Volume XX - Nº 2
Conselho Editorial
Edilberto Carlos Pontes Lima (Editor-Chefe)
Pós-doutor em Democracia e Direitos Humanos (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra). Doutor em
Economia (Universidade de Brasília). Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
Gleison Mendonça Diniz (Editor-Adjunto)
Pós-doutor em Administração e Controladoria (Universidade Federal do Ceará). Doutor em Administração de Empresas
(Universidade de Fortaleza). Assessor da Vice-Presidência do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
Expediente
Coordenadora de Comunicação Social
Kelly Cristina Caixeta de Castro 46162MTb/DF
Diagramação
Lorena Barbosa
Capa
Jessica Pereira
Lorena Barbosa
Revisão Ortográfica
Discovery Serviços Profissionais Ltda.
Tiragem
500 exemplares
Distribuição gratuita
Impressa em 2022
ISSN 1980-086X
e-ISSN 2525-3387
CDU 336.126.55(813.1)(05)
Ficha catalográfica elaborada pelo Bibliotecário: Josimar Batista dos Santos – CRB-3/1455
2022
Tribunal de Contas do Estado do Ceará
Rua Sena Madureira, 1047 – Centro
Fortaleza/CE - Cep. 60055-080
Telefone: (3488-5928)
www.tce.ce.gov.br
Nota do Editor
Sumário
Eduardo Tuma1
João Antônio da Silva Filho2
Filippe Soares Lizardo3
RESUMO
ABSTRACT
The present study aims at identifying the relationship between the de-
mocratic regime and the control of the Public Administration in Brazil,
analyzing, in particular, the role of the courts of auditors in the context
of the attributions that were entrusted to external control by the Federal
Constitution of 1988. The method adopted was the narrative literature re-
view, having as a theoretical framework the studies of the phenomenon
of democracy carried out by Norberto Bobbio, as well as contemporary
authors of Administrative Law that address the issue of external control in
Brazil. It also examines the institutional evolution of the courts of auditors
in Brazil, their nature and the legal framework of their decisions, as well
as the results of their performance in the electoral field, concluding, in the
end, that the courts of auditors are fundamental institutions for the con-
solidation of the democratic values enshrined in the 1988 constitutional
text. This research contributes to the demonstration of the relevance of the
courts of auditors for the improvement of democracy in Brazil.
1 INTRODUÇÃO
Esse modelo de Estado de matriz liberal nasce a partir das três re-
voluções dos séculos XVII e XVIII, quais sejam: Revolução Inglesa, Re-
volução Francesa e Revolução Americana, com base na oposição travada
entre a liberdade do indivíduo e o absolutismo do Estado Monárquico,
consolidando-se a partir da adoção do que ficou conhecido como Estado
Constitucional, que teve como marca, fundamentalmente, a limitação do
exercício do poder por meio da fixação de controles.
Não há grandes dificuldades em se delimitar o que pode ser entendi-
do como um Estado de Direito, podendo-se defini-lo como aquele em que
o poder é tutelado por um ordenamento jurídico que estabelece a forma de
atuação do Estado, suas funções e seus limites, reconhecendo um conjunto
de garantias e direitos fundamentais aos indivíduos. Nesse modelo, tanto
o Estado quanto seus cidadãos estão submetidos e subordinados ao Di-
reito vigente, pelo que resta limitado qualquer forma de arbítrio, seja em
relação ao exercício dos poderes instituídos, seja em relação a imposições
indevidas do Estado em face dos seus cidadãos.
Assim, é da essência desse modelo de Estado a existência de meca-
nismos de controle, que ocorrem sobretudo a partir da existência de uma
Constituição, por meio da qual os poderes do Estado estão submetidos ao
controle dos próprios cidadãos, mediante o direito ao sufrágio e de outros
mecanismos de participação democrática, bem como e, em especial, a par-
tir da relação decorrente do princípio da separação dos poderes, que impli-
ca a sujeição do poder do Estado aos mecanismos de freios e contrapesos,
com base na segregação de suas funções.
Na moldura conferida ao Estado brasileiro pela Constituição de
1988, o princípio da separação dos poderes encontra-se assentado como
um de seus princípios fundamentais, conforme expressa dicção do art. 2º
da Carta Constitucional.
O controle social, que também pode ser entendido como uma mo-
dalidade especial de controle externo, compreende a participação dos ci-
dadãos no exercício do controle da Administração Pública. Maria Sylvia
Zanella Di Pietro (2014, p. 808-809) apresenta como meios de controle
social as disposições contidas no § 3º do art. 37 da Constituição Federal:
pode ser realizada sem sua integração analógica com o art. 75” (MAR-
TINS, 2018, p. 41).
Nessa mesma seara, mostra-se interessante o exame da natureza ju-
rídica dos julgados produzidos pelos Tribunais de Contas.
As decisões proferidas pelas Cortes de Contas não podem ser en-
quadradas como de natureza judicial, tampouco podem ser referidas como
meramente administrativas. No exercício de suas competências, os Tribu-
nais de Contas detêm prerrogativas e obedecem a diversos requisitos pró-
prios da jurisdição: independência; imparcialidade; igualdade processual;
contraditório e ampla defesa e direito a duplo grau de jurisdição. Para esse
autor, as Cortes de Contas exercem uma jurisdição de natureza adminis-
trativa (SILVA FILHO, 2019).
