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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recursos de Nampula

Primeiro Trabalho de Campo

Coesão textual

Fernandes Rodrigues Gabriel - 708205824

Nampula, Abril/2023
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recursos de Nampula

O Primeiro Trabalho de Campo

Coesão textual

Fernandes Rodrigues Gabriel - 708205824

Curso: Licenc. Ens. da Língua Portuguesa


Disciplina: Linguistica Discritiva de
Português III
Ano de Frequência: 4º, Turma C
Docente: dr. Manuel Sardinha

Nampula, Abril/2023

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Índice

Introdução................................................................................................................................4
Linguística Descritiva de Português III...................................................................................5
Classificação............................................................................................................................9
Flexão para adjectivos compostos.........................................................................................10
Flexão de graus......................................................................................................................10
Grau comparativo..................................................................................................................10
Comparativo de superioridade..............................................................................................10
Comparativo de igualdade.....................................................................................................11
Comparativo de inferioridade................................................................................................11
Grau superlativo....................................................................................................................11
Conclusão..............................................................................................................................13
Referencias Bibliográficas....................................................................................................14

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Introdução

O presente trabalho é da cadeira de Linguística Descritiva de Português III, o mesmo tem como
tema a coesão textual, enquadra-se, o curso de língua portuguesa de ensino a distancia no âmbito
avaliativo levado a cabo pela Universidade Católica de Moçambique, centra no estudo daquilo que
foca numa perspectiva e privilegiado o desenvolvimento nas suas capacidades que tem como os
seus objectivos: diferenciar os mecanismos das coesões, definir coesão textual e gramatical dando
os seus exemplos. Considera – se que todos os processos deverão ser implementados os seus
intervenientes. Assim estaremos a desenvolver processos educativos com significância e contributo
formativo para a melhoria a mudança e crescimento dos seus actores e organização educativa.

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Linguística Descritiva de Português III

Tratando do conceito da coesão textual diz – se que é uma ligação de palavras entre si, segundo as
regras ou mecanismos da gramática da língua ou seja é uma sequência de palavras que formam um
sentido.

Todos os processos da sequenciação que asseguram uma ligação linguística significativa entre
elementos que ocorrem na superfície textual podem ser concebidos como instrumentos da coesão
textual.

Os instrumentos de coesão textual são: coesão frásica, coesão interfrasica, coesão temporal,
coesão referencial, sendo assim existem suas diferenças de mecanismos, como:

Coesão frásica – é aquela que assegura uma ligação entre elementos linguísticos que ocorrem a
nível sintagmático e oracional, na sua superfície textual: os que asseguram nexos sequenciais entre
núcleos especificadores e complementos, como a ordem de palavras e fenómenos da concordância;
os que asseguram a identificação da estrutura de argumentos de um dado predicador, fenómenos da
concordância que exprimem, através de marcas idênticas de pessoas e números, ou de género e
numero, entre sujeito e verbo, sujeito e predicativo de sujeito entre objecto directo e predicativo do
objecto directo.

Coesão temporal – é a sequenciação dos enunciados devem satisfazer as condições sobre a


localização temporal. Inclui – se a utilização de tempos verbais, expressões adverbiais ou
preposições de valor temporal e datas. Ex: De manha, foi visitar a vila. À tarde demos um passeio
pela praia. O José telefonou anteontem para marcar uma reunião para efeitos da próxima semana.

Coesão interfrásica – ela opera por contiguidade semântica, isto é as expressões linguísticas que
entram numa relação de coesão interfrasica caracterizam – se pela co – presença de traços
semânticos idênticos ou opostos, destacam – se neste tipo de coesão, a substituição por sinonímia,
ex: A criança caiu e desatou a chorar. O miúdo nunca mais aprende a cair, disse a empregada. –
Autonomia, ex: disseste mentira?! essa historia é uma verdade pegada. – hiperonimia, ex: gosto
muito de peixe, então carapau adoro.

