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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE M I N A S GERAIS

Recurso Eleitoral no 78-92.2017.6.13.0174


Procedência: Matozinhos - MG (174a Zona Eleitoral - Matozinhos)
Recorrente: Eunes Enos Gomes Figueiredo
Recorrido: Ministério Público Eleitoral
Relator: Juiz Ricardo Matos de Oliveira

Recurso Eleitoral. Representação. Doação


de recursos acima do limite legal. Eleições
2016. Pessoa física. Ação julgada procedente.
Condenação em multa no valor de cinco
vezes a quantia e m excesso. Anotação da
condenação no cadastro eleitoral.
Preliminares
1. Cerceamento de Defesa. Alegação de
violação dos princípios da ampla defesa e do
contraditório, sob o argumento de que: a)
não lhe foram entregues cópias de todos os
documentos essenciais a produção de sua
defesa; b) não foram juntados aos autos os
recibos que comprovam a doação tida por
irregular, argumentando que a comprovação
da doação somente se daria com a juntada
dos referidos recibos. Improcedente. A falta
de documentos apontados em nada
prejudicou a formulação de defesa da parte
recorrente. 0 s recibos não t ê m exclusividade
na comprovação dos fatos, sua juntada,
portanto, não é imprescindível. O recorrente
apresentou defesa de forma bastante
abrangente, demonstrando que teve
conhecimento completo do processo.
Rejeitada.
2. Decadência. Alega o recorrente que o
ajuizamento da representação está
prejudicado pela decadência, considerando
que não foi comprovado nos autos o
cumprimento do prazo dado a Receita
Federal do Brasil para comunicar ao
Ministério Público o indício da irregularida
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apontada na inicial, nos termos do inciso 111,


5 30, artigo 22, da Resolução TSE no
23.462/2015. IVão procede. O prazo dado a
RFB para comunicar potenciais
irregularidades é impróprio, nada t e m a ver
com o prazo decadencial dado ao Ministério
Público para formalizar representação com
objetivo de aplicação da penalidade prevista
no art. 23 da Lei no 9.504/1997. Rejeitada.
Mérito.
Da doação acima do limite legal. Previsão
legal do limite das doações e m 10% dos
rendimentos brutos auferidos no ano anterior
ao pleito. Inteligência do art. 23, §10, da Lei
9.504/97 c/c artigo 21, 530 da Resolução
23.463/2015/TSE.
Alegação de doação realizada dentro dos
limites legais, ao fundamento de ser o doador
casado, devendo, por isso, os rendimentos do
casal servir de base para a definição do limite
que é permitido doar. Porém, o doador não é
casado no regime de comunhão universal de
bens, motivo pelo qual não se deve
considerar o rendimento bruto do casal para
fins da doação para campanha eleitoral.
Do Princípio do tempus regit actum.
Aplicação de multa no valor de cinco vezes a
quantia excedida na doação, com base na
redação, vigente a época dos fatos, do artigo
23, 5 30, da Lei no 9.504/97. A Lei no
13.488/2017 não pode retroagir para abarcar
fatos praticados e m momento anterior ao
início de sua vigência.
Da anotação da condenação no Cadastro
Eleitoral (inelegibilidade). É regular a
anotação da condenação nos registros do
Cadastro de Eleitores da Justiça Eleitoral,
para permitir a aferição da inelegibilidade no
momento de requerimento de registro de
candidatura.
Recurso a que se nega provimento.
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Vistos, relatados e discutidos os autos do processo acima identificado,


ACORDAM os Juizes do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e m rejeitar as
preliminares e, no mérito, por maioria, negar provimento ao recurso, nos termos
do voto do Relator, vencidos os Juizes Antônio Augusto Mesquita Fonte Boa e
Paulo Abrantes.

Belo Horizonte, 16 de outubro de 2018.

Juiz
TRIBUNAL REGIONAL. ELEITORAL DE MINAS GERAIS

Sessão de 16/10/2018

Recurso Eleitoral no $8-92.2017.6.13.0174


Procedência: 174a Zona Eleitoral, de Matozinhos
Recorrente: Eunes Enos Gomes Figueiredo
Recorrido: Ministério Público Eleitoral
Relator: Juiz Ricardo Matos de Oliveira

O JUIZ RICARDO MATOS DE OLIVEIRA - Trata-se de recurso


interposto por Eunes Enos Gomes Figueiredo objetivando reformar a decisão
judicial de l a instância, que julgou procedente o pedido formulado em
representação por doação de recursos acima do limite legal, ajuizada pelo
IYinistério Público Eleitoral.
O Juízo de 1" grau condenou o recorrente ao pagamento de multa no
valor de R$15.352,00, levando em conta que o recorrente auferiu, no ano-base
2015, rendimentos brutos no total de R$19.296,00 e, por isso, só poderia t e r
doado para carripanhas eleitorais, em 2016, quantia limitada ao tetode
4

R$1.929,60, porém, realizou doação no valor de R$5.000,00, infringindo, com


isso, o disposto no art. 23, Ej 10, da Lei no 9.504/97 (fls. 60-63).
No recurso aviado, às fls. 69-84, o recorrente, preliminarmente, alega
que houve violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, sob o
argumento de que: 1) não lhe forarri entregues cópias de todos os documentos
essenciais a produção de sua defesa, dizendo que 'a carta de notificação foi
instruída sem a juntada da documentação pertinente" e que recebeu "apenas a
segunda via da inicial, e o despacho deferindo a notificação", não tendo recebido
'os demais documentos necessários a verificação da suposta ilegalidade, tais
como recibo das doações ditas ilegais, Relatório de Conhecimento (Rcon), etc";
2) não foram juntados aos autos os recibos que comprovam a doação tida por

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irregular, argumentando que a comprovação da doação somente se daria com a


juntada dos referidos recibos.
Alega, ainda em sede de preliminar, que o ajuizamento da
representação do Ministério Público estaria prejudicado pela decadência,
considerando que não está comprovado nos autos, o cumprimento do prazo dado
a Receita Federal do Brasil para comunicar ao MP o indício da irregularidade
apontada na inicial, nos termos do inciso 111, Ej 30, artigo 22, da Resolução TSE

-.-
no 23.462/2015, sendo esse u m Ônus do Ministério Público, do qual não se
desincumbiu, considerando, assim, t e r havido o transcurso do referido prazo,
com a consequente perda do direito potestativo do Ministério Público.
No mérito, sustenta que a doação por ele realizada encontra-se dentro
do limite legalmente permitido, por considerar que na base de cálculo do limite
de doação para campanhas eleitorais também devem ser levados e m conta os
rendimentos de seu cônjuge. Argumenta que 'a renda adquirida na constância
do casamento (...), mesmo sendo auferido individualmente e pelo esforço do
trabalho de cada cônjuge (...), por força da lei e por se tratarem de frutos civis,
integram o patrimônio comum do casal (...)" - fl. 75.
Em relação ao valor da multa, entende o recorrente que houve erro do
Juiz ao aplicar multa de cinco vezes o valor excedido na doação, tomando por
base a antiga redação do artigo 23, 5 30, da Lei no 9.504/97, vigente à época
dos fatos. Para ele, a multa a ser aplicada deve observar a regência da nova
redação do referido dispositivo, dada pela Lei no 13.488/2017, que definiu u m
novo parâmetro para a definição do valor da multa. Assim, defende que a multa
não poderá ultrapassar o valor de 10O0/0 da quantia excedida, aduzindo que ao
caso deva ser aplicado o princípio da novatio legis in mellius (art. 50, XL, da
CF/88).
Contesta, por fim, i! decisão judicial de determinar a anotação da
condenação no cadastro eleitoi-al, para fins de observância do disposto no artigo
I,"p", da Lei Complementar no 64/1990. Defende que a determinação da
lol
inelegibilidade é inaplicável na medida e m que sua conduta pautou-se pela boa-

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fé e não houve nela abuso de poder político ou econÔmico, neste caso, devido ao
fato de o valor excedido ter sido mínimo, incapaz, assim, de influir no pleito
eleitoral.
Requer, dessa forma, o conhecimento do recurso e seu provimento
pelo Tribunal, para reformar a sentença e julgar improcedente a representação
ministerial.
Contrarrazões, as fls. 86 e 87, nas quais o Ministério Público Eleitoral

.
a
pugna pela manutenção da sentença recorrida.
Remetidos os autos a esta instância, a Procuradoria Regional Eleitoral
manifesta-se pelo não provimento do recurso, fls. 89-94.
Procuração, a fl. 26.
É o relatório.
VOTO

O JUIZ RICARDO MATOS DE OLIVEIRA - O recurso é próprio e


tempestivo (pubficação da sentença em 22/5/2018 - fl. 63, v.; embargos de
declaração opostos em 24/5/2018 - fl. 64; decisão sobre os embargos publicada
em 18/6/2018 - fl. 68; recurso apresentado e m 21/6/2018 - fl. 69).
Contrarrazões tidas por tempestivas, considerando não constar dos
autos certidão de intimação do Ministerio Público, ou mesmo de carga dos autos
a ele dada, para observância do artigo 230 c/c o artigo 231, VIII, ambos do
CPC'. Contrarrazões juntadas aos autos e m 2/7/2018 - fl. 85, verso.
Presentes os demais pressupostos de admissibilidade, deles conheço.