A autonomia institucional conferida às Cortes de Contas compreen-
de a possibilidade de disporem quanto à estruturação e ao funcionamento
de seus órgãos, nos termos do art. 73 da Constituição Federal, que atribui
ao Tribunal de Contas, no que couber, as mesmas garantias conferidas aos
Tribunais do Poder Judiciário previstas no art. 96.
Isso não significa que os Tribunais de Contas detenham a jurisdição
no mesmo sentido daquela conferida ao Poder Judiciário. Em que pese a
Constituição Federal conceder poderes atípicos a outros órgãos para exer-
cício de funções jurisdicionais, a questão deve ser avaliada sob o prisma
da definitividade ou não de suas decisões, ou seja, o mérito dos julgados
proferidos pelas Cortes de Contas pode ser revisto pelo Poder Judiciário?
O julgamento das contas de administradores e demais responsáveis
pela guarda e aplicação dos recursos públicos é atribuída pela Constitui-
ção Federal com exclusividade às Cortes de Contas (art. 71, inciso II).
Assim, quando julgam as contas dos administradores públicos, os Tribu-
nais de Contas exercem uma espécie de jurisdição especial, não havendo
possibilidade de revisão do mérito do julgamento pelo Poder Judiciário,
salvo quando presente nulidade decorrente de irregularidade formal de na-
tureza grave, a exemplo de afronta ao devido processo legal, ou manifesta
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MALUF, S. Teoria Geral do Estado. 31. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
RESUMO
1 Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), espe-
cialista em Gestão Pública e Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e mestrando
em Políticas Públicas pela UFRGS. Atualmente, exerce o cargo de auditor público externo no Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul (TCE – RS). E-mail: lucasgiacomel@yahoo.com.br
2 Graduada em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestranda
em Políticas Públicas pela UFRGS. Atua como pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Documentação da Política
(NUPERGS/UFRGS). E-mail: lidianicoletencate@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3 CONTEXTO EMPÍRICO
Tabela 1 – Ações da União com impacto direto nos municípios para enfrentamento da Covid-19
Impacto
Item Dimensão Observações
financeiro
1) Lei Complementar nº 173/2020 (27/05/2020)
- R$ 20 bilhões: recursos
Auxílio financeiro emergencial Aumento de R$ 23 livres
federativo receita bilhões - R$ 3 bilhões: saúde e
assistência social
Os municípios do estado de SP
Suspensão de dívidas com a Diminuição de R$ 2,7
possuem grande parte desse
União despesas bilhões
valor (R$ 2,6 bi)
Possibilidades de aditamento
contratual que suspenda os - R$ 3,3 bilhões: renegociação
pagamentos devidos no exer- Diminuição de R$ 4,8 com CEF e BNDES
cício financeiro de 2020 para despesas bilhões - R$ 1,5 bilhão: renegociação
operações de crédito internas e com organismos multilaterais
externas
Possibilidades de suspensão da
contribuição patronal para entes Aplicável apenas aos
Diminuição de Sem
com Regime Próprio de Previ- municípios com Regime
despesas estimativa
dência, mediante a aprovação Próprio de Previdência
de Legislativo local
Exceto para aumentos
relacionados a ações ligadas
Vedação a aumentos de despesa à calamidade (até dezembro
de pessoal, criação de despesas Diminuição de R$ 46,5 2020) e para bônus e auxílios
obrigatórias e aumentos acima despesas bilhões para profissionais da saúde e
da inflação assistência social, se utilizados
no enfrentamento da pandemia
e durante a calamidade
Impacto
Item Dimensão Observações
financeiro
2) Portaria Ministério da Saúde nº 1.666/2020 (01/07/2020)
Áreas de aplicação permitidas:
atenção primária e especia-
lizada, vigilância em saúde,
assistência farmacêutica,
Auxílio financeiro destinado ao
aquisição de suprimentos,
custeio das ações e serviços de
Aumento de insumos e produtos hospitala-
saúde para o enfrentamento da R$ 11,3 bilhões
receita res, custeio do procedimento
emergência de saúde pública
de tratamento de infecção
decorrente da Covid-19
por Covid-19, protocolos
assistenciais específicos para o
enfrentamento à pandemia do
coronavírus.
3) Medida Provisória nº 938/2020 (02/04/2020) e Lei nº 14.041/2020 (18/08/2020)
Apoio financeiro aos estados,
ao Distrito Federal e aos mu-
R$ 16 bilhões
nicípios, por meio da entrega
Auxílio financeiro para recom- (valor máximo,
Aumento de do valor correspondente à
posição de perdas do FPM em dividido entre
receita variação nominal negativa
2020, com base no ano de 2019 estados e
entre 2019 e 2020 dos valores
municípios)
creditados a título do Fundo de
Participação
Fonte: elaboração própria a partir do Ministério da Economia (2020).