Coesão referencial – propriedade de qualquer texto em que se assinale, através da utilização de


formas linguísticas apropriadas que os indivíduos designados por uma dada expressão são
introduzidos pela primeira vez no texto, já foram mencionados no discurso interior, se situam no

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mesmo espaço físico perceptível pelo locutor ou pelo alocutário, existem ou não objectos únicos na
memória destes.

Assim na conectividade de textos assenta na interdependência dos seus elementos lógicos e


gramaticais.

Num texto apresenta a coesão temporal quando nele os acontecimentos ou o estado das coisas são
referidos de acordo com o que os destinatários sabem ser uma sequência possível de fenómenos do
mundo. Ao lado da coerência, a coesão é outro requisito para que sua redacção seja clara, eficiente.
A seguir, monstra – se alguns elementos que permitem que sua redacção seja coesa, para entender
melhor a coesão textual, análise como algumas palavras, frases estão ligados entre si dentro de uma
sequência, numa conhecida fabula.

Um cão de raça espantou uma lebre para fora da sua toca mas depois de longa perseguição, ele
parou a caçada. Um pastor de cabras, vendo – o parar, ridicularizou – o dizendo: Aquele pequeno
animal é melhor corrector que você.

O cão de caca respondeu:

"Você não vê a diferença entre nos: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ela por sua vida".

Sendo assim os elementos da coesão são os seguintes:

1. No inicio da fabula, as personagens são indicadas por artigos indefinidos que marcam uma
informação nova, como: um cão de caça + uma lebre + um pastor de cobras o que também
sinaliza uma situação genérica, como é típico nas fabulas.
2. Sua toca, é o pronome possessivo refere – se a casa de lebre.
3. No lugar de repetir a palavra "cão" foi usado o pronome pessoal por três vezes "ele"cão – vendo
– o mais ridicularizou – o = vendo o cão + ridicularizou o cão.
4. Para retomar o substantivo "lebre" foi usada uma expressão semelhante: aquele pequeno animal.
5. No meio de um texto há o uso do artigo definido o cão de caça e não mais um cão como no
inicio. Aqui a referencia ao animal esta sendo retomado. Já se sabe qual cão era.
6. A conjugação "mais" indica um constante: O cão corria por um jantar enquanto a lebre corria
para salvar a sua vida.

Assim elementos coesivos que organizam o texto de forma a construir também a sua coerência. A
coesão textual pode ser feita através de termos que:

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 Retoma palavras, expressões ou frases anteriormente (anafara) ou antecipam o que vai ser
dito (catafora). Na fábula são exemplos de anáforas.
 Encadeiam partes ou segmentos do texto: palavras ou expressões que criam as relações
entre os elementos do texto. Exemplo na fábula: a conjugação “mais" que, alem de ligar as
duas partes do texto (uma refere a atitude da lebre e a outra ao cão) estabelece uma
determinada relação entre elas.

A coesão por retomada ou antecipação pode ser feita por: pronomes, verbos, números, advérbios,
substantivos, adjectivos. A coesão por encadeamento pode ser feita por conexão ou por
justaposição.

1. A coesão por conexão traz elementos que:


a) Fazem uma gradação na direcção de uma conclusão: até, mesmo, inclusive e outros.
b) Argumentam em direcção a conclusões o – postas. Ao "contrario" ou "ou então" quer…quer,
entre outros.
c) Ligam argumentos em favor de uma mesma conclusão: "e", "também", ainda, nem, não só …
mas também.

Ex: O Rodrigues faltou as aulas de Português não só ele mas também o Osório.

d) Fazem comparação de superioridade, de inferioridade ou igualdade: mais … do que, menos …


do que, tanto … quanto.

Ex: A Maria é mais bonita que a Joana.

e) Justifica ou explicam o que foi dito. "Porque, já que", que, pois.

Ex: O António não apareceu na escola porque está doente.

f) Introduzem uma conclusão: portanto, logo, por consequente, pois e outros.

