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DESENVOLVIMENTO

Professor Adm. Wilson Ramos. - CRA/PR 22.354


Elementos Essenciais

6 Desenvolvimento da pesquisa de campo


6.1 Caracterização da empresa
6.1.1 A "nome da empresa"
6.1.2 Produtos ou serviços
6.1.3 Clientes
6.1.3 Fornecedores
6.2 Análise dos resultados
6.2.1 Ferramenta de coleta de dados
6.2.2 Análise dos dados confrontando com a fundamentação teórica

Estágio Supervisionado II –2–


Viabilidade do Estudo

Estudos de caso são atrativos pro algumas


razões práticas, normalmente ligadas à coleta de
dados, como a possibilidade de o pesquisador
desenvolver o estudo individualmente, e o fato de
que a informação se encontra, em geral,
confinada em um mesmo lugar.

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Viabilidade do Estudo

Os problemas parecem surgir na etapa da


análise e relato dos dados. Entretanto, é bom
lembrar que, em estudos de caso, o acesso às
fontes de informação devem ser cuidadosamente
negociado.

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Revisão Teórica
A revisão teórica contém tipicamente:
a) a descrição de experimentos críticos já conduzidos ou
testados;
b) uma apreciação de qual teoria é mais poderosa e
consistente em relação ao problema que interessa ao
pesquisador estudar;
c) reformulações e/ou integrações de noções abstratas
encontradas em diferentes teorias.

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Revisão Teórica

Busca enfim, apresentar o estado atual do


conhecimento em relação a problemas ou
fenômenos definidos, assim como salientar as
questões importantes que a pesquisa anterior
deixou de resolver.

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Revisão Teórica
A revisão da literatura está presente em diversas fases de uma
pesquisa. Não só na elaboração da proposta, como também durante
a pesquisa e possivelmente na análise e relato.
Também, serve para mostrar que o pesquisador identificou algumas
lacunas na pesquisa anterior e que o presente estudo tem uma
contribuição nova a oferecer.
O delineamento da pesquisa, é o plano básico ou estratégia de
pesquisa. Consiste em tornar o problema pesquisável de modo que
venha a produzir respostas específicas às questões do estudo.

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Coleta de Dados
Após a seleção do local da pesquisa, é preciso definir o que
pesquisar, que fontes serão consultadas, quantas visitas serão
necessárias, e assim por diante.
Em estudos de caráter qualitativo, a análise de dados inicia-se
com a coleta e só termina quanto o relato está completo.
Dessa forma, à medida que uma série de entrevistas progride, o
pesquisador estará criando, testando, modificando categorias
de forma iterativa antes de voltar novamente a campo.

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O que Coletar?
O que coletar depende da ênfase que o pesquisador atribui aos
aspectos específicos do caso.
Procuram o que é único no caso.
Os itens que fazem parte da coleta em estudos de caso: a natureza
do caso; antecedentes históricos; o ambiente físico; ambiente
econômico, político, legal, etc.
O autor pode ter uma intenção inicial mais ou menos formulada
claramente, mas à medida que a pesquisa se desenvolve, resultados
inesperados e novas ideias se desenvolvem.

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Fontes e Instrumentos
Geralmente em estudos de caso, os instrumentos
incluem: Observação participante ou não
participante, entrevistas (semi ou não
estruturadas) com informantes, questionários com
gerência e trabalhadores, análise de documentos,
frequência a reuniões e conversas informais nos
corredores ou trajeto.

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Fontes e Instrumentos
O perigo é:
Coletar informações e não saber como tabulá-las
e analisá-las;
Coletar dados irrelevantes;
ou pior ainda...
Não saber o que coletar!

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Fontes e Instrumentos
O desenvolvimento conceitual e formulação das
questões da pesquisa inclui o exame focalizado da
literatura, incluindo a definição de questões
abertas e fechadas.
Formatação das fontes de informação – relatórios,
organogramas, indicadores e informantes-chave.