4 METODOLOGIA
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 2 – Variação média anual da despesa empenhada total nos municípios (2014-2020)
13-14 14-15 15-16 16-17 17-18 18-19 19-20
Média 9,59% -6,24% 2,28% 1,87% 9,00% 3,75% 6,44%
Moda 2,55% -9,64% -6,00% 6,68% -78,00% 9,87% 23,15%
Mediana 7,98% -6,32% 1,57% 0,41% 7,22% 3,14% 5,40%
Mínimo -79,75% -83,14% -97,61% -94,61% -77,94% -98,76% -96,80%
Máximo 582,10% 177,67% 839,86% 1723,18% 1714,93% 360,77% 890,07%
Variância 0,031 0,012 0,031 0,145 0,099 0,017 0,032
Assime-
13,586 1,568 21,553 29,733 36,308 9,796 25,986
tria
Curtose 368,452 26,362 955,165 1099,151 1743,240 219,083 1228,883
N 5120 5110 5376 5424 5502 5492 4859
Fonte: elaborada pelos autores com base em informações da Secretaria do Tesouro Nacional (2021).
Tabela 3 – Variação média anual da despesa empenhada total nos municípios por faixa populacional
(2014-2020)
13-14 14-15 15-16 16-17 17-18 18-19 19-20
Até 5.000 10,10% -7,99% 2,63% 1,84% 8,41% 2,34% 6,80%
5.001 até 10.000 9,29% -7,04% 2,98% 0,48% 10,79% 3,01% 6,30%
10.001 até 20.000 9,54% -6,29% 3,15% 2,04% 8,33% 3,69% 7,01%
20.001 até 50.000 9,62% -4,71% 1,11% 3,13% 8,94% 5,34% 6,26%
50.001 até 100.000 10,05% -4,80% 1,13% 4,16% 9,17% 5,08% 6,06%
100.001 até 200.000 9,15% -3,63% -0,19% 0,60% 8,14% 5,28% 4,25%
Mais de 200.000 7,39% -2,91% -0,07% -1,24% 6,85% 5,51% 4,31%
Média geral 9,59% -6,24% 2,28% 1,87% 9,00% 3,75% 6,44%
Fonte: elaborada pelos autores com base em informações da Secretaria do Tesouro Nacional (2021).
Nota-se, na Tabela 3, que os municípios de menor porte são os que
apresentaram, em praticamente todos os exercícios, variações mais ex-
pressivas, em ambos os sentidos: de retração e expansão. Tal padrão ob-
servado é esperado, haja vista que os valores modificados anualmente de
dispêndio público – aumentos ou decréscimos – tendem a possuir maior
impacto marginal em municípios cujos valores-base do orçamento são
menores. No exercício de 2020, a variação positiva encontrada em todas
as faixas populacionais indica que os incentivos financeiros da União para
enfrentamento à crise alcançaram os municípios de todos os portes.
Tabela 6 – Variância da proporção nos orçamentos entre 2013-2019 e 2013-2020, por subfunção
Subfunção 2013-2019 (a) 2013-2020 (b)
243 – Assis. à Criança e Adolesc. 0,0015 0,0015
244 – Assis. Comunitária 0,0069 0,0070
301 – Atenção Básica 0,1206 0,1245
302 – Assist. Hospit. e Amb. 0,0808 0,0865
304 – Vig. Sanitária 0,0021 0,0023
305 – Vig. Epidemiológica 0,0015 0,0036
361 – Ensino Fundamental 0,1611 0,1869
365 – Educação Infantil 0,0352 0,0347
451 – Infraestrutura Urbana 0,0628 0,0719
Fonte: elaborada pelos autores com base em informações da Secretaria do Tesouro Nacional (2021).
Tabela 7 – Resumo dos achados da pesquisa: alterações na agenda municipal em 2020 frente ao período 2013-2019
Comportamento da agenda municipal em 2020 Subfunções
Elevação abrupta:
305 – Vigilância Epidemiológica
451 – Infraestrutura Urbana
Variação positiva
Elevação moderada:
301 – Atenção Básica
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial
243 – Assistência à Criança e ao Adolescente
244 – Assistência Comunitária
Estabilidade
304 – Vigilância Sanitária
365 – Educação infantil
Queda abrupta:
Variação negativa
361 – Ensino Fundamental
Fonte: elaborada pelos autores (2021).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO
1 Mestre em Gestão Pública pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com especialização em
Direito Administrativo pela Pontífica Católica de Minas Gerais (Puc Minas) e em Gestão de Negócios da Construção Cívil
pela Faculdade do Centro Leste (UCL). Graduada em Engenharia Civil pela UFES e em Ciências Políticas pelo Centro
Universitário Internacional Uniter. Auditora de controle externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-
-ES), atualmente na função de secretária de controle externo de fiscalizações. E-mail: flavia.holz@tcees.tc.br
2 Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista (UNIP), mestre em Engenharia de Pro-
dução pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Especialização em Engenharia de Produção −
Gestão Industrial: Conhecimento e Inovação pela UTFPR. Professor voluntário pela UFES e pelo Instituto Federal
do Espírito Santo (IFES). E-mail: barrozo.ppggp.ufes@gmail.com
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 A INDÚSTRIA 4.0
3 Orientações Específicas sobre Indicadores – QATC 16, disponível em: http://qatc. Atricon.org.br/wp-
-content/uploads/2015/04/QATC-16-_-14_08_19.pdf. Acesso em: 9 fev. 2021.
