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Janeiro 2021

ANOS IMPACTANTES
PARA A LOGÍSTICA E O
COMÉRCIO EXTERIOR.
A escolha do editor em tempos de incerteza
Informar sobre o dia de hoje está muito fácil.
Notícia ruim não falta. Porém, estar a frente
dos fatos, como sempre foi a linha do Guia
Marítimo, se tornou quase que impossível. As
previsões do dia de amanhã estão sendo
atropeladas pela dinâmica dos fatos. Os
algoritmos não conseguem reaprender as
mudanças a tempo de tomar a ação correta. O
que era bem provável de acontecer em
2019/2020 não acontecerá mais. Se acontecer,
será de forma e players diferentes.

Por isso, o nosso foco tem sido direcionado


aos temas de inovação e suas possíveis
consequências para o mercado, tanto na
edição das notícias como nos eventos e
palestras. Será a inovação, na tecnologia da
informação aplicada, a grande mola da
mudança. Junto com a inovação vem
fatalmente a privatização de ativos e dos meios
de gestão, queiram os críticos ou não.

As soluções competitivas urgentes precisam de


mais agilidade, investimento e protagonismo e
os governos não conseguem nem tem a
vocação para isso. Fomos os pioneiros na
discussão das privatizações e transporte
intermodal. Agora, 25 anos depois, temos o
novo fenômeno do Smart Logistics. Isso muda
tudo para todos. Nada como começar 2021
discutindo o novo de novo.

Boa leitura

.
Índice Janeiro 2021
1 - Em resposta à escassez, Cainiao do Alibaba, lança serviço de reserva contêineres

2 - YANG MING Escolhe Le Havre como sede da sua nova subsidiária YANG MING (FRANÇA) SAS

3 - Porto de Felixstowe testa 5G

5 - Vendemmia vê espaço para inovação e consolidação de serviços de logística 4PL no Brasil

6 - Anos impactantes para a logística e o Comércio Exterior

9 - <CATCH ON>

11 - ESPECIAL GUIA MARÍTIMO - Sinais divergentes = Atenção redobrada

15 - Maersk pretende encomendar os primeiros navios rodando com


novos combustíveis em três anos

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Em resposta à escassez, Cainiao do Alibaba, lança serviço
de reserva de contêineres

Cainiao, do Alibaba Group, lançou o serviço de reserva de contêineres para frete aéreo e marítimo na quinta-feira, 14/01 em
resposta à escassez global de contêineres que empurrou os custos de carga para níveis recordes.

A empresa de logística que sustenta a entrega para os mercados de e-commerce do Alibaba disse que seu serviço
abrangeria mais de 200 portos em 50 países e ofereceria taxas de envio transfronteiriço de porto a porto 30-40% mais baixas
em relação à taxa média de mercado.

Uma grave escassez de contêineres está afetando os fluxos de exportação globais, impulsionados pela balança comercial
desequilibrada da China - exportando três contêineres para cada um importado recentemente - e atrasos no retorno dos
contêineres à China devido à pandemia.

O custo de fretar um contêiner de 40 pés da China para a Costa Leste dos EUA aumentou mais de 80% em dezembro em
relação a junho, de acordo com dados da Freightos no Refinitiv Eikon.

“Ao trabalhar em estreita colaboração com companhias aéreas e empresas de carga, pretendemos salvaguardar toda a rede
de transporte de linha transfronteiriça e incutir maior estabilidade no transporte marítimo e aéreo”, disse James Zhao, gerente
geral da Cainiao Global Supply Chain, em um comunicado.

Guia Marítimo
Fonte: Reuters

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YANG MING Escolhe Le Havre como sede da sua nova
subsidiária YANG MING (FRANÇA) SAS
Após quatro décadas durante as quais foi representada pela CLB Liner (grupo NAXCO), a empresa de navegação taiwanesa
e o grupo francês NAXCO formaram agora uma joint venture, YANG MING (França) SAS. Este é um grande passo para a
nona maior companhia marítima global, que escolheu a Le Havre para expandir seus investimentos no mercado francês.

