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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DO


SISTEMA DE JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DA COMARCA DE CAMAÇARI –
ESTADO DA BAHIA:

Processo n°: 0001081-46.2023.8.05.0039

UNIÃO BRASIL – COMISSÃO PROVISÓRIA ESTADUAL DA BAHIA; devidamente


qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seus advogados ao final
assinados, regularmente constituídos mediante procuração e substabelecimento em anexo,
com endereço profissional constante no rodapé deste fólio, vem, respeitosamente, de
maneira tempestiva, à honrosa presença de Vossa Excelência, com supedâneo no artigo 30
da Lei nº 9.099/95, apresentar CONTESTAÇÃO à demanda ajuizada por Terezinha Maria
Alves, na esteira dos argumentos explanados a seguir.

I – BREVE RESUMO DOS FATOS

Cuidam-se os autos, na espécie em comento, de ação indenizatória por danos morais e


materiais, ajuizada por Terezinha Maria Alves, cujo protocolo se deu na data de 30 de
janeiro de 2023, em desfavor do partido União Brasil – Comissão Provisória Estadual da
Bahia, bem como em face de outros réus.

Explana a parte demandante, em síntese, no bojo da peça vestibular, que, no dia 07 de


setembro de 2022, teria havido, no Município de Camaçari/BA, no bairro da Gleba E,
ocorrera um desfile em comemoração ao aniversário da independência do país, e que, por se
tratar de ano eleitoral, ocorreram movimentações políticas pelos mais variados partidos e
candidatos.

Aduz a autora, também, que, no mesmo dia, teria ela, acompanhada de suas filhas,
participado de ato de campanha em apoio às postulações eleitorais de Kátia Oliveira ao

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cargo de deputada estadual, de Paulo Azi ao posto de deputado federal e de ACM Neto ao
Governo do Estado da Bahia, todos pertencentes aos quadros do União Brasil, ora na
qualidade de réu.

Afirmou a requerente, ainda, que, durante o referenciado ato de campanha, teria subido no
trio elétrico parado no local da concentração da atividade, para o fim de acompanhar toda a
movimentação política realizada pelos apoiadores dos candidatos anteriormente
mencionados.

Deduz a autora, no petitório inaugural, que ao chegar ao final do percurso, teria ocorrido o
anúncio referente à necessidade das pessoas que estavam na parte superior do trio elétrico
pudessem descer, oportunidade em que o veículo estaria já parado para que os apoiadores
viessem a desembarcar do automóvel.

Prosseguindo-se ao enredo factual, assenta a demandante que, ao descer do trio elétrico,


mediante a ajuda de uma de suas filhas, o motorista do automóvel teria acelerado de forma
brusca, situação que teria ensejado em um acidente em desfavor da autora, que, ao se
fraturar, teria tido o seu dedo anelar da mão esquerda arrancado.

Nesta vertente, expressou a requerente que fora, hipoteticamente, deixada ao léu, sem
qualquer modalidade de assistência por parte dos réus, tendo sido levada a uma UPA para
fins de atendimento, e, em seguida, por conta da especulada gravidade do caso, teria sido ela
encaminhada ao Hospital Geral de Camaçari/BA.

Afirma a demandante que, no âmbito da unidade hospitalar, após o seu ingresso, foi atendida
pela equipe de ortopedia, essa que, ao avaliar o quadro de saúde da autora desta demanda,
teria promovido a amputação do dedo fraturado, o que ensejara na caracterização de dano
estético à autora.

Quanto à configuração do alegado acidente, que teria ceifado um dos dedos da autora, tem-
se das duas fotografias colacionadas à inicial, em que retratam uma mão sem um dedo, a

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imprecisão dessas serem realmente da autora, nem de quando foi promovido o dito registro
midiático.

Quando dos pedidos, vindicou a demandante fossem os réus condenados ao pagamento de


R$ 3.000,00 (três mil reais), a título de danos materiais, em razão da autora, por conta do
aludido acidente, ter tido custos com a compra de medicamentos, custo com médicos e
materiais para a limpeza do local da fratura, bem como postulou, a título de indenização por
danos morais, o importe de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais).

Devidamente citado, por meio de mandado recebido, passar-se-á a agremiação ré, neste
exato instante, a expor seus argumentos defensivos, tanto em sede prefacial quanto no
mérito, sobrelevando-se, de logo, que não prospera as alegações tecidas no petitório
inaugural.

II – DAS PRELIMINARES

De pórtico, incumbe ao réu, na oportunidade em comento, que antecede à exposição dos


argumentos de mérito de sua defesa, suscitar matéria de defesa preliminar, também chamada
de defesa processual, disciplinada legalmente de acordo com o artigo 337 do Código de
Processo Civil de 2015, cuja análise, por parte deste MM. Juízo, precede face aos
argumentos de mérito do feito.

