3. Capítulo II -Metodologia

Para a maior credibilidade dos factores que influenciam esta problemática, utilizou-se o
método de observação directa ou entrevista, observação e questionário que permite lidar
o caso-realidade de forma quantitativa relacionada os dados, e os dados serão recolhidos
a partir de fonte orais e escritas e a pesquisa bibliográfica.

Segundo, GIL (1996:48) a pesquisa bibliográfica é desenvolvido “a partir de material


já elaborado, constituído principalmente livros e artigos científicos (...)”

Quanto a ideia acima exposta, este método usou-se na tentativa de fornecer uma
descrição, discussão das ideias de vários autores patente neste trabalho.

Outros sim, para elaboração deste trabalho de pesquisa baseia-se na pesquisa


bibliográfica como se referiu anteriormente, isto é, revisão bibliográfica, esta
metodologia que consistiu em fazer consultas bibliográficas dos conceitos em vários
autores, pela leitura, análise de diferentes obras que abordam o tema em causa.

3. Técnica de recolha de dados

3.1.Observação

De acordo com MARCON & LAKATOS (2009), a observação directa é uma técnica de
recolha de dados para conseguir informações utilizando sentidos na obtenção de
determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também
em examinar factos ou fenómenos que se deseja estudar.

Com base nesta técnica, o autor observou durante a assistência das aulas e planificação
das aulas que os alunos ainda têm problema na distinção de alguns tempos gramaticais
em Português.

3.2.Questionário

De acordo com MICHAL (2005), questionário é um instrumento constituído por uma


série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrita e sem a presença
do pesquisador, por esse motivo deve se atentar para o cuidado de elaboração das
perguntas, para que não haja dificuldade de percepção. Assim sendo:
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Para esta pesquisa foi usada esta técnica que consistiu na elaboração do questionário
para entrevistar os 10 alunos ao nível de recolha de dados sobre como é que os mesmos
implementam alguns tempos gramaticais em Português na escola.

3.3.Entrevista

Para GIL (1989), define entrevista como sendo uma técnica que o entrevistador se
apresenta frente ao entrevistado e lhe formula perguntas com objectivo de obtenção de
dados que interessa a investigação. Na concretização deste trabalho o autor
entrevistará aos alunos para saber-se sobre o processo de distinção de alguns tempos
gramaticais em no processo de ensino-aprendizagem nas escolas.

3.4. Entrevista aos alunos

O que são os tempos gramaticais em Português ? Mencione-os. De que maneira se


comportam os tempos gramaticais em Português ?

Mediante nestas perguntas quer salientar-nos que 25% acertaram e 75% não acertaram
porque os professores não explicam-lhes passo a passo para eles entenderem sobre os
tempos gramaticais em Português. A partir deste depoimento a análise feita, pode se
concluir que há despacho no processo de ensino-aprendizagem por parte dos
professores.

3.5.População

Portanto como acima está referida importa-nos dizer que na zona na qual pesquisei tem
10 alunos dos quais estudam nas escolas diferentes e também outros no curso diurno e
outros noturno..

3.4.Amostra

Tendo implementado as técnicas e recolha de dados pode-se obter de forma


generalizada os seguintes dados: o efectivo de professores com formação
psicopedagógica existente nas escolas é de 75% e 25% sem formação psicodagógica.

O aproveitamento dos alunos da 8ª classe situa-se na ordem 50%..

4.Capítulo III- Análise e interpretação de dados

Quanto a esta questão o objectivo é trazer uma discussão e análise dos resultados
recolhido na entrevista feita numa simples comparação com que já conhecida do
problema levado.

Seguem-se as questões dirigidas aos alunos das diferentes escolas, por várias razões
alheias a nossa vontade não fora possível contactar os respectivos elementos:
professores e inclusive o director. Mas alguns dos alunos da minha zona de diferentes
10

escolas. Hei-de salientar que como mostra foi possível entrevistar um universo de 10
alunos que a seguir apresentaram as respectivas respostas.

5. Considerações finais

Chegado ao fim do presente trabalho, concluiu que algumas particularidades aspetuais


de alguns tempos gramaticais em Português: pretérito imperfeito, pretérito perfeito
simples e pretérito perfeito composto são verdadeiramente alguns tempos gramaticais
em Português que fazem parte, ou seja estão envolvidos no aspecto
gramatical.Conceitualmente aspecto gramatical: traduz uma forma de perspectivar uma
dada situação a partir de elementos linguísticos contidos na frase, como os tempos
verbais, advérbios e locuções adverbiais, verbos auxiliares e modificadores.

E ainda, pretérito imperfeito percebe-se que é um tempo gramatical com informação de


passado, mas que em muitas construções não apresentam características temporais;
pretérito perfeito simples percebe-se que é claramente tempo do passado, embora não
seja perfectivo na medida em que não termina na maior parte dos casos a existência de
um estado consequente; pretérito perfeito composto percebe-se que não marca
perfectividade, nem claramente tempo passado, mas antes a duração de uma situação
iniciada no passado e que continua no presente (da enunciação), podendo ainda
apresentar uma leitura de iteratividade, por vezes apoiada por expressões adverbiais.

Com objetivo de estudar as diferentes maneiras sobre tudo como se comportam os


tempos gramaticais em Português, assim como, nós vimos ou estudamos do comportar
de cada tempo gramatical em Português, no aspecto gramatical. Visto que todos estes
tempos gramaticais aqui pressupostos encontram-se no tempo do passado, mas a cada
tempo gramatical comportando-se de sua maneira através dos advérbios na situação
aspectual. Entretanto, outros tempos, com efeito de, um tempo alargado, alteração do
tipo de evento e havendo uma sobreposição parcial ou total com um tempo do passado,
ou ainda uma relação de inclusão, ou ainda que coincide com o momento da enunciação
e também que pode acontecer posteriormente–Isto é, Pretérito Imperfeito; Ainda com
efeito de, terminação ou culminação e também existe em alguns casos que percebe-se
tendendo para um tempo posterior–Isto é, Pretérito Perfeito Simples ;E por último, com
efeito, não claramente passado dito mas antes a duração de uma situação iniciada no
passado e que continua no passado (da enunciação)–Isto é, Pretérito Perfeito Composto.

E ainda, importa salientar que existem alguns dos alunos que não têm o domínio da
distinção de alguns tempos gramaticais em Português e gostaria que os professores da
língua portuguesa levassem parte de sempre ensinar aos alunos de modo que dominem
sobre alguns tempos gramaticais em Português.
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6. Referência Bibliográfica

VERKUYL, Henk, A Theory of Aspectualiáty. The Interaction betwewn Temporal and


Atemporal structure. Cambridge: University Press, 1993.

VET, Co, Temps, Aspects et adverbes de temp en Français Contemporânea. Genè:


Librarie Droz, 1980.

VIEGA, Filomena, Aspectos da Semântica dos localizadores em Português. Tese de


Mestrado, Faculdade de letras da universidade Lisboa, 1997.

SANTOS, Pedro, Aspectos da Semântica das condicionais “se... então. Tese de


Mestrado, Faculdade de letras da universidade de Lisboa, 1992.

Gil, A.C. Como elaborar projecto de pesquisa , 4ª edição, São Paulo: Atla, 2008.
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MARCONI, M.A.& LAKATOS, E.M. Metodologia científica. 5ª edição, São Paulo,


atla, 2009.

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