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TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DA

TÉCNICA CONTÁBIL NAS DISCIPLINAS INTRODUTÓRIAS DE


CONTABILIDADE COM O EMPREGO DA BUSINESS INTELLIGENCE

RESUMO
O atual cenário de negócios é um desafio premente à gestão dos negócios empresariais. As
empresas buscam, de maneira intensiva, meios para se adequarem e reagirem às constantes
mudanças ambientais por meio da otimização do desempenho e do controle empresarial, a fim
de se manterem agregando valor a seus acionistas, clientes e colaboradores. Para tanto,
necessitam reestruturar sua forma de gestão, alterando sua estrutura organizacional, de modo
a obter um adequado controle de suas atividades estratégicas e operacionais, que lhes permita
obter a desejada eficácia e, conseqüentemente, o cumprimento de sua missão. Nesse contexto,
a controladoria, cuja função básica é prover e gerenciar informações de controle e avaliação
de desempenho da empresa como um todo, bem como motivar e coordenar a ação dos
diversos gestores nas tomadas de decisões, reveste-se de fundamental importância nesse
contexto, ao disponibilizar instrumentos capazes de estruturar e viabilizar um processo de
gestão que assegure a desejada eficácia e, conseqüentemente, a continuidade das atividades
empresariais. Nesse sentido, o objetivo do artigo é mostrar como a controladoria pode
estruturar e roteirizar um processo de gestão aderente às emergentes expectativas
organizacionais.

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O crescimento exponencial da informação que caracteriza o mundo moderno torna a
necessidade de aprendizado mais importante do que nunca. Mas a quantidade de coisas para
aprender e a velocidade em que temos de fazer isso transformam o aprendizado em um
desafio que parece quase impossível, a tal ponto que se renovam sistematicamente a aplicação
de novos modelos que podem substituir ou complementar os tradicionais. Vencer tamanho
desafio requer novas idéias e novos recursos metodológicos e tecnológicos.
No ambiente acadêmico, vê-se que as necessidades dos alunos estão mudando
drasticamente e nenhum professor ignora os desafios que isso implica na prática. O e-
learning, aprendizado eletrônico e o aprendizado à distância são algumas das alternativas
revolucionárias de aprendizagem discutidas por especialistas em educação como alternativa
para o ensino no futuro. Não obstante, alunos que não possuem a devida intimidade com a
tecnologia reconhecem a necessidade de maior intimidade com seus recursos. Para tanto, há a
necessidade dos educadores romperem com determinados paradigmas, criar métodos que
estimulem a cooperação, o trabalho em equipe na aplicação de técnicas que favoreçam a
produção do conhecimento de maneira interativa professor/aluno aliados à tecnologia.
No ensino da contabilidade não é diferente, desenvolver as habilidades dos
acadêmicos no aprendizado do processo contábil nas disciplinas introdutórias do curso
necessita de criatividade, método apropriado e o auxílio de ferramentas tecnológicas que
auxiliem no processo de assimilação desses conteúdos. Mas, mesmo assim, fica uma
indagação, será que qualquer forma é aplicável em qualquer conteúdo? Em alguns conteúdos,
como os de cursos de formação (Engenharia, Administração, Contabilidade, etc.), verifica-se
as enormes variações de forma demandada para assuntos tão diferentes.
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Paradoxalmente, se os professores não compreenderem e não assimilarem a