Acaso haja o acolhimento de ao menos uma das prefaciais a seguir deduzidas, a demanda em
comento deverá ser extinta sem deliberação de sua matéria de fundo, consoante será
intelectualmente edificado a partir das considerações deduzidas logo adiante pela defesa
técnica da parte ré.

II.I – DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. AUSÊNCIA DE PROVAS MEDIANTE


AS QUAIS O AUTOR PRETENDE COMPROVAR OS FATOS CONSTITUTIVOS
DO DIREITO ALEGADO. NECESSIDADE DE EXTINÇÃO DO FEITO SEM
RESOLUÇÃO DE MÉRITO

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Ao analisarmos exaustivamente as laudas adstritas à petição inicial, entendemos, com as


devidas vênias e licenças de praxe, que a mesma se encontra conspurcada ante o vício da
inépcia, de modo que não há condições para que esta demanda prossiga, com regularidade,
em tramitação, conforme será melhor explicado a seguir.

Conforme se depreende do artigo 319 do Código de Processo Civil, há um rosário de


requisitos legais que uma petição inicial deve preencher para a deflagração de um
procedimento judicial, dentre eles o que consta no inciso VI da precitada disposição legal,
cuja redação assenta os seguintes dizeres:

Art. 319. A petição inicial indicará:

[...]

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos


fatos alegados; (grifos nossos)

Verifica-se da documentação comprobatória colimada ao feito pela parte demandante


manifesta insuficiência no tocante à necessidade de demonstração da veracidade dos
acontecimentos elencados na peça vestibular, situação que enseja, inevitavelmente, na
inobservância da exigência legal pontificada no artigo 319, VI, da legislação processual civil
codificada.

Neste sentido, cabível, portanto, considerar que o petitório inaugural aforado pela autora
desta ação padece de inépcia, vício esse de natureza indisponível, razão pela qual, dada a sua
configuração, bem como em virtude da incidência, no caso concreto, da preclusão, posto que
o momento de produção de prova documental, pelo autor de uma ação, é no momento da
petição inicial, resta inviável o prosseguimento desta demanda, não havendo alternativa que
não seja o indeferimento da peça incoativa.

A demandante alega ter promovido gastos com a compra de medicamentos, custo com
despesas médicas e materiais para a limpeza do local da fratura, porém não apresentou um

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documento (nota fiscal, recibo, prontuário, etc...) probante que pudesse, mesmo que
sumariamente, embasar tal alegação

De acordo com o quanto disposto no artigo 330, I, do diploma processual, a petição inicial
será indeferida quando for inepta, de modo que, em razão do não cumprimento, pela parte
requerente, daquilo que é exigido pela legislação quando da propositura de demandas
judiciais, evidente, pois, a falta de aptidão da peça iniciadora do feito.

Ademais, mister grafar que as exigências insertas na lei quanto à formação da petição inicial
não se tratam de mero formalismo, mas sim de condições da ação, que devem ser fielmente
respeitadas por aqueles que apresentam suas pretensões e demandas perante os órgãos
jurisdicionais.

Promovidas as considerações neste tópico preambular, roga a parte promovida, com esteio
nos artigos 330, I, e 485, I, do Código de Processo Civil de 2015, seja lavrada sentença
por este MM. Juízo, de modo a extinguir o feito sem resolução de mérito, haja vista a
inépcia da petição inicial apresentada pela parte autora.

II.II – DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO UNIÃO BRASIL

Da mesma sorte, além de suscitar a inépcia do petitório inicial, fundamental arguir a


preliminar de ilegitimidade passiva, com espeque no artigo 337, XI, do Código de Processo
Civil de 2015, por entender este grêmio político não ser parte legítima para responder aos
termos redigidos na peça vestibular.

Em razão da natureza imperativa da norma processual, consiste em óbice para a apreciação


pelo órgão jurisdicional do mérito da lide intentada em desfavor de parte profundamente
impossibilitada de ser responsabilizada no tocante aos fatos narrados que foram narrados no
bojo da peça vestibular.

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Depreende-se dos fólios carreados ao feito em riste que a parte demandante, no exercício do
seu direito de ação, inegavelmente assegurado pelo mandamento constitucional, propôs
contenda indenizatória por danos materiais e morais, com o intento de almejar a adoção de
providências por parte do Poder Judiciário acerca dos relatos porfiados na peça de ingresso
desta lide.

Ao analisarmos, de forma aprofundada, a postulação autoral, evidencia-se de seu inteiro teor


que não fora imputado, em nenhum momento, face a este organismo partidário, a prática de
qualquer ato ilícito, de modo que resta inadmissível a sua continuidade nesta demanda em
curso.

