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AO JUÍZO DE DIREITO DO SEGUNDO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

COMARCA DE LINHARES, NESTE ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

PROCESSO N. xxxxxxxx.

CONTESTAÇÃO
(artigo 30 da Lei Federal n. 9.099/95)

REQUERIDO: XXXXXXXX, brasileiro, casado, residente e domiciliada à


Avenida Maria Fernandes, n. 388, bairro Canivete, Linhares/ES – CEP:
29.909-570, representado, neste ato, por seu advogado que esta subscreve.

REQUERENTE: XXXXXXX, já devidamente qualificados nos autos do


processo em epígrafe.

BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

A autora, em sua petição inicial, sustenta que, em 27 de novembro de 2017,


sofreu um acidente de moto, na BR 101, que teria sido provocado pelo
requerido, o qual teria se evadido do local.

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Argumento, além disso, que em razão do referido acidente teve prejuízos
com o conserto de sua moto, medicamentos e o valor que teve que pagar
para retirar a moto do pátio do Detran.

Derradeiramente, requer a condenação do requerido ao pagamento da


quantia de R$ 1.945,67 (mil e novecentos e quarenta e cinco reais e sessenta
e sete centavos), bem como indenização por danos morais.

Entretanto, data máxima vênia, a pretensão autoral deverá ser julgada


totalmente improcedente pelas razões a seguir expostas.

FUNDAMENTOS MERITÓRIOS
IMPUGNAÇÃO DOS FATOS NARRADOS NA INICIAL

Excelência, importante realizar alguns esclarecimentos sobre os fatos narrados


na peça inicial, o que, conforme Vossa Excelência irá perceber, ocorreram de
forma bem diversa da sustentada, não sendo sequer possível aferir, pelas
alegações autorais, que tenha sido o requerido o causador do acidente.

O PRIMEIRO PONTO A SER IMPUGNADO é a alegação de que teria sido o


requerido o causador do acidente automobilístico alegado pela requerente, tendo
em vista que essa alegação é baseada em declaração de um suposto primo
da requerente que, além de não se encontrar presente no momento do
acidente, presumiu que teria sido o requerido o causador do acidente ao
fotografar a placa do veículo.

O Boletim de Ocorrência n. 199068217112714100 (ID 618121-pág.05/06),


muito embora “indique” o requerido como o causador do acidente, é baseado na
prestação de declaração unilateral da requerente e, como dito, de um suposto
primo. Sendo assim, não é possível imputar, de forma incontestável, o requerido
como causador do acidente, pois o referido documento, sem que se atrele a

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outros elementos probatórios, não pode ser utilizado como prova, até porque,
repito, é lavrado levando como base as declarações unilaterais da requerente e
de seu primo. Nesse sentido:

EMENTA: CIVIL. SUPOSTAS AMEAÇAS PROFERIDAS APÓS O FIM DE


RELACIONAMENTO CONJUGAL. ÔNUS PROBATÓRIO NÃO CUMPRIDO
A CONTENTO (CPC, ART. 373, I). DANO MORAL NÃO CONFIGURADO.
RECURSO IMPROVIDO. I. Ação ajuizada pela ora recorrente, em que
pugnou pela condenação do recorrido à compensação dos danos morais
decorrentes de supostas ameaças proferidas após o término de
relacionamento conjugal de 10 anos. Recurso interposto contra a
sentença que julgou improcedente o pedido inaugural. II.
Insuficiência do boletim de ocorrência (IDs 3218672 e
3218673), isoladamente considerado, à comprovação dos
fatos articulados, a par de ser tratar de unilateral versão
da requerente/recorrente, apresentada à autoridade
policial. O registro, portanto, deve ser analisado em
conjunto com as demais provas produzidas. III. E, no
particular, as duas testemunhas arroladas, e ouvidas em juízo como
informantes (amizade íntima com as partes - ID 3218710) nada
esclareceram sobre os fatos. A primeira, indicada pelo requerido,
informou que nunca viu nenhuma ofensa por parte dele dirigida a ela e
que certa vez viu a autora se alterar e jogar vasilhas nele; enquanto a
segunda, indicada pela requerente, ao tempo em que teria afirmado que
ouviu quando ele disse vou quebrar seu pescoço, completou dizendo que
tinha pouca convivência com o casal, não sabendo dizer como era seu
relacionamento. IV. Ausente, portanto, prova robusta das
alegações (CPC, Art. 373, I), tampouco de que eventuais
impropérios não teriam sido proferidos em contexto de ofensas
recíprocas, confirma-se a sentença que, ao destacar as
peculiaridades do caso concreto (discussões inerentes ao fim de
relacionamento/questões familiares), concluiu pela não
configuração do dano extrapatrimonial. V. Recurso conhecido e
improvido. Sentença confirmada por seus fundamentos. Condenada a
recorrente ao pagamento das custas processuais. Suspensa a
exigibilidade em razão da gratuidade de justiça ora deferida. Sem
condenação em honorários advocatícios, ante a ausência de
contrarrazões (Lei n. 9.099/95, arts. 46 e 55). (TJDF; RInom 0701325-
92.2017.8.07.0004; Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais;
Rel. Juiz Fernando Antônio Tavernard Lima; Julg. 08/05/2018; DJDFTE
14/05/2018; Pág. 791 – grifo nosso)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA REGRESSIVA.