5 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
4 Orientações Específicas sobre Indicadores – QATC 16. Disponível em: http://qatc. Atricon.org.br/wp-
-content/uploads/2015/04/QATC-16-_-14_08_19.pdf. Acesso em: 9 fev. 2021.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
HERMANN, M.; PENTEK, T.; OTTO, B. Design principles for Industrie 4.0
scenarios: s literature review. Technische Universität Dortmund, [s. l.], p.
11-13, 2015.
RESUMO
ABSTRACT
This paper aims at analyzing Jürgen Habermas’ proposal for the overco-
ming of the democratic deficit of the European Union, contained in the
book Time of transitions, based on the formation of spheres or public spa-
ces of European scope.
1 INTRODUÇÃO
1 Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC – MG), mestre em
Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutor em Direito pela Universidade Federal de Per-
nambuco (UFPE), doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB). Atuou como consultor legislati-
vo da Câmara dos Deputados e procurador do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Atualmente, é professor
universitário e advogado. E-mail: amandinojunior@uol.com.br
Esclarece o autor:
Esta tese de que não há um demos foi criticada por motivos em-
píricos e conceituais. A nação dos cidadãos do mundo não pode
ser confundida como uma comunidade de destino pré-política,
que sempre se caracteriza através de uma procedência, de uma
linguagem e de uma história comum. Pois, com isso, não se
faria jus ao caráter voluntarista de uma nação de cidadãos, cuja
identidade coletiva não existe antes nem independentemente do
processo democrático do qual surge. (HABERMAS, 2003, p.
137-138)
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
RESUMO
Os Gastos com Pessoal (GP) consomem a maior parcela dos recursos pú-
blicos municipais, alcançando uma média de 54,98% da Receita Corrente
Líquida (RCL) dos municípios do estado do Ceará em 2018. Este trabalho
apresenta uma análise das Funções de Governo sobre o indicador Gas-
to com Pessoal/Receita Corrente Líquida (GP/RCL), previsto na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). A partir da estimação de um modelo de
regressão com dados em painel de efeitos fixos para o período de 2008 a
2018, observou-se significância estatística sobre o indicador GP/RCL para
as despesas com Legislativo, Saúde, Educação e Previdência, com impac-
to positivo, e para as despesas com Cultura, Transporte e Encargos Espe-
ciais, com impacto negativo. A segregação dos municípios por tamanho
populacional mostrou resultados enriquecedores para a análise. A função
legislativa foi a que revelou maior impacto (2,075), indicando que o au-
mento dessa despesa resulta em fortes acréscimos nos gastos com pessoal
dos municípios, especialmente aqueles com mais de 50.000 habitantes.
1 Mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), analista de controle externo do Tribu-
nal de Contas do Estado do Ceará. E-mail: freire@tce.gov.br
2 Doutor em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará (UFC), professor da
Universidade Estadual do Ceará (UECE), analista de controle externo do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
E-mail: msrodriguesjr@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
Figura 1 – Limites Alerta e Prudencial para o indicador GP/RCL nos municípios estabelecidos pela LRF
Gráfico 2 – Impacto do aumento dos gastos com pessoal dos municípios cearenses
nos limites da LRF
2 REVISÃO LITERÁRIA
Sinal
Variável Nome Descrição Unidade Fonte
esperado
Gastos com Pessoal
sobre a Receita
Variável de
Dependente %_GP/RCL Corrente Líquida do Percentual SIM
Interesse
Município – art. 19
da LRF.
Despesa na Função
Explicativa % Legislativa Percentual Positivo SIM
Legislativa ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Administração Percentual Positivo SIM
Administração ¹.
% Assistência Despesa na Função
Explicativa Percentual Positivo SIM
Social Assistência Social ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Saúde Percentual Positivo SIM
Saúde ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Educação Percentual Positivo SIM
Educação ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Cultura Percentual Positivo SIM
Cultura ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Urbanismo Percentual Positivo SIM
Urbanismo ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Saneamento Percentual Positivo SIM
Saneamento ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Agricultura Percentual Positivo SIM
Agricultura ¹.
Despesa na Função
Explicativa % Transporte Percentual Positivo SIM
Transporte ¹.
Despesa na Função
% Encargos
Explicativa Encargos Espe- Percentual Neutro SIM
Especiais
ciais ¹.
% Previdência Despesa na Função
Explicativa Percentual Positivo SIM
Social Previdência Social ¹.
Observações: ¹ sobre o total de despesa por função.
Fonte: elaborado pelos autores (2021).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABSTRACT
4.2.1 O CONTRADITÓRIO
tinência para a sua aceitação, haja vista que o pedido de juntada ocorre,
muitas vezes, após o término da instrução.
