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Odiar intensamente e sem fim tudo aquilo que nos aflige; posicionar uma única
coisa ou ser como a causa fundamental de todos os nossos problemas e o nosso
amaldiçoado destino: isto chamamos de ressentimento. O filósofo alemão Friedrich
Nietzsche primeiro formulou esta patologia em seu tratado histórico Sobre a
Genealogia da Moral (1887) como sendo conectado à origem do que ele chama de
“moralidade escrava”, este sendo um nome para a moralidade judeo-cristã que no seu
tempo e a um certo nível hoje governa a cultura ocidental. Sua brilhante análise expõe
as mais fascinantes origens dos nossos pensamentos. Porém, em tempos recentes, certos
indivíduos, por melhor ou pior, inspiraram-se na análise de Nietzsche, e, junto de outras
fontes, retomaram de novo a questão do ressentimento. Um desses indivíduos seria a
psicanalista Maria Rita Kehl, em seu artigo de 2021 O ressentido e sua estética. Aqui,
temos uma dica interessante a ser aplicada ao estudo do ressentimento, que é a análise
da ficção (filmes cinemáticos, no caso deste artigo).
Fontes:
Horace B.