ACIDENTE DE TRÂNSITO. ÔNUS DA PROVA. AUTOR. CULPA NÃO
COMPROVADA. HONORÁRIOS. REDUÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. 1) Como é cediço, a responsabilidade civil subjetiva
pressupõe a demonstração da conduta dolosa ou culposa do agente, o
dano e nexo causal entre eles (arts. 186 e 927 do Código Civil), sendo
certo que esse último elemento é afastado quando se verifica que o
evento danoso decorreu de culpa exclusiva da vítima ou de fato de
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terceiro, hipótese que a conduta do agente é mero instrumento e não
causa do dano. 2) Nos termos do inciso I do art. 373 do Estatuto
Processual Civil, compete ao autor o ônus da prova. 3) Circunstância
em que o recorrente se restringe a apresentar Boletim de
Ocorrência lavrado de forma unilateral, que goza de
presunção relativa de veracidade, sem nenhuma
outra prova que corrobore suas alegações, de maneira a
possibilitar a análise conjunta e conclusiva acerca dos
fatos. 4) Especificamente quanto aos honorários advocatícios, nos
termos do §8º do art. 85 do CPC, devem ser fixados de forma equitativa
pelo juiz, observando o disposto nos incisos do §2º do mencionado
artigo. 5) Recurso parcialmente provido. (TJES; Apl 0032341-
91.2012.8.08.0024; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. José Paulo
Calmon Nogueira da Gama; Julg. 04/04/2017; DJES 27/04/2017)

Dessa forma, sem que a parte autora tenha trazido aos autos outros elementos
probatórios, com a finalidade de corroborar a sua declaração unilateral perante o
policial, não se desincumbiu de seu ônus probatório (art. 373, I do CPC/15), o
qual, como parece comezinho, não poderá ser invertido ou mesmo dinamizado
(art. 373, § 1º do CPC/15).

Não se desincumbindo do ônus probante quanto a esse primeiro ponto


controvertido, já seria o suficiente a afastar a pretensão indenizatória
autoral, todavia, em respeito ao princípio da eventualidade, passa-se a
impugnar os demais fatos.

O SEGUNDO PONTO A SER IMPUGNADO é a alegação de que o suposto


acidente teria causado à autora dano material, seja em razão do conserto da
moto (ID 618122), dos medicamentos (ID 618125-pág. 01) ou da taxa de
retirada de veículo (ID 618125-pág.02), pois a requerente não consegue
demonstrar/provar o nexo de causalidade do suposto dano com o fato
narrado na inicial. Explico.

Analisando os documentos sobreditos no parágrafo anterior, denota-se a


inexistência de outros elementos probatórios que demonstrem ter sido referidos
“danos” provenientes do acidente automobilístico, até porque sequer comprovou
ter sido o requerido o seu causador.

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Os documentos inerentes aos medicamentos (ID 618125-pág. 01), somente
comprova a compra de medicamentos, porém não demonstram que eles foram
prescritos em razão do supracitado acidente, tampouco este causídico possui
capacidade técnica específica para dizer se os medicamentos indicados nas notas
servem para o fim que a autora pretende.