PRELIMINARES:

Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público
será contado da citação, da intimação o u da notificação.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
(...I
VI11 - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, e m carga, do cartório ou da
secretaria.

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1. CERCEAMENTO DE QEFESA
O recorrente, preliminarmente, pugna pela extinção do processo sem
resolução do mérito, sob o argumento de ter havido violação dos princípios da
ampla defesa e do contraditório. Alega que sua defesa foi cerceada, por não t e r
recebido, quando da notificaçao, cópias de documentos por ele considerados
essenciais a produção de sua contestação, tais como recibos das doações e o
Relatório de Conhecimento (Rcon).
Reclama, também, que os recibos necessários para comprovar a
doação tida por irregular não foram juntados aos autos, e que somente por meio
deles poderia se confirmar a doação. Entende que, por esse motivo, foi
prejudicado, não teve condições de verificar a autenticidade do conteúdo
apresentado pelo Ministério Público (fl. 73).
Pois bem, apesar de t e r apontado como cerceamento de defesa o não
recebimento, por completo, dos documentos que julga serem imprescindíveis a
formulação de sua defesa, não vejo como os argumentos do recorrente
prevalecerem.
Como bem destacou a Procuradoria Regional Eleitoral, o fato de não
ter sido entregues ao recorrente, com a notificação, cópia de recibos relativos a
sua própria doação e, também, o Relatório de Conhecimento, e m nada o
prejudicou na formulação de sua defesa. Aliás, o recorrente apresentou defesa
de forma bastante abrangente, demonstrando que teve conhecimento completo
do processo. Portanto, não procede essa alegação.
Dizer que a não juntada dos recibos aos autos coloca e m xeque a
veracidade dos fatos e prejudica o exercício da ampla defesa ou do contraditório,
sem, ao menos negar que tenha efetuado a doação, pelo contrário, afirmando,
no mérito, que efetivamente a realizou, em nada ajuda o recorrente.
0 s recibos não t ê m exclusividade na comprovação dos fatos, não são
eles os únicos elementos capazes de demonstrar acertada o u não a alegação do

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Ministerio ~úblico'. A própria parte confessa que a doação foi realizada, apesar
de atribuí-Ia também a seu cônjuge (fl. 78), o que adiante será enfrentado.
Ainda, considerando que a falta dos referidos documentos não
prejudicou a parte, remeto ao artigo 282, fj 10, do Código de Processo civil3, o
qual prescreve que se não houve prejuízo para a parte, o ato praticado de forma
diversa a prevista na lei não deverá ser repetido nem sua falta suprida.
E mais, nos casos de nulidade, o Juiz, ao pronunciá-la, deverá declarar
que atos serão atingidos, para serem repetidos ou retificados. O objetivo dessa
regra é reparar eventual prejuízo verificado em decorrência da prática de ato e m
desconformidade com a lei.
No caso e m análise, a falta de apresentação de recibos, e a não
entrega de cópia dos documentos apontados pela parte, e m nada prejudicou na
formulação da sua robusta defesa.
Por fim, o Juiz tem o dever de considerar válido o ato executado de
forma diferente da prescrita e m lei, mas que tenha alcançado a finalidade
pretendida4. Novamente, a resposta dada pelo recorrente a representação do
Ministerio Público nada deixou a desejar.
Desse modo, rejeito a preliminar de cerceamento de defesa.

Alega o recorrente, ainda e m sede de preliminar, que o ajuizamento da


representação do Ministerio Público Eleitoral esta prejudicado pela ocorrência da
decadência, sob o argumento de que não há nos autos comprovação do
cumprimento do prazo dado pelo inciso 111, fj 3O, artigo 22, da Resolução TSE n
iF
Código de Processo Civil :
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
(...I
I1 - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
I11 - admitidos no processo como incontroversos;
5 10 O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
Código de Processo Civil: Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará
válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.