Ex: O Carlos passou de classe portanto foi premiado pelo pai.

g) Contrapõem argumentos: mas, porem, todavia, contudo, entretanto, no entanto, embora, ainda
que, etc.

Ex: Embora haja chuva vou a escola dar as aulas.

h) Indicam uma generalização do que já foi dito: de facto, alias, realmente, também entre outros.

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Ex: A Escola de Teterrene divulgou resultados dos alunos também como a da Nerrero sem chegar o
dia.

i) Introduzem argumento decisivo: alias, alem disso, ademais, alem de tudo.

Ex: Foi lido o plano curricular além disso também o regulamento geral dos funcionários do estado.

j) Trazem uma correcção ou reforçam o conteúdo já dito: ou melhor, ao contrário, de facto, isto é,
quer dizer, ou seja.

Ex: Escreveu uma frase ao contrário.

k) Trazem uma confirmação ou explicação: assim, dessa maneira, desse modo.

Ex: Dessa maneira que fez não vai alem se lhe descobrir.

l) Especificam ou exemplificam o que foi dito, por exemplo: O Rosário tem as mesmas notas coo
o João.
2. Elementos coesivos por justaposição – estabelecem uma sequência do texto.
a) Introduzem o tema ou indicam mudança de assunto. "a propósito", "por fala nisso" mas
voltando ao assunto.
b) Marcam a sequência temporal: cinco anos depois, um pouco mais tarde.
c) Indicam a ordenação especial a direita: na frente, atrás.
d) Indicam a ordem dos assuntos do texto: primeiramente, a seguir, finalmente.

Para analisar o papel da coesão na construção dos sentidos por exemplo, de texto, faça a correlação
entre os provérbios e os elementos coesivos respectivos.

Indo para a coesão gramatical na sua definição fica o seguinte:

- Coesão gramatical – é um componente relativo que estuda os adjectivos gramaticais nas suas
frases das partículas que ligam entre si. Dando os seus exemplos: se junta a dos substantivos para os
qualificar ou para indicar os estados das pessoas, das coisas, ou dos animais significados por
substantivos ou simplesmente adjectivos.

Ex: Bonito, estreita, verde, branca, azul, pequeno, novo e outros.

Existe também a flexão dos adjectivos que acontece com os substantivos é de (3) naturezas: género,
numero e grau.

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De forma geral, os adjectivos são flexionadas para acompanhar e concordar com os substantivos
que a acompanham e também para intensificar ou comparar o seu valor.

- Na flexão de género – o adjectivo deve assumir o género (feminino ou masculino) do substantivo


que o acompanha. Alguns exemplos clássicos: o pintor moçambicano, a pintora moçambicana, o
carro branco, a canoa branca, o rapaz bonito, a rapariga bonita.

Classificação

Na classificação dos adjectivos quanto ao género compreende dois (2) grandes grupos:

Adjectivos Uniformes – que são adjectivos que possuem apenas uma forma, sendo invariável em
relação ao género.

Exemplos:

Professor inteligente

Professora inteligente.

Homens arrogantes

Mulheres arrogantes

- Adjectivos biforme – é adjectivo que possui duas foras distintas: uma para o género masculino e
outra para o género feminino.

Exemplos:

Carro novo

Bicicleta nova

- Flexão de números – a flexão para o plural dos adjectivos segue, evidentemente, o plural do
substantivo, correspondente no caso de adjectivos simples são classificados pela sua formação e
estrutura por apenas um radical: bonito, feio, branco, facto entre outros. E para o plural segue as
mesmas regras básicas dos substantivos. Exemplo: pessoa cordial, pessoas cordiais; criança feliz,
crianças felizes; cachorro raivoso, cachorros raivosos.

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Flexão para adjectivos compostos

São aqueles classificados pela sua formação e estrutura, formados por mais de um radical.