No mesmo sentido, os documentos relativos aos orçamentos de conserto da


moto (ID 618122), relatando as peças que “precisariam” ser substituídas, além
de ter sido produzida de forma unilateral, não é consubstanciada em outros
elementos que comprovem que o “suposto” acidente teriam ocasionado referido
dano, necessitando ser substituídas referidas peças, o que, ao ver da defesa,
demandaria, inclusive, a realização de prova técnica pericial. Além disso, não
existem nos autos nenhuma foto do veículo da requerente no momento do
acidente que pudesse ser relacionar as peças ao referido acidente.

Por fim, quanto a taxa de remoção e guarda de veículo (ID 618125-pág. 02), não
há elementos, ainda, que demonstre que o veículo teria sido removido em razão
do acidente, pois o boletim de ocorrência (ID 618121-pág.05/06) não relata,
ou mesmo traz a informação, de que o veículo da requerente teria sido removido
e direcionado ao pátio do Detran.

Dessa forma, inexistência a demonstração do nexo de causalidade supracitado,


ônus que competia à requerente, o pedido indenizatório deverá ser rejeitado.

O ÚLTIMO PONTO A SER IMPUGNADO é a alegação de que os fatos narrados


na inicial geraram danos à moral da requerente, o que, pela simples leitura da
impugnação supracitada, fica rechaçado.

Ademais, é importante salientar que no tocante ao dano moral imputado, não há


dúvidas de que o dever de indenizar surge apenas quando se vislumbra a
presença dos elementos caracterizadores da responsabilidade civil, que são:
conduta humana ilícita (ação/omissão), a existência de dano e nexo de

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causalidade e, no presente caso, demonstração de culpa do requerido
(acidente de trânsito – responsabilidade civil subjetiva1).

Assim, para a ocorrência da responsabilidade deve haver uma conduta ilícita


praticada por culta do agente (dolo ou culpa), que contrarie ao direito, capaz de
acarretar prejuízo a outra parte (vítima), sendo que entre estes deve ter uma
ligação, ou seja, o dano deve ter advindo daquela conduta realizada pelo agente,
o que não se caracterizada no presente caso, como exaustivamente
comprovado alhures. Cumpre observar, que a ausência de qualquer desses
requisitos exclui a responsabilidade daquele a qual foi imputado o ato.

Nesse sentido, o Código Civil vigente estabelece em seu artigo 186 que “aquele
que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”; e o
artigo 927 do mesmo diploma, complementa a prescrição legal ao asseverar que
quando alguém por ato ilícito causar dano a outrem ficará obrigado a repará-lo.

Desse modo, no caso em tela, mesmo já tendo sido afirmado a inexistência de


provas de que teria sido o requerido o causador do acidente, também não há
comprovação de dano, posto que a jurisprudência é pacífica no sentido que o
dano moral baseado em acidente de trânsito, por si só, não enseja indenização
por danos morais:

1
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. PROCESSO CIVIL. PRELIMINAR DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. REJEITADA. MÉRITO. ACIDENTE DE TRÂNSITO.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. CRUZAMENTO. ROTATÓRIA. DIREITO DE PREFERÊNCIA.
ÔNUS SUCUMBENCIAIS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. I. Por ostentar o julgador
o poder-dever de indeferir as diligências inúteis à solução da quaestio,
uma vez constatada a desnecessidade de dilação probatória, afigurar-se-á
devido o julgamento imediato do pedido, não havendo falar-se em cerceamento
do direito de defesa. Preliminar de cerceamento de defesa rejeitada. II. É,
em regra, subjetiva a responsabilidade do causador de dano em
acidentes automobilísticos, impondo-se a demonstração do fato
delituoso, do evento danoso, do nexo de causalidade, bem como do
dolo ou da culpa, salvo quando comprovada eventual causa excludente
do nexo de causalidade entre os prejuízos e o evento danoso, nos
termos dos artigos 927 e 186, do Código Civil de 2002. [...]. VI.
Recurso conhecido e provido. (TJES; Apl 0000594-03.2015.8.08.0030; Terceira
Câmara Cível; Rel. Des. Subst. Marcos Assef do Vale Depes; Julg.
24/04/2018; DJES 04/05/2018)
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EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO
NÃO PROVIDO. 1. A Corte de origem, mediante o exame do suporte fático-
probatório dos autos, entendeu que o acidente de trânsito no qual o
agravante se envolveu não foi capaz de provocar abalo à sua honra
ou dor moral. Incidência da Súmula 7/STJ. 2. Agravo regimental a que se nega
provimento. (STJ - AgRg no REsp: 1460102 MS 2014/0139078-0, Relator: Ministro
RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 14/10/2014, T4 - QUARTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 29/10/2014)