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23.462/2010~, a Receita Federal do Brasil.


Nesse ponto, também, a tese sustentada pelo recorrente não pode
prevalecer, pois o referido prazo dado a RFB pela Resolução do TSE nada t e m a
ver com o prazo decadencial que o MPE t e m para formalizar representação com o
objetivo de aplicação da penalidade prevista no art. 23 da Lei no 9.504/1997.
Conforme bem apontou o Ministério Público Eleitoral, o prazo dado a
RFB para comunicar ao MP potenciais irregularidades é impróprio, t e m caráter
admiriistrativo, constitui, sua inobservância, mera irregularidade formal, não
tem, portanto, a capacidade de atingir por preclusão a pretensão Ministerial de
ajuizamento das representações,
Dessa forma, rejeito também a preliminar de decadência.

Da impossibilidade de conjugação dos rendimentos do casal.


O recorrente entende que é possível considerar, para fins de formação
da base de cálculo do limite permitido doar para campanhas eleitorais, além de
seus próprios rendimentos, também os de seu cônjuge.
No ordenamento civil brasileiro, sobre o regime de bens entre os
cônjuges extrai-se que são comunicáveis os bens adquiridos na constância do
--
matrimônio, contudo há disposição expressa no art. 1.659, VI, do Código civil6,
de que no regime de c<pmunhão parcial os proventos do trabalho pessoal
de cada cônjuge não se comunicam.
A conjugação de rendimentos do casal, para fins de verificação de
limite de doação nas campanhas eleitorais, t e m sido admitida pela

I11 - A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os
rendimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, ate 30 de julho de
2017, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até o dia 3 1 de dezembro de 2017, formalizar
representação com vistas a aplicação da penalidade prevista no art. 23 da Lei no 9.504, de 29 de setembro de
1997, e de outras sanções que julgar cabíveis. (grifei)

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: (...) V I - os proventos do trabalho pessoal de cada


cônjuge;

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Eleitoral aoenas na hipótese de resime de comunhão universal de bens7.

Recurso Eleitoral. Representação. Doação de recursos acima do limite


legal. Eleições 2014. Pessoa física. Ação julgada procedente. Condenação
em multa no seu patamar mínimo, cinco vezes a quantia em excesso.
Alegação de que a doação realizada está dentro dos limites legais, ao
fundamento de que a recorrente é casada em regime de comunhão
parcial de bens com o candidato beneficiado e que o patrimônio deles,
bem como seus rendimentos, devem ser considerados de maneira
conjunta, formando assim uma unidade familiar. Impossibilidade de a
doação apoiar-se no rendimento do casal. Não caracterização da unidade
familiar para fins de doação para campanha eleitoral. A conjugação de
rendimentos do casal, para fins de verificação de limite de doação
nas campanhas eleitorais, tem sido admitida apenas na hipótese
de regime de comunhão universal de bens. Precedentes. (grifei)

Previsão leçal do limite das doações em 10°/o dos rendimentos brutos


auferidos no ano anterior ao pleito. Inteligência do art. 23, fj 30, da Lei
no 9.504197 c/c o art. 25, 5 20 da Resolução no 23.406/2014/TSE.
Doação feita ao candidato nas eleições 2014 no valor de R$15.700,00. A
doadora auferiu, em 2013, o rendimento bruto de R$29.830,83. Sendo
assim, a recorrente somente poderia doar até o limite de R$2.983,08,
tendo excedido tal doação em R$12.717,00. Imposição da multa no
mínimo legal, totalizando R$63.585,00. Critério objetivo da lei.

Recurso a que se nega provimento.

(RECURSO ELEITORAL no 7733, Acórdão de 20/06/2017, Relator(a)


RICARDO MATOS DE OLIVEIRA, Publicação: DJEMG - Diário de Justiça
Eletrônico-TREMG, Data 29/06/2017)

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. REPRESENTAÇÃO. DOAÇÃO DE


RECURSOS ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA FÍSICA.
ALIENAÇÃO DE
IMOVEL. COMUNICAÇÃO DO VALOR ENTRE OS CÔNJUGES. NÃO
COMPROVADO O CUMPR:[MENTO DOS REQUISITOS LEGAIS PARA TANTO.
INVERSÃO DO JULGADO. INCID~NCIA DAS SÚIYULAS 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL E 7 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. BASE DE
CÁLCULO DA DOAÇÃO. CONSIDERAÇÃO DO RENDIMENTO BRUTO DO
CASAL. POSSIBILIDADE NO CASO DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS.
PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
p
456-63.2012.616.0134 - AgK-REspe - Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral no 45663 -
palmital/PR - Acórdão de 24/03/2015 - Relator(a) Min. LUIZ FUX - Publicação: DJE - Diário de Justiça
Eletrônico, Tomo 188, Data 2/10/2015, pp. 29 e 30.