Depreende-se da narrativa confabulada na petição inicial que teria havido um acidente em


desfavor da autora, motivado por aventada manobra brusca do motorista de um trio elétrico
em que a mesma estava saindo da parte superior do referido automóvel, por hora
desconhecido.

Ocorre que, em nenhum momento, fora dito que o veículo era de propriedade ou domínio
desta agremiação, nem que o seu condutor possuíra qualquer tipo de vínculo para com o
partido acionado, razão pela qual inexiste, in casu, nenhum acontecimento ou elemento de
prova que pudessem concatenar, em desfavor da parte ora defendente, o enredo trazido à
tona por meio da propositura desta demanda.

Assim, em vista dos argumentos explanados em sede de defesa processual, levando-se, em


linha de conta, a carestia de fatos ou provas que pudessem associar, ainda que minimamente,
a digressão contida na petição inaugural a esta agremiação, pleiteia o réu seja acolhida a
prefacial de ilegitimidade passiva, com o escopo de extinguir o feito sem resolução de
mérito, nos termos do artigo 485, VI, do Livro de Ritos Processuais, em face desta
agremiação partidária.

III – MÉRITO DA DEFESA. INEXISTÊNCIA DE PROVAS QUANTO AOS FATOS


CONSTITUTIVOS DO DIREITO ALEGADO PELA PARTE AUTORA. AUSÊNCIA

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DE NEXO DE CAUSALIDADE. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS DEDUZIDOS


NA PETIÇÃO INICIAL

Em homenagem aos princípios da eventualidade e da concentração da defesa, a parte ré,


neste exato instante, passará a esmiuçar os argumentos voltados à matéria de fundo vertida
nestes autos, essa que, acaso seja apreciada por este MM. Juízo, levará a improcedência dos
pedidos articulados na petição inicial.

Mesmo confiante no acolhimento de ao menos uma das preliminares abordadas nesta peça
defensiva, a agremiação faz o rebatimento quanto ao mérito da pretensão autoral, essa que,
inclusive, encontra-se totalmente desamparada pela própria acionante, pois a mesma sequer
fez prova do direito precariamente vindicado na peça vestibular.

Nesta esteira intelectual, fundamental explanar, de logo, que a parte autora descumpriu o seu
dever processual, preconizado no artigo 373, I, do CPC/2015, de comprovar os fatos
constitutivos do pleito por ela alegado, situação que fragiliza ainda mais a sua indevida
pretensão apresentada a partir da demanda ora contestada em sua inteireza.

Da análise do acervo documental adunado ao feito pela demandante, ao qual fazemos


expressa impugnação, tanto com relação à autenticidade do documento quanto acerca
de seu conteúdo, relevante afirmar que a autora trouxe fotos imprecisas, sem especificar o
momento em que foram registradas, o local onde foram tiradas e muito menos a data e o
horário das fotografias, ao ponto que tais mídias não servem para lastrear a pretensão
autoral.

Relembramos que a causa de pedir estribada na petição inicial versa acerca de imaginada
lesão física e estética acometida à autora, ancorado em suposta perda de um dedo após a
ocorrência de um acidente, durante um ato de campanha em benefício dos impugnados, apto
a ensejar, nesta linha, segundo versão abordada pela parte demandante, em danos morais e
danos materiais, ante a realização de gastos com despesas médicas.

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No meritum causae, pleiteou a autora a procedência dos pedidos aduzidos na inicial, com o
fito de obter a condenação dos acionados ao pagamento de R$ 3.000,00 (três mil reais), bem
como postulou, a título de indenização por danos morais, o importe de R$ 45.000,00
(quarenta e cinco mil reais).

Adentrando-se mais penetrantemente ao cerne da controvérsia travada nos autos,


compreendemos que a pretensão demandada neste MM. Juízo pela autora é manifestamente
desprovida de lastro probante e é indigente em provas, razão pela qual deve ter os seus
pedidos deliberados inteiramente improcedentes.

Consentâneo afirmar que o dever à reparação indenizatória por acontecimentos lesivos, seja
no âmbito material ou moral, decorre apenas a partir da caracterização conjunta do ato
ilícito, do nexo de causalidade entre a transgressão e o evento danoso, esse que deve ser
estritamente comprovado por quem o aduz.

Levando em consideração o franciscano esteio probatório gestado pela demandante,


compreende-se que o seu pleito transparece a ideia de enriquecimento sem causa, e,
portanto, irregular, estando evidenciado a partir do pedido indenizatório fixado em
demasiados R$ 48.000,00 (quarenta e oito mil reais), vez que não restaram demonstrados os
atos ilícitos aventados – e imputados a esta agremiação - a partir da propositura desta lide.

Não tendo havido, muito menos provado, a ocorrência de qualquer ilicitude por parte desta
agremiação partidária, tampouco há plausibilidade em dever de reparação à autora, haja
vista, destaque-se, a falta de gerência do réu ora contestante acerca do contexto factual
trazido à ribalta nas laudas que compõem a peça exordial.

