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AO JUÍZO DA ________ VARA ________ DA COMARCA DE ________ .

PROCESSO Nº ________

________ , ________ , ________ , inscrito no CPF sob nº


________ , RG nº ________ , ________ , residente e domiciliado
na ________ , ________ , ________ , na Cidade de ________ ,
________ , ________ , por meio do seu Advogado, infra assinado,
vem à presença de Vossa Excelência, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

Em face da Ação de Cobrança movida por ________ , dizendo e


requerendo o que segue:

I - BREVE SÍNTESE

Diferentemente do que foi narrado na inicial, ________

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II - DAS PRELIMINARES

DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Foi juntado ________ , com o objetivo de comprovar ________ .

Ocorre que referido documento apresenta alguns detalhes notórios que


indicam que o mesmo não é verdadeiro em sua essência, tais como:

Para comprovar referidos argumentos, junta em anexo conforme imagens


comparativas identificando cada uma destas evidências e ________ .

Nos termos do Art. 430 do CPC/15, a arguição de falsidade pode ser


suscitada na contestação, na réplica ou a partir da intimação da juntada do documento aos
autos.

No presente caso, as evidências da falsidade são inequívocas, uma vez que


________ , cabendo àquele que apresentou o documento impugnado provar a sua
autenticidade, conforme expressamente previsto no CPC:

Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:


(...)

II- se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o


documento.

Desta forma, cabe à parte que produziu o documento comprovar a sua


autenticidade, conforme precedentes sobre o tema:

PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


COBRANÇA. CHEQUE EXTRAVIADO. DEVOLUÇÃO PELA
ALÍNEA ?20?. ÔNUS DA PROVA. ARTIGO 429, INCISO II,
CPC. FALSIDADE DOCUMENTAL. 1. O onus probandi, via de

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regra, é incumbência da parte ré quanto à existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, nos
termos do art. 333, inciso II, do CPC. Porém, versando o caso
sobre falsidade documental, o ônus da prova obedece à regra
contida no artigo 429, inciso II, do CPC, ou seja, aquele que fez
ingressar nos autos um documento e afirma a sua autenticidade,
deve prová-la, se a parte contrária refutar elementos essenciais
à validade do documento. 2. Escorreita a sentença que julgou
improcedente o pedido da parte autora, que não se desincumbiu do
ônus de provar a autenticidade do documento apresentado. 3.
Recurso de apelação conhecido e desprovido. (TJ-DF
07027528420188070006 DF 0702752-84.2018.8.07.0006, Relator:
SILVA LEMOS, Data de Julgamento: 20/03/2019, 5ª Turma Cível,
Data de Publicação: Publicado no DJE : 15/04/2019 . Pág.: Sem
Página Cadastrada., #23190531)

Assim, evidenciada a falsidade, tem-se por necessário o


reconhecimento da nulidade do documento no processo, afinal,
"Constatado que a assinatura aposta em um documento é falsa,
ele se torna inválido ao fim que se destina." (TJ-MG - Apelação
Cível 1.0145.17.045750-4/001, Rel.(a): Des.(a)Rubens Gabriel
Soares, #73190531)

Trata-se de conduta atentatória à boa fé esperada que deve conduzir ao


imediato reconhecimento da falsidade, com todos os reflexos legais, em especial à
condenação por LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. Nesse sentido:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - INCIDENTE DE FALSIDADE


DOCUMENTAL - PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO
DO RECURSO - DESERÇÃO - NÃO CONFIGURAÇÃO -
FALSIDADE MATERIAL - PERÍCIA GRAFOTÉCNICA -
ASSINATURA FALSA - COMPROVAÇÃO. - Constatado que a

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assinatura aposta no documento questionado é falsa, deve ser
acolhido o incidente de falsidade documental - Não servem para
afastar a conclusão da perícia grafotécnica elementos de prova que
nada se relacionam à autenticidade do documento impugnado, mas
apenas à dívida que por meio dele se pretendia cobrar. (TJ-MG -
AC: 10035120084302001 MG, Relator: Ramom Tácio, Data de
Julgamento: 09/09/0019, Data de Publicação: 20/09/2019,
#53190531)

Portanto, além das referidas evidências, caso não sejam suficientes para
comprovar a falsidade do referido documento, requer seja promovido no trâmite deste
incidente, exame pericial dos documentos ________ .

III - MÉRITO DA CONTESTAÇÃO

A Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial o que se


contrapõem com os termos desta contestação, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
PROPOSTA, pelos seguintes motivos:

Portanto, totalmente improcedente os pedidos ventilados na inicial, razão


pela qual conduz à sua imediata extinção.

IV - DAS PROVAS TRAZIDAS AOS AUTOS

Os documentos juntados à inicial tratam-se de provas insuficientes a


comprovar o alegado, uma vez que: ________

Portanto, considerando que é dever do Autor, nos termos do art. 320 do


CPC, instruir a inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação, requer a
total improcedência da ação.

