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Walisson Martins Teixeira 11511EEL024

Disciplina: Eletrônica de Potência


Sumário
1. Introdução Conversor Flyback ............................................................................... 3

2. Objetivos ............................................................................................................... 3

3. Circuito Equivalente .............................................................................................. 3

4. Características do conversor Flyback: .................................................................... 4

5. Questões Conversor Flyback .................................................................................. 5

6. Projeto do Transformador:...................................................................................... 7

7. Parâmetros da tabela 1 em módulo: ...................................................................... 14

8. Simulações PSIM e formas de ondas .................................................................... 16

9. Comparação de simulação no PSIM de um transformador ideal e um transformador


não-ideal ..................................................................................................................... 24

10. Introdução Conversor Forward ......................................................................... 28

11. Questão conversor Forward .............................................................................. 30

12. Parâmetros da Tabela 2 com valores de projeto em módulo: ............................. 31

13. Projeto do Transformador: ................................................................................ 35

14. Projeto Indutor ................................................................................................. 37

15. Simulações PSIM e formas de ondas ................................................................ 38

16. Conclusão ........................................................................................................ 41

17. Referências....................................................................................................... 42
Conversor cc-cc isolado: Flyback

1. Introdução Conversor Flyback


O conversor isolado flyback tem como característica isolar
eletricamente a entrada da saída através de um transformador, procedimento conhecido
como isolação galvânica, isso faz com que a conexão elétrica entre a entrada e a saída
são isoladas entre si diferentes de outros tipos de conversores como por exemplos
conversores buck, boost, sepic, etc.

2. Objetivos
Nosso objetivo nesse relatório são analisar o conversor Flyback e
estudar suas equações matemáticas, além de verificar seu funcionamento quando a
chave se encontra aberta e fechada, vamos também analisar suas principais
características, seu funcionamento além de suas formas de onda simuladas no software
PSIM.

3. Circuito Equivalente

Figura 1. Esquema do circuito equivalente Flyback

3
4. Características do conversor Flyback:

 Sua tensão de saída possui mesma polaridade da tensão de entrada;


 Permite múltiplas saídas;
 Baixo custo;
 Admite grande variação de resistência de carga;
 Isolamento galvânico entre a entrada e saída;
 Permite alcançar altas tensões à baixas potências.

Para analisar o circuito, se realiza algumas suposições:

 O capacitor de saída é muito grande, para que a tensão de


saída seja constante;
 O circuito opera em regime permanente, para que todas as
tensões e correntes sejam periódicas e possam começar e
terminar nos mesmos pontos de cada período de comutação;
 O ciclo de trabalho do capacitor é D, e estará fechado no
tempo DT e aberto no resto do tempo (1-D)T;
 O interruptor e o diodo são ideais;
 O transformador não opera saturado.

4
5. Questões Conversor Flyback

Exercício 1

O conversor Flyback mostrado na figura 2 deve ser projeto seguindo


as seguintes especificações: Potência de saída de 100 W, tensão de entrada de 180V,
tensão de saída de 24 V, frequência de chaveamento de 100 kHz, razão cíclica de 0,45,
ripple da tensão de saída igual a 2% e ripple da corrente de magnetização igual a 40%
de seu valor médio de corrente. Apresente o projeto completo do transformador (B
= 0,3T; J = 450A/cm² e fator de ocupação do cobre dentro do carretel de kw = 70%),
do capacitor de saída e dos semicondutores utilizados. Verifique a possibilidade de
execução do transformador, indicando as modificações necessárias para ter sucesso
no projeto.

Figura 2. Conversor CC-CC Flyback

5
Através da planilha de cálculos disponibilizada, podemos projetar os elementos.

Figura 3. Projeto do conversor Flyback

6
6. Projeto do Transformador:

Seguindo um roteiro de projeto, podemos especificar e projetar o transformador de acordo


com suas principais equações de projeto que serão apresentados a seguir:

Núcleo de Ferrite do tipo EE:

∆𝑖𝑙𝑚2
𝐼𝑙𝑚(𝑟𝑚𝑠) = √𝐼𝑙𝑚2 +
12

0,49382
𝐼𝑙𝑚(𝑟𝑚𝑠) = √(1,2352 + ) = 1,243 𝐴
12

𝑉𝑜2
𝐼𝑙𝑚 =
𝑉𝑖𝑛 × 𝑅 × 𝐷

242
𝐼𝑙𝑚 = = 1,235 𝐴
180 × 5,76 × 0,45

∆𝑖𝑙𝑚 = 0,4 × 1,235 = 0,4938 𝐴

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷 180 × 0,45


𝐿𝑚 = = = 1,6403 𝑚𝐻
∆𝑖𝑙𝑚 × 𝑓𝑐ℎ 0,4938 × 100𝐾

𝐿𝑚 × 𝐼𝑙𝑚(𝑟𝑚𝑠) × 𝐼𝐿𝑚(𝑚𝑎𝑥𝑥) × 104


𝐴𝑒𝐴𝑤 =
𝐵𝑚𝑎𝑥 × 𝐽𝑚𝑎𝑥 × 𝐾𝑤

1,640 × 10−3 × 1,243 × 1,481 × 104


𝐴𝑒𝐴𝑤 = = 0,314 𝑐𝑚4
0,3 × 450 × 0,7

7
∆𝑖𝑙𝑚 0,4938
𝐼𝑙𝑚(𝑚𝑎𝑥𝑥) = 𝐼𝑙𝑚 + = 1,235 + = 1,482 𝐴
2 2

De acordo com a tabela de dados dos núcleos ferrite do tipo EE,


escolhemos o núcleo número 11 para obter sucesso na possibilidade de execução do
projeto.

Figura 4. Dados de núcleo de ferrite tipo EE

𝐿𝑚 × 𝐼𝑙𝑚(maxx) × 104
𝑁𝑝 =
𝐵𝑚𝑎𝑥 × 𝐴𝑒

8
1,640 × 10−3 × 1,481 × 104
𝑁𝑝 = = 33,734
0,3 × 2,4

𝑁𝑝 × 𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
𝑁𝑠 =
𝑉𝑖𝑛 × 𝐷

33,734 × 24 × (1 − 0,45)
𝑁𝑠 = = 5,497
180 × 0,45

Entreferro:
𝑁𝑝2 × µ0 × 𝐴𝑒 × 10−2
𝑙𝑔𝑎𝑝(𝐸 − 𝐸 ) =
2 × 𝐿𝑚

(33,7342 × 1,257 × 10−6 × 2,4 × 10−2 )


𝑙𝑔𝑎𝑝(𝐸 − 𝐸 ) = = 0,01047 𝑐𝑚
2 × 1,640 × 10−3

Profundida de Penetração:
7,5 7,5
∆= = = 0,0237 𝑐𝑚
√𝑓𝑐ℎ √100𝐾

Bitola do fio:
𝐼𝑝(𝑟𝑚𝑠)
𝑆𝑓𝑖𝑜(𝑝) =
𝐽𝑚𝑎𝑥

0,922
𝑆𝑓𝑖𝑜 (𝑝) = = 0,002048 𝑐𝑚2
450

𝐼𝑠(𝑟𝑚𝑠)
𝑆𝑓𝑖𝑜 (𝑠) =
𝐽𝑚𝑎𝑥

9
5,223
𝑆𝑓𝑖𝑜(𝑠) = = 0,01606 𝑐𝑚2
450

Figura 5. Dadods de bitola do fio

𝑁𝑠 24 1 − 0,45
= × = 0,1629
𝑁𝑝 180 0,45

𝑁𝑝 1
= = 6,136
𝑁𝑠 0,1629

𝐼𝑝 = 𝐼𝑙𝑚(𝑟𝑚𝑠) × √1 − 𝐷

Corrente rms no enrolamento primário:


𝐼𝑝(𝑟𝑚𝑠) = 1,243 × √1 − 0,45 = 0,922 𝐴

10
Corrente rms no enrolamento secundário:
𝑁𝑝
𝐼𝑠(𝑟𝑚𝑠) = × 𝐼𝑝(𝑟𝑚𝑠)
𝑁𝑠

𝐼𝑠(𝑟𝑚𝑠) = 6,136 × 0,922 = 5,657 𝐴

Número de condutores:

𝑆𝑓𝑖𝑜 (𝑝)
ɳ𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠(𝑝) =
𝜋 × ∆²

0,002048
ɳ𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠(𝑝) = = 1,16
𝜋 × 0,02372

𝑆𝑓𝑖𝑜 (𝑠)
ɳ𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠(𝑠) =
𝜋 × ∆²

0,01606
ɳ𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠(𝑠) = = 9,10
𝜋 × 0,0237²

Np × ɳcondutores(p) × Sfio(p)final + Ns × ɳcondutores(s) × Sfio(s)final


𝐴𝑤(𝑚𝑖𝑛𝑛) =
𝐾𝑤

33,734 × 1,16 × 0,002048 + 5,497 × 9,10 × 0,01606


𝐴𝑤(𝑚𝑖𝑛𝑛) =
450

𝐴𝑤(𝑚𝑖𝑛𝑛) = 0,08

11
Possibilidade de execução:

𝐴𝑤(𝑚𝑖𝑛𝑛)
𝐸𝑥𝑒𝑐 = <1
𝐴𝑤(𝑛𝑢𝑐𝑙𝑒𝑜)

𝐴𝑤(𝑚𝑖𝑛𝑛) 0,08
𝐸𝑥𝑒𝑐 = = = 0,031 < 1
𝐴𝑤(𝑛𝑢𝑐𝑙𝑒𝑜) 2,56

12
Para uma analise mais precisa, usaremos a tabela de cálculos para conferir os valores de
projetos sem os devidos erros por casas decimais:

Figura 6. Projeto do transformador

Como Exec foi menor do que 1, que indica que o projeto tem possibilidade de ser
executado, usando o núcleo número 11 da tabela de dados de núcleos de ferrite tipo EE.

13
7. Parâmetros da tabela 1 em módulo:

Tabela 1 Conversor Flyback

Parâmetro Teórico Simulado Erro


(%)
Tensão média na carga (Vo) 24 25,96 7,55

Ondulação de tensão na carga (ΔVo) 0,48 0,41 17,07

Tensão máxima de bloqueio da chave 315 328 3,96

Tensão máxima de bloqueio do diodo 56 57,70 2,94

Tensão máxima no enrolamento primário 180 180 0

Tensão máxima no enrolamento secundário 29,333 31,76 7,65

Tensão média no capacitor C 24 25,98 7,62

Corrente média na chave 0,556 0,607 8,40

Corrente rms na chave 0,828 0,948 12,65

Corrente média no diodo 3,819 4,861 21,43

Corrente rms no diodo 5,184 6,312 17,87

Corrente média no indutor Lm 1,235 1,452 14,94

Corrente rms no indutor Lm 1,243 1,46 14,86

Ondulação de corrente no indutor Lm (ΔILm) 0,494 0,446 10,76

Corrente média no enrolamento primário 1,235 1,385 10.83

Corrente rms no enrolamento primário 0,922 1,386 33,47

Corrente média no enrolamento secundário 7,576 5,650 33,98

Corrente rms no enrolamento secundário 5,184 6,847 24,28

Corrente média na fonte de alimentação 1,235 1,479 16,49

Corrente média na carga 4,1667 4,507 7,56

Potência média de entrada (fonte) 100 117 14,52

Potência média de saída (carga) 100 117 14,52

14
Cálculo do capacitor:
𝑉𝑜 × 𝐷
𝐶=
𝑅 × ∆𝑉𝑜 × 𝑓𝑐ℎ
(0,45)
𝐶= = 39,063 × µ𝐹
5,76 × 0,02 × 100𝐾

Corrente média na fonte de alimentação:


I(fonte) = ISf = 0,556 A

Corrente média na carga:


𝑉2
𝑅=
𝑃

242
𝑅= = 5,76 Ω
100

𝑉𝑜 24
𝐼𝑅 = = = 4,166 𝐴
𝑅 5,76

Potência média na entrada:


𝑃𝑖𝑛 = 100 𝑊

Potência média na carga:

Pin = Po (Ideal)
𝑃𝑜 = 100 𝑊

15
8. Simulações PSIM e formas de ondas

16
Figura 7. Forma de onda da tensão no indutor de magnetização

Durante o periodo em que a chave está fechada no instante Dtch, a


energia no indutor Lm é armazenada e entregue a carga quando a chave está aberta, a
tensão em Lm é igual a fonte e proporcionalmente inversa quando passa no transformador
devido ao numero de espiras multiplicado pela tensao de saida da carga.

17
Figura 8. Tensão no enrolamento primário

O resultado simulado foi o esperado de acordo com a teoria, a tensão


no enrolamento primário foi igual a tensão no indutor de magnetização do transformador.

Figura 9. Tensão no enrolamento secundário

Resultado de simulação de acordo com a teoria, a tensão no secundario


quando a chave esta fechada é igual a relação de espiras Ns/Np multiplicado pela tensão
de entrada e quando a chave esta operando na segunda etapa a tensão no secundario é
igual a tensão de saida, fornecida pela energia do transformador carregando o capacitor.
18
Figura 10. Tensão na diodo

A tensão simulada no diodo inversamente polarizado foi satisfatoria


com a teoria, com a tensão negativa, devido o transformador estar com a polarida de suas
bobinas invertidas, no primero ciclo de operação a tensão é proporcionalmente igual a
relação de espiras vezes a tensão da fonte somada com a tensão de saida, e zero na segunda
etapa de operação quando a chave se encontra aberta e o diodo diretamente polarizado.

Figura 11. Tensão na chave

Simulação de acordo com a teoria, a tensão na chave tem nível de tensão


zero quando se encontra fechada e a partir do segundo ciclo de operação no instante de

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(1-D)Tch quando a chave se abre, o nível de tensão é a soma da tensão da fonte e da
tensão de saída de acordo com a relação de espiras do transformador.

Figura 12. Corrente no indutor de magnetização

A corrente no indutor de magnetização cresce linearmente até a corrente


máxima, aumentando a indutância Lm quando a chave se encontra fechada em Dtch, e
decresce linearmente até a corrente magnetizante minima quando a chave está operando
aberta no instante de tempo (1-D)Tch.

20
Figura 13. corrente no enrolamento primário

Na primeira etapa de operação do conversor a corrente do enrolamento


primário é zero, devido ao diodo estar polarizado reversamente e o circuito se encontrar
aberta, já na segunda etapa a corrente do primário é igual a corrente de magnetização,
mas com a polaridade invertida devido a lei de kirchoff das correntes, o resultado da
simulação foi de acordo com as analises estudadas na teoria.

Figura 14. Corrente no enrolamento secundário

Os resultados de simulação foram de acordo com a teoria estudada,


inicia com zero de corrente devido o diodo estar polarizado reversamente, e se encontra

21
na segunda etapa de operação com valor de corrente negativo devido ao transformador
ter suas polaridades invertidas, seu valor é igual a corrente de magnetização do
transformador multiplicada pela relação de espiras Np/Ns.

Figura 15. Corrente no Diodo

Na primeira etapa de operação no instante de tempo Dtch, a corrente no


diodo é zero devido ele estar polarizado reversamente, no entanto quando a chave se
encontra aberta o diodo polariza e começa a circular corrente com valor igual da corrente
de magnetização transformada com a relação de espiras do transformador, elas decresce
linearmente até a chave voltar a se fechar.

22
Figura 16. corrente na chave

Os resultados de simulação foram de acordo com a teoria, temos


corrente na chave igual a corrente que passa no ramo magnetizante no primário do
transformador onde ela cresce de forma linear até a segunda etapa de operação onde a
chave abre e a corrente zera.

Figura 17. corrente no capacitor

Os resultados da simulação foram de acordo com a teoria, a corrente no


capacitor quando a chave está fechada é igual corrente na carga, mas negativa devido a
lei de kirchoff das correntes, e na segunda etapa de operação a corrente no capacitor cresce
até o nível de amplitude de da corrente do indutor de magnetização trnasformada com
relação de Np/Ns menos a corrente negativa da carga.

23
9. Comparação de simulação no PSIM de um transformador
ideal e um transformador não-ideal

Resultados da simulação para o transformador Ideal:

24
Figura 18. . Formas de onda da corrente do conversor Flyback transformador ideal

Figura 19. Formas de onda da corrente do conversor Flyback transformador ideal

25
Resultados da simulação para o transformador Não-Ideal:

26
Figura 20. Formas de onda da corrente do conversor Flyback Trafo não ideal

Figura 21. Formas de onda da corrente do conversor Flyback Trafo não ideal

27
As formas de onda para a corrente da fonte nos trafos foram
relativamente parecidas, no entanto a corrente do enrolamento primário para o
transformador ideal foi a que mais se aproximou da corrente do conversor analisada
de forma teórica, durante o período em que a chave ficou fechada seu valor era nulo e
na segunda etapa de operação a corrente no enrolamento primário foi igual a corrente
do ramo magnetizante com polaridade inversa, ela cresceu até Ilmax e decresceu
linearmente até Ilmin antes de ir para zero, no transformador não ideal ela apresentou
uma forma de onda quadrada igual sua corrente da fonte, então teve uma discrepância
nos dados analisados para esse tipo de transformador. Quanto a corrente no ramo de
magnetização, no transformador ideal os resultados foram satisfatórios e foram de
acordo com a teoria.

10. Introdução Conversor Forward

O conversor Forward é derivado do conversor Buck, deferente do conversor


Flyback que é derivado do Buck-Boost, entretanto temos a adição de um transformador e
dois diodos no conversor Forward.

O transformador possui três bobinas, sendo o enrolamento primário e secundário


para transferirem energia da fonte para a carga quando a chave esta fechada. E o
enrolamento terciário é usada para fornecer caminho para a corrente de magnetização
quando a chave se encontra aberta e para reduzir a corrente de magnetização a zero antes
do inicio de cada ciclo do chaveamento para evitar saturar o núcleo do transformador.

Vamos analisar o conversor Forward de uma chave e analisar com meios de


simulação as principais formas de ondas.

28
Figura 22 Circuito equivalente do conversor Forward para 1 chave

29
11. Questão conversor Forward

Exercício 2
O conversor Forward, mostrado na figura 2, deve ser projetado seguindo as
seguintes especificações: Potência de saída de 100W, tensão de entrada de 180V,
tensão de saída de 24V, frequência de chaveamento de 100 kHz, ripple da tensão de
saída igual a 2%, ripple da corrente de magnetização igual a 20% do valor médio de
corrente no indutor Lx e o ripple da corrente em Lx igual a 10% de seu valor médio.
Apresente o projeto completo do transformador (B = 0,3T; J = 450 A/cm² e fator de
ocupação do cobre dentro do carretel de kw = 70%), do capacitor de saída e dos
semicondutores utilizados. Diante do exposto, determine por meio de análises teóricas
e de simulação, o que se pede na Tabela 2. Em seguida, apresente todas as formas de
ondas de tensão e de corrente analisadas na aula teórica (ver notas de aulas do
conversor Forward)

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12. Parâmetros da Tabela 2 com valores de projeto em módulo:

Tabela 2 – Conversor Forward.

Parâmetro Teórico Simulado Erro(%)


Tensão média na carga (Vo) 24 18 33,33

Ondulação de tensão na carga (ΔVo) 0,48 0,49 2,040

Tensão máxima de bloqueio da chave 360 325 10,76

Tensão máxima de bloqueio do diodo D1 360 220 63,63

Tensão máxima de bloqueio do diodo D2 60 56,455 6,27

Tensão máxima de bloqueio do diodo D3 60 56,46 6,26

Tensão média no capacitor C 24 16 50

Corrente média no enrolamento primário 0,2471 0,195 26,71

Corrente rms no enrolamento primário 0,9296 1,235 -24,72

Corrente média no enrolamento secundário 0,523 0,41 27,56

Corrente rms no enrolamento secundário 2,6363 2,41 9,39

Corrente média no enrolamento terciário 1,266 1,112 13,84

Corrente rms no enrolamento terciário 0,3042 0,195 56

Corrente média na chave 0,7222 0,625 15,55

Corrente rms na chave 1,1556 1,222 5,43

Corrente média no diodo D1 0,1666 0,133 25,26

Corrente rms no diodo D1 0,3042 0,235 29,44

Corrente média no diodo D2 1,6666 1,233 35,16

Corrente rms no diodo D2 2,6363 2,422 8,84

Corrente média no diodo D3 2,5 2,3 8,69

Corrente rms no diodo D3 3,2288 2,966 8,86

Corrente média no indutor de filtro Lx 4,1666 3,988 4,47

Corrente rms no indutor de filtro Lx 4,1684 3,985 4,60

Ondulação de corrente no indutor Lx (ΔiLx) 0,4166 0,223 86,81

Corrente pico-a-pico no capacitor C (ΔiC) 0,899 0,788 14,08

31
Corrente média na fonte de alimentação 0,7222 1,233 41,42

Corrente média na carga 4,1666 3,28 27,03

Potência média de entrada (fonte) 100 108 7,40

Potência média de saída (carga) 100 108 7,40

𝑉 24
𝐼𝑅 = = = 4,1666 𝐴
𝑅 5,76

32
Com uso de uma planilha de cálculos disponibilizada em Excel e
com os parâmetros dados no exercício, temos os seguintes resultados de projeto:

Figura 23. Projeto do conversor Forward

33
34
13. Projeto do Transformador:

Para projetar o transformador nos dispomos de algumas tabelas que contém os dados
necessários referentes ao tipo de núcleo que será implementado no transformador, como
a bitola dos fios nos enrolamentos do mesmo.

Figura 24. Tabela de núcleos do tipo ferrite EE

35
Com a planilha de cálculos temos os seguintes valores para projeto do transformador:

Figura 25. Projeto do transformador do conversor forward

36
A possibilidade de execução como foi menor que 1 indica que o tipo
de núcleo escolhido poderá ser implementado no projeto

14. Projeto Indutor

Com a planilha de cálculos temos os seguintes valores para projeto do indutor:

Figura 26. Projeto do indutor do conversor forward

37
15. Simulações PSIM e formas de ondas

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39
40
16. Conclusão
Podemos citar nesse relatório que o conversor Flyback e o conversor
Forward estudado tem aplicações importantes na engenharia. O conversor Flyback
além de permitir múltiplas saídas tem como vantagem seu baixo custo, além de que
podemos alcança-lo altas tensões mesmo com baixas potências, muito utilizado em
alimentação de computadores, celulares, sistemas fotovoltaicos para rastrear pontos de
máxima potência e televisores com tecnologia a plasma.
O conversor Forward além de proporcionar múltiplas saída também,
tem como característica alcançar baixas tensões sem a necessidade de operação com
razões cíclicas baixas, fora que o transformador tem tamanho relativamente menor que
o conversor flyback, devido a energia não ser armazenada no transformador.

41
17. Referências

HART, Daniel W. Eletrônica de potência: análise e projetos de


circuitos. Porto Alegre: AMGH Ed., 2012.

42

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