D Recurso Eleitnral no 78-92.2017.6.13.0174 7


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1. A Corte de origem, soberana na análise das circunstâncias fáticas da


causa, concluiu que não ficou comprovado o cumprimento dos requisitos
legais capazes de, e m tese, permitir que o valor relativo a alienação de
bem imóvel por u m dos cônjuges se comunicasse ao outro. Portanto, a
inversão do julgado encontra óbice nas Súmulas 279 do Supremo
Tribunal Federal e 7 do Superior Tribunal de Justiça.

2. É possível considerar conjuntamente, para efeito do cálculo do


limite lega$ relativo as doações eleitorais, os rendimentos brutos
anuais do doador e esposa, desde que o regime do casamento
seja o da comunhão universal de bens. Precedente. (grifei)

3. Na hipótese, o matrimônio foi realizado apenas na seara religiosa, não


havendo, por conseguinte, estipulação, perante o registro civil, quanto a
adoção do regime de comunhão universal de bens pelo casal.

4. Agravo regimental desprovido.

(Agravo Reg~mentale m Agravo de Instrumento no 3623, Acórdão de


27/02/2014, Relator(a) Min. LAURITA HIIÁRIO VAZ, Publicação: DJE -
Diário da Justiça Eletrônico, Tomo 56, Data 24/3/2014, Página 76/77)

Portanto, como o recorrente é casado no regime de comunhão parcial


de bens, não pode somar aos seus rendimentos os de seu cônjuge, para a
definição do limite que poderia doar nas eleições 2016, como pretende. Acertada
a decisão do juizo de primeiro grau que assim considerou. A tese trazida pelo
recorrente não possui o condão de ampliar os limites da lei e tornar legítima a
doação por ele realizada.

Da doação acima do limite legal.


De acordo com o artigo 23 da Lei das Eleições, as pessoas físicas
poderiam fazer doações e m dinheiro para campanhas eleitorais e m 2016 no
limite de 10% dos seus rendimentos brutos auferidos no ano anterior a eleição,
sendo que a doação acima desse limite sujeitaria o infrator ao pagamento de
multa no valor de cinco a dez vezes a quantia e m excesso.
r
J
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações e m dinheiro ou estimáveis
e m dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.

Recurso Eleitoral no 78-92.2017.6.13.0174


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5 As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a


10

10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no
ano anterior a eleição,

5 30 A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o


infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia
em excesso.

Compulsando os autos, e m especial as informações prestadas pelo


Chefe do Cartório Eleitoral (certidão de fl. 08), bem como demonstrado no
Relatório de Conhecimento no 395459/2016, fls. 05-06, está demonstrado que o
recorrente realizou doação para campanha eleitoral e m 2016 no valor de R$
5.000,00, fato esse incontroverso nos autos.
Da mesma forma, os rendimentos brutos auferidos pelo recorrente, e m
2015, foram de R$ 19.296,00, conforme p o r ele declarado a Receita Federal (fl.
29).
Assim sendo, o recorrente só poderia ter doado, e m 2016, quantia
limitada a R$ 1.929,60, ou seja, 1O0/o dos rendimentos brutos. Como efetuou
doação no valor de R$ 5.000,00, excedeu o limite e m R$3.070,40.
Com isso, viu-se sujeito a regra do art. 23, 5 30, da Lei 9.504/97, que
previa, quando da ocorrência dos fatos, imposição de multa ao infrator no valor
de 5 a 1 0 vezes o valor da quantia excedida.
Portanto, acertada a decisão de primeiro grau no tocante a aplicação
da multa ao recorrente. Vejamos:

III - Conclusão
Posto isso, por ferir disposição expressa contida no art. 23, 510 da Lei
9.504/97 e com fundamento no 53* do mesmo diploma legal, julgo
PROCEDENTE o pedido inicial, para condenar ELINER ENOS GOMES
FIGUEIREDO ao pagamento da multa de R$15.352,00 (quinze mil,
trezentos e cinquenta e dois reais), correspondente a 5 (cinco) vezes a
quantia em excesso, a ser cobrada nos moldes das demais multas
eleitorais.