importância do computador como uma ferramenta capaz de produzir diferenciais expressivos
nesse processo, não conseguirão entender de que maneira a tecnologia poderá auxiliar no
desenvolvimento de seus alunos. Tendo essa premissa como aceita, os professores terão
condições de elaborar novos tipos de estratégia metodológica. Conjugando essa consciência
crítica à vontade de aprender do aluno, qualidade no material de apoio (instituição/tutor),
verifica-se condições de viabilidade para que a adequada transferência de conhecimento
aconteça.
A tecnologia não é solução para tudo, mas é uma forma fantástica de canalizar as
ações e de acelerar o processo de aprendizagem. A utilização de recursos tecnológicos é fator
proeminente para o sucesso de qualquer empreendimento, principalmente quando se tratam de
projetos vinculados à educação. Além disso, a tecnologia está se tornando a cada dia mais
acessível, versátil e dinâmica. Nessa perspectiva, este estudo tem origem em questões tratadas
até aqui, relativas ao ensino da Contabilidade, que passa a interagir com novas realidades,
novas potencialidades derivadas dos recursos tecnológicos.
Entretanto, neste trabalho a tecnologia é tida apenas como um “meio facilitador” para
se atingir um fim. Essa finalidade está diretamente relacionada com o propósito de oferecer ao
acadêmico um modelo racional e lógico de aprendizado da aplicação da técnica contábil a fim
de melhorar seu desempenho ao longo do curso. Desta forma, pretende-se também estimular
reflexões sobre as alternativas de ensino existentes, tornar o acesso dos acadêmicos de
contabilidade à tecnologia mais democrático, porém sem a perda da qualidade e efetividade
do processo como um todo.
Na tentativa de buscar uma contribuição monolítica para a área do ensino contábil,
realizou-se um estudo exploratório em uma instituição de ensino superior, no curso de
Ciências Contábeis, onde se realizou um experimento adotando a tecnologia da educação
baseada na instrução assistida por computador, que emprega o uso da business intelligence
(planilha eletrônica) como método alternativo no ensino da aplicação da técnica contábil nas
disciplinas introdutórias do curso de Ciências Contábeis. Fica claro, portanto, o escopo deste
estudo, que se vale de uma forma alternativa de ensino às tradicionais formas existentes,
envolvendo os acadêmicos em simulações com o apoio da tecnologia, para a realização de
determinadas ações sugeridas.

2. TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA CONTABILIDADE


Se considerarmos o avanço obtido pela tecnologia da educação, não há como deixar de
vincular os avanços obtidos também no campo do ensino contábil. Vê-se cada vez mais, uma
forte ligação entre o cenário da informática, telecomunicações com o processo ensino-
aprendizagem. Tem-se por aceito, que qualquer proposta metodológica que leve em conta
esses pressupostos, é factível de sucesso.
Várias pesquisas fomentam as relações existentes entre a Contabilidade e Informática.
As de maior ênfase são as seguintes:
a) corpo de conhecimentos; e
b) meio facilitador.
O entendimento de “corpo de conhecimentos” tem sido amplamente discutido nas
instituições, órgãos reguladores da Contabilidade e algumas entidades. Trata do conteúdo a
ser explorado pelo contador em sua atuação profissional. Discute-se sobre sistemas, teoria de
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sistemas, sistemas de informações, recursos tecnológicos, aplicativos, no intuito de fazer com