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Fontes e Instrumentos
Guia preliminar de discussão – orienta as entrevistas
com os respondentes; cada um dos temas da pesquisa é
traduzido em um conjunto de questões para discussão.
Orientação preliminar do trabalho de campo: envolve
telefonemas aos contatos principais; coleta de
documentos (relatórios, dados, organograma, material
informativo da organização);

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Fontes e Instrumentos
identificação de reuniões e eventos a serem
observadas pelo pesquisador.
Instruções que buscam facilitar o trabalho do
entrevistador na coleta de dados.
Visitas aos locais dos casos pra a coleta de
dados.

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Análise do Caso
Processo de análise de dados
a) Redução de dados – na seleção das questões de
pesquisa;
b) Apresentação dos dados – os dados precisam ser
organizados, comprimidos e montados de forma a permitir
extração de conclusões e alternativas para a ação.
Evitar textos longos, pois será difícil de manipular e analisar.
Usar gráficos, diagramas, quadros para compactar os dados.

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Análise do Caso
c) extração de conclusões e verificações
Desde o início da coleta de dados, o analista qualitativo já começa a
decidir sobre o significado dos dados, anotando suas regularidades,
padrões, explicações, configurações possíveis, etc. Mas deve
manter tais conclusões em suspenso até finalizar a coleta.
d) A análise das respostas das entrevistas baseia-se na busca de
padrões e temas nos dados; o agrupamento de informações em
classes; o cálculo da frequência das respostas.

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Descrição e Explicação
Muita descrição e pouca análise!
É uma das críticas frequentes que se ouve a
respeito de estudos de caso.
Estudos descritivos – O que está acontecendo?
Como os eventos se desenvolvem? São questões
que caracterizam estudos de natureza descritiva.

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Descrição e Explicação
Alguns estudos de caso são concebidos primariamente
para descrever eventos, decisões e processos.
Neles, nem sempre há questões teóricas guiando o
estudo.
O pesquisador coleta a informação, analisa-a e
apresenta-a num texto de acordo com certa lógica que
procura atender aos objetivos do estudo.

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Estilos a serem evitados
Há diversas maneiras de enquadrar resultados de pesquisa
que não são aceitas na academia.
1) O estilo moral – Relatar virtudes que observou;
2) O estilo protocolar – menciona a importância do fenômeno
e o restante é composto de transcrição de entrevistas.
A suposição parece ser tão obvia que dispensa comentários
do autor da pesquisa e o professor fica à procura dos
conceitos representado no trabalho.

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Estilos a serem evitados
3) O estilo “então eles fazem isso” - referem-se a uma
descrição sequencial de eventos e isso não é suficiente.
Os eventos precisam ser enquadrados, pelo menos com
os objetivos específicos.
4) O estilo vacilante – A literatura apresentada na
fundamentação teórica não tem conexão com o presente
estudo.

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Estilos a serem evitados
Um texto bem elaborado requer que o autor vá além do
processo de esboçar um quadro conceitual.
Descreva suas implicações, mostre as variações e use
esses elementos para organizar e apresentar seus dados;
5) O estilo história sem fim – desfile de incidentes,
histórias, episódios que parecem não ter fim e que torna a
leitura cansativa.

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Relatando o Caso
Redigir não é simples!
Na maioria das vezes, os autores não
apresentam todos os dados que coletou, nem os
detalhes de como os dados foram processados.

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Relatando o Caso
No contexto de apresentação, a revisão do texto inclui:
Adicionar ideias; excluir, modificar ideias; reescrever
sentenças ou parágrafos para melhorar a clareza ou lógica;
mover sentenças ou parágrafos; adicionar transições para
melhorar o fluxo do relato e acentuar a relação entre as
ideias.
Tempo verbal – utilizar sempre a terceira pessoa.

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Referências
ROESCH, Silvya Maria Azevedo; Projetos de
estágio e de pesquisa em administração: guia
para estágios, trabalhos de conclusão,
dissertações e estudos de caso. - 3. ed. - 2.
reimpr. - São Paulo : Atlas, 2006.

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