Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3o Ano – Laboral
3o Ano – Laboral
Neste âmbito o presente trabalho inserido na cadeira de SSPPII versa sobre Construções de
subordinação do PM, com variação relativamente ao PE : o que simples complementador, o
preenchimento do especificador de SCOMP com material lexical de conteúdo semântico. Para a
realização deste trabalho foi adoptado a pesquisa exploratória, feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas e publicadas Gil (2008).
Objectivos
1a Fase: A posição do ESP não é ocupada por material do conteúdo fonético, e consideram-se
candidatos à posição de COMP itens de diferentes categorias: complementadores, entre os quais
sobressai o que ( hipótese (a) ) e ( algumas) preposições ( hipótese (b)).
( 7) a. Hipótese (a)
complementador que
[SCOMP- [ COMP [COMP ]]
ou
SCOMP
COMP′
COMP SFLEX
que
preposição
[SCOMP- [ COMP [COMP ]]
SCOMP
COMP′
COMP SFLEX
Prep/ Adv
Em (6) tem-se orações adverbias ( temporal e final ), verifica-se que as preposições até e para
seleccionam uma flexão finita, tal como os complementadores, podendo por essa razão
considerar-se que ocupam a posição de COMP.
2a Fase: Restringe-se o leque das categorias lexicais que podem preencher esta posição sintática
aos complemenatdores, deixando as preposições de poder ocupar o núcleo do SCOMP. Como
consequência desta mudança na gramática dos falantes do PM, sempre que a posição de COMP
é ocupada pelo complementador que, esvazia-se sintaticamente o conteúdo do SCOMP, uma vez
que este, ao contrario do que acontecia com a preposição, apenas indica o início de uma oração
subordinada finita.
(10) Hipótese ( c)
Quando a posição do COMP é ocupada pelo complementador que, a posição ESP pode ser
preenchida por material lexical com conteúdo semântico:
ou
SCOMP
ESP COMP′
COMP SFLEX
para que
b. Combinou como meu pai [SCOMP [ COMP [ eu fosse à escola ]]].
Nos exemplos (8), orações completivas são regidas pelas preposições de e para , conforme o
verbo está no modo indicativo ou conjuntivo . De acordo com a interpretação aqui definida ,
estas preposições permitem processar o conteúdo das orações que introduzem quanto ao valor de
factualidade.
Como que
(9) a. [SCOMP [ COMP [ o povo é vigilante ]]], viu logo que era ladrão.
embora que
b. Estou a tentar ser música [SCOMP [ COMP [ não sou conhecida ]]].
Quanto aos exemplos (9), eles ilustram uma estrutura sintática em que os introdutores de
subordinação não ˝canónicosˮ , como e embora, ocorrem combinados com o complementador
que , havendo, tal como nas frases (8), dois itens lexicais a introduzir as orações subordinadas. É
de salientar que as preposições (de e para) e as conjunções adverbias (como e embora)
ocupam a posição de ESP e o complementadaor que ocupa a posição de COMP.
(iii) introdução das orações adverbiais pela sequências [ Prep / Adv que] ( seja ela permitida ou
não norma padrão <ainda que> e < para que> e <embora que> ou <mal que>).
3. Conclusão
Após realização do trabalho de pesquisa concluímos que o desenvolvimento do SCOMP passa
por duas fases. Na primeira fase, consideram-se candidatos à posição de COMP
complementadores: universal que e (algumas) preposições. Na fase subsequente, restringe-se o
arsenal das categorias lexicais que podem ocupar esta posição sintática aos complentadores,
deixando as preposições de poder ocupar COMP. Na sequência da mudança operada, sempre
que a posição de COMP é ocupada pelo complementador que, esvazia-se semanticamente o
conteúdo do SCOMP, cabendo à posição de ESP de SCOMP o papel de participar na
descodificação do conteúdo da oração subordinada. Neste âmbito, observámos que a transição
duma fase para outra não é absuluta a nível das estruturas ( hipóteses (a-b). Assim as preposições
podem no na primeira fase ( hipóteses (a) e (b), ocupara a posição de COMP, e também a
posição de ESP de SCOMP.
4.Referências bibliográficas
•BRITO, A. (1990). A Sintaxe das Orações Relativas em Português. Porto: Instituto Nacional de
Investigação Científica e Centro de Linguística da Universidade de Porto;