O contraditório deve ser exercido sem restrições, mas também sem
abusos, respeitando o espaço temporal disponibilizado, para que se chegue,
em tempo razoável, ao provimento final do processo de controle externo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1 Bacharelanda em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente, é servi-
dora temporária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E-mail: barbararochacc@gmail.com
2 Professora adjunta da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC) da
Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em Economia do Setor Público, pelo CAEN – UFC, especialista em
Controladoria Governamental pela UFC, graduada em Ciências Contábeis pela UFC e em Contabilidade Pública
pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Membro do grupo de estudos e pesquisas em Contabilidade Pública
pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC-CE). E-mail: nirleide@yahoo.com.br
3 Professora associada do Departamento de Contabilidade da Faculdade de Economia, Administração,
Atuárias e Contabilidade (FEAAC) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutora em Educação pela Faculdade
de Educação (FACED), mestre em Contabilidade e Controladoria pela Faculdade de Economia e Administração
(FEA) da Universidade de São Paulo (USP), graduada em Ciências Contábeis pela Universidade de Fortaleza (UNI-
FOR) e em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: denisecorrea@ufc.br
4 Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG (2018), graduado em
Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG (2015). É professor substituto da Universi-
dade Federal do Ceará (UFC) e tem experiência como professor de Contabilidade e Administração em graduação e
pós-graduação. E-mail: luzibertojr@gmail.com
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS DA PESQUISA
Gráfico 2 – Gastos com pessoal ativo do Poder Executivo no período de 2017 a 2020
REFERÊNCIAS
RESUMO
ABSTRACT
The present study aims at assessing the level of transparency of the elec-
tronic portals in the municipalities that make up the region of the Maciço
de Baturité – CE. The methodology used has a qualitative and quantitative
approach, in which data were collected through the electronic portals of
the fifteen municipalities belonging to the Association of Municipalities
of the Maciço de Baturité– AMAB. In data collection, carried out from
August to September 2018, the instrument used was the Implementation
Guide for Transparency Portal, which the Office of the Comptroller Ge-
neral – CGU prepared in 2013, based on the list of mandatory and recom-
1 INTRODUÇÃO
utilização das TIC pelo governo ficou popularmente conhecida por Gover-
no Eletrônico (e-Gov). Com isso, na atualidade, nota-se que uma caracte-
rística muito frequente na forma de promoção da transparência é que ela
tem sido realizada por meio do e-Gov.
Diante disso, nota-se a relevância com que a transparência pas-
sou a compor a agenda governamental, o que representou um importante
momento de mudança na Administração Pública. Martins Júnior (2010)
fortalece essa ideia ao afirmar que a transparência “representa um ritual
de passagem de um modelo de administração autoritária e burocrática à
administração de serviço e participativa”. Pires (2013) reforça essa afir-
mação ao explicar que, com esse novo enfoque na transparência, a infor-
mação tornou-se um elemento essencial de participação.
Frente à transição de um governo autoritário e burocrata para um
governo democrático, a Administração Pública brasileira passou a assumir
o papel de harmonizar o comportamento dos atores sociais, empenhan-
do-se para ser mais transparente com o intuito de promover uma maior
participação popular e avanços nas formas de controle da Administração
Pública (MATIAS-PEREIRA, 2010).
Em consonância a um modo democrático de gerir a máquina públi-
ca, o acesso às informações claras e a participação do cidadão nas ações
governamentais passaram a ser considerados um direito básico. Cruz
(2012) ressalta isso ao afirmar que uma gestão transparente possui como
características fundamentais o acesso às informações compreensíveis para
todo o cidadão e a abertura do governo para a participação popular (con-
trole social). Nessa perspectiva, pode-se compreender que essas duas ca-
racterísticas são consideradas essenciais em nações que defendem a trans-
parência das atividades dos órgãos públicos.
