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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
METODOLOGIA CIENTÍFICA 2023.2
Profa. Liliane Caraciolo
G14, R2, Estefânia, Samila e Yandra

ETAPAS DA PESQUISA

O PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo com as exigências
científicas estabelecidas. Para que um estudo seja considerado científico, é
fundamental que contenha critérios de coerência, consistência, originalidade e
objetivação. Dessa forma, é desejável que uma pesquisa científica atenda aos
seguintes requisitos: a formulação de uma pergunta a ser respondida; a elaboração de
um conjunto de passos que permitam chegar à resposta; e a indicação do grau de
confiabilidade na resposta obtida.

Existem três fases essenciais no planejamento de uma pesquisa:

- Fase Decisória: refere-se à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema


de pesquisa;

- Fase Construtiva: envolve a elaboração e execução do plano de pesquisa;

- Fase Redacional: compreende a análise dos dados e informações obtidas na fase


construtiva, organizando as ideias de forma sistematizada visando à elaboração do
relatório final. A apresentação do relatório de pesquisa deve obedecer às formalidades
requeridas pela academia.

ATITUDES DO PESQUISADOR
Buscar constantemente a inovação e investir em treinamento para a pesquisa são
aspectos fundamentais. Além disso, é essencial possuir um profundo conhecimento
sobre o assunto a ser estudado, bem como uma formação multidisciplinar sólida e
integridade intelectual.
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Outros atributos importantes incluem a capacidade de ter uma visão sistêmica,


sensibilidade social e imaginação disciplinada. É necessário também ousar e estar
disposto a avançar no desconhecido. A curiosidade e a criatividade são características
essenciais para um pesquisador. Essas atitudes formam a base para uma pesquisa
eficaz e significativa.

FASES DA PESQUISA
O processo de elaboração de uma pesquisa científica compreende quatro fases
essenciais. A primeira fase é a Formulação e Planejamento da Pesquisa, que envolve a
seleção do tema, o levantamento bibliográfico, a elaboração do problema de
investigação e a delimitação das questões de estudo. Em seguida, temos a Escolha do
Assunto e Delimitação do Tema, na qual especifica-se a área de interesse e reduz-se o
assunto a uma abordagem específica. A terceira fase é a Revisão de Literatura,
responsável por contextualizar o trabalho acadêmico na área de pesquisa, relatando e
avaliando conhecimentos prévios relevantes. A etapa subsequente é a Justificativa, que
demanda reflexão sobre a importância e relevância do tema escolhido em relação a
outras áreas de pesquisa. Após essas fases, é crucial transformar o tema em um
Problema de Pesquisa claro e objetivo, explicitando a dificuldade a ser enfrentada e
resolvida durante o processo de investigação. A hipótese, uma suposição provisória
feita para explicar o desconhecido e guiar a pesquisa, é essencialmente uma afirmação
que estabelece relações entre uma ou mais variáveis, derivadas do conhecimento
científico. Caracterizada por consistência lógica, verificabilidade e simplicidade, a
hipótese orienta a estrutura do trabalho e o planejamento dos procedimentos
metodológicos necessários à execução da pesquisa. Os objetivos, geral e específico,
derivam da pergunta central do estudo e devem estar coerentes com a justificativa e o
problema proposto. O objetivo geral resume o que se pretende alcançar, enquanto os
objetivos específicos detalham a dedução do objetivo geral. Sua definição por verbos
no infinitivo, como diagnosticar e comparar, facilita a compreensão de suas metas.

Na coleta de dados, busca-se obter informações da realidade, muitas vezes através de


uma amostra, uma pequena parte dos elementos do universo de estudo. A escolha da
população-alvo influencia diretamente os resultados. Existem dois tipos de amostra:
não probabilística e probabilística, que podem ser subdivididas em diferentes técnicas,
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como acessibilidade, aleatórias simples e estratificadas. As técnicas de pesquisa e


coleta de dados como a observação direta intensiva e extensiva, devem ser planejadas
cuidadosamente após a definição do tema, objeto, problema, tipo e campo de pesquisa.

Na análise e interpretação dos dados, os pesquisadores podem optar por recursos


manuais ou computacionais para organizar as informações coletadas durante a
pesquisa de campo. Com o avanço da informática, é comum utilizar recursos
computacionais para criar índices, realizar cálculos estatísticos e criar tabelas, quadros
e gráficos. A análise e interpretação dos dados compreendem uma fase analítica e
descritiva da pesquisa, onde os dados tabulados são interpretados e analisados para
atender aos objetivos do estudo. Após a coleta de dados, o pesquisador tem todas as
informações necessárias para concluir seu trabalho, incluindo a verificação de
hipóteses e a resposta ao problema de pesquisa.

Na conclusão, retoma-se o problema inicialmente apresentado na introdução, revisando


as principais contribuições para a pesquisa. Esta seção deve responder às perguntas
que orientaram o estudo, de forma coerente com o que foi apresentado na introdução.
A redação de um trabalho científico requer atenção à expressividade comunicativa,
visando representar o conteúdo do estudo de maneira coerente e coesa. O texto deve
ser claro, objetivo e organizado em parágrafos articulados, seguindo a norma culta
padrão da língua portuguesa. É importante consultar e seguir as Normas da ABNT para
garantir a padronização das citações, referências bibliográficas, ilustrações e
apresentação gráfica do texto.

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