DAS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR

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Caso seja dada a continuidade à presente ação, o Contestante pretende
instruir seus argumentos com as seguintes provas:

a) Depoimento pessoal do ________ , para esclarecimentos sobre


________ , nos termos do Art. 385 do CPC;

b) Ouvida de testemunhas, uma vez que ________ cujo rol segue


em anexo;

c) Análise pericial da ________ ;

d) A obtenção dos documentos abaixo indicados, junto ao


________ nos termos do Art. 396 do CPC;

e) Reprodução cinematográfica a ser apresentada em audiência nos


termos do Parágrafo Único do art. 434 do CPC;

f) Análise pericial da ________ .

Tratam-se de provas necessárias ao contraditório e à ampla defesa, conforme


dispõe o Art. 369 do Novo CPCP, "As partes têm o direito de empregar todos os meios
legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para
provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na
convicção do juiz."

Trata-se da positivação ao efetivo exercício do contraditório e da ampla


defesa disposto no Art. 5º da Constituição Federal:

"Art. 5º (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou


administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;(...)"

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A doutrina ao disciplinar sobre este princípio destaca:

"(...) quando se diz "inerentes" é certo que o legislador quis


abarcar todas as medidas passíveis de serem desenvolvidas como
estratégia de defesa. Assim, é inerente o direito de apresentar as
razões da defesa perante o magistrado, o direito de produzir
provas, formular perguntas às testemunhas e quesitos aos peritos,
quando necessário, requerer o depoimento pessoal da parte
contrária, ter acesso aos documentos juntados aos autos e assim
por diante." (DA SILVA, Homero Batista Mateus. Curso de Direito
do Trabalho Aplicado - vol. 8 - Ed. RT, 2017. Versão ebook. Cap.
14)

Para tanto, o Contestante pretende instruir o processo com as provas acima


indicadas, sob pena de nulidade do processo.

DA RECONVENÇÃO

Conforme disposição expressa do Art. 343 do CPC, pode o Réu em sede de


contestação arguir a Reconvenção, o que faz pelos fatos e direito a seguir.

Conforme narrado, o Autor, além de não ter direito ao requerido, deve arcar
com a repetição de indébito dos valores indevidamente cobrados, conforme passa a
demonstrar.

DO PEDIDO CONTRAPOSTO POR PESSOA JURÍDICA

Mesmo ausente previsão legal, a pessoa jurídica tem legitimidade para


figurar como autora em processo do Juizado Especial, conforme pacificado no teor do
Enunciado do Fonaje:

ENUNCIADO 31 - É admissível pedido contraposto no caso de ser


a parte ré pessoa jurídica.

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Afinal, tratando-se de matéria já trazida ao judiciário, pelo princípio da
economia processual não se pode exigir uma ação autônoma para análise dos mesmos fatos.

Esse entendimento conduz o posicionamento jurisprudencial sobre o tema:

PEDIDO CONTRAPOSTO FORMULADO POR PESSOA


JURÍDICA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO EM PRIMEIRO
GRAU DA FALTA DE PROVA DA CONDIÇÃO TRIBUTÁRIA
DA EMPRESA PARA FINS DO ARTIGO 8º, §1º, DA LEI Nº
9.099/90. 1. A pessoa jurídica tem legitimidade para figurar
como autora em processo do Juizado Especial nas hipóteses
legais. Ausência de impugnação da ausência de provas da condição
tributária em réplica ou no curso da audiência em que colhidas as
provas que implica em preclusão temporal. Tema que não pode ser
visitado em segundo grau apenas. (..) (TJSP; Recurso Inominado
Cível 1003964-72.2019.8.26.0016; Relator (a): Christopher
Alexander Roisin; Órgão Julgador: Sétima Turma Cível; Foro de
Jundiaí - 4ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 09/08/2019; Data de
Registro: 09/08/2019, #03190531)

Pedido contraposto feito por pessoa que não poderia promover ação
perante o juizado especial - Legalidade - Aplicação do enunciado
31 Fonaje Fornecimento de gás liquefeito de petróleo - Relação
contratual regulada pelo Direito Civil e não pelo Código de Defesa
do Consumidor - (...). (TJSP; Recurso Inominado Cível 1007942-
52.2017.8.26.0590; Relator (a): Walter Luiz Esteves de Azevedo;
Órgão Julgador: 5ª Turma Cível - Santos; Foro de Itanhaém -
3.VARA CRIMINAL; Data do Julgamento: 25/02/2019; Data de
Registro: 25/02/2019)

Razões pelas quais, requer o recebimento do presente pedido contraposto e


seu total provimento.

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DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO

Trata-se de cobrança irregular, pois já foi devidamente paga, configurando


o dever de indenizar, conforme expressa previsão do Código Civil:

Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou


em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que
for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro
caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o
equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.

Cabe destacar que a má-fé fica caracterizada diante da plena ciência do


pagamento, conforme indicar provas.

A jurisprudência ao tratar a matéria é categórica na imputação da norma


legal:

A má-fé do Réu fica caracterizada diante da ________ .

Exigir do Autor prova da má-fé mais evidente do que esta, é exigir prova
impossível, criando-se um requisito não previsto em lei, permitindo que grandes
instituições lesem um número expressivo de consumidores com a certeza de que apenas
alguns poucos buscariam efetivar seus direito judicialmente.

A empresa ré agiu de forma negligente e imprudente ao dispor no mercado


um serviço falho que pudesse causar o presente constrangimento ao consumidor.

Nesse sentido, é esclarecedora a redação jurisprudencial acerca da repetição


de indébito de valores cobrados indevidamente:

"(...). Em análise sistemática do disposto no art. 42 do CDC,


verificamos de imediato que no caput o legislador refere-se ao
consumidor inadimplente, reportando-se à dívidas existentes e que

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foram pagas em excesso (portanto, que ultrapassaram o devido),
senão vejamos, in verbis: Na cobrança de débitos, não será exposto
a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo deo consumidor
inadimplente constrangimento ou ameaça. Desta forma o
consumidor cobrado em tem direito à repetição do indébito,
quantia indevida por, acrescido de correção monetária e juros
legais, salvo hipótese de engano valor igual ao dobro do que
pagou em excesso justificável. (Grifei) Interpretação em sentido
contrário, de que a singela aplicação da condenação em dobro
pela cobrança de dívidas que não foram contratadas pelo
consumidor repararia o dano sofrido, fomentaria ain totum
continuidade da abusividade por parte dos fornecedores de
serviço de telefonia, posto que o critério custo/benefício (de meter a
mão no bolso do consumidor sem o seu consentimento) seria
justificado em relação às outras centenas de milhares de dívidas
inexistentes (decorrentes de serviços não contratados) que
continuam e continuarão a serem cobradas de outros consumidores
desavisados, em especial, daqueles que não tem por hábito conferir,
ou ainda, daqueles que conferem, porém não entendem os
lançamentos de débitos em suas faturas telefônicas. Diante deste
cenário, estas Turmas Recursais firmaram entendimento quanto a
abusividade dos descontos de serviços não contratados, que resultou
no Enunciado 1.8, que dispõe: Cobrança de serviço não solicitado
- dano moral - devolução em dobro: A disponibilização e
cobrança por serviços não solicitados pelo usuário caracteriza
prática abusiva, comportando indenização por dano moral e, se
tiver havido pagamento, restituição em dobro, invertendo-se o
ônus da prova, nos termos do art. 6°, VIII, do CDC, visto que
não se pode impor ao consumidor a prova de fato negativo. (...) Os
danos advindos destas práticas são vários e fomentam a prática
abusiva, em face do critério custo/benefício amparado pela
banalização dos direitos do consumidor, (...). Diante desta

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situação, parece claro que a simples reparação do dano não se
mostra suficiente (como não tem se mostrado), para dissuadir o
ofensor da reiteração da conduta danosa, há, a título de exemplo,
o caso em que o custo da indenização é inferior ao custo de evita-la
ou, por outro lado, quando o proveito obtido com o ato danoso
supera o prejuízo resultante da reparação do dano. Não são raras as
vezes que algumas empresas, visando tão somente o lucro, não
hesitam em desconsiderar contratos e/ou normas legais, certas de
que a sanção reparatória por ventura imposta configura um
montante mais que satisfatório pela possibilidade de obter
unilateralmente um bem que deveria depender do consentimento de
outrem, desrespeitando, assim, a liberdade contratual. Diante de tal
sanção desestimuladora, tem-se, por consequência, o caráter
preventivo, em virtude de que o ofensor, responsabilizado e
obrigado a pagar o valor, irá procurar, logicamente, evitar futuros
pagamentos dessa natureza, da mesma forma que terceiros terão
como exemplo tal fato."(TJPR - 0013282-27.2015.8.16.0045 -
Arapongas - Rel.: Siderlei Ostrufka Cordeiro - J. 10.02.2017,
#03190531)

Tal prática demonstra a conduta leviana da empresa Ré, configurando a má-


fé pela simples ocorrência da prática abusiva, sendo devida a repetição de indébito.

Portanto, inequívoca a responsabilidade e dever do réu no pagamento em


dobro dos valores indevidamente descontados conforme memória de cálculo que junta em
anexo.

Portanto, outro não poderia ser o entendimento se não o necessário


provimento do presente contrapedido, concedendo a ________ .

V - DOS PEDIDOS

#3190531 Wed May 24 16:55:12 2023


Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:

A TOTAL IMPROCEDÊNCIA da demanda, reconhecendo a ilegalidade da


cobrança;

A produção de todas as provas admitidas em direito;

A condenação do Autor ao pagamento de honorários advocatícios nos


parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC.

Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome do


Advogado ________ , OAB ________ .

Por fim, manifesta o ________ na audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, inc. VII
do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.

________ , ________ .

________

Anexos:

1. Procuração

2. Provas do alegado

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