que a cultura e o conhecimento do contador avancem nessa área científica.
A visão de “meio facilitador” adotada neste estudo, explora o uso de recursos
tecnológicos, de informática, contribuindo no processo de aprendizagem. Os recursos
computacionais devem apoiar as tarefas acadêmicas, tais como: (processadores de texto,
planilhas eletrônicas, gerenciadores de relatórios), alguns aplicativos específicos (contábeis,
financeiros, etc.), ou outros meios disponíveis para se lidar com problemas mais específicos.
Cornachione e Silva (2002, p.66) identificaram cinco fases que podem ser percebidas
com a adoção de meios informatizados no processo ensino/aprendizagem:
Fase I – pesquisa, descoberta e invenções – a presença da informática se dá por meio
do próprio potencial computacional, realização de cálculos complexos, tratamento
de grandes massas de dados, apoio na documentação, até mesmo no auxílio de
pesquisa do estágio do conhecimento atual.
Fase II – conhecimento e experiência – o fato principal é a exploração do potencial
computacional sob a forma de banco de dados, acumulando experimentos, fórmulas,
processos, auxiliando em sua perenização via artigos, palestras, livros, etc.
Fase III – Metodologia – se vale de adoção de recursos computacionais com apoio
didático observado por meio de textos, apresentações, transparências, exercícios, até
mesmo como catalisador do processo de comunicação (pré e pós o ensinar/aprender)
entre os interlocutores.
Fase IV – Vontade, aprendizado – o aspecto fundamental é incentivar e facilitar o
processo via potencial computacional. O perfil do elemento complementar é um
avanço importante. Considerando a postura (autodidata) do participante, é útil
explorar os recursos da informática para o apoio didático via textos, apresentações,
transparências, exercícios, testes, sempre atuando como catalisador do processo.
Fase V – Acompanhamento, desempenho – o processo de acompanhamento e
avaliação de desempenhos pode ser substancialmente incrementado. È uma nova
realidade para provas, testes, exercícios, casos e, em algumas circunstâncias, até
mesmo para os procedimentos de correções.
Dessa forma, o aprender envolve tanto oportunidade e acessibilidade, quanto
motivação e necessidade. É evidente que o acadêmico deve contar também com recursos
próprios satisfatórios (físicos, psicológicos, mentais, etc.), além dos recursos disponibilizados
pela própria instituição (operacionais, estruturais, professor, tutor, etc.). A confluência desses
fatores cria condições favoráveis para a aprendizagem.
Ao professor/tutor, cabe maior dispêndio de tempo e dedicação, assim como maior
potencial para extração da totalidade dos recursos disponíveis, clareza nas conceituações e
exemplificações proposição de tarefas (exercícios, estudo de casos, leituras), simulações,
visando atingir os objetivos previamente estabelecidos. Vê-se que esta modalidade requer
maior volume de tempo e dedicação do que a forma tradicional, porém se acredita que vale a
pena o esforço.
Raupp (2000, p.46-53) relata que “a inclusão da informática no curso de Ciências
Contábeis assume importância por constituir-se ferramenta de trabalho do contador no
futuro”. Assim, potencializa-se a confiabilidade dos dados, a instantaneidade da informação.
Com efeito, vê-se que os professores estão procurando incluir nas suas aulas novas
tecnologias e procedimentos didáticos, no entanto, aspectos relacionados aos recursos
tradicionais existentes não devem ser descartados por completo, e sim, devem coexistir como
componentes complementares.
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3. BUSINESS INTELLIGENCE
É fato que as informações e as tecnologias que a manipulam estão revolucionando o
comportamento, tanto das pessoas como das empresas. Portanto, não é difícil entender o
desenvolvimento ocorrido ultimamente na área do ensino/aprendizagem decorrentes do uso da
tecnologia. Aliadas nessa evolução, as ferramentas de business intelligence englobam numa
única solução todos os componentes para construir os alicerces da inteligência de suporte ao
aprendizado mais flexível e racional.
Manzoni Júnior (1999, p.2) explica que “estudos do Gartner Group indicam que os
pacotes de business intelligence vão emergir como elementos suficientes para endereçar as
necessidades corporativas, como escalabilidade, facilidade de uso e de gerenciamento”.
Conceitua a business intelligence segundo o próprio Gartner Group, como “um conjunto de
conceitos e metodologias que apóia a tomada de decisões em negócios”.
Para Silva Filho (1999, p.8), uma das grandes vantagens advindas do conceito e
utilização de ferramentas de business intelligence foi reconhecer que:
se uma determinada informação é realmente vital para uma organização, ela já está
disponível – pode não ser através dos sistemas formais da empresa, mas ela está lá na planilha
ou na gaveta de alguém – e, com isso, introduzir uma série de novas ferramentas de captura de
dados que praticamente buscam o dado em qualquer meio magnético para disponibilizá-lo
diretamente para os analistas.

Ao integrar informações, conforme Silva Filho (1999, p.8), o ambiente de business


intelligence propicia:
a mudança do papel dos analistas de informações (information Brokers), aquelas
pessoas (ou mesmo áreas inteiras) que dedicam todo o seu tempo à preparação de informações
para os mais diversos níveis gerenciais através da manipulação de centenas de planilhas
eletrônicas e bases de dados pessoais;
um repositório central de informações históricas conceitualmente consistentes,
absolutamente necessárias para a detecção de comportamentos não-triviais de base de clientes
(knowledge discovery) e para a elaboração de modelos preditivos de comportamento e
análises what-if. O ambiente de business intelligence é essencial nessa questão, pois guardar
dados históricos é uma tarefa que, infelizmente, não pode ser efetuada pelos sistemas
transacionais por razões de performance; e
um conjunto de soluções mais apropriado para que usuários finais acessem
diretamente as informações e produzam suas análises com autonomia, reduzindo-se o backlog
e os custos de desenvolvimento de novos relatórios e consultas.