Ex: azul – marinho, azul – celeste, vermelho – sangue, amarelo – canário. Geralmente ocorre no
último radical, exemplos: tropa – austro – búlgara, tropas – austros – búlgaras, problema político –
institucional, problemas – políticos – institucionais; ele é afrodescedente, eles são afrodescentes.
Essa regra, entretanto não se aplica a todos os adjectivos compostos, alguns principalmente os que
dizem respeito a nome de cores, são invariáveis quanto ao número, outros poucos variam os dois
radicais para o plural ou o primeiro, segue alguns exemplos.

 Invariáveis: camisa azul – marinho, camisas azul – marinho, papel vermelho – sangue, ele é
topa tudo, eles são os topa tudo, entre outros.
 Variáveis: nos dois radicais e outras excepções: rapaz surdo – mudo, rapazes surdos – mudos;
ele é um autêntico João-ninguém, eles são autênticos João-ninguém; a moça é surda – cega,
as moças são surdas – cegas.

Quando um dos elementos e substantivos, não há flexão (camisas verde – abacate, cortinas amarelo
– ouro, ternos rosa – claro). Os adjectivos, azul – marinho e azul – celeste também são invariáveis.

Flexão de graus

A variação de graus nos adjectivos ocorre quando se deseja fazer uma diminuição, comparação ou
intensificar o seu valor. Segue os artigos dos graus dos adjectivos: Grau comparativo e superlativo.

Grau comparativo

Estabelece uma comparação entre dois seres de uma mesma característica que ambos possuem. Há
três tipos de grau comparativo.

Comparativo de superioridade

Mais + adjectivo + que (do que ou entre)

Ex: João é mais alto do que a Joana

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Comparativo de igualdade

Tão + adjectivo + quanto (como)

Ex: Marlene é tão inteligente quanto a Eliana.

Comparativo de inferioridade

Menos + adjectivo + que

Ex: Roberto é menos esperto que a Carla

Grau superlativo

Usa – se o grau superlativo para intensificar uma determinada característica e subdivide – se em:

Grau superlativo absoluto


a) Grau superlativo analítico – anteposição de advérbios de intensidade ao adjectivo

Ex: É uma aluna bastante inteligente.

b) Grau superlativo sintético – acrescenta sufixos ao adjectivo – como – íssimo – imo – rimo.

Ex: A Laura é felicíssima

Grau superlativo relativo


a) Grau superlativo relativo de igualdade

Ex: Hoje está tão frio igual ontem

b) Grau superlativo relativo de superioridade

Ex: Isabel é a mais linda do mundo

c) Grau superlativo de inferioridade

Ex: Sandra é a menos alegre de todas

Grau comparativo
a) Grau comparativo de superioridade

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Ex: A cidade de São Paulo é mais popular

b) Grau comparativo de inferioridade

Ex: O estado do Acre é manos popular do que o estado do Rio de Janeiro

c) Grau comparativo de igualdade

Ex: O João é tão alto quanto a Joana

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Conclusão

Durante a cadeira de Linguística Descritiva de Português III do tema coesão textual, primeiro
trabalho da mesma cadeira, num trabalho académico conseguiu fazer o resumo como: Todos os
processos da sequenciação que asseguram uma ligação linguística significativa entre elementos que
ocorrem na superfície textual, os instrumentos da coesão textual, os elementos da coesão, partes ou
segmentos do texto, a coesão por conexão, elementos coesivos por justaposição, classificação dos
adjectivos quanto ao género, número e grau, flexão para os adjectivos num seu resumo comum.

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Referencias Bibliográficas

FIQUEIREDO, Eunice, Barbieride de Figueiredo, Olívia Maria, Itinerário gramatical: a gramática


na língua e a língua no discurso, porto, Porto Editora, 1998.

MATEUS, M.H.M. e tal. Gramática de língua portuguesa, Lisboa, Caminho, 1994.

RAPOSO. EP. Teoria da gramática. A faculdade de linguagem, Lisboa, caminho, 1992,

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