Desta sorte, resta praticamente impossível a procedência dos pedidos elencados na peça
inicial, vez que todos se balizam em meras expectativas e venetas incontidas da autora,
situação manifestamente inadmissível para quem demanda por ressarcimento perante às
hostes do Poder Judiciário.

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Há de se destacar, inclusive, que não restou demonstrado – e comprovado – qualquer


prejuízo que a requerente tenha sido acometida para amealhar o pleito indenizatório, cuja
dissertação trazida ao longo da peça vestibular é incontestavelmente divorciada das provas
que foram gestadas documentalmente.

O alegado sinistro confabulado na narrativa autoral, qual seja o acidente que teria
desencadeado na perda de um dos dedos da mão da autora, não foram comprovados por
quem de direito, ante as provas que foram acostadas aos autos, notadamente as fotografias
despossuídas de força probante e carecentes de registro quanto à data, hora e local em que
foram retiradas.

Desta sorte, impende sobrelevar que a autora sequer comprovou o momento em que teria
ocorrido o acidente, em quais condições, o logradouro onde teria se dado o acontecimento, a
placa do carro do veículo classificado como trio elétrico, enfim, não há no caderno
processual ferramentas probatórias mínimas e hábeis à reconstituição da narrativa factual
trazida pela demandante.

Em outro giro argumentativo, não se verifica da deserta moldura processual a existência de


qualquer elemento, seja fático ou probatório, que pudesse concatenar esta agremiação
partidária à estória narrada no petitório inaugural, que mais se parecem devaneios e
elucubrações.

A mera e simplória narrativa confabulada pela parte autora evidencia a inexistência da


obrigação de indenizar, pois não foi comprovado o suscitado prejuízo financeiro que
pudesse viabilizar a indenização por dano material e nem a lesão aos direitos
extrapatrimoniais que pudessem desembocar na configuração da necessidade de
contraprestação pecuniária adveniente de dano moral.

A mera e simplória narrativa confabulada pela parte autora evidencia a inexistência da


obrigação de indenizar, pois não foi comprovado o suscitado prejuízo financeiro, que teria
sido gerado a partir de gastos com medicação e despesas médicas, que pudesse viabilizar a

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indenização por dano material e nem a lesão aos direitos extrapatrimoniais que pudessem
desembocar na configuração da necessidade de contraprestação pecuniária adveniente de
dano moral.

Refutamos, portanto, todos os débeis argumentos contados na inicial, de modo que


reforçamos que a situação posta em debate não corrobora com o que fora pleiteado pela
demandante, essa que não fez prova sequer de como teria se dado o aludido acidente, que
teria sido responsável por lhe ceifar um dedo de sua mão.

Cabe-nos reforçar que a pretensão da autora, de cunho indenizatório, baseia-se em


expressões vagas, subjetivas e lacônicas, situação que dificultou, inclusive, o próprio objeto
da causa, situação essa que gera, conseguintemente, prejuízo expressivo à defesa, diante da
imprecisão da demanda a ser contestada.

Diante dos argumentos expendidos, acaso o Eminente Julgador ultrapasse a matéria prefacial
e adentre ao mérito da lide, não restam dúvidas quanto à necessidade de improcedência dos
pedidos da ação, vez que não fora comprovado pela demandante, a partir da precariedade
dos elementos acostados, os danos materiais e morais por ela dissecados.

IV – CONCLUSÃO

Ante os argumentos explanados, pugna a parte demandada, invocando os doutos


suprimentos de Vossa Excelência:

a) O acolhimento da preliminar de inépcia da petição inicial , ante a ausência de


provas aptas a lastrear a pretensão autoral, de modo a extinguir o feito sem resolução
da matéria de fundo, com esteio nos artigos 330, I, e 485, I, do Código de Processo
Civil de 2015;

b) Acaso não haja o acolhimento da prefacial anteriormente deduzida, pugna pelo


acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva da agremiação ré,
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extinguindo o feito, em face desta, sem deliberação do mérito, posto que não há nos
autos nenhum indicativo que pudesse concatenar o enredo fático à parte ora
acionada;

c) Na remotíssima hipótese de haver a apreciação do mérito do feito, pleiteamos sejam


julgados improcedentes os pedidos deduzidos na petição inicial, uma vez que não
foram comprovados pela parte autora os fatos constitutivos do direito por ela
suscitado;

d) Se houver julgamento da matéria de fundo, pugnamos seja realizada a deliberação


antecipada do mérito, em razão da desnecessidade de dilação probatória.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
De Salvador/BA para Camaçari/BA, 22 de março de 2023.

Ademir Ismerim
OAB/BA n° 7.829

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