EMENTA: RECURSO INOMINADO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA DO RÉU


EVIDENCIADA. DANOS MATERIAIS COMPROVADOS. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. 1. A prova dos autos foi suficiente a esclarecer a dinâmica dos
fatos e a culpa do demandado quanto ao acidente de trânsito objeto do presente
feito. 2. O autor trafegava na ERS 122, sentido São Sebastião do Caí/Bom
Princípio, na pista da esquerda, quando teve sua preferencial cortada pelo veículo
do réu que saía de um posto de combustíveis e ingressava na via, no lado direito
do sentido da via. 3. Cabia ao requerido empreender atenção e cuidado para
realização da manobra de ingresso na rodovia. Art. 34 do CTB. Prova testemunhal
que corroborou a tese inicial e evidenciou a culpa exclusiva do requerido. 4. Dano
material comprovado pela nota fiscal de fl. 30 e orçamento de fl. 32. 5. Dano
moral não configurado. Ausência de situação de afronta aos atributos
de personalidade do autor. As lesões físicas suportadas pela esposa
deste não servem ao reconhecimento de dano extrapatrimonial ao
demandante, segundo a regra do art. 6º do CPC. Ademais, não veio
aos autos comprovação de circunstâncias que levassem ao
reconhecimento de dano moral por ricochete, motivo pelo qual deve
ser afastada essa condenação do provimento de primeiro grau. DANO
MORAL NÃO CONFIGURADO. RECURSO PROVIDO, EM PARTE. (Recurso
Cível Nº 71005571856, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em 26/08/2015). (TJRS -
Recurso Cível: 71005571856 RS, Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva,
Data de Julgamento: 26/08/2015, Segunda Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 28/08/2015 – grifo nosso)

EMENTA: RECURSO INOMINADO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. DANOS MORAIS


INOCORRENTES. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NÃO CONFIGURADA. A parte autora
pede provimento ao recurso para reformar a sentença que julgou parcialmente
procedente a presente ação indenizatória por danos materiais, morais e estéticos,
condenando as rés apenas ao pagamento dos danos materiais. Ausente
demonstração da ocorrência de abalo moral concreto para a
configuração do dano, ônus que competia ao autor, nos termos do
artigo 331, inciso I, do CPC, e do qual não se desincumbiu. Pedido
contraposto, formulado em contestação, que, por si só, não enseja a
condenação das demandadas nas penas de litigância de má-fé.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº
71005437413, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: José
Ricardo de Bem Sanhudo, Julgado em 01/10/2015). (TJRS - Recurso Cível:
71005437413 RS, Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Data de Julgamento:
01/10/2015, Primeira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 05/10/2015 - grifos nossos)

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Dessa forma, não foi comprovada a prática de nenhum ato que importasse em
abalo à honra ou a dignidade da parte autora.

Sendo assim, não há que se falar em responsabilização civil por dano moral, pois
não se vislumbra no caso em tela o preenchimento dos requisitos ensejadores da
mesma, haja vista que não houve, por parte do requerido, violação a nenhum
direito da parte autora e nem qualquer tipo de dano psicológico na situação
ocorrida, ou mesmo, a prática de ato ilícito.

Sendo demonstrado a inexistência de ato ilícito e a ausência de nexo de


causalidade, tampouco a existência de dano, ou seja, não preenchidos os
requisitos legais, não há que se falar em incidência de dano moral e nem em
obrigação de indenizar, não havendo alternativa senão JULGAR TOTALMENTE
IMPROCEDENTE O PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS.

PEDIDOS

Por todo o exposto, requer seja o pleito autoral JULGADO TOTALMENTE


IMPROCEDENTE, seja a indenização por danos materiais ou morais, na forma
do artigo 487, inciso I do CPC/15.

Protesta pela produção de todos os meios de provas admitidos em direito,


sobretudo a prova documental e depoimento pessoal da requerente.

Termos em que
Pede deferimento.

Linhares/ES, 16 de maio de 2018.

DIEGO DEMUNER MIELKE


OAB/ES 20.589

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