Em síntese, o objetivo da business intelligence é levar as análises de dados a um


número cada vez maior de funcionários nas empresas, não se restringindo apenas a algumas
áreas. Além disso, a business intelligence pressupõe uma nova categoria de produtos, mais
fáceis de usar, gerenciar e com mais escalabilidade. Feinberg (2000) confirma esse
entendimento, afirmando que, “hoje, para implementar qualquer data warehouse, as empresas
devem pensar nas reais necessidades dos usuários finais e na flexibilidade do produto. Muitas
pessoas implantam sistemas e não sabem porquê. Business intelligence é o valor dos dados
que coletamos. Ferramentas de BI são apenas ferramentas”.
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Nesse sentido, Drucker (2002, p.27) afirma que “os computadores não nos deram mais
informação. Dados, principalmente dados internos da empresa (inside data), foi o que os
computadores nos trouxeram. As informações do mundo que envolve a empresa (outside
data), no entanto, não vão parar nos computadores da organização. Por isso, é importante
aprender a olhar para fora da janela, ter interesses externos”.
Entretanto, o futuro certamente está nas ferramentas de gerência de conhecimento
(Knowledge Management Tools), baseadas em padrões de análises estatísticas muito
sofisticados. Isso se deve ao fato de que os trabalhadores do conhecimento querem cada vez
mais encontrar nas organizações oportunidades de aprender e realizar, sendo que a business
intelligence propicia os meios adequados para suprir essas tendências.
No entanto, a tecnologia da informação é um meio eficaz de propiciar flexibilidade e
rapidez no trato e disseminação de informações aos usuários finais, permitindo inclusive,
oportunidades de realizarem análises e simulações com autonomia. É preciso que a
Controladoria se apóie nos instrumentos disponibilizados pela tecnologia da informação, a
fim de que possa oferecer adequada assessoria à viabilização da gestão empresarial.
ESCOPO DO PROJETO
Diversos métodos de ensino podem ser utilizados pelos professores no
desenvolvimento das disciplinas do curso de Ciências Contábeis. Basta que se tenha em conta
as vantagens e limitações de cada um. Dentre os métodos mais exercitados, destacam-se os
seguintes: aula expositiva, exercícios e estudos individuais e em grupos, utilização de livros
texto, pesquisas de campo, seminários, simulações, utilização de recursos audiovisuais,
palestras, dentre outros.
A massificação de aulas expositivas, predominância na maioria das Instituições,
pressupõe a centralização na figura do professor, restando ao aluno o papel de mero
expectador passivo que cumpre as tarefas e os conteúdos propostos pelo professor. Marion
(1998, p.7) assevera que “apesar dos educadores modernos defenderem que o processo
ensino/aprendizagem deve estar centrado no aluno, vemos com tristeza que o ensino
tradicional, centrado no professor, continua prevalecendo”.
No ensino da contabilidade é importante que os professores combinem os
conhecimentos teóricos e práticos relacionados às diversas disciplinas do curso. Além disso,
vê-se atualmente com bons olhos a utilização de recursos tecnológicos por meio dos
laboratórios de informática e práticas contábeis. Dessa forma, busca-se a formação da
consciência crítica no aluno, capaz de conduzi-lo a situações que traduzam melhor a realidade
do mundo empresarial. Para Franco (1996, p.264), “os professores mais que qualquer outro
profissional, devem atualizar-se permanentemente, pois são eles a fonte de aprendizado de
futuros profissionais”.
Relevando a participação decisiva do professor e da Instituição nesse processo, Marion
(1985, p.30) reitera que “o ensino exerce participação significativa na qualidade do
profissional contábil. (...) Escolas com metodologia e técnica de ensino avançadas têm
contribuído para a melhoria do quadro dos profissionais existentes. No ensino superior,
todavia, poucas faculdades têm-se revelado eficientes. Nessa perspectiva, fatores como
envolvimento, preparação, responsabilidade, seriedade, ética fazem parte do chamado
compromisso social do professor.
Na formulação do método aqui proposto, optou-se por uma ferramenta de business
intelligence (planilha eletrônica), pois essa ferramenta é um meio eficaz de propiciar
flexibilidade e rapidez no trato e disseminação de instruções aos alunos, permitindo inclusive,
oportunidades de realizarem análises e simulações com autonomia. Isso porque a business
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intelligence pressupõe uma nova categoria de produtos, mais fáceis de usar, gerenciar e com
mais escalabilidade. Feinberg (2000) confirma esse entendimento, afirmando que, “hoje, para
implementar qualquer data warehouse, as empresas devem pensar nas reais necessidades dos
usuários finais e na flexibilidade do produto. Business intelligence é o valor do aprendizado
que coletamos. Ferramentas de BI são apenas ferramentas”.
Na definição do escopo do projeto procurou-se dar ênfase às seguintes premissas:
a) criar um sólido projeto didático – procurando identificar claramente qual o
perfil do aluno a ser treinado, quais suas deficiências ou limitações, o que
precisaria ser aprendido e qual o tempo necessário para o alcance de um nível
considerado satisfatório de aprendizado do processo contábil básico;
b) criar uma interface atraente – empregando cores variadas para enfatizar
determinados grupos de contas, resultados, plano de contas etc. O visual atraente é
uma necessidade, pois prende a atenção do aluno;
c) uso de simulação – para auxiliar no desenvolvimento do raciocínio de
reflexão e síntese, assim como trabalhar nos mecanismos de concentração do
aluno. Tem a ver com que a indústria cinematográfica chama de “a suspensão do
descrédito”, ou seja, ao assistir a um filme, o espectador deve abstrair o real para
acreditar na realidade do filme. Nesse estudo, isso tem a ver com a tentativa de
suspender a resistência ao treinamento;
d) exploração da multimídia – quaisquer meios usados para prender a atenção
do usuário são bem-vindos. A utilização de efeitos sonoros e visuais ajudam a
estimular os diferentes sentidos dos alunos;
e) boa navegabilidade – a navegabilidade tem a ver com a descrição de como
os alunos irão se movimentar dentro do sistema. Quanto mais conseguirem
visualizar claramente ícones e resumos, melhor poderão definir suas opções dentro
do sistema.
Depois de analisadas

