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Universidade Federal de Uberlândia

Instituto de Artes
Curso de Graduação em Música

Fichamento Acadêmico
Aluno: Vander Medeji e Silva Matrícula: 12011MUS009
Disciplina: Literatura do Piano I Prof.(a): Flavia Botelho
Data: 25/05/2022
Referência: HARNONCOURT, Nikolaus. III- Música Barroca Europeia – Mozart (Os
movimentos de dança – as Suítes de Bach). In: O discurso dos sons. Rio de Janeiro: Zahar,
1988. p. 177 – 188, 228-238.

Resumo:
O texto começa abordando a definição sobre os termos música programática e música
pura. Há uma explicação acerca dessas definições musicais. Também é retratado a
importância da opera no barroco. Na verdade, é feito uma abordagem mostrando que a ópera
foi significativamente importante nesse período da música. O compositor Vivaldi é bastante
apresentado nesse momento. Há uma explicação de como surgiu a música barroca sendo
inicialmente falada, com palavras, musica mais oralizada ou verbalizada. Vivaldi compôs para
mulheres e buscando trazer uma música mais acessível a todos, algo que fosse mais simples e
popular. A obra “As Quatro Estações” é bastante citada nesse texto. É feito um detalhamento
muito rico acerca dos ritmos, andamentos e direcionamento da obra para pessoas
importantes na época de Vivaldi. Houve adaptações pelo compositor nessa obra. Um
detalhamento minucioso também é apresentado no texto acerca dos instrumentos que foram
escolhidos para essa obra. Especificamente, esse detalhamento é feito para “Outono”. Os
termos italianos como por exemplo Alegro, Adagio, entre outros são apresentados como
palavras que tem um significado além do aspecto musical. Esses termos eram usuais para o
dialeto do país e, portanto, traziam consigo um significado mais profundo do que apenas fazer
música. Na “Primavera”, o texto retrata melhor sobre o movimento que foi escolhido para a
obra. O texto retrata que nas obras de Vivaldi há um caráter, de certa forma, impressionista.
No decorrer do texto, também há uma abordagem rica e importante sobre a diferenciação do
barroco Frances e Italiano. Há um esclarecimento de como essas obras em tempos tão antigos
eram divulgadas e expandidas. Essa ação é predominantemente feita através da circulação de
pessoas que se dedicavam para essa tarefa. Ou seja, a música se expandia através de viajantes
que percorriam os países. A rivalidade entre Itália e França é claramente apresentada nesse
texto. Esses países declaravam sua repudia acerca de ambas as músicas que era produzidas.
Houve um contraste significativa entre o barroco italiano e o francesa justamente devido a
rivalidade que ambos se declaravam. Um não gostava da música do outro e isso era
explicitamente declarado. O texto mostra a importância da musica porque ela retrata a cultura
de um povo, um país. Explica o caráter entre o barroco francês e italiano. Não era possível
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uma fusão entre esses dois países devido tamanha rivalidade. A música italiana era das cordas,
não se usava muito o sopro. O compositor Lully é bastante retratado nesse texto. Vemos que
ele contribuiu no surgimento das suítes francesas com um toque de música italiana, isso
porque era natural da Itália. Há uma explanação boa sobre o uso do ornamento em ambas
musicas francesas e italiana, porém algo mais teórico e não pratico, de como tocar esses
ornamentos.
Decorrendo o texto, entramos nos assuntos das suítes barrocas. Nesse momento há
um aprofundamento bastante interessante para quem deseja conhecer o que são as danças
das suítes barrocas. Há uma explicação sobre o termo “suíte” explicando exatamente o que
significa de fato essa palavra. O que são os “Menestréis”? São músicos que fazem musica
popular com um certo distanciamento da música erudita e sacra. Em alguns momentos, houve
esse contato na música sacra, porem houve retaliação da liderança eclesiástica daquela época.
Muito é retratado no texto acerca do que são as danças, de como eram colocadas na
sociedade em alguns países. Os músicos e compositores das danças e do universo erudito
eram distintos, havia um distanciamento nesse quesito. As danças sofreram influencia do
tempo de modo que foram ascendendo com o passar dos anos. Foi um “estilo” que foi
ganhando espaço na realeza. Muitos nobres desejavam e desfrutavam desse modo musical
que eram as danças. No século XVII surgi a sonata polifônica, porém não há um
aprofundamento sobre essa forma musical no texto. É mencionada que essa música era
voltada para a igreja. Lully contribuiu para o surgimento das suítes francesas. Muito é
retratado no texto acerca da liberdade que as danças eram tratadas nessa época barroca.
Havia grande liberdade tanto para os compositores como para os interpretes. Ambos podiam
tocar na sequencia que desejavam, priorizando tais andamentos e velocidades de ritmos. Não
havia uma regra concisa acerca dessa música nesse quesito. É abordado a respeito da
ornamentação que nesse assunto era algo bastante organizado e preciso, especialmente nas
suítes francesas. O texto apresenta as danças que foram criadas no período barroco. São elas:
Allemande: tempo rápido, melodia simples e cantante. Faz apontamentos nas suítes de Bach
acerca dessas características. Foi se tornando mais lenta ao passar do tempo. Courante: dança
da corte que passou a ser exclusivamente instrumental e não mais dança. Haviam duas formas
com características de andamentos e velocidades especificas e diferenciadas. Gavota: essa
música era voltada para as camponesas francesas – vivacidade moderada e muito alegre. Base
para rondo. Bourré: semelhante a gavota – alegre e bem marcada. Minueto: dançado na corte
com frequência. Era muito famoso e usual na França – rápido e alegre. Luís XIV modificou o
andamento tornando mais lenta. Passepied: tipo de minueto mais rápido. É feito um
detalhamento das características dessa dança citando métricas e figuras musicais mais
utilizadas. Forlana: música popular mais selvagem – muito forte em Veneza. Estilo mais forte
e rápido. Sarabanda: mais rápida e lenta, licenciosa e erótica. Foi proibida e depois liberada.
Lully a tornou mais amável e aceitável na França. Polonaise: altiva de passos deslizados. Giga:
origem inglesa, virou peça instrumental – surgiu no virginal. Caráter mais selvagem, agitada e
bizarra. Surgiu na França e na Itália. Um zelo ardente e fugaz. Por fim, o texto esclarece o
conceito de ária e fica claro que essa definição varia de compositor para compositor.

Pesquisa Ampliada:
Não.

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Citações:
“As características essenciais do estilo francês eram: a forma clara e concisa” pag. 186
“As raízes da música barroca se encontram naturalmente na Itália” pag. 184
“A música barroca italiana... utiliza todas as possibilidades oferecidas por uma sensualidade e
uma imaginação transbordantes” pág. 185

Considerações Finais:
Texto excelente para um entendimento sucinto do que é a música barroca. Perfeito para
entender alguns termos característicos desse período como por exemplo os nomes das
danças, o que é suíte, o que são as danças, etc. Também bastante aproveitável para aprender
acerca de alguns compositores importantes como Lully.

Outras Referências Bibliográficas:


Não.

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