A participação popular é uma prática que representa um progresso
da democracia. Matias-Pereira (2002) ressalta esse aspecto ao afirmar que
a participação dos cidadãos nas políticas públicas, principalmente em rela-
ção às políticas sociais, pode possibilitar o desenvolvimento da democra-
5 METODOLOGIA
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1 – Percentual de conformidade obtido pelos portais, em cada item avaliado (continuação)
% DE
Nº ASSUNTO CUMPRIMENTO
CONFORMIDADE
5 Seção “Perguntas mais frequentes” Exceto Guaiuba e Palmácia 86,66%
Todos os municípios do
6 Acesso livre 100%
Maciço
Nenhum dos municípios do
7 Acesso por outros sistemas 0%
Maciço
Exceto Acarape, Aracoia-
8 Acessibilidade ba, Guaiuba, Guaramiranga 66,66%
e Palmácia
Exceto Aracoiaba, Baturité,
9 Características da informação Capistrano, Guaiuba, Itapi- 53,33%
úna, Mulungu e Pacoti
Todos os municípios do
10 Gravação de relatório 100%
Maciço
Formatos utilizados para a estrutura- Nenhum dos municípios do
11 0%
ção das informações Maciço
Nome do link estático para acesso ao
12 Somente Guaramiranga 6,66%
portal da transparência do município
Adesão ao Portal da Transparência Todos os municípios do
13 100%
do Governo Federal Maciço
Adoção de boas práticas de usabi- Todos os municípios do
14 100%
lidade Maciço
Somente Barreira, Baturité,
15 Suporte ao e-MAG Capistrano, Itapiúna e 33,33%
Pacoti
Nenhum dos municípios do
16 Utilização do e-Ping 0%
Maciço
Todos os municípios do
17 Data da despesa 100%
Maciço
Valor do empenho, liquidação e Todos os municípios do
18 100%
pagamento Maciço
Todos os municípios do
19 Número de processo da execução 100%
Maciço
Todos os municípios do
20 Classificação orçamentária 100%
Maciço
Identificação da pessoa física ou Todos os municípios do
21 100%
jurídica beneficiária do pagamento Maciço
Todos os municípios do
22 Procedimento licitatório realizado 100%
Maciço
Tabela 2 – Pontuação obtida de cada município no cumprimento da lista de requisitos para o atendi-
mento da LC nº 131/2009 e normativos correlatos
REQUISITOS REQUISITOS PONTUAÇÃO
MUNICÍPIOS
OBRIGATÓRIOS RECOMENDÁVEIS OBTIDA
Acarape 22 7 29
Aracoiaba 23 7 30
Aratuba 23 9 32
Barreira 23 10 33
Baturité 23 9 32
Capistrano 23 9 32
Caridade 23 9 32
Guaiuba 23 4 27
Guaramiranga 23 8 31
Itapiúna 23 9 32
Mulungu 23 8 31
Ocara 23 9 32
Pacoti 23 9 32
Palmácia 23 6 29
Redenção 23 9 32
Maciço de Baturité
22,93 8,13 31,07
(média)
Pontuação máxima a
24 14 38
ser obtida
Fonte: Pesquisa própria (2018).
Tabela 3 – Ranking de transparência dos portais eletrônicos dos municípios do Maciço de Baturité
PONTUAÇÃO NÍVEL DE
CLASSIFICAÇÃO MUNICÍPIOS
GERAL TRANSPARÊNCIA
1º Barreira 33 86,84%
2º Aratuba 32 84,21%
2º Baturité 32 84,21%
2º Capistrano 32 84,21%
2º Caridade 32 84,21%
2º Itapiúna 32 84,21%
2º Ocara 32 84,21%
2º Pacoti 32 84,21%
2º Redenção 32 84,21%
10º Guaramiranga 31 81,58%
10º Mulungu 31 81,58%
12º Aracoiaba 30 78,95%
13º Acarape 29 76,32%
13º Palmácia 29 76,32%
15º Guaiuba 27 71,05%
Fonte: Pesquisa própria (2018).
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GLOCK, J. O.; CRUZ, F. da. Controle interno nos municípios. São Pau-
lo: Atlas, 2003.
KIM, P. S. A daunting task in Asia: the move for transparency and accou-
ntability in the Asian public sector. Public Management Review, [s. l.], v.
10, n. 4, p. 527-537, 2008.
RESUMO
ABSTRACT
1 Graduada em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), especialista
em Direito Administrativo pela Universidade de Araraquara (Uniara), especialista em Direito Público pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC – MG), mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal
de Uberlândia (UFU) e doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (Unesp). Atuou como professora no curso de Letras na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mes-
quita Filho (Unesp) – Campus Araraquara e é agente de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
(TCE – SP). E-mail: maira@adv.oabsp.org.br
ned in this legal provision, considering the legal doctrine and legislation in
force, and laws and decrees of other matters to be considered in the context
of its application in contractual relations between the Public Power and
private parties. As a result, in addition to the conceptual overview of the
general and supplementary rules evoked by art. 89, examples of points of
convergence and contradiction between them and provisions of the new
Law of Public Bidding and Administrative Contracts were presented.
1 INTRODUÇÃO
Sob esse prisma, a Lei nº 14.133/2021 evoca, em seu art. 5º, a ob-
servância ao princípio da segurança jurídica, que se concretiza pelo esta-
belecimento, pelas autoridades públicas, de regras que sejam claras quan-
to à aplicação da nova lei às licitações e aos contratos administrativos, por
meio de regulamentos e outras espécies de atos normativos, propiciando
uma perspectiva de confiança e de estabilidade a todos os envolvidos.
2 Conforme o art. 2º, inciso IV, da Instrução Normativa nº 24/2020 da Secretaria Especial de Desburocra-
tização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.
3 Segundo a INTOSAI: norma para auditoria operacional, a eficácia é um conceito relacionado ao grau
de alcance das metas programadas em termos de produtos e a efetividade é um conceito relacionado aos impactos
(BRASIL, 2017).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo teve por escopo o estudo dos preceitos de Direito Públi-
co e dos princípios da teoria geral dos contratos e disposições de Direito
Privado, evocados pelo art. 89 da Lei nº 14.133/2021, assim como da le-
gislação que pode ter desdobramentos na interpretação e aplicação desse
dispositivo legal, contribuindo para a compreensão de alguns aspectos da
nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos e das inovações que
ela traz para os gestores públicos em geral.
