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Caderno de conteúdos e
atividades de educação
física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
2
1º Bimestre
À medida que o conceito de inclusão social ganha adeptos no mundo todo, mais e mais
profissionais de educação física, que atuam nos setores de esportes, turismo, lazer e recreação,
estão sendo chamados a enfrentar o desafio de incluir em suas atividades rotineiras as pessoas com
deficiência que, individualmente ou em grupos, procuram os clubes e associações desportivas
locais. Esta tendência vale também para profissionais com outra formação acadêmica que estejam
desenvolvendo atividades nos setores acima citados
De início, surge a pergunta: "Estão esses profissionais preparados para receber e orientar
pessoas com deficiência?". A mesma coisa acontece quando os professores do ensino regular estão
em vias de receber crianças ou adolescentes com deficiência nas classes comuns.
A resposta costuma ser: "Não". Isto se deve principalmente à idéia que se formou ao longo
de muitos anos, segundo a qual seria bastante difícil lidar com pessoas deficientes e por isso essa
tarefa deveria ser de exclusiva responsabilidade de especialistas, preferentemente com formação
acadêmica específica em cada tipo de deficiência.
Nada mais equivocado. As próprias pessoas com deficiência têm com freqüência
demonstrado que elas são como as demais pessoas e desejam ser incluídas e tratadas como as
demais pessoas em recintos comuns. Em alguns casos, acresce-se apenas a necessidade de algum
conhecimento específico sobre certos aspectos da deficiência. No mais, o importante é que haja
primeiro um contato direto dos profissionais de educação física com pessoas deficientes e a partir
daí buscar soluções para cada dificuldade que surgir, respeitando as necessidades e possibilidades
individuais
A experiência tem indicado que é assim que se começa com sucesso o processo de inclusão
de pessoas com deficiência nas atividades de esporte, lazer, turismo, lazer e recreação.
A titulo de estímulo ao engajamento de mais profissionais em atividades esportivas e
recreativas envolvendo pessoas com deficiência, apresento em seguida os fundamentos
conceituais, os endereços de alguns profissionais que já atuam na área das deficiências, os
endereços de alguns sites onde os interessados poderão encontrar interessantes informações
pertinentes a esta área e a bibliografia consultada..
Fundamentos conceituais
A Declaração de Princípios, proclamada em 1981 pela Disabled Peoples' lnternational, uma
organização mundial de pessoas com deficiência da qual o Brasil é um dos membros, traz a
seguinte conceituação sobre equiparação de oportunidades (grifo meu):
"Processo mediante o qual os sistemas gerais da sociedade, tais como o meio físico, a
habitação e o transporte, os serviços sociais e de saúde, as oportunidades educacionais e de
trabalho e a vida cultural e social, incluídas as instalações esportivas e de recreação, são feitos
acessíveis para todos."
Esse é um dos primeiros documentos internacionais que preconizaram a necessidade de
adequar as instalações esportivas e de recreação comuns para uso de pessoas com deficiência.
A ONU - Organização das Nações Unidas publicou em 1983 o Programa Mundial de Ação
Relativo às Pessoas com Deficiência, que passou a ser um texto da maior importância para as
décadas de 80 e 90. No seu parágrafo 134, este documento afirma (grifos meus):
"Os Países Membros devem garantir que as pessoas com deficiência tenham as mesmas
oportunidades nas atividades recreativas que têm os outros cidadãos. Isto envolve a possibilidade
de freqüentar restaurantes, cinemas, teatros, bibliotecas etc., assim como locais de lazer. estádios
esportivos, hotéis, praias e outros lugares de recreação. Os Países Membros devem tomar a
iniciativa removendo todos os obstáculos nesse sentido. As autoridades de turismo, agências de
viagem, organizações voluntárias e outras envolvidas na organização de atividades recreativas ou
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oportunidades de viagem devem oferecer seus serviços a todos e não discriminar as pessoas com
deficiência. Isto envolve, por exemplo, incorporar a informação sobre acessibilidade em suas
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informações regulares ao público."
A Carta Internacional de Educação para o Lazer, da Associação Mundial de Lazer e
Recreação, adotada em 1993, defende uma abordagem às atividades recreativas e de lazer que seja
abrangente, ou seja, que inclua todas as pessoas em suas políticas e estratégias - o que significa
que as pessoas com deficiência também devem estar incluídas. Explicitamente, a Carta
Internacional estabelece que (grifos meus):
"...a ninguém deverá ser negado este direito (ao lazer) em razão de...
deficiência..."(Preâmbulo, 2.4 - p. 4);
"Acessibilidade: trabalhar com grupos comunitários existentes a fim de minimizar barreiras
e otimizar o acesso aos serviços de lazer."(Educação para o Lazer na Comunidade, I.2 - p. 9);
"Inclusividade: desenvolver uma comunidade- inclusiva reconhecendo grupos
multiculturais, sócio-culturais (carentes), gênero, idade, capacidade e outros grupos que compõem
a sociedade."(Educação para o Lazer na Comunidade, I.6 - p. 9);
"Meta: compreender o papel da educação para o lazer na promoção do desenvolvimento
humano (por ex., questões relacionadas ao gênero, idade, populações ciais) dentro de uma
sociedade pluralista em rápidas transformações." (Preparação e Treinamento de Pessoal na
Educação para o Lazer, I.7 - p. 13).
Novamente a ONU reconhece a necessidade de informar o público sobre os avanços havidos
na questão da igualdade de oportunidades e publica o documento Normas sobre a Equiparação de
Oportunidades para Pessoas com Deficiência, em 1994. O texto foi traduzido pelo Centro de Vida
Independente Araci Nallin e publicado em 1996 em parceria com a APADE - Associação de Pais
e Amigos de Portadores de Deficiência da Eletropaulo. Nas páginas 35 e 36, consta a Norma I I,
que se refere a recreação e esportes, assim reproduzida (grifos meus)-.
"Os Países-Membros devem tomar medidas para garantir que pessoas com deficiência
tenham oportunidades iguais para recreação e esportes.
I . Os Países-Membros devem iniciar medidas para tomar acessíveis às pessoas com
deficiência os locais de recreação e esportes, hotéis, praias, estádios, quadras esportivas etc. Tais
medidas devem abranger a participação, a informação e os programas de treinamento e o apoio ao
pessoal dos programas de recreação e esportes, incluindo projetos para desenvolver métodos de
acessibilidade.
2. As autoridades de turismo, as agências de viagens, os hotéis, as organizações voluntárias
e outras entidades envolvidas em organizar atividades recreativas ou oportunidades de viagem
devem oferecer seus serviços a todas as pessoas, levando em consideração as necessidades
especiais das pessoas com deficiência. Deve ser provido um adequado treinamento para ajudar
neste processo.
3. As organizações esportivas devem ser estimuladas a desenvolver oportunidades para a
participação de pessoas deficientes nas atividades esportivas. Em alguns países, medidas de
acessibilidade arquitetônica são suficientes para abrir oportunidades para essa participação. Em
outros casos, serão necessários esquemas especiais ou jogos especiais. Os Países-Membros devem
apoiar a participação de pessoas com deficiência em eventos nacionais e internacionais.
4. As pessoas com deficiência que participem de atividades esportivas devem ter acesso às
instruções e aos treinamentos de qualidade igual àqueles de outros participantes.
5. Os organizadores de esportes e recreação devem consultar as organizações de pessoas
com deficiência quando desenvolverem seus serviços para pessoas deficientes."
A Lei Orgânica do Município de São Paulo, de 1990, obedecendo recomendações
internacionais sobre o assunto em foco, se pronuncia nos seguintes termos (grifos meus):
"Art. 231 - As unidades esportivas do Município deverão estar voltadas ao atendimento
esportivo, cultural, da recreação e do lazer da população, destinando atendimento
O Esporte Adaptado
http://www.efdeportes.com/efd51/esporte.htm
A realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e
no mundo revela poucas oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com
objetivo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular.
A prática de atividade física e/ou esportiva por portadores de algum tipo de deficiência,
sendo esta visual, auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da
prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus
limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a
integração social do indivíduo.
As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas
como os portadores de sequelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados,
dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciado benefícios tanto na esfera física quanto
psíquica.
Quanto ao físico, pode-se ressaltar ganhos de agilidade no manejo da cadeira de rodas, de
equilíbrio dinâmico ou estático, de força muscular, de coordenação, coordenação motora,
dissociação de cinturas, de resistência física; enfim, o favorecimento de sua readaptação ou
adaptação física global (Lianza, 1985; Rosadas, 1989 e Souza, 1994). Na esfera psíquica, podemos
observar ganhos variados, como a melhora da auto-estima, integração social, redução da
agressividade, dentre outros benefícios ( Alencar, 1986; Souza, 1994; Give it a go, 2001).
A escolha de uma modalidade esportiva pode depender em grande parte das oportunidades
que são oferecidas aos portadores de deficiência física, da sua condição sócio-econômica, das suas
limitações e potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e
transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais
preparados para atende-los, dentre outros fatores.
Diversos autores como Guttman (1976b), Seaman (1982), Lianza (1985), Sherrill (1986),
Rosadas (1989), Souza (1994), Schutz (1994) e Give it a go (2001), e ressaltam que os objetivos
estabelecidos para as atividades físicas ou esportivas para portadores deficiência, seja esta física
mental, auