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Matheus Citro Dos Santos

Ariadne Vitória Rebecchi Rossi

Lombociatalgia

Centro Universitário Toledo Wyden

Araçatuba

2022
Matheus Citro Dos Santos

Ariadne Vitória Rebecchi Rossi

Lombociatalgia
Pesquisa, fisioterapia,
Estágio de ortopedia e
traumatologia, orientação
da Prof.ª Daniele
Siqueira

Centro Universitário Toledo Wyden

Araçatuba

2022

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Introdução

Lombociatalgia é quando a dor de origem na região lombar se irradia para as nádegas e a


porção posterior da perna até a baixo do joelho ao longo da raiz nervosa lesionada podendo
afetar um ou ambos dos membros inferiores. Tem em sua sintomatologia dor em queimação,
pontada lancinante, formigamento e parestesia em membro inferior causada pela compressão
das raízes do nervo isquiático com causa mais comum a hérnia de disco entre outras causas
estão doenças degenerativas da coluna, infecções, luxação traumática do quadril posterior,
anomalia congênita, síndrome do piriforme, estenose do canal vertebral lombar.

O quadro é popularmente conhecido como dor no ciático, devido à compressão desse grande
nervo, o que explica também o irradiar da dor, uma das principais características do distúrbio.
A coluna pode ficar com sensação de travamento.

No que diz respeito à intensidade, a dor varia bastante de paciente para paciente. Algumas
pessoas sentem apenas leves desconfortos que tendem a piorar quando entram em movimento
após repouso. 

Enquanto isso, outros pacientes descrevem dores intensas, o que acaba tornando a
lombociatalgia um transtorno funcional, já que esses pacientes passam a ficar
impossibilitados de executar atividades rotineiras como trabalhar, deitar e levantar, dentre
outras situações que similarmente exijam esforço por parte da coluna. 

Em casos mais graves a pessoa pode sofrer um bloqueio completo, apresentando total rigidez,
sem poder trocar de posição. 
Fatores de risco

podemos citar fatores como hábito de carregar peso, má postura ao dirigir ou mesmo no
trabalho, o tabagismo e o próprio processo natural de envelhecimento. 

Além disso, a herança genética possui relevância. Isso porque uma das principais causas para
esse tipo de dor é hérnia discal, distúrbio com um forte componente hereditário. 

Outras patologias do disco vertebral também podem favorecer a lombociatalgia, como fadiga
por excesso de carga, ruptura traumática, alterações degenerativas, fraturas por compressão e
protrusão do disco.

Vale destacar ainda mais um fator e talvez o mais importante deles. Sabe-se que a doença é
predominante em pessoas sedentárias. De maneira geral, há uma forte relação entre a
inatividade física e as dores na coluna, possivelmente explicada pela manutenção de uma
aptidão musculoesquelética deficiente. 

Diferença entre lombalgia e lombociatalgia:


Lombalgia é o termo médico para dor lombar. Apesar de poder ter diferentes intensidades, a
dor é localizada, se limitando a região da coluna. Fala-se em ciatalgia ou lombociatalgia
quando há irradiação, explicada por alterações que afetam o nervo ciático. Sendo assim, além
da coluna, os glúteos, a coxa, a perna e o pé podem ser afetados. 

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Causas: A lombociatalgia é, na maioria das vezes, provocada por alterações entre as vértebras
L5 e S1. De maneira geral, o quadro é produzido devido à compressão radicular.
O desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco é um forte
indício para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar
Além das causas citadas, podemos incluir ainda:

 Escoliose
 Diferença de comprimento entre os membros
 Alterações sacro-ilíacas
 Hiperlordose lombar
 Espondilólise
 Sacro horizontalizado 

Sintomas
A grande marca do distúrbio é a dor, que pode ser aguda ou crônica. 

Quando aguda, geralmente aparece durante a realização de algum movimento que exige
esforço, como levantar peso.

Já no caso da dor crônica, o sintoma tende a aparecer de forma progressiva. 

Além disso, as manifestações clínicas incluem rigidez matinal, o que melhora conforme a
pessoa vai se movimentando. Alguns movimentos podem produzir piora, como espirrar,
tossir, dentre outros. 

Pode ocorrer ainda parestesia, hipertrofia e hipertonia da região ou mesmo dos membros
acometidos. 

Tratamento conservador

A maioria dos pacientes experimenta melhoras significativas por meio do tratamento


conservador, geralmente composto por terapia farmacológica. Até por isso o uso de remédios
continua sendo uma das principais opções terapêuticas para quem sofre de lombociatalgia. 

Diferentes classes de fármacos dispõem de benefícios para esses casos. Sendo assim, a
escolha fica a cargo do médico, que adequará a prescrição considerando as dificuldades de
cada paciente e os efeitos colaterais possíveis.
Quanto às diretrizes para o tratamento de dores neuropáticas, são considerados em primeira
linha remédios de eficácia já comprovada cientificamente por estudos experimentais. 

 
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Em meio às opções conservadoras, devemos citar ainda a fisioterapia. O
tratamento fisioterápico tem se mostrado muito eficaz no alívio da lombociatalgia deste as
primeiras sessões. 
 O uso de TENS é comumente indicado para promover o alívio da dor aguda. O tratamento
através de correntes apresenta um potente efeito analgésico, podendo ser associada ao uso de
medicamentos, potencializando esse efeito. Quando se busca a analgesia através do
relaxamento superficial pelo aumento da temperatura tecidual, a Termoterapia infravermelha
é bem empregada. Em níveis mais profundos, as modalidades de calor compreendem a
diatermia e o U.S., que além de promover calor secundariamente, reduz e elimina o quadro
inflamatório. A crioterapia se enquadra na conduta de tratamento em que o objetivo principal
é retirar o calor tecidual associado à analgesia Nas condutas cinesioterápicas, estão incluídos
o alongamento estático, precedido ou não de calor ou frio, métodos de alongamento e
fortalecimento como Williams e Mckenzie, o método Pilates e a hidro cinesioterapia que
apresenta excelentes resultados tanto como tratamento conservador, quanto tratamento no pós
cirúrgico. As terapias manuais e a acupuntura apresentam grande influência na melhora da
lombalgia e podem ser associadas a outros métodos de tratamento como a cinesioterapia. a
ser mais efetivo do que o conservador
A tens apresenta, como principal efeito, a analgesia sendo um recurso fisioterapêutico com
poucos efeitos colaterais, e principalmente, boa eficácia relacionada à diminuição da
percepção dolorosa e do consumo de analgésicos farmacológicos. Nas síndromes dolorosas
agudas e crônicas normalmente são necessários de 25 a 30 minutos de estimulação, variando
de duas a três horas, para se obter o efeito analgésico, chegando, muitas vezes, até 12 horas.
Pode ser necessária uma nova aplicação. A intensidade da corrente é agradável e não gera
contração muscular. Este tipo de aplicação é comumente indicado para o controla da dor
aguda. É um recurso extremamente seguro, entretanto, em algumas situações, ela não deve
ser indicada a fim de evitar complicações hipotéticas
tração lombar é uma poderosa ferramenta para o reposicionamento articular e a liberação da
compressão nervosa evitando assim, em um grande número de casos, uma intervenção
cirúrgica. A tração dinâmica capaz de realizar a tração com movimento contínuo de flexo-
extensão.

Tratamento cirúrgico

Essa opção depende da causa do problema e da sua gravidade, o tratamento cirúrgico pode se
tornar a melhor opção. Além disso, esse tipo de terapia é muito indicado para pacientes que
sofrem com limitações devido à baixa eficácia das demais terapias. 

Quando há preservação completa das funções neurológicas motoras e dos reflexos profundos
e o tratamento visa a manutenção da integridade do nervo espinhal, é chamado tratamento
antálgico. 

Existem mais de um procedimento possível: 

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 Infiltração foraminal com corticoide
 Aplicação de radiofrequência pulsátil no gânglio da raiz dorsal do nervo espinhal
acometido
 Estimulação da medula espinhal
 Descompressão nervosa
 Laminectomia

1. Estudo de caso

Paciente do sexo masculino, 63 anos, mecânico.


Há um ano relatou que ao se abaixar durante o trabalho sentiu suas costas ‘’travarem’’ e dor
muito forte na região lombar, procurou um ortopedista, onde foi diagnosticado com hérnia de
disco lombar com deslocamento discal para póstero-lateral esquerdo em L4-L5. A protusão
comprime a raiz nervosa principalmente o nervo ciático que é a principal queixa do paciente
que sente dor incessante em toda porção femoral do nervo. Paciente iniciou o tratamento com
corticoides e anti-inflamatórios, chegando a tomá-los todos os dias, pois sente muita dor e
não consegue realizar atividades de vida diária.
Foram realizados exames de imagem como raio-x, ressonância magnética e ultrassom que
indicaram protusão discal em L1,L2,L3,L4 E L5 com ênfase em L4 e L5, escoliose lombar
em C para direita, escoliose torácica em C para direita, desidratação discal difusa.
Paciente apresenta posicionamento antálgico com hiperextensão de membros inferiores
direitos, rotação lateral da cabeça e tronco e quando tenta voltar para posição natural relata
muita dor. Já realizou 30 sessões de fisioterapia anteriormente porem sem resultado.
Foram realizadas sessões visando diminuição da dor utilizando ultrassom no modo contínuo
1mHz, 1,7 watt/cm por 6 minutos na região lombar
Ultrassom no modo continuo 1mHz, 1.0 watt/cm por 5 minutos na região proximal e distal do
fêmur acima do nervo ciático.
Também foi utilizado TENS no modo burst por 30 minutos, 250 watts e 350 us com eletrodos
na região de L4-L5 e nos pontos de dor no nervo ciático na porção femoral.
Infravermelho para analgesia por 5 minutos em 40°c.
Objetivo da fisioterapia neste paciente
Curto prazo: melhorar o quadro álgico, fortalecer e alongar musculaturas lombares,
isquiotibiais, glúteos, piriforme e iliopsoas.
Médio prazo utilizar cinesioterapia e mobilização articular para ganhar amplitude de
movimento lombar, melhorar postura.
Longo prazo manter amplitude de movimento ganha com cinesioterapia e mobilização
articular, fortalecimento muscular global, treinos de propriocepção e equilíbrio.

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Referências
https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/
57736349/20170827152035CONDUTAS_TERAPEUTICAS_NA_HERNIA_DE_DISCO_LOMBAR-
with-cover-page-v2.pdf?Expires=1653273652&Signature=dyLc-UpVgt92rInTtqKSk1dexHUj8g-
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https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/
32/59__Tens_no_tratamento_da_hYrnia_de_disco.pdf

https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/97/332-
TYcnicas_fisioterapeuticas_utilizadas_no_tratamento_de_lombalgias_e_lombociatalgia.pdf

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