Como resultado, apresentou-se um panorama conceitual daqueles
preceitos, princípios e disposições e de exemplos de pontos de convergên-
cia e de contrariedade entre eles e o novo texto legal, pretendendo, assim,
colaborar para as necessárias reflexões sobre as regras gerais e supletivas
evocadas pelo art. 89 e sua relevância para as relações contratuais entre o
Poder Público e os particulares.
REFERÊNCIAS
FIUZA, C. Direito Civil: curso completo. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
RESUMO
Este artigo tem como objetivo abordar o assunto auditoria interna como
auxílio na detecção e na prevenção de erros e fraudes, promovendo um
estudo de campo em empresas do setor industrial, fabricantes e distribui-
1 Graduada em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Atualmente, é pós-gradu-
anda em Contabilidade, Auditoria e Perícia, e em Gestão de Logística e Cadeia e Suprimentos, ambas pela Unimais
Faculdade Educamais. Atuou como supervisora administrativa na Prefeitura de Maracanaú – CE. É analista técnica
com ênfase em prestação de contas eleitorais e partidárias na 104ª Zona, no Cartório Eleitoral de Maracanaú. E-mail:
anna_agostinho@hotmail.com
2 Graduado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Atuou como secretário
financeiro e, atualmente, é gerente financeiro e responsável pelo setor pessoal da franquia do Habib’s, unidade Cocó,
em Fortaleza – Ceará. E-mail: netolima1987@gmail.com
3 Graduado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Atuou como auditor
interno e de processos na Dominus Auditoria, Consultoria e Treinamentos, e como assistente contábil na Companhia
Brasileira de Educação e Sistemas de Ensino. Atualmente, é chefe de cozinha e responsável pela implantação de
processos internos e gerenciamento da equipe no Ateliê Gastronômico Cozinha do Chef. E-mail: eduardo.bruno48@
gmail.com
4 Doutoranda em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará, mestre em Conta-
bilidade pela Universidade de Brasília (UnB), graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará
(UFC). Possui certificação internacional em IFRS (ACCA), membro da Comissão Técnica de Normas Brasileiras
de Contabilidade do CRC-CE, contadora pública pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária desde
2005. E-mail: nayanaadriano@hotmail.com
5 Doutorando em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (UNB), mestre em Administração e
Controladoria pela UFC (2012), especialista em Gestão Financeira e Controladoria (2019) e especialista em Plane-
jamento Tributário (2009), bacharel em Ciências Contábeis pela UFC (2007), professor, pesquisador da CAPES e
CNPQ, escritor, palestrante, gestor de projetos sociais voltados a: Educação Fiscal, Educação Financeira, Empreen-
dedorismo e Cidadania. E-mail: phgomes@live.com
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
empresa que não possui auditoria interna, pois a primeira possui menos
risco de encontrar distorções nas atividades da organização.
Segundo Crepaldi (2013), a auditoria consiste em monitorar, por
meio de testes, os setores-chave nas empresas a fim de evitar situações
que motivem fraudes, desfalques e corrupção. Por isso, a criação do de-
partamento de auditoria interna nas empresas é uma grande ferramenta de
gestão que permite às empresas minimizar os riscos relativos à sua admi-
nistração atual e futuramente, garantindo, assim, maior credibilidade nas
atividades organizacionais.
4 ANÁLISE DE DADOS
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
PETRAŞCU, P.; TIEANU, P. The role of internal audit in fraud prevention and
detection. Procedia economics and finance, [s. l.], v. 16, p. 489-497, 2014.
RESUMO
1 Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). E-mail: santosfa-
bricio385@gmail.com
2 Professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), mestra em Administração e Controladoria
pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: cintiavmg@gmail.com
3 Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), doutorando e mestre
em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: claytonrmsilva@gmail.com
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
mia; só após a Segunda Guerra Mundial, ficou clara a distinção, pois a sua
centralidade na reflexão econômica já pode ser encontrada na obra dos
mercantilistas (BASTOS; BRITTO, 2020).
Para Medeiros, Santos e André (2018), o conceito de desenvolvi-
mento, na visão econômica, está associado à efetivação do bem-estar da
sociedade que, por muito tempo, considerando seus aspectos normativos,
recebia o mesmo significado de crescimento econômico. Na concepção
de Todaro e Smith (2009), o desenvolvimento é um processo no qual se
procura uma melhoria da qualidade de todas as vidas humanas, bem como
de suas capacidades, a fim de melhorar seus níveis de vida, sua autoestima
e seus graus de liberdade.
O Relatório do Desenvolvimento Humano (RDH), divulgado pela
Organização das Nações Unidas (ONU, 2013), afirma que o desenvolvi-
mento é um processo de mudança da sociedade no sentido de melhorar
o bem-estar da população ao longo do tempo, alargando o seu leque de
escolhas nos domínios da saúde, educação e rendimento. Dessa forma,
o desenvolvimento socioeconômico é definido, genericamente, como o
processo no qual o crescimento econômico (emprego e renda) e o social
(educação e saúde) estão interligados em uma relação de dependência,
isso porque, atualmente, o desenvolvimento está mais vinculado à questão
da maior ou da menor inserção na economia globalizada (MORAIS; OLI-
VEIRA; ROCHA, 2016).
