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independência do panamá

notas:

Chegada:

Panamá é um país que está localizado em um istmo, que é o ponto mais estreito da América
Central e conecta o Mar do Caribe com o Oceano Pacífico e, além disso, faz fronteira com a
Costa Rica e Colômbia. Em 1501, o navegador espanhol Rodrigo de Bastidas chegou às
terras do Panamá, e no ano seguinte foi a vez de Cristóvão Colombo, seguido pelo navegador
espanhol Vasco Nuñez de Balboa que também não tardou em chegar nas terras do Panamá.

povoamento e expedições

Em 1513, teve início o povoamento espanhol no Panamá. Vasco Balboa realizou diversas
expedições, e os índios que habitavam essas terras foram, aos poucos, sendo dizimados.Tanto
pela mestiçagem ou por não ter imunidade para as doenças trazidas pelos europeus. Foi, no
entanto, Pedrarias que fundou a cidade do Panamá e fez da região um importante
assentamento espanhol, um centro de crescimento comercial e uma base sólida para futuras
explorações.

Caminho real: o caminho real foi construído em 1519, e foi de grande importância para
construção da cidade do panamá, já que era utilizado para a passagem de mercadorias e
pessoas, assim como a prata e o ouro que eram trazidos de navios da América do Sul,
transportados através do istmo, e colocados a bordo de navios para Espanha. Alguns anos
após ter sido estabelecido, o caminho real foi abandonado devido a ataques de piratas, a
construção de novos portos na américa e também para a posterior destruição de Porto Belo
pelos britânicos.

império espanhol:
O Panamá foi a primeira base da Espanha no Pacífico e o período colonial se estruturou mais
em torno da história econômica, isso se deve em grande parte ao istmo e a sua importância
na era imperial do Panamá, por ser uma rota comercial interoceânica. Durante a era colonial,
essa foi a região de maior interesse estratégico e econômico. Em 1717, com a intenção de
proteger esse território, a Espanha criou o vice-reino da nova granada, que abrangia o que é
hoje Panamá, Colômbia, Equador e Venezuela.

independência:
As revoluções pela independência de outros países americanos, inclusive Nova Granada, e a
influência de Simón Bolívar foram muito importantes para a independência do Panamá da
coroa espanhola.

O primeiro ato de independência do Panamá aconteceu em 10 de novembro de 1821,


quando o primeiro grito de independência foi proclamado por rebeldes na Villa de los Santos.
O ato foi continuado pelo coronel José de Fabrega que seguiu a campanha de libertação e,
quando a independência finalmente chegou, em 28 de novembro, não foi caracterizada pela
violência. Após a independência, o Panamá temia que houvesse uma retaliação da Espanha e
a interrupção do comércio, por isso integrou-se com o nome de departamento do istmo ao que
naquela época era a Grã colômbia. Embora disputas internas tenham levado à abolição formal
da Grã-Colômbia em 1831, o Panamá seguiu ligado à Colômbia até o início do século XX.

separação da colômbia

Em 1899, com os conflitos entre os governos da República da Colômbia, devido às


discrepâncias na forma de governo e a divisão entre centralismo (conservadorismo) e
nacionalismo, que tinha o poder mais concentrado nos Estados (liberalismo), deu-se início a
guerra dos Mil Dias, que devastou a República da Colômbia e levou à subsequente separação
do Panamá.

Durante a guerra dos mil dias entre os liberais e conservadores, os EUA demonstraram
interesse pelo canal do Panamá, pois podiam movimentar sua mercadoria de um oceano a
outro e assim economizar gastos. Em 1903 é estabelecido entre os estados unidos e o panamá
o tratado de Hay-Herran, para a construção do canal a cargo dos estados unidos. Esse tratado
não foi ratificado pelo governo colombiano, o que foi a oportunidade para o Panamá declarar
sua independência, principalmente porque os EUA apoiou os panamenhos com armas e
dinheiro, para que conseguissem finalmente a separação. Além do apoio na separação, os
norte-americanos compraram do país a concessão para retomar os trabalhos no canal.

O reconhecimento da independência do Panamá pela Colômbia só aconteceu após o Tratado


Thomson-Urrutia , pelo qual o país recebeu uma indenização milionária dos Estados Unidos,
que, em 1914 finalmente terminou a construção do canal.

Canal:

Após a intervenção e assistência dos Estados Unidos na separação da Colômbia, o Canal do


Panamá, embora em seu território, foi administrado pelos Estados Unidos como compensação
panamenha pelo apoio dos Estados Unidos no processo separatista. O que garantiu essa
administração foi o tratado internacional entre o Panamá e os Estados Unidos, um tratado
assinado logo após a separação do Panamá da Colômbia e que permitiu aos Estados Unidos
estabelecer o domínio sobre uma faixa de 10 km do que foi chamado Zona do Canal do
Panamá.

No entanto, após as reivindicações de retornos econômicos para o país, foi assinado o tratado
Torrijos-Carter que estabeleceu a plena responsabilidade da administração, funcionamento e
manutenção do Canal ao Panamá.

Panamá atual

Os EUA abriram mão dos direitos de usar suas tropas fora da Zona do Canal e de tomar terras
para uso dele, porém, essa maior soberania não foi suficiente para conter a onda de oposição
panamenha à ocupação norte-americana. À medida que a influência dos EUA diminuiu, os
militares panamenhos cresceram em poder. Em 1968, a Guarda Nacional depôs o presidente
eleito e assumiu o controle do governo. Pouco depois, a Constituição foi suspensa, a
Assembleia Nacional foi dissolvida e a imprensa censurada.

Em 1983 Manuel Antonio Noriega anulou as eleições democráticas e assumiu o poder do


Panamá, sendo anos após nomeado presidente, e sua primeira ação oficial foi declarar guerra
aos EUA, o que levou o Panamá a um bloqueio econômico e uma inevitável crise. Em
resposta, os EUA invadiu o Panamá e decretou prisão a Noriega. Guillermo Endara, que
havia ganhado a eleição anulada, restabeleceu uma ordem constitucional no país e dissolveu
as forças de defesa criadas pela ditadura. Desde então, o Panamá aderiu aos processos
eleitorais democráticos e, apesar da dura crise econômica que enfrentou, veio se recuperando
até se tornar um dos países da américa latina que mais crescem economicamente.

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