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho procurou evidenciar o papel da controladoria no processo de gestão das
organizações, como uma unidade administrativa definida na estrutura organizacional, com o
propósito de oferecer o devido suporte e apoio à atuação eficaz dos gestores.
Nesse sentido, a controladoria assume que a empresa deve ser vista como um conjunto
ordenado de ações e esforços centralizados num determinado fim, ou seja, cumprir sua
missão. Para isso, entende que a eficácia, abrangendo a produtividade, a eficiência, a
adaptabilidade, geração de valor aos acionistas, clientes e colaboradores, consiste, por
conseguinte, na premissa básica que deve nortear as ações dos diversos gestores.
O modelo de gestão, formalizado ou não, decorrente da missão estabelecida, expõe as
diretrizes pelas quais se pretende gerir os negócios da empresa. A controladoria assume que o
modelo de gestão ideal deve ter um processo de gestão, compreendendo o planejamento,
execução e controle, que proporcione um roteiro seguro e qualificado às tomadas de decisões
e seja compatível com a cultura, crenças e valores da organização.
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Por fim, acredita-se que a controladoria ao disponibilizar instrumentos informacionais


de gestão que influenciem mudanças comportamentais e estruturais nas organizações, no
sentido da otimização do resultado econômico global, conciliando os diversos interesses,
anseios e necessidades, participa como coordenadora do processo de gestão empresarial com
ênfase na eficácia. Assim, a missão da Controladoria pode ser vista como o ato de tornar a
empresa viável a todos que direta ou indiretamente dela participam.

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