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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Designado ao Juizado

Especial Cível da Comarca de ANTONINA, Estado do Paraná.

GREICI KELI ALVES CAMARGO, brasileira, solteira,


do lar, portadora da Carteira de Identidade nº 10.762.526-7/PR, CPF
089.147.749-70, residente e domiciliada nesta cidade de Antonina, na rua
Trajano Sigwalt, s/n – Confeitaria Nobre Sabor no Matarazzo, CEP 83.370-
000, por seus advogados ao final assinados vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência, apresentar contestação na Ação de Indenização
por Danos Morais promovida por FABIO DE OLIVEIRA PIMENTA, autos sob
nº 0001295-87.2021.8.16.0043, e o faz pelas razões de fato e de direito
que a seguir expõe.
Ao discorrer sobre o conteúdo e fundamentos
dessa ação de indenização promovida por supostos danos morais sofridos
pelo autor, verificou a ora requerida que, claramente, não ocorreu o fato
constitutivo do direito que o autor aponta, pois ausente o nexo de
causalidade exigido pela Lei.
É que o autor alega ter sido ofendido
moralmente por comentários que a ora requerida teria feito pela internet,
no entanto acosta aos autos, além de uma infinidade de outros
comentários, e também por inúmeros usuários em redes sociais, apenas
meras citações feitas pela requerida apontadas nos movimentos 1.9 –
folhas 31 -, e 1.6 – folhas 57 (documento registrado em cartório), o que
não é e não seria suficiente para caracterizar como suposta ofensa à sua
moral, pois se percebe que a requerida também tem o direito à liberdade
de expressão disposta na Constituição Federal, artigo 5º incisos IV (é livre
a manifestação do pensamento..) e IX (é livre a expressão da atividade...
de comunicação, independente de censura), a mesma liberdade de
expressão que o autor se utiliza para se manifestar como fundamento de
sua demanda, aliás, liberdade de expressão bem difundida nos dias de
hoje, e amparada pela Carta Magna.
O autor, bem ao contrário do que noticia para
fundamentar a presente demanda e dizer que são inverdades as
informações nas redes sociais, ele se contradiz ao aparecer em fotos de
jornal local ao lado do candidato à prefeitura da cidade, o que pode (e
deve) ter contribuído para a reeleição do candidato à prefeito, dando
margens aos comentários dos cidadãos da localidade pelas redes sociais, e
tais comentários nem de longe podem ser considerados ofensivos como
diz.
Em resumo, Excelência, não logrou provar o fato
constitutivo de seu direito porque faltou o principal requisito - a ofensa – ,
até porque, a requerida em nenhum momento teria ofendido o autor,
apenas se utilizou do direito de se expressar como cidadã que faz parte da
sociedade antoninense, aliás, se expressando em opinião sem nenhuma
ofensividade, afinal, como pastor de uma congregação deve ele se
envolver apenas com a religião, e jamais se insinuar ao lado do candidato
à Prefeitura em foto claramente exibida na petição inicial, o que se
permite interpretar como “em favor do candidato”, e essa atitude pode
ter desiquilibrado o resultado das eleições locais, por isso é que motivou
os diversos comentários reprováveis da comunidade antoninense.
Diante do exposto, e como claramente ausente o
nexo de causalidade, deve caminhar a presente ação contra a requerida, à
improcedência total, protestando por todos os meios de provas em direito
admitidas, em especial a testemunhal, além dos depoimentos, não só o do
autor, como dos outros requeridos envolvidos, pois são necessários para o
deslinda da demanda, para que esse r. juízo possa aplicar a Justiça “in
casu”, na forma da Lei.
Pede Deferimento,
Antonina, 10 de dezembro de 2.021
Julio Cezar Rodrigues Cezar Euclides Mello
OAB/PR 19.155 OAB/PR 9.105

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