Você está na página 1de 30

Walisson Martins Teixeira 11511EEL024

Disciplina: Eletrônica de Potência


Sumário
1. Introdução ............................................................................................... 3

2. Objetivos ................................................................................................. 3

3. Circuito Equivalente ................................................................................ 4

4. Questões .................................................................................................. 5

5. Determinando os parâmetros da tabela 1: ............................................... 14

6. Simulações PSIM e formas de onda ....................................................... 19

7. Modo de condução ................................................................................. 28

8. Especificações dos componentes para implementação prática: ............... 28

9. Conclusão .............................................................................................. 29

10. Referências ............................................................................................ 29


Conversor Sepic

1. Introdução
O conversor cc-cc Sepic, é um tipo de conversor em que podemos
obter uma tensão de saída com amplitude maior ou menor em relação a tensão de
entrada, esse tipo de conversor se comporta como um transformador
abaixador/elevador para tensão cc.

2. Objetivos
Nosso objetivo nesse relatório são analisar o conversor Sepic e
estudar suas equações matemáticas, além de verificar seu funcionamento quando a
chave se encontra aberta e fechada, vamos também analisar suas principais
características, seu funcionamento além de suas formas de onda simuladas no software
PSIM.

3
3. Circuito Equivalente

Figura 1. Esquema do circuito equivalente.

Características do conversor Sepic:

 Sua tensão de saída possui mesma polaridade da tensão de entrada;


 Esse tipo de conversor permite a imposição de uma corrente de
entrada com menor conteúdo harmônico.
 Baixa ondulação de corrente;
 A corrente da fonte é regulada pelo indutor L1;
 Facilidade de isolação entre a entrada e saída;
 Larga faixa de tensão de saída;
 As correntes nos dois indutores são constantes;
 As tensões nos dois capacitores são constantes;
 A chave e o diodo são ideais;

4
4. Questões
O circuito ilustrado na figura 1 representa o conversor cc-cc abaixador/elevador
de tensão conhecido como conversor SEPIC. Para realização dos trabalhos, considere os
seguintes parâmetros: Vin = 9 V, D = 0,4, L1=L2 = 90 uH, C1= C2 = 80 uF e Io = 2A. A
frequência de chaveamento é 100 kHz.

Figura 2. Circuito equivalente conversor Sepic

Etapas de operação conversor Sepic:

1ª: Com a chave S fechada, o diodo é reversamente polarizado, ou


seja, ele fica bloqueado, a fonte fornece energia para o indutor L1, ocorre um aumento
linear da corrente nesse indutor, o capacitor C1 fornece energia para o indutor L2 e o
capacitor C2 fornece energia para a carga.

2ª: Com a chave S aberta, o diodo entra em condução, o indutor L1


inverte sua polaridade e enquanto a corrente Il2 for menor em módulo que Il1 o diodo
conduz. Não ocorre mais a condução quando os módulos das correntes Il1 e Il2 se
igualam, pois a corrente do diodo possui valor nulo e o mesmo para de conduzir.

5
Chave fechada (Diodo bloqueado)

Figura 3. Circuito equivalente Sepic para a chave fechada

L1 C1
Ds

Vin Ss L2 C2 R

Aplicando as Leis de Kirchoff para as tensões temos:

𝑉𝑙1 = 𝑉𝑖𝑛

𝑉𝑆𝑠 = 0

𝑉𝐷𝑠 = −(𝑉𝑖𝑛 + 𝑉𝑜)

𝑉𝑙2 = 𝑉𝑖𝑛

E aplicando as Leis de Kirchoff paras correntes temos as seguintes


equações:

𝐼𝐷𝑠 = 0

𝐼𝐶1 = −𝐼𝑙2

𝐼𝑆𝑠 = 𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2

𝐼𝐶2 = −𝐼𝑅

6
Chave aberta (Diodo entra em condução)

Figura 4. Circuito equivalente Sepic para a chave aberta

L1 C1
Ds

Vin Ss L2 C2 R

Aplicando as Leis de Kirchoff das tensões temos:

𝑉𝑙1 = −𝑉𝑜

𝑉𝑆𝑠 = 𝑉𝑖𝑛 + 𝑉𝑜

𝑉𝐷𝑠 = 0

𝑉𝑙2 = −𝑉𝑜

O mesmo vale para a corrente, aplicando as Leis de Kirchoff para as


correntes temos:

𝐼𝐷𝑠 = 𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2

𝐼𝐶1 = 𝐼𝑙1

𝐼𝑆𝑠 = 0

𝐼𝐶2 = 𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2 − 𝐼𝑅

7
Ganho Estático:

Analisando a forma de onda da tensão no indutor podemos expressar


a equação do ganho estático, temos que:
Figura 5. forma de onda da tensão no indutor

A tensão média no capacitor C1 é igual a Vin, temos que:

𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑙1 − 𝑉𝐶1 − 𝑉𝑙2 = 0

𝑉𝐶1 = 𝑉𝑖𝑛

Como o valor médio da tensão no indutor L1 é igual a zero:

𝑉𝑙1 = 𝑉𝑖𝑛 × 𝐷 + (−𝑉𝐶1 + 𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑜) × (1 − 𝐷) = 0

Substituindo 𝑉𝐶1 𝑝𝑜𝑟 𝑉𝑖𝑛

𝐴𝑟𝑒𝑎
E que o valor médio é a 𝑉𝑙 = 𝑇𝑠

Área: 𝑏𝑎𝑠𝑒 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 da figura 5., temos a seguinte expressão:

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷𝑇𝑐ℎ + (−𝑉𝑖𝑛 + 𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑜) × (1 − 𝐷)𝑇𝑐ℎ


=0
𝑇𝑐ℎ

8
𝑉𝑜 𝐷
=
𝑉𝑖𝑛 (1 − 𝐷)

𝑉𝑜
𝐷=
𝑉𝑜 + 𝑉𝑖𝑛

Para D < 0,5 o conversor é abaixador

Para D > 0,5 o conversor é elevador

Equações de projeto no indutor:

 Variação de corrente no indutor L1 (análise com a chave fechada):


𝑉𝑙1 = 𝑉𝑖𝑛

𝑑𝑖𝑙1 ∆𝑖𝑙1 𝑉𝑖𝑛


= =
𝑑𝑡 𝐷 × 𝑇𝑐ℎ 𝐿1

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
∆𝑖𝑙1 =
𝐿1 × 𝑓𝑐ℎ

 Variação de corrente no indutor L2 (análise com a chave


aberta):

𝑉𝑙2 = −𝑉𝑜

𝑑𝑖𝑙2 ∆𝑖𝑙2 𝑉𝑜
∣ ∣= =
𝑑𝑡 (1 − 𝐷) × 𝑇𝑐ℎ 𝐿2

𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
∆𝑖𝑙2 =
𝐿2 × 𝑓𝑐ℎ

 Cálculo da Indutância L1:

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
∆𝑖𝑙1 =
𝐿1 × 𝑓𝑐ℎ

9
𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
𝐿1 =
∆𝑖𝑙1 × 𝑓𝑐ℎ
 Cálculo da Indutância L2:

𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
∆𝑖𝑙2 =
𝐿2 × 𝑓𝑐ℎ

𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
𝐿2 =
∆𝑖𝑙2 × 𝑓𝑐ℎ

 Corrente Média no Indutor L1 (Pin = Po):

𝑉𝑜2
𝑉𝑖𝑛 × 𝐼𝑙1 =
𝑅

𝑉𝑜2
𝐼𝑙1 =
𝑉𝑖𝑛 × 𝑅
ou
𝑉𝑖𝑛 × 𝐷²
𝐼𝑙1 =
𝑅 × (1 − 𝐷)²
ou
𝑉𝑜 × 𝐷
𝐼𝑙1 =
(1 − 𝐷 ) × 𝑅

 Corrente Média no Indutor L2 (análise nodal para valores médios):

𝑉𝑜
𝐼𝑙2 = 𝐼𝑅 =
𝑅

ou

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
𝐼𝑙2 =
(1 − 𝐷) × 𝑅

10
 Correntes Máxima e Mínima no Indutor L1:
∆𝑖𝑙1
𝐼𝑙1 𝑚𝑎𝑥 = 𝐼𝑙1 +
2
𝑉𝑖𝑛 × 𝐷² 𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
𝐼𝑙1 𝑚𝑎𝑥 = +
𝑅 × (1 − 𝐷)² 2 × 𝐿1 × 𝑓𝑐ℎ

∆𝑖𝑙1
𝐼𝑙1 𝑚𝑖𝑛 = 𝐼𝑙1 −
2
𝑉𝑖𝑛 × 𝐷² 𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
𝐼𝑙1 𝑚𝑖𝑛 = −
𝑅 × (1 − 𝐷)² 2 × 𝐿1 × 𝑓𝑐ℎ

 Correntes Máxima e Mínima no Indutor L2:


∆𝑖𝑙2
𝐼𝑙2 𝑚𝑎𝑥 = 𝐼𝑙2 +
2
𝑉𝑜 𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
𝐼𝑙2 𝑚𝑎𝑥 = +
𝑅 2 × 𝐿2 × 𝑓𝑐ℎ

∆𝑖𝑙2
𝐼𝑙2 𝑚𝑖𝑛 = 𝐼𝑙2 −
2
𝑉𝑜 𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
𝐼𝑙2 𝑚𝑖𝑛 = −
𝑅 2 × 𝐿2 × 𝑓𝑐ℎ

 Corrente Eficaz no indutor L1:

∆𝑖𝑙1
𝐼𝑙1 𝑟𝑚𝑠 = √𝐼𝑙12 +
12

11
 Corrente Eficaz no indutor L2:

∆𝑖𝑙2
𝐼𝑙21 𝑟𝑚𝑠 = √𝐼𝑙22 +
12

 Indutância Crítica L1:

Uma vez que Il1 (min) = 0, temos o limite entre os modos contínuos
e descontínuos de condução, tem-se que:

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷² 𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
𝐼𝑙1 𝑚𝑖𝑛 = − =0
𝑅 × (1 − 𝐷)² 2 × 𝐿1(𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎) × 𝑓𝑐ℎ
𝑉𝑖𝑛 × 𝐷² 𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
=
𝑅 × (1 − 𝐷)² 2 × 𝐿1(𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎) × 𝑓𝑐ℎ

𝑅 × (1 − 𝐷 )2
𝐿1(𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎) =
2 × 𝑓𝑐ℎ × 𝐷

 Indutância Crítica L2:


Uma vez que Il2 (min) = 0, temos o limite entre os modos contínuos
e descontínuos de condução, tem-se que:

𝑉𝑜 𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
𝐼𝑙2 𝑚𝑖𝑛 = − =0
𝑅 2 × 𝐿2(𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎) × 𝑓𝑐ℎ

𝑅 × (1 − 𝐷)
𝐿2(𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎) =
2 × 𝑓𝑐ℎ

12
Equação de projeto do capacitor:

 Cálculo da capacitância C1
(𝐷 × 𝑇𝑐ℎ)
⃓∆𝑄⃓⃓ = (𝐼𝑙2 max + 𝐼𝑙2 min) × = 𝐶1 × ∆𝑣𝑐1
2
∆𝑖𝑙2 ∆𝑖𝑙2 𝐷 × 𝑇𝑐ℎ
(𝐼𝑙2 + + 𝐼𝑙2 − )× = 𝐶1 × ∆𝑣𝑐1
2 2 2
𝐼𝑙2 × 𝐷 × 𝑇𝑐ℎ = 𝐶1 × ∆𝑣𝑐1
𝑉𝑜
× 𝐷 × 𝑇𝑐ℎ = 𝐶1 × ∆𝑣𝑐1
𝑅
𝑉𝑜 × 𝐷
𝐶1 =
𝑅 × ∆𝑣𝑐1 × 𝑓𝑐ℎ

 Cálculo da capacitância C2

𝑉𝑜
⃓∆𝑄⃓⃓ = × 𝐷 × 𝑇𝑐ℎ = 𝐶2 × ∆𝑉𝑜
𝑅

𝑉𝑜 × 𝐷
𝐶2 =
𝑅 × ∆𝑉𝑜 × 𝑓𝑐ℎ

13
5. Determinando os parâmetros da tabela 1:

Tabela 1 – Conversor CC-CC - SEPIC


Parâmetro Teórico Simulado Erro(%)
Tensão média na carga (Vo) 6 5.99 0.16
Ondulação de tensão na carga (ΔVo) 0.88 0.97 10.22
Tensão máxima de bloqueio da chave 15 15.07 0.46
Tensão máxima de bloqueio do diodo 15 15 0
Tensão média no capacitor C1 9 8.99 0.11
Tensão média no capacitor C2 6 5.99 0.16
Corrente média na chave 1.33 1.37 -3
Corrente rms na chave 3.33 3.18 4.50
Corrente média no diodo 1.99 2.00 -0.50
Corrente rms no diodo 3.33 3.28 1.50
Corrente média no indutor L1 1.33 1.34 -0.75
Corrente rms no indutor L1 1.34 1.35 -.0.74
Ondulação de corrente no indutor (ΔIL1) 0.4 0.39 2.5
Corrente média no indutor L2 2 1.99 0.5
Corrente rms no indutor L2 2 1.99 0.5
Ondulação de corrente no indutor (ΔIL2) 0.4 -0.39 2.5
Corrente pico-a-pico no capacitor C1 (ΔiC1) 3.33 3.67 -10.21
Corrente pico-a-pico no capacitor C2 (ΔiC2) 4 3.62 9.5
Corrente média na fonte de alimentação 1.33 1.34 -.075
Corrente média na carga 2 1.99 0.5
Potência média de entrada (fonte) 11.97 12.06 -0.75
Potência média de saída (carga) 11.97 12.06 -0.75

Através das equações de projeto, podemos calcular o que se pede na tabela 1


(valores em módulo):

Tensão média na carga:

𝐷 = 0,4

𝑉𝑜 𝐷
=
𝑉𝑖𝑛 1 − 𝐷
𝑉𝑜 0,4
=
9 1 − 0,4
𝑉𝑜 = 6 𝑉

Ondulação de tensão na carga:

14
𝑉𝑜 6
𝑅= = =3Ω
𝐼𝑅 2
𝑉𝑜 × 𝐷
∆𝑉𝑜 =
𝑅 × 𝐶2 × 𝑓𝑐ℎ
6 × 0,4
∆𝑉𝑜 =
3 × 90µ × 100𝐾
∆𝑉𝑜 = 0,088 𝑉

Tensão máxima de bloqueio da chave:


𝑉𝑠𝑠(𝑝) = 𝑉𝑖𝑛 + 𝑉𝑜 = 9 + 6 = 15 𝑉

Tensão máxima de bloqueio do diodo:

𝑉𝐷𝑠(𝑝) = 𝑉𝑖𝑛 + 𝑉𝑜 = 9 + 6 = 15 𝑉

Tensão média no capacitor C1:


Tensão média no capacitor C1 é igual a tensão de entrada
𝑉𝐶1 = 𝑉𝑖𝑛 = 9 𝑉
Tensão média no capacitor C2:
Tensão média no capacitor C2 é igual a tensão de saída
𝑉𝐶2 = 𝑉𝑜 = 6 𝑉

Corrente média na chave:


𝑉𝑜2
𝐼𝑙1 =
𝑉𝑖𝑛 × 𝑅
62
𝐼𝑙1 = = 1,33 𝐴
9×3

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
𝐼𝑙2 =
(1 − 𝐷) × 𝑅

9 × 0,4
𝐼𝑙2 = =2𝐴
(1 − 0,4) × 3

15
𝐼𝑆𝑠 = (𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2) × 𝐷

𝐼𝑆𝑠 = (1,33 + 2) × 0,4 = 1,33 𝐴

Corrente RMS na chave:

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
∆𝑖𝑙1 =
𝐿1 × 𝑓𝑐ℎ

(9 × 0,4)
∆𝑖𝑙1 = = 0,4 𝐴
90µ × 100𝐾

𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
∆𝑖𝑙2 =
𝐿2 × 𝑓𝑐ℎ

6 × (1 − 0,4)
∆𝑖𝑙2 = = 0,4 𝐴
90µ × 100𝐾

(∆𝑖𝑙1 + ∆𝑖𝑙2)2
𝐼𝑆𝑠 𝑟𝑚𝑠 = √(𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2)2 + )×𝐷
12

(0,4 + 0,4)2
𝐼𝑆𝑠 𝑟𝑚𝑠 = √(1,33 + 2)² + × 0,4
12

𝐼𝑆𝑠 𝑟𝑚𝑠 = 3,33 𝐴

Corrente média no diodo:


𝐼𝐷𝑠 = (𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2) × (1 − 𝐷)
𝐼𝐷𝑠 = (1,33 + 2) × (1 − 0,4) = 1,99𝐴

Corrente RMS no diodo:

(∆𝑖𝑙1 + ∆𝑖𝑙2)2
𝐼𝐷𝑠 𝑟𝑚𝑠 = √(𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2)2 + ) × (1 − 𝐷)
12

16
(0,4 + 0,4)2
𝐼𝐷𝑠 𝑟𝑚𝑠 = √(1,33 + 2)² + × (1 − 0,4)
12

𝐼𝐷𝑠 𝑟𝑚𝑠 = 3,33 𝐴

Corrente média no indutor L1:


𝑉𝑜2
𝐼𝑙1 =
𝑉𝑖𝑛 × 𝑅
62
𝐼𝑙1 = = 1,33 𝐴
9×3

Corrente RMS no indutor L1:

∆𝑖𝑙1²
𝐼𝑙1 𝑟𝑚𝑠 = √𝐼𝑙12 +
12

0,42
𝐼𝑙1 𝑟𝑚𝑠 = √1,332 + = 1,34 𝐴
12

Ondulação de corrente no indutor (∆il1):

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
∆𝑖𝑙1 =
𝐿1 × 𝑓𝑐ℎ

(9 × 0,4)
∆𝑖𝑙1 = = 0,4 𝐴
90µ × 100𝐾

Corrente média no indutor L2:

𝑉𝑖𝑛 × 𝐷
𝐼𝑙2 =
(1 − 𝐷) × 𝑅

9 × 0,4
𝐼𝑙2 = =2𝐴
(1 − 0,4) × 3

Corrente RMS no indutor L2:

17
∆𝑖𝑙2²
𝐼𝑙2 𝑟𝑚𝑠 = √𝐼𝑙22 +
12

0,42
𝐼𝑙2 𝑟𝑚𝑠 = √22 + =2𝐴
12

Ondulação de corrente no indutor (∆il2):

𝑉𝑜 × (1 − 𝐷)
∆𝑖𝑙2 =
𝐿2 × 𝑓𝑐ℎ

6 × (1 − 0,4)
∆𝑖𝑙2 = = 0,4 𝐴
90µ × 100𝐾

Corrente pico-a-pico no capacitor C1 (Δic1):

∆iC1 pp = −𝐼𝑙2 − 𝐼𝑙1

∆iC1 pp = 𝐼𝑙1 + 𝐼𝑙2 = −2 − 1,33 = −3,33 𝐴

Corrente pico-a-pico no capacitor C2 (Δic2):

∆iC 2pp = 𝐼𝑙2 + 𝐼𝑙2 − 𝐼𝑅 + 𝐼𝑅

∆iC2 pp = 2 + 2 − 2 + 2 = 4 𝐴

Corrente média na fonte de alimentação:


𝐼 (𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒) = 𝐼𝑙1(𝑚é𝑑𝑖𝑜) = 1,33 𝐴
Corrente média na carga:
𝑉𝑜 6
𝐼𝑅 = = =2𝐴
𝑅 3

Potência média na entrada:


𝑃𝑖𝑛 = 𝑉𝑖𝑛 × 𝐼𝑙1(𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜) = 9 × 1,33 = 11,97 𝑊
18
Potência média na carga:

Pin = Po (Ideal)
𝑃𝑜 = 11,97 𝑊

6. Simulações PSIM e formas de onda

Figura 6. Conversor Sepic no software Psim

19
Figura 7. Formas de onda da corrente e tensão no diodo

Quando a chave está fechada, temos uma tensão máxima de


bloqueio do diodo negativa, essa tensão em cima do diodo é a mesma tensão da
fonte somada com a tensão da carga visto pelo método LTK, e zero quando a chave
se encontra aberta como podemos ver na forma de onda, evidentemente a corrente
no diodo quando a chave está fechada temos zero de corrente e quando a chave se
encontra aberta e o diodo começa a conduzir temos a soma das correntes médias de
Il1 e Il2 e linearmente ela encerra o periodo e vai para zero quando a chave se fecha.

20
Figura 8. Formas de onda da corrente e tensão na chave

Os resultados da simulação foram bem próximos dos resultados


teoricos, a corrente na chave aumenta de forma linear até o instante DTch e zera
quando a chave abre.

A tensão na chave obtida na simulação correspondeu com a teoria,


temos um valor de 15.07 V de tensão máxima de bloqueio quando a chave está fechada
e zero quando a chave se abre.

21
Figura 9. Formas de onda da corrente e tensão no indutor L1

A corrente no indutor L1 cresce linearmente no período de tempo DTch quando a chave


está fechada, e de forma decrescente e linear como o conversor está em regime
permanente e modo de condução continua a corrente deve encerrar o período com o
mesmo valor que iniciou.

A tensão em cima de Vl1 no período de tempo DTch tem o mesmo valor da fonte como
podemos observar na simulação e quando a chave se abre no instante (1-D)Tch e pelo
método LTK temos um valor com a polaridade negativa em que Vl1 = -Vo = -6 V.

22
Figura 10. Forma de onda da corrente e tensão no indutor L2

A tensão no indutor Vl2 de acordo com a simulação foi o esperado


sendo um valor positivo e igual a Vin de acordo com a analise de malhas, o que
podemos comprovar na simulação e na segunda etapa de simulação ele assume um
valor negativo de Vo, os resultados obtidos foram satisfatorios e a forma de onda
esperada.

A corrente em Il2 será uma reta crescendo linearmente no instante


de tempo DTch até a chave bloquear e dar sequencia a segunda etapa de operação onde
a mesma decresce até encerrar a operação com valor igual a que começou, os
resultados obtidos foram bem proximos da analise teorica, obtivemos um valor de 2 A
e 1.99 A de corrente média e rms.

23
Figura 11. Formas de onda da corrente e tensão no capacitor C1

As formas de onda da corrente no capacitor C1 foram esperadas de


acordo com a teoria, na primeira etapa de operação no instante DTch a corrente média
é igual a corrente média porem negativa de Il2 e quando a chave esta aberta no instante
(1-D)Tch o indutor Il1 fornece energia para o capacitor C1 e sua corrente média se
iguala a Il1.

A tensão média no capacitor C1 na simulação foram de acordo com


os resultados teoricos, a tensão atinge seu valor máximo e minimo, mas mesmo assim
se mantem proximos de 9 V que é o seu valor medio, e sabendo que o valor medio nos
indutores é igual zero, na analise de malhas temos que tensao media do capacitor C1 é
igual a Vin.

24
Figura 12 Forma de onda da corrente e tensão no capacitor C2

Os resultados obtidos em simulação para a corrente e tensão no


capacitor C2 foram satisfatórios, pois indica que na primeira etapa de operação do
conversor a corrente média de IC2 é igual e negativa da corrente média na carga,
mesmo resultado com os valores teóricos calculados pela analise de malhas.

Na tensão temos um valor médio igual ao valor médio de Vo, sendo


que a tensão média nos indutores é igual a zero, pela analise de malhas temos que

VC2 = Vo

25
Figura 13. Formas de onda da corrente e tensão na fonte

O valor da corrente média na fonte de alimentação na simulação foi


o esperado comparado ao resultado calculado teoricamente, sua forma de onda
corresponde com a operação do conversor, ela cresce de forma linear no instante DTch
e decresce da mesma forma no instante (1-D)Tch e mantém uma corrente média de
1.34 A.

26
Figura 14. Formas de onda da corrente e tensão na carga

A corrente média na carga simulado corresponde com o valor medio


teorico calculado de 2 A, com a chave fechada a corrente media na carga assume valor
negativo e inverte de polaridade na segunda etapa de operação. A tensão média na
carga se manteve em 6 V, esperado de acordo com os valores teoricos calculados.

27
7. Modo de condução

A condição de continuidade do conversor depende uma vez que


𝐼𝑙𝑏(min) for maior que zero, ou seja, a corrente positiva garante o modo de condução
continua, segue a equação:

Vin × D² Vin × D
Il1(min) = ( − )
(1 − 𝐷)²𝑅 2𝐿1𝑓𝑐ℎ

9 × 0,4² 9 × 0,4
𝐼𝑙𝑏(𝑚𝑖𝑛) = −
(1 − 0,4)² × 3 2 × 90µ × 100𝐾
𝐼𝑙𝑏(𝑚𝑖𝑛) = 1,133 𝐴
Portanto o conversor está operando em modo de condução continuo

8. Especificações dos componentes para


implementação prática:

 Diodo:
Schottky Barrier Rectifier- Vishay
If(AV): 5 A
VRRM: 20 até 60 V
Tj: 150ºC
IFsm: 220 A

28
 Mosfet:
N-Channel 25 V (D-S) MOSFET– Vishay
VDS: 25 V
VGS: 20/-16 V
Temperatura de operação: -55ºC até 150ºC
ID: 50 A

9. Conclusão
Podemos citar nesse relatório que o conversor Sepic estudado tem
aplicações importantes na engenharia, ele pode ser implementado para corrigir fator
de potência, mitigar os conteúdos harmônicos de corrente para carga que não sejam
lineares, podem ser usados para regular a tensão em barramentos cc de micro redes,
além de extrair a máxima potência de painéis fotovoltaicos e garantir a máxima
eficiência de um sistema desses.

10. Referências

HART, Daniel W. Eletrônica de potência: análise e projetos de


circuitos. Porto Alegre: AMGH Ed., 2012.

29
30

Você também pode gostar