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Materiais, Planejamento

e Processos Gráficos
Material Teórico
História da Impressão

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Ivan Ordonha Cechinel

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
História da Impressão

• Litografia;
• Linotipo;
• Fotografia;
• Fotocomposição;
• Processos de Impressão x Design de Tipos.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Continuar o panorama histórico analisado na Unidade anterior, elencando os principais
métodos de impressão, com exemplos de produções e as respectivas técnicas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE História da Impressão

Litografia
O termo vem de Lito (pedra). Consiste na gravação de matrizes de impressão
sem a utilização de relevo. Foi inventada em 1787, com a utilização de pedra calcá-
ria da região Boêmia.

Pouco depois, por volta de 1870, ganha força, especialmente para a impressão
de pôsteres que utilizavam grande quantidade de fontes display.

Figura 1 – Impressora litográfica


Fonte: Wikimedia Commons

Figura 2 – Prensa usada na litografia


Fonte: Wikimedia Commons

Inicialmente, a litografia despertou interesse de artistas, pois, com esse pro-


cesso, tornou-se possível a flexibilização da imagem, que sai do processo duro de
composição mecânica e vai à libertação do traço.

Outra característica importante na litografia é a possibilidade da reprodução de


diversas cores.

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A ascensão da propaganda, no século XIX, estimulou a demanda por letras em
grande escala, que pudessem chamar a atenção no ambiente urbano.

Podemos citar vários artistas que utilizaram a litografia em seus trabalhos, como
Goya, que reproduziu sua série de touradas em 1825, Renoir, Cézanne e Toulouse-
-Lautrec, entre outros.

Figura 3 – Pôster de Henri de Toulouse–Lautrec Avril Figura 4 – Litogravura de Jules Chéret Bal –
(Jane Avril), cartaz (1893) Moulin Rouge, 1889
Fonte: Wikimedia Commons Fonte: Wikimedia Commons

Figura 5 – Litogravura de Alfonse Mucha, 1898 Figura 6 – Litogravura de Alfonse Mucha, 1897
Fonte: Wikimedia Commons Fonte: Wikimedia Commons

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UNIDADE História da Impressão

Figura 7 – Pedra preparada para impressão – Fachada da Universidade de Princeton


Fonte: Wikimedia Commons

Litografia offset
Com a evolução da fotografia, encontrou-se uma maneira de fixar o desenho em
uma matriz metálica, por meio de processos fotográficos e químicos.

Linotipo
Conhecido como processo de composição a quente, pois se baseia na fundição de tipos
a partir das ligas metálicas. Nesse processo de composição, o operador usa o teclado, e é
nesse sistema que o teclado é instituído como auxiliar na composição de textos gráficos.

1886 marca a evolução da tipografia, com o linotipo, inventado por Otto


Mergenthaler, utilizando um teclado de máquina de escrever associado a matrizes
de tipos, ele podia produzir uma linha inteira num único bloco.

Figura 8 – Máquina de Linotipo – Museu da imigração, São Paulo


Foto: Ivan Ordonha

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A máquina compõe os caracteres tipográficos por meio de um teclado e funde
em bloco cada linha.

Figura 9 – Texto composto em metal para linotipo


Fonte: Wikimedia Commons

Fotografia
A criação da fotografia se deu por volta de 1826, pelas mãos do francês Joseph
Nicéphore Nièpce.

Para obter a imagem considerada a primeira fotografia da história, Niépce re-


cobriu uma placa de metal com betume branco, que tinha a propriedade de se
endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afetadas, o betume era retirado
com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, expondo uma dessas placas
durante aproximadamente 8 horas na sua câmara escura, conseguiu uma imagem
do quintal de sua casa.

A seguir, a imagem considerada a primeira fotografia da História.

Figura 10 – Fotografia de Joseph Nicéphore Niépce, 1826–1827


Fonte: Wikimedia Commons

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UNIDADE História da Impressão

Fotocomposição
Já no século XX, com a ajuda do Computador, compunham-se textos utilizando
teclados (herança da linotipo).

Tem como base procedimentos e técnicas de fotografia e assim registravam por


projeção a superfície do papel para gerar matriz de impressão (ainda não era conside-
rado impressão final e sim um sistema para se desenvolver matrizes a serem utilizadas
na impressão em maiores tiragens) e com esse sistema se produzia páginas de uma
maneira muito mais rápida em comparação aos métodos conhecidas até então.
Com a composição de textos pronta, o operador de fotocomposição armaze-
nava as informações sobre disquetes (nas últimas versões) e levava para uma pro-
cessadora que, com a ajuda do laser, registrava sobre o papel fotográfico os textos
compostos e assim eliminava-se a composição a mão como era feito para montar
páginas na impressão tipográfica.

