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Giovanni Peliganga
ÍNDICE
1. Conceitos
5. Conclusões
6. Resumo
GIOVANNI PELIGANGA
CONCEITOS
❖ O mercado de crédito representa o segmento do mercado financeiro, por excelência intermediado, onde
são concedidos/obtidos financiamentos e/ou empréstimos de curto, médio e longo prazo, a uma
determinada taxa de juro, sob determinados requisitos previamente definidos.
❖ O mercado de crédito caracteriza-se por um conjunto de soluções que permitem financiar o capital
circulante (activo corrente) das empresas, assim como o capital fixo (activo fixo). De igual modo, é o
segmento mais acessível para as famílias, na medida em que se apresenta como o segmento menos
complexo e com mais informação disponível.
❖ Importa referir que há uma ligeira diferença entre financiamento e empréstimo, pese embora usarmos os
termos como sinónimo em inúmeras ocasiões:
GIOVANNI PELIGANGA
CONCEITOS
❖ É comum o mercado de crédito ser analisado apenas na perspectiva em que os agentes superavitários são
exclusivamente os bancos ou as instituições de microfinanças, de tal modo que existe apenas o processo
efectivo de concessão de crédito aos deficitários. É importante esclarecer que, conceptualmente, os bancos
são intermediários “puros”, ou seja, têm a função tradicional de captar depósitos e conceder créditos. Ou
seja, o crédito começa a partir do processo de intermediação financeira a partir do qual os bancos
transformam os seus depósitos em créditos, fazendo com que o dinheiro circule na economia, gerando,
consumo, investimento e, a médio e longo prazo, riqueza.
Operações Passivas para os Bancos Operações Activas para os Bancos
❖ Portanto, o primeiro elemento para a existência de crédito é a criação de poupança e/ou investimento
financeiro que, nos sistemas financeiros modernos, é feito via operações passivas, ou seja, depósitos
bancários, sendo que a concessão de crédito representa uma operação activa para os bancos.
GIOVANNI PELIGANGA
CONCEITOS
❖ Assim sendo, o mercado de crédito envolve e demanda a existência dos seguintes elementos:
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INSTITUIÇÕES LIGADAS AO CRÉDITO
❖ Instituições sob supervisão do BNA ligadas ao crédito – conforme descrito na Lei do Regime Geral das
Instituições Financeiras, Lei nº14/21.
Sociedades de Microcrédito
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PRODUTOS / MODALIDADES DE CRÉDITO
❖ O processo de crédito inicia com a captação de depósitos, pelo que destacamos as duas principais modalidades
de depósito:
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PRODUTOS / MODALIDADES DE CRÉDITO
❖ Um crédito diz respeito à solicitação de um determinado montante, numa moeda específica, a uma instituição
financeira bancária ou não bancária ligado ao crédito, mediante o pagamento de juros e outras taxas
associadas, devendo o tomador observar rigorosamente o plano financeiro ou de reembolso.
Modalidades de Crédito
Crédito habitação
Crédito ao consumo
Crédito automóvel
Descoberto bancário
Financiamento ao investimento
Leasing
Factoring
GIOVANNI PELIGANGA
PRODUTOS / MODALIDADES DE CRÉDITO
FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DE UM DP OU DE UM CRÉDITO
𝐶 Sistema de Amortização
𝑅𝑘= Todos os meses têm os dias normais em
𝑛 𝑅𝑘 − Constante (SAC) – função do calendário, neste caso se o ano for
Prestação (𝑃𝑘 ) 𝑅𝑒𝑒𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 Reembolso do Capital é Actual/365 bissexto (366/365), se for civil (365/365)
= Capital + Juros ; C – Capital; n – constante
tempo
de igual modo, todos os anos têm dos dias
normais em função do calendário, neste se for
J=Cxixn C – Capital; i – taxa Regime de Juros Simples Actual/360 civil (365/360) e se for bissexto (366/360)
Juros
de juro; n - tempo (RJS)
J = C x (1 + 𝑖)𝑛 C – Capital; i – taxa Regime de Juros Assume-se que todos os meses têm 30 dias, ou
30/360
Juros de juro; n - tempo Composto (RJC) seja, trata-se da convenção de ano comercial
(360/360)
GIOVANNI PELIGANGA
IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO NA ECONOMIA
❖ A concessão de crédito depende de um conjunto de factores que estão ligados aos riscos inerentes à
operação e à respectiva rendibilidade. Tal como vimos, o riscos podem ser financeiros e não financeiros,
enquanto a rendibilidade traduz o retorno esperado de um certo investimento ou aplicação.
❑ Risco de liquidez – probabilidade dos juros e outros encargos do crédito não serem pagos atempadamente (na data
convencionada);
❑ Risco de mercado – alterações na Política Monetária influenciando a subida das taxas de juros, aumento da taxa de câmbio
(depreciação da moeda local para países importadores), alta de taxa de inflação e ainda os índices bolsistas (preço das acções
das principais empresas);
❑ Risco Operacional – probabilidade dos sistemas estarem obsoletos, impossibilitando o pagamento das prestações, erros
humanos.
GIOVANNI PELIGANGA
IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO NA ECONOMIA
❖ O objectivo do crédito é gerar consumo, investimento e riqueza, pelo que o crédito a economia é um
circulo fechado, ou pelo menos deve ser, sendo que o não cumprimento de uma das partes desvirtua o
objectivo do crédito e cria danos severos à economia.
❖ Abaixo apresentamos um processo de crédito para implementação de uma fábrica têxtil, cujo o prazo de
reembolso é de 5 anos, devendo o mutuário pagar prestações de 25 Milhões:
Reembolso do crédito
Agente Económico
20 Milhões
Kz 100 Milhões
Juros = 5 Milhões
Geração de Investimento =
rendimentos = Lucros Fábrica
30 Milhões Kz 100 Milhões
GIOVANNI PELIGANGA
IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO NA ECONOMIA
❖ Caso o ISAF, S.A continue a efectuar o reembolso do crédito e cumpra na íntegra até ao final de 5 anos,
entregará ao banco 100 milhões de kwanzas como reembolso do capital e 25 milhões kwanzas como juros.
❖ Agora assumamos que o ISAF, S.A não efectue o investimento conforme acordado com o banco e decide
adquirir uma viatura no valor de 100 milhões kwanzas para um dos Administradores.
Circuito Banco
interrompido
– Geração Crédito = Kz 100
de Crédito Milhões
malparado
Optou-se
pela
compra
de uma
Geração de viatura
Investimento = Fábrica
rendimentos = Lucros
0
0
GIOVANNI PELIGANGA
IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO NA ECONOMIA
GIOVANNI PELIGANGA
CONCLUSÕES
❖ A poupança é importante, mas não gera valor e, por conseguinte, não gera riqueza por si só;
❖ É importante investir, entretanto, é ainda mais importante avaliar os produtos disponíveis, ou seja;
❑ Verificar os requisitos de investimentos
❑ O seu rendimento;
❑ O custo do financiamento/empréstimo.
❖ Todo o investimento tem subjacente um ou mais riscos, prepare-se para minimizá-los e nunca eliminá-los,
ou seja, aprenda a contornar o risco.
GIOVANNI PELIGANGA
RESUMO
❖ Finalizado o presente capítulo, o estudante deverá estar em condições de:
❑ Explicar os aspectos inerentes ao mercado de crédito;
❑ Avaliar os principais produtos oferecidos no mercado de crédito, em termos de risco e rendibilidade para o credor (mutuante)
e custo para o mutuário (devedor);
❖ Complementarmente recomenda-se:
❑ Visitar os websites Banco Nacional de Angola (BNA) e pesquisar o relatório sobre o sector bancário;
❑ Consultar os websites do Banco Angolano de Investimento (BAI) e do Standard Bank Angola (SBA) e resumir as
principais modalidades de crédito praticadas pelos respectivos bancos.
❑ Investigar sobre microcrédito e microfinanças. Produzir um resumo de 3 páginas (no máximo) e enviar por email,
em formato PDF, ao professor, 5 dias após a conclusão do presente capítulo.
GIOVANNI PELIGANGA
OBRIGADO
Giovanni Peliganga, MSc. em Economia
dos Intermediários e dos Mercados
Financeiros