Do Princípio do tempus regit actum.


e-
Recurso Eleitoral no 78-92.2017.6.13.0174
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Em relação ao valor da multa, o recorrente entende que houve erro do


juiz ao decidir aplicar multa de cinco vezes o valor excedido na doação,
tomando-se por base a redação vigente a época dos fatos do artigo 23, 5 30, da
Lei no 9.504/97. Segundo entendimento do recorrente, a multa a ser aplicada,
nesses casos, deve levar em conta a nova redação dada pela Lei n o 13.488/2017
ao referido dispositivo, ou seja, multa no valor de até 10O0/0 (cem por cento) da
quantia em excesso.
Não t e m razão o recorrente. A verdade é que a Lei no 13.488/2017
não pode retroagir para abarcar fatos praticados e m momento anterior ao início
de sua vigência. Está e m jogo ato jurídico perfeito, regido pela norma vigente ao
seu tempo, conforme o postuiado tempus regit actum. Nesse sentido, julgado
dessa Corte:

Recurso Eleitoral no 36-30.2017.6.13.0243 Procedência: 243a, Zona


Eleitoral de Sacramento Recorrente: Paulo Servato Recorrido: Ministério
Público Eleitoral Relator: Juiz Antônio Augusto Mesquita Fonte Boa
ACORDÃO RECURSO ELEITORAL. REPRESENTAÇÃO. DOAÇÃO ACIMA DO
LIMITE LEGAL. PESSOA FISICA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE.
CONDENAÇÃO EM MULTA. Trata-se de multa decorrente de prática de
ato ilícito - doação para campanhas eleitoras acima dos limites
permitidos em Lei -, em razão do exercício regular do poder de
polícia, cujos valores possuem natureza eminentemente
administrativa, o que afasta a pretendida aplicação retroativa da
Lei no 13488/2017, que deu nova redação ao g 3 O , do art. 23, da
Lei no 9504, de 1997, pois o art. 106,II, a, do CTN abrange apenas
créditos de natureza tributária. Vigorando o princípio do tempus
regit actum, deve ser aplicado o g 3O, do art. 21, da Lei no 9504,
de 1997, em sua redação originária, vigente a época da prática da
infração administrativa, prevalecendo, assim, a regra geral de
irretroatividade das normas. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO
ELEITORAL, PARA MANTER A SENTENÇA RECORRIDA E, POR
CONSEGUINTE, A MULTA APLICADA EM CONFORMIDADE COM O 5 30 DO
ART, 2 1 DA LEI NO 9.504, DE 1997, EM SUA REDAÇÃO ORG IN
I ÁRA
I.
Vistos, relatados e discutidos os autos do processo acima identificado,
ACORDAM os Juizes do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, por
maioria, e m negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Juiz
João Batista Ribeiro e com voto de desempate do Presidente, vencidos os
Juízes Antônio Augusto Mesquita Fonte Boa, Paulo Rogério Abrantes e
Ricardo Matos de Oliveira. Belo Horizonte, 11 de junho de 2018. Juiz
Federal João Batista Ribeiro Relator designado (TRE-MG - RE: 3630
SACRAMENTO - MG, Relator: ANTONIO AUGUSTO MESQUITA FONTE BOA,
Data de Julgamento: 11/06/2018, Data de Publicação: DJEMG - Diário de
Justiça Eletrônico-TREMG, Tomo 115, Data 28/06/2018) (gri

Recurso Eleitoral no 78-92.2017.6.13.0174


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Assim, entendo acertada a decisão do juízo de primeiro grau, que


aplicou multa de cinco vezes o valor excedido na doação.
Da anotação da condenação no Cadastro Eleitoral
(inelegi bilidade).
O recorrente preocupou-se também com o fato de o juízo de primeira
instância, a pedido do Ministério Público, t e r determinado a anotação da
condenação no Cadastro de Eleitores da Justiça Eleitoral, para fins de
observância da inelegibilidade prevista no artigo 10, I, p, da Lei Complementar
no 64/90.
Argumentou o Ministério Público Eleitoral que se trata de mera
anotação, sem a pretensão de pronunciar judicialmente a incidência da
inelegibilidade, que somente será aferida no caso de o condenado vier a pleitear
registro de candidatura e m eleições futuras.
Inconformado, o recorrente solicita a reforma da sentença para afastar
também essa possibilidade, argumentando que o valor excedido da doação não
foi suficiente para causar transtornos ao processo eleitoral.
Independentemente dos argumentos trazidos pelas partes para
defender suas posições sobre essa matéria, quero destacar que essa Corte, e m
recentes julgados, estabeleceu o entendimento de que é regular a anotação da
condenação nos registros do Cadastro de Eleitores da Justiça Eleitoral, para
permitir a aferição da inelegibilidade no momento de requerimento de registro de
candidatura. Segue julgado nesse sentido:

Recurso eleitoral. Eleições 2016. Representação. Doação acima do limite


legal. Pessoa física. Parcialmente Procedente.

O MINISTERIO PÚBLICO ELEITORAL apresenta recurso contra a sentença


de primeiro grau, que julgou improcedente o pedido de anotação no
cadastro geral dos eleitores a condenação por excesso de doação eleitoral
de KATHERYNE GRAZYELLE. Sustenta que se trata de efeito automático da
sentença que condena ao pagamento de multa por doação acima do limite
legal.

É entendimenro assentado nesta Corte, bem como do TSE, que a

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da condenação por excesso de doação eleitoral, no cadastro geral dos


eleitores, t e m caráter apenas informativo para instruir uma possível análise
de registro de candidatura.

A inelegibilidade que trata o art. 10, I, "p", da Lei Complementar no


64/1990, não e sanção imposta na decisão que reconhece o excesso da
doaçao e condena o doador ao pagamento da multa.

Recurso provido.

(RECURSO ELEITORAL n 9952, ACÓRDÃO de 12/09/2018, Relator(a)


PAULO ROGÉRIO DE SOUZA ABRAIVTES, Publicação: DJEMG - Diário da
Justiça Eletrônico-TREMG, Data 17/09/2018 )

Portanto, com esses fundamentos, considero regular aludida anotação,


decidindo, por conseguinte, pela manutenção da sentença também nesse ponto.
Diante do exposto, nego provimento ao recurso.
E como voto.

VOTO PARCIALMENTE DIVERGENTE

O JUIZ ANTÔNIO AUGUSTO MESQUITA FONTE BOA - Trata-se de


recurso eleitoral interposto por Eunes Enos Gomes Figueiredo contra a
sentença que julgou procedente o pedido da representação ajuizada pelo
Ministério Público Eleitoral, com fundamento no art. 23, 1°, da Lei no
9.504/1997.
Peço vênia ao i. Relator para divergir parcialmente do seu judicioso
voto, unicamente no que diz respeito ao valor da multa aplicada pelo excesso de
doação.
Entende o i. Relator que a multa deve ser aplicada no valor de cinco
vezes a quantia doada em excesso, totalizada em R$7.627,00.
Em julgamentos anteriores, eu vinha aplicando a multa correspondente
a 5O0/0 do valor doado, de acordo com a nova redação dada ao 5 30 do art. 23 da
Lei no 9.504/97, pela Lei no 13.488/2017, mais benéfica. Todavia, considerando
o alinhamento do percentual de multa e m debate no Colegiado,

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passei a fixar a multa e m 100% do valor doado e m excesso.


Com essas considerações, reitero vênia para divergir parcialmente do
i. Relator e D A R P A R C I A L PROVIMENTO A O RECURSO, fixando o valor da
multa imposta no patamar de 10O0/0 do valor e m excesso, correspondendo ao
montante de R$3.070,40 (três mil e setenta reais e quarenta centavos).
E como voto.

O JUIZ FEDERAL JOÃO BATISTA RIBEIRO - De acordo com o Relator.

O JUIZ NICOLAU LUPIANHES - De acordo com o Relator, observando a


aplicação da norma vigente a época dos fatos. Pela manutenção da sentença.

O DES. ROGÉRIO MEDEIROS - De acordo com o Relator.

VOTO DIVERGENTE

O JUIZ PAULO ABRANTES - Trata-se de recurso interposto por Eunes


Enos Gomes Figueiredo objetivando reformar a decisão judicial de l a instância

que julgou procedente o pedido formulado e m representação por doação de


recursos acima do limite legal, ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral.
O Juízo de 10 grau condenou o recorrente ao pagamento de multa no
valor de R$15.352,00, levando e m conta que o recorrente auferiu, no ano-base
2015, rendimentos brutos no total de R$19.296,00 (fls. 29-36) e, por isso, só
poderia t e r doado para campanhas eleitorais, e m 2016, quantia limitada ao teto
de R$1.929,60, porém, realizou doação no valor de R$5.000,00, infringindo, com
isso, o disposto no art. 23, 5 10, da Lei no 9.504/97 (fls. 60-63).
Passando os autos e m revista, coaduno com o voto da relatoria na
rejeição de ambas as preliminares: a de cerceamento de defesa e a de
decadência.
Quanto ao mérito, entretanto, peço vênia ao preclaro Relator para

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divergir por manter entendimento, segundo o qual é possível considerar os


rendimentos brutos do casal também no regime de comunhão parcial de bens,
e m observância ao art. 1.659, do Código Civil.
Não se olvida os ju!gados e o posicionamento dos demais pares na
linha de entendimento do judicioso voto da relatoria no sentido de considerar
apenas os rendimentos brutos, quando o casamento é regido pelo regime de
comunhão universal de bens.
Todavia, no regime de comunhão parcial de bens, os bens e os direitos
adquiridos na constância do casamento pertencem ao casal. Assim, o citado art.
1659 do Código de Processo Civil resguarda tanto o marido quanto a mulher no
aspecto do Direito de Família e até mesmo no âmbito do Direito Tributário,
considerando que ainda podern, no último caso, optar por declararem e m
conjunto ou separadamente o Imposto de Renda.
Na hipótese e m tela, a certidão de casamento (fl. 28) comprova que o
recorrente é casado, no regime de comunhão parcial de bens, com Adriana
Magalhães Avelar. Esta, a seu turno, auferiu, no ano-base de 2015, os
rendimentos brutos de R$36.511,19 (R$33.489,78 recebido de pessoa jurídica;
R$1.013,46 de rendimento isento e não tributável; 2.007,95 de rendimentos
sujeitos a tributação exclusiva/definitiva) conforme seu Imposto de Renda (ano-
base de 2015) - fls. 41-45.
Nessa linha de ideias, o limite de doação a ser considerado no ano
base de 2015 constitui a soma dos rendimentos brutos do casal, sendo:
R$19.296,00 auferidos pelo recorrente, somados aos rendimentos brutos de sua
esposa no mesmo período, que foram R$36.511,19, consubstanciando o total de
rendimentos brutos auferidos pelo casal no importe de R$55.807,19.
Logo, se a doacão realizada pelo recorrente foi de R$5.000,00 e se o
casal obteve conjuntamente o rendimento bruto, ano ano-calendário de 2015, o
valor total de R$55.807,19, evidencia-se a reqularidade da docão realizada até
mesmo aquém do limite de 10% sobre os referidos rendimentos brutos somados,
pois o recorrente poderia ter realizado a doacão de até R$5.580,0

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(representativos de 1O0/0 sobre os rendimentos brutos do casal).


A conclusão a aue se chega é aue a doacão foi regular, devendo ser
reformada a sentenca e, renovadas vênia ao preclaro Relator, divirjo de seu
entendimento para Drover totalmente o recurso.
Diante disso, DOU PROVIMENTO AO RECURSO.

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Sessão de 16/10/2018

EXTRATO DA ATA

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Relator: Juiz Ricardo Matos de Oliveira
Recorrente: Eunes Enos Gomes Figueiredo
Advogado: Dr. Vitor Gonçalves Quites
A

Recorrido: Ministério Público Eleitoral

Decisão: O Tribunal rejeitou as preliminares e, no mérito, por maioria, negou


provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencidos os Juizes
Antônio Augusto Mesquita Fonte Boa e Paulo Abrantes.

Presidência do Exmo. Sr. Des. Pedro Bernardes. Presentes os Exmos. Srs. Des.
Rogério Medeiros e Juízes Paulo Abrantes, Ricardo Matos de Oliveira, Antônio
Augusto Mesquita Fonte Boa, João Batista Ribeiro, Nicolau Lupianhes, e o Dr.
Ângelo Giardini de Oliveira, Procurador Regional Eleitoral.

Recurso Eleitoral no 78-92.2017.6.13.0174


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COORDENADORIA DE SESSÕES
Seção De Publicação - SEPUB

foi disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico - DJE


- (www'tre-mg.jus.br) na data de 30/10/2018,
considerando-se publicado no dia 3 1/10/2018,
iniciando-se o prazo processual no primeiro dia útil
seguinte a publicação, nos termos da Lei no
11.419/2006, art. 40, 5 40. Belo Horizonte,

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