Diagramação
Decalco-composição (paste up)
Baseado na transferência de letras autoadesivas por meio da fricção sob um su-
porte plano de papel, foi usada dos anos 1960 até os anos 1980.
Consiste no desenvolvimento de determinado trabalho gráfico (por exemplo um
cartaz, uma capa de livro ou páginas de uma revista) através de montagem manual
(por meio de desenho, recorte, colagem e no caso da Decalco-composição transfe-
rência de letras autoadesivas por meio da fricção sob um suporte plano de papel,
foi usada dos anos 1960 até os anos 1980).
Após confeccionado o layout é utilizado junto com o fotolito para se criar a
matriz de impressão, porém este processo se tornou obsoleto a medida que o pro-
cesso começou a ser informatizado e layout passou a ser trabalhado diretamente no
computador através dos softwares gráficos.

Letraset
Cartelas com fontes e imagens decalcáveis, utilizadas para textos maiores, como
títulos, e para manter um padrão de qualidade em todas as letras.

Processos de Impressão x Design de Tipos


Computação gráfica
O lançamento do Macintosh, nos anos 1980, fez com que a Computação gráfica
ficasse mais acessível e começou a ser usado nas Agências de Publicidade e Escri-
tórios de Design.

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Por meio dos softwares gráficos tornou-se possível criar layouts de maneira muito
mais rápida, por permitirem de maneira prática e objetiva editar imagens, escolher
cores de preenchimento e contorno em ilustrações, desenhar linhas de modo geral e
criar novos desenhos de letras, novas famílias de fonte de maneira rápida e mais apri-
morada. Isso alavancou o universo da produção gráfica e do design gráfico, especial-
mente em material editorial. Surgiu a preocupação de se desenhar fontes para serem
vistas em tela, que permitissem boa legibilidade ao serem lidas na tela do computador,
e não apenas em material impresso, como vemos no exemplo abaixo:
• Tipos para tela: A suavização digital (anti-aliasign) cria a aparência de uma
borda suave ao fazer com que alguns pixels da borda de uma letra apareçam
em tons de cinza.

Figura 11 – Letras com anti-aliasing


Fonte: Wikimedia Commons

OFFSET
Surgiu de maneira rudimentar no início do século XX, e desde então foi sendo
aperfeiçoado até os modelos utilizados nos dias de hoje.

O offset é um processo de impressão indireta, ou seja, é um processo que tem


em sua matriz impressora a fôrma planográfica para impressão.

Sua matriz impressora foi constituída inicialmente de zinco e, posteriormente,


de alumínio.

Sua impressão é dada pela transferência da imagem, que é fixada na chapa me-
tálica, depois transferida para a borracha e passa por vários cilindros impressores,
até a chegada no papel.

O processo de gravação da matriz impressora offset é por meio da sensibilização


da chapa, e essa sensibilização ocorre por meio de material fotossensível.

Para a gravação da chapa offset é necessário também o uso do fotolito, mas hoje
temos o processo de gravação direto na chapa, dispensando o uso de fotolitos, que
é conhecido no ramo gráfico como CTP (Computer to Plate).

As grandes vantagens nas reproduções offset é a capacidade de grandes tira-


gens e também o resultado da qualidade de sua impressão.

A imagem a seguir mostra o Sistema de Impressão CTP – Computer to Plate


em que as chapas de impressão offset são impressas diretamente em uma impres-
sora especial.

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UNIDADE História da Impressão

Figura 12 – Expoprint, 2018 – São Paulo


Foto: Acervo do Conteudista

Esse Sistema tomou o lugar do processo fotomecânico do fotolito. A chapa de


alumínio envolve o cilindro de impressão dentro da máquina de offset e contém a
área de grafismo (layout a ser impresso – área em azul na chapa que está sobre a
impressora na foto acima).

Na foto a seguir, vemos os “castelos” da máquina. Cada castelo abriga os cilin-


dros de impressão, cada um com as quatro cores da escala CMYK.

Figura 13 – Expoprint, 2018 – São Paulo


Foto: Acervo do Conteudista

Na próxima imagem, o sistema de alimentação de papel da máquina (esta má-


quina é do tipo planográfica, ou seja, o papel já vem cortado em lâminas e não
em bobinas).

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Figura 14 – Expoprint, 2018 – São Paulo
Foto: Acervo do Conteudista

A seguir, máquinas de encadernação e dobra dos cadernos após impressão e refile.

Figura 15 – Expoprint, 2018 – São Paulo


Foto: Acervo do Conteudista

Na imagem a seguir, um close do painel de controle computadorizado com os


tipos de dobra a serem programados.

Figura 16 – Expoprint, 2018 – São Paulo


Foto: Acervo do Conteudista

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UNIDADE História da Impressão

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites
Publish News
Site com notícias do universo da Publicação em geral.
http://bit.ly/2MpG5LH
Expoprint
Site da Expoprint – Maior evento da Área de Impressão da América latina.
http://bit.ly/2L0CzEu
Digital Publish
Site da Revista Publish, com todas as novidades técnicas do Setor.
http://bit.ly/2KTYvRr

 Leitura
Conheça as técnicas de impressão mais utilizadas no mercado gráfico
Matéria sobre as principais Tecnologias de Impressão disponíveis no Mercado.
http://bit.ly/2MqhYfY

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Referências
FERLAUTO, C. O livro da gráfica. São Paulo: Rosari, 2001.

HOFFMANN, R. Materiais e processos de impressão I.

LUPTON, E. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estu-
dantes. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

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