Ao longo dos anos, o conceito foi reelaborado e passou a integrar
variáveis além daquelas relacionadas ao crescimento da riqueza, mas, so-
bretudo, às diretamente relacionadas com a qualidade de vida da população
(OLIVEIRA, 2002). O desenvolvimento socioeconômico não compreende
apenas a industrialização e o crescimento de emprego e renda, mas também
outros determinantes, como serviços de saúde e educação (SEN, 2000).
Segundo Morais, Oliveira e Rocha (2016) nos trabalhos acerca do
desenvolvimento regional, a utilização de indicadores tem a finalidade de
quantificar determinada concepção de desenvolvimento. Entretanto, uma
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nos dados sobre o IFDM, inicialmente foi realizada uma análise descri-
tiva das áreas de desenvolvimento do IFDM. Na Tabela 6, constam os valores
referentes a: média, mínimo, máximo e desvio padrão do IFDM no ano de 2015.
Nota-se, pela Tabela 7, que, de forma geral, o IFDM teve uma mé-
dia de 0,5970, valor maior do que o ano anterior. Contudo, observam-se
valores menores no mínimo e no máximo. O município de Sebastião (PI)
apresentou a menor média (0,3532), e Eusébio (CE), a maior (0,8467). Em
relação ao desempenho das áreas de desenvolvimento do IFDM, a educa-
ção se manteve com a maior pontuação (0,9549) e a maior média (0,6823),
enquanto emprego e renda permaneceu com o menor valor (0,1567) e a
menor média (0,4084). Destaca-se que Eusébio (CE) obteve a maior pon-
tuação, e Caldeirão Grande (PI), a menor. Ressalta-se, ainda, que os re-
sultados encontrados corroboram com os achados de Medeiros, Santos e
André (2018), que, ao analisarem o desenvolvimento municipal das mi-
Efetivo 86 0,7361
IFDM Saúde 4,003 < 0,001***
Não Efetivo 1211 0,6878
Nota: (***) indica significância estatística ao nível de 1%.
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IRB. Anuário do IEGM Brasil 2015. Belo Horizonte: IRB, 2015. Dis-
ponível em: https://irbcontas.org.br/wp-content/uploads/2020/04/anuario-
-iegm-2015.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
MOROZUMI, A.; VEIGA, F. J. Public spending and growth: the role of govern-
ment accountability. European Economic Review, [s. l.], v. 89, p. 148-171, 2016.
RESUMO
ABSTRACT
The general objective of this paper is to analyze the Federal Senate skills
to evaluate public policies, in the period from 2014 to 2019, under Re-
1 Graduada em Direito pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), mestre em Administração Pública pelo
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Atualmente, é assessora legislativa no Senado Federal.
E-mail: alba.fontes@yahoo.com.br
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 METODOLOGIA
4 ARCABOUÇO CONSTITUCIONAL
2 A Câmara dos Deputados promoveu, em 2020, por meio da Consultoria Legislativa, o seminário virtual
“O papel do Legislativo na avaliação de políticas públicas”. Além de servidores e representantes de associações e
sindicatos do Poder Legislativo Federal, participaram das discussões integrantes do Tribunal de Contas da União
(TCU), do Ministério da Economia, da Casa Civil, da Controladoria-Geral da União (CGU), da Universidade Fede-
ral de Minas Gerais (UFMG) e de entidades estrangeiras. Disponível em: https://escriba.camara.leg.br/escriba-servi-
cosweb/html/60060. Acesso em: 18 jun. 2021.
CI – Comissão de Serviços de
3 2 1 0 1 1 8
Infraestrutura
CMA – Comissão de Meio Ambiente 0 1 1 2 0 1 5
CRA – Comissão de Agricultura e
2 2 1 1 1 1 8
Reforma Agrária
CRE – Comissão de Relações Exte-
1 1 2 0 0 1 5
riores e Defesa Nacional
CSF – Comissão Senado do Futuro 0 1 7 1 0 0 9
CTFC – Comissão de Transparência,
Governança, Fiscalização e Controle X X 6 0 0 1 7
e Defesa do Consumidor
Total de 13 comissões 15 17 26 13 8 11 90
Fonte: elaborado pela autora, a partir dos requerimentos propondo avaliação de políticas públicas
das comissões permanentes do Senado Federal (2021).
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
estudos-legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/avppsf/avalia-
cao-de-politicas-publicas-no-senado-federal-1. Acesso em: 5 set. 2020.
RESUMO
1 Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará (UFC); especialista em Controle
Externo pela Universidade Federal do Ceará (UFC); servidora efetiva do Tribunal de Contas do Ceará (TCE – CE),
no cargo de técnico de Controle Externo; ocupante dos seguintes cargos na então Secretaria Geral do Tribunal de
Contas do Ceará: assistente do secretário, diretora, secretária adjunta. Atualmente, é gerente de apoio às Câmaras
da Secretaria de Sessões do Tribunal de Contas do Ceará e mestre em Ciência Política pela Universidade de Lisboa
(ULisboa). E-mail: raquel@tce.ce.gov.br
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
4 METODOLOGIA DE ESTUDO