Fundada em 1972 e com sede em Chilung (Taiwan), a YANG MING MARINE TRANSPORT CORP. (YANG MING) continua
seus esforços para aumentar sua competitividade. Como membro do consórcio marítimo THE Alliance, YANG MING oferece
vários serviços semanais com escalas em Le Havre e Fos-sur-Mer com destinos na Ásia e América do Norte.

Graças aos seus centros de transbordo regionais, YANG MING é capaz de oferecer aos seus clientes franceses uma
extensa rede de serviços específicos para uma ampla gama de destinos em todo o mundo. O nascimento de YANG MING
(França) em 1 de janeiro de 2021 é um forte sinal da determinação da nona maior empresa de transporte marítimo de
contêineres do mundo a se desenvolver no mercado francês.

“A criação de uma subsidiária francesa fortalece nossa rede global integrada de escritórios”, explica Steven Ka, ex-CEO da
YANG MING na Austrália e agora responsável pela nova entidade. Ele acrescenta: “Com sede em Le Havre, o principal porto
da França para o comércio externo, a YANG MING (França) SAS consolidará sua capacidade comercial e permitirá que uma
maior eficiência operacional seja alcançada no mercado francês.”

YANG MING opera atualmente uma frota de 90 navios com capacidade total de 7,03 m de tonelagem de porte bruto e
representando 622.000 unidades equivalentes a vinte pés (TEU). Os navios porta-contêineres formam o núcleo dos serviços
da linha.

O Grupo YANG MING também inclui uma unidade de logística (Yes Logistics Corp. e Jing Ming Transport Co.), terminais de
contêineres em Taiwan, Bélgica, Holanda e Estados Unidos e serviços de manuseio de mercadorias (Porto de Kaohsiung,
Taiwan). A gama completa de serviços do YANG MING cobre mais de 70 países com mais de 170 pontos de serviço.

Laurent Foloppe, Diretor de Vendas e Marketing da HAROPA destaca: “Basear a nova subsidiária francesa da linha de
navegação YANG MING em Le Havre com um escritório integrado sob a marca do grupo consolidará a atratividade e
competitividade de nosso complexo portuário. É também um sinal importante da confiança que sentimos no desenvolvimento
das nossas ligações aos principais portos mundiais, incluindo os principais hubs da Ásia. Com esta nova entidade YANG
MING França em Le Havre, nada menos que seis companhias de navegação escolheram nossa Ocean City como local para
seu escritório principal, não esquecendo todas as bases operacionais francesas mantidas aqui pela maioria das companhias
de navegação.”

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Porto de Felixstowe testa 5G
O porto de Felixstowe da Hutchison Ports implantará a tecnologia 5G e a Internet das Coisas (IoT) para aumentar a
produtividade, eficiência e segurança em suas operações principais.

Usando uma rede privada 5G instalada pela Three UK, a instalação do porto foi selecionada como parte do programa de
testes 5G do governo. O projeto de £ 3,4 milhões recebeu £ 1,6 milhão do governo como parte do 5G Create, uma
competição para apoiar inovadores que exploram novos usos para da rede.

O projeto envolve a Three UK, Cambridge University e Blue Mesh Solutions, juntamente com as principais subcontratadas
Ericsson e Siemens. O porto afirma que testará o potencial do 5G em dois casos de uso: habilitar guindastes controlados
remotamente por meio da transmissão de CFTV; e implantação de sensores IoT e IA para otimizar a manutenção preditiva
de 31 guindastes STS e 82 RTGs da Felixstowe.

Aproveitando a velocidade, a baixa latência e a alta capacidade de 5G, o projeto demonstrará os ganhos de produtividade e
eficiência dessa tecnologia, ao mesmo tempo em que reduzirá interrupções não planejadas.

Matt Warman, Ministro da Infraestrutura Digital disse: “Queremos desbloquear o potencial do 5G para revolucionar uma
ampla gama de indústrias do Reino Unido e os Ports 5G é apenas um projeto que o governo está apoiando para alcançar
isso. Nossos portos serão mais vitais do que nunca à medida que forjamos uma nova e ambiciosa posição de comércio
global para o Reino Unido pós-Brexit, então estou ansioso para ver o que o 5G pode fazer para maximizar a eficiência no
maior e mais movimentado porto de contêineres da Grã-Bretanha em Felixstowe.”

A Three UK é um dos vários proprietários de bandas do espectro 5G após leilões do governo do Reino Unido. Mike
Tomlinson, Diretor Executivo, disse que "o port é a plataforma perfeita para testar e demonstrar todo o potencial da
tecnologia móvel 5G para um setor vital e complexo e desenvolver casos de uso para setores mais amplos".
Guia Marítimo
Fonte: World Cargo News

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Vendemmia vê espaço para inovação e consolidação de
serviços de logística 4PL no Brasil
Um dos maiores operadores logísticos do país, a Vendemmia espera crescer em 2021 e angariar mais clientes para seus
serviços 4PL. Anunciado como uma tendência no setor de logística nos últimos anos, o modelo 4PL oferece todos os
serviços de um operador logístico e de gestão da cadeia de suprimentos de maneira unificada. O 4PL é similar à
terceirização do serviço, contudo, ela é uma modalidade mais voltada para o gerenciamento completo das operações,
inclusive do contato com fornecedores.

Enquanto fora do País (principalmente Ásia e Europa) já se fala até em 5PL, no Brasil ainda temos muito espaço para o 4PL
crescer e se consolidar. "A Vendemmia vem, nos últimos anos, se preparando para liderar esse mercado. Recentemente,
anunciamos a integração das unidades de negócios de armazém, transporte nacional e internacional. Com esse passo e
abertura de novos armazéns em São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais, ampliamos a capacidade de oferecer aos nossos
clientes um serviço ainda mais completo", comenta Luciano Ricci, sócio-fundador da Vendemmia.

Com esses serviços de transporte e armazenagem internalizados, a Vendemmia ganha não só em agilidade, como também
na oferta maior de benefícios para o cliente. "Temos não somente a inteligência para oferecer o serviço 4PL, como também
uma estrutura própria e adequada para isso", conta Ricci.

Entre os setores em que Luciano aposta no crescimento de demanda para o 4PL em 2021 estão o automotivo, o de
telecomunicações e o de energia solar. "Quando falamos em 4PL, o que vemos são empresas globais contratando, mas os
ganhos podem ser obtidos com todos os tipos de clientes. O setor automotivo é muito maduro e enxerga bem os ganhos com
um serviço nesse modelo. Telecomunicação e energia solar trabalham bastante com importações, por exemplo, e usar o
4PL possibilita maior agilidade e diversos ganhos com o processo aduaneiro", exemplifica o executivo.

O 4PL olha o processo como um todo e desenha um modelo único, que permite maximizar os ganhos de maneira geral. "Ao
trabalhar com diversos fornecedores logísticos, cada um deles vai olhar para uma parte da operação, buscando as mais
diversas melhorias nessa etapa específica, o que pode levar a onerar os demais componentes da cadeia logística ou não se
atentar para outras possibilidades. O 4PL traz mais benefícios fiscais, aduaneiros e financeiros, com um vasto menu de
possibilidades de serviços", comenta Ricci.

Além disso, com todo o processo logístico concentrado nas mãos de um único fornecedor, é possível ter uma visibilidade
mais ampla da operação, maior controle e planejamento, corrigindo rotas de maneira mais ágil, sempre que necessário.
"Acreditamos que investimentos em tecnologias de rastreio também são tendência no 4PL para esse ano e vamos anunciar
novidades em breve", adianta Luciano, prevendo que a Vendemmia deve aumentar em 50% os clientes de 4PL em 2021.

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Anos impactantes para a logística e o Comércio Exterior.
Embora nos últimos anos a tecnologia da informação vem Um grande exemplo foi a criação da DCSA, Digital Container
ameaçando romper e modificar os modelos de Supply Chain, Standard Association, cujos membros incluem os armadores de
apenas 12% dos executivos afirmam que as suas empresas containers MSC, Maersk, CMA-CGM, Hapag Llloyd, One,
estejam aplicando a Inteligência Artificial e demais inovações na Evegreen, Yang Min, HMM e Zim. Foi criada com a missão de
sua logística. Ao mesmo tempo as previsões são de que até moldar o futuro do transporte marítimo de containers, sendo a
2025 serão investidos U$ 10.5 Bilhões em IA. voz coletiva da indústria, trabalhando para o alinhamento e a
padronização.
As valiosas ferramentas de IA e outras estão causando
profundas transformações nas formas de planejamento e A DCSA acredita que ao definir estruturas para soluções
execução das tarefas do Supply Chain assim como nas vendas eficazes e universalmente adotáveis e inovar, podem permitir
e no Marketing das empresas. As ações incluem nova dinâmica serviços de transporte de containers transparentes, confiáveis,
e formatos de estimativas, planejamento, automação, fáceis de usar, seguros e ecológicos. Os padrões de código
manutenção, máquinas, veículos e robôs autônomos, analítica aberto da DCSA, de uso gratuito para todos, são desenvolvidos
de custos e preços, otimização de inventários e rotas de com base em informações de operadoras por seus membros da
transporte, além de relações com clientes e ações de marketing. DSCA, partes interessadas da indústria e especialistas em
tecnologia de outras indústrias.
As formas de comprar, contratar e especialmente a definição de
quem será o responsável pelas operações de logística entre os Como resultado, plataformas open source como esta
diversos players, serão radicalmente alteradas. Os processos democratizam a inovação. Startups são incentivadas a produzir
de inovação avançavam razoavelmente bem até a pandemia. soluções que, garantidas pela segurança e capilaridade do
Porém, com as incertezas e perturbações por ruptura nos Blockchain, potencializam as vantagens do IoT, da Inteligência
negócios, os interesses e os esforços na aplicação de IA Artificial, dos robôs, do Big Data, entre inúmeras opções a favor
atrasaram por conta da demanda de muitas ações emergenciais da Smart Logistics. Assim, qualquer bom projeto de TI que
de curto prazo e falta de previsibilidade. facilite a comunicação entre pessoas e máquinas e que traga
maior controle nas complexas operações logísticas
Há 3 anos havíamos começado a debater a aceleração na transnacionais são objeto de cobiça para armadores, forwarders
chegada das diversas tecnologias da “Logística 4.0” em alguns e empresas de e-commerce.
artigos no Guia Marítimo e nos eventos da Logitech. Já nesses
eventos, muito nos preocupou a discrepância de interesse e É a era do smart container, pallet, terminal, guindaste, caminhão
velocidade de investimento entre os diversos players na cadeia autônomos e máquinas. Todos programados de acordo para
logística quanto ao tema da digitalização e inovação. operarem sistemas logístico complexos, informando localização,
Contratante e contratado estavam e estão em sintonias ETAs, temperaturas e interferências. Esse complexo de
diferentes quanto à preocupação e investimento em inovação informações, com o uso de IoT, blockchain e inteligência
tecnológica. Artificial, em ambiente virtual, ensinarão cada máquina do
processo.
Armadores, forwarders e empresas de e-commerce continuam a
investir pesadamente em inovações tecnológicas e digitalização. A cada nova informação e operação a tendência de erro será
Provocadas pelo advento do Blockchain, que garante a levada a zero gerando cada vez maior controle e confiabilidade
segurança dos dados com maior capilaridade, novas parcerias de toda a cadeia logística. Esse emaranhado tecnológico será
entre operadores logísticos e empresas de TI floresceram. capaz de programar e adaptar a cadeia de suprimento e
Alguns ousados projetos de TI, grande demais para serem produção, gerir estoques mínimos para atendimento end to end
implantadas por empresa individuais, foram lançados por grupos sem emendas.
de interesse similares em diversos modelos de cooperação.

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Faltam algumas inovações, a maioria já existentes, serem Como dissemos a previsão de investimento em IA será de
implantadas como o 5G e algumas soluções para a melhoria do nada menos do que U$D 10.5 bilhões ou mais em menos de 5
Last Mile para o sucesso dessa logística E2E, sem emendas e, anos.
principalmente, falta gente e tempo de adaptação, os dois
maiores bloqueios ou indutores desse processo de inovação Tudo pelo poder de continuar competitivo em seus próprios
global. negócios e controlar cada vez mais a cadeia como um todo.
Uns investem em ativos e tecnologia e outros somente em
Não é ficção científica, muito pelo contrário. Existem e estão sistemas para atingir os seus objetivos. Por conta da
sendo criadas tantas possibilidades de inovação que não daria Revolução 4.0, na logística, as mudanças nas relações entre
para descrever todas aqui. Mas, para que tudo funcione é cada um dos players estão cada vez mais aparentes. As
preciso um enorme esforço na compreensão e aprendizado preocupações com a concentração do poder de competição do
dos players e na digitalização de cada um dos componentes. mercado também estão sendo expressas por autoridades de
diversos países.
Porém, mais uma vez, o operador logístico está bem na frente
do usuário na corrida tecnológica e de planejamento. A competitividade das empresas usuárias produtoras e
Armadores, forwarders e empresas de e-commerce acrescem comerciais serão cada vez mais dependente da velocidade da
cada vez mais tecnologia embarcada em armazéns, veículos entrega, capacidade de rastreio, e armazenamento das
terrestres e aéreos, navios e terminais portuários, fazendo a informações de origem, destino intermediário e final, aprovação
comunicação entre todos. Sistemas e equipamentos de crédito, digitalização dos meios de pagamento, além do
autônomos, que transmitem e acumulam informações, se auto importante registro digital para controle de qualidade do
ensinam e adaptam as operações seguindo algoritmos até produto e prazos durante cada fase do percurso.
chegarem ao ponto mais próximo da perfeição.
Dois fatores são importantes levar em conta. O consumidor se
Cada vez mais armazéns inteligentes são implantados. E já acostuma facilmente ao novo que lhe atenda mais rápido com
existem alguns bons modelos de armazéns virtuais para menor custo, maior segurança e menor emissão de carbono. A
viabilizar simulações que são aplicadas aos armazéns físicos. cada passo de inovação há uma melhora na eficiência que
Ao contrário dessa onda dos transportadores de todos os determina o novo parâmetro para todo o mercado.
modais e operadores logísticos, a maioria dos exportadores e
importadores de bens estão ainda bastante conservadores A aplicação da IA no processo logístico, segundo um estudo da
quanto à compreensão, digitalização e a inovação do seu McKinsey, poderá reduzir o custo até em 61% e ao mesmo
supply chain para atender a essa realidade. tempo incrementar as vendas em 53%. O valor dos estoques
sozinho poderá cair em até 75%, globalmente.
Por outro lado, cada player da cadeia logística já entendeu que
aquele que inovar e dominar melhor a tecnologia disponível Urge, portanto, um maior interesse ao tema por parte dos
terá uma vantagem competitiva bastante acentuada e usuários de logística para a sua sobrevivência. Seja para
avassaladora. A pandemia mostrou a todos os confinados e às implantação de seus próprios sistemas, ou na escolha e na
indústrias, agro negócio e outros, em retomada, de como a digitalização para a interação com o seu provedor terceirizado.
logística se tornou peça-chave na competitividade da produção, É passada a hora de definir a nova estratégia para a logística
fornecimento de matérias primas e entrega final. de sua empresa. A tecnologia e a ruptura causada por ela
chega muito rápido.
Daí a maior disputa por fornecimento de serviços End to End,
melhorias no last mile e investimentos em Big Data e *Martin von Simson Editor Guia Marítimo e Diretor de conteúdo
Inteligência Artificial por parte de armadores, empresas aéreas da Logitech.
da carga, terminais marítimos, armazéns, forwarders e os
operadores de vendas on line, cada um com a sua estratégia.

Ao longo de mais de 33 anos de experiência a AEROPORTUÁRIA esta preparada para oferecer mais completas soluções em
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< CATCH ON >

DACHSER anuncia novo CEO mundial


DASCHER, provedora internacional de logística, anuncia o novo CEO, Burkhard Eling, que
assumiu o cargo no dia 1 de janeiro de 2021. Ele chefia a unidade executiva de Estratégia
Corporativa, Recursos Humanos e Marketing, que inclui Gerenciamento de Contas Principais
Corporativas e Governança Corporativa e Conformidade. O CEO também dirige o programa de
gestão de inovação e ideias estratégicas para toda a empresa, o Idea2net.

Embarque de cargas cresce no Porto do Pecém


Ferro fundido, sal, produtos da indústria de moagem, frutas,minérios, cereais e alumínio
lideram as cargas que mais foram embarcadas através do Porto do Pecém em 2020. Ao todo
foram embarcadas 5.324.440 toneladas no ano passado, um aumento de 2% nessa
movimentação em comparação a 2019 (5.212.141 toneladas).Somente no último mês do ano
passado os embarques totalizaram 535.775 toneladas, resultado 14%superior ao embarcado
em dezembro de 2019 (469.290 toneladas). Ao todo, entre embarques e desembarques, foram
movimentadas 1.472.355 toneladas. em dezembro de 2020.

Yusen Logistics chega ao Chile


A Yusen Logistics anuncia a formação da Yusen Logistics Chile SpA, através de uma joint
venture com o parceiro Transmeridian Group, desde 1º de janeiro de 2021. Operando sob a
marca Yusen Logistics no Chile, a empresa construirá em seus fortes serviços marítimos,
aéreos e rodoviários para melhor atender ao mercado e expandir suas ofertas para incluir uma
gama completa de soluções integradas de cadeia de fornecimento internacional.

Portos do Rio Grande do Sul divulgam balanço


do ano de 2020
Foram mais de 39 milhões de toneladas somente nos Portos Públicos. Ao longo do ano
de 2020 o porto rio-grandino movimentou mais de 38 milhões de toneladas de carga
somente no complexo público. Um dos destaques do ano foi o mês de junho, período em
que foi movimentado o montante de 4.401.716 toneladas, batendo o recorde que havia
sido verificado no mês de setembro de 2018, quando haviam sido 4.340.915 toneladas,
junho de 2020 foi o melhor mês da história do Porto do Rio Grande.

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Especial
Guia Marítimo

Sinais Divergentes
=
Atenção redobrada
Por Leandro Carelli Barreto - SOLVE Shipping
Intelligence
Sinais divergentes = Atenção redobrada
Há exatamente um ano não havia nenhum profissional direta ou indiretamente envolvido no transporte marítimo de cargas
que não estivesse buscando tangibilizar os possíveis impactos sobre o setor do IMO 2020, que mudaria os padrões de
emissão de enxofre dos navios, levando as embarcações a migrarem para combustíveis mais caros (LSFO – Low Sulphur
Fuel Oil, com 0,5% de enxofre ou MGO – Marine Gasoil com 0,1% de enxofre) ou instalarem depuradores de ar (scrubbers)
para continuarem queimando o mesmo combustível (HSFO – High Sulphur Fuel Oil, com 3,5% de enxofre).

Dentre os muitos cenários especulados os de maior consenso eram: aumento do custo final dos produtos importados
(possível inflação global), nem todos os armadores conseguiriam repassar totalmente o aumento dos custos (provável
continuação da consolidação do setor) e as filas em estaleiros para instalação dos scrubbers reduziriam a oferta global de
capacidade (com consequente aumento de fretes).

Vale lembrar que 2020 começou com a cotação do LSFO mais de US$ 300/ton acima do HSFO, mas aí, sem sequer pedir
licença, veio a COVID e tudo mudou: o preço do combustível despencou, a diferença de preço entre LSFO x HSFO atingiu
os US$ 45/ton (desestimulando o investimento em scrubbers) e, com isso, armadores não só não quebraram como também
economizaram muito dinheiro com combustível.

O gráfico abaixo mostra, porém, que desde novembro/2020, mais do que o preço em si dos combustíveis, a diferença de
valor entre o LSFO e HSFO voltou a aumentar de forma consistente, já tendo retomado a casa dos US$ 100/ton, sendo que
uma das razões para isso seria a retomada da demanda por combustível de aviação que disputa com o LSFO algumas
“moléculas” em seu processo produtivo.

Como existe um certo atraso entre o ajuste dos custos do combustível e o repasse aos donos da carga devido às diferentes
fórmulas de reajustes adotadas pelos armadores (alguns fazem isso mensalmente outros trimestralmente) o certo é que as
taxas de combustível devem ter aumentos importantes até o 2º trimestre de 2021.

Por outro lado, a “boa notícia” para os donos da carga é que a iminente parada das fábricas na China para o feriado do Ano
Novo Lunar dá sinais de que pode mesmo servir como um “freio de arrumação” para desatar o nó logístico instalado naquele
país em virtude da falta de equipamentos.

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No geral o SCFI parece ter “batido no teto” nas primeiras semanas de 2021, com os fretes já começando a perder força em
algumas rotas, conforme gráfico e tabela seguintes:

Para o Brasil (Santos), embora a planilha ainda demonstre um aumento no frete spot entre a 1ª e a 2ª semana de 2021, já
foram anunciadas 02 cancelamentos de viagens na saída da Ásia para o próximo mês o que, apesar de ser muito menos que
os 06 blank sailings registrados no mesmo feriado do ano passado, já sugere que o “backlog” das importações brasileiras
não era tão grande quanto se imaginava, diante dos recordes atingidos pelas tarifas nas últimas semanas e que ainda assim
não minimizavam as dificuldades para garantir equipamento/embarque.

Embora existam muitos setores industriais no Brasil reclamando de falta de insumos e necessidade de recomposição dos
estoques, a expectativa para fevereiro é que a demanda possa começar a “esfriar” nessa rota – entre outros motivos em
virtude do fim do auxílio emergencial às famílias – e, consequentemente, tende a fazer os fretes spot da Ásia para o Brasil
recuar.

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De qualquer maneira, como o importador brasileiro está “disputando” equipamentos com outros importadores em todo o
mundo, ainda será preciso estar atento à evolução da demanda, que continua bastante aquecida antes mesmo da liberação
do novo pacote de auxílio de US$ 1,9 trilhões (e a despeito dos recorrentes recordes de mortes e internações por COVID),
conforme demonstrado no gráfico abaixo.

Outro fator de preocupação para importadores em todo o mundo deverão ser os congestionamentos nos portos do EUA. No
último dia 13 de janeiro havia 32 navios ancorados no sul da Califórnia aguardando atracação nos portos de Los Angeles e
Long Beach, devido ao boom da demanda combinado com medidas de prevenção à COVID que estão limitando a
produtividade dos terminais, além, claro, da falta de caminhoneiros naquele país.

Numa recente publicação no LinkedIn Lars Jensen estimou que, tendo em vista que o atraso médio dos navios nos portos do
EUA tem sido de uma semana, esses 32 navios ancorados equivalem à capacidade de 5 serviços transpacíficos “fora de
serviço” ou, ainda, 290mil TEU “parados” (considerando uma capacidade média de 9.000 TEU), o que potencializa a falta de
equipamento ao longo de toda a cadeia logística internacional.

Vale mencionar que esse congestionamento dos portos americanos, também observado na costa leste, já vem afetando
alguns serviços que vêm ao Brasil tanto na rota do ECNA (gerando custos adicionais aos donos da carga) quanto da ASIA
(já que os atrasos nos EUA também estão congestionando portos da Ásia).

Outros “sinais” muito importantes, e por vezes contraditórios, aos quais os profissionais direta ou indiretamente relacionados
ao transporte marítimo precisarão estar atentos em 2021 são:

1. Frete Contrato X Frete Spot: se por um lado a tendência dos fretes spot seja de queda, os fretes de contrato (que
representam a maior parcela da carga embarcada) estão seguindo na direção oposta (ainda que bem abaixo do spot);

2. Oferta de capacidade: tendo em vista que há poucos navios para sair dos estaleiros nos próximos meses, e caso a
demanda continue aquecida em 2021 e 2022, provavelmente as únicas maneiras dos armadores aumentarem a capacidade
serão: acelerar os navios (o mundo estaria preparado para assumir esse passivo ambiental?) ou diminuir a cobertura
comercial (aumentado transbordo, transit times, custos, inventários etc.);

3. Como/Quando as vacinas afetarão a demanda: há muitos especialistas no setor acreditando num resfriamento do varejo
(e da demanda por produtos chineses) tão logo as pessoas possam voltar a consumir serviços: turismo,entretenimento,
restaurantes etc.

A questão é que cada vez parece mais evidente que os armadores estão, do ponto de vista da rentabilidade, bem
posicionados para qualquer um desses cenários – o rápido ajuste de capacidade e os resultados positivos do 2º trimestre de
2020 são a maior prova disso, só resta saber se/como os demais elos da cadeia logística estão se preparando para tantos
“sinais” divergentes.

*Leandro Barreto / Managing Director – SOLVE Shipping Intelligence Specialists

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Próxima edição Fevereiro 2021

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Maersk pretende encomendar os primeiros navios rodando com
novos combustíveis em três anos
A maior empresa de transporte de contêineres do mundo prometeu se tornar uma empresa net-zero em 2018, estabelecendo
um grande precedente no setor, pois prometeu superar as metas estabelecidas pela Organização Marítima Internacional
(IMO). As duas metas estratégicas da Maersk sobre emissões de CO2 são ter emissões líquidas de CO2 zero de suas
próprias operações até 2050, o que inclui ter navios comercialmente viáveis e líquidos zero na água até 2030 gerando uma
redução relativa de 60% nas emissões de CO2 até 2030 em comparação com os níveis de 2008.

A empresa tem sido vocal sobre sua preferência por uma alternativa de emissão zero aos combustíveis fósseis, em vez de
escolher o GNL como combustível de transição para a frota da empresa. Skou disse que a grande maioria dos investimentos
da empresa nos próximos anos será no desenvolvimento de novos combustíveis, focando em três tipos potenciais de
combustível baseados em álcoois (metanol e etanol), biometano e amônia.

Especificamente, para cumprir sua meta, a empresa precisa ter embarcações de emissão zero em sua frota até 2030, o que
a deixa em menos de uma década para desenvolver novas tecnologias de combustível marítimo e infraestrutura. "Um navio
tem uma expectativa de vida entre 20 e 25 anos, então precisamos começar a substituir navios em 2030 para estar pronto
até 2050", disse Skou.

"Temos que trabalhar muito para encontrar a solução. Não tenho ambição de me tornar um fornecedor de combustível, isso
não faz parte da nossa estratégia. Mas não é como se estivéssemos vendo muitos fornecedores de combustível batendo em
nossas portas e dizendo: olha, você deve usar este combustível em cinco ou dez anos a partir de agora.

"Portanto, estamos realmente trabalhando nisso nós mesmos para que possamos definir o combustível que queremos e,
então, espero, podemos ajudar a criar um mercado para isso, nesse momento", acrescentou.

Como explicado, a empresa identificou algumas caminhos para o combustível: uma é amônia e outra é álcool, já que esses
dois combustíveis podem ser produzidos com uma fonte inicial de energia verde. "Ambos têm suas particularidades: com o
álcool, o ponto de chama é muito baixo, então há um problema de segurança lá, o outro é que a amônia é tóxica, então há
também outra questão de segurança", apontou Skou.

"No entanto, acreditamos que podemos resolver esses problemas em dois ou três anos. Ele ainda será um motor a
combustão como o conhecemos hoje, o que é bom porque significa que há uma chance de até mesmo readequar navios
existentes com pistões novos e assim por diante.

E então, daqui a três anos, esperamos encomendar a primeira série de pequenos navios porta-contêineres que possamos
operar em uma área geográfica definida. Então podemos sair e fazer contratos de fornecimento com pessoas que podem
fornecer aos navios amônia ou metanol, etanol, etc e podemos abastecer os navios e obter a experiência de como funciona
operacionalmente. Então podemos estar prontos para começar a encomendar navios de grande porte no final desta década.
Esse é o caminho que vemos, e temos que fazer isso até 2030

Comentando o caminho a seguir para a indústria, Skou destaca a importância do sistema IMO. “Estou indignado com a falta
de nível de ambição de alguns países membros da IMO. Mas, também acho que se provará que eles estão errados e que o
mundo continuará a pressionar nessa direção”, acrescentou.
Guia Marítimo
FONTE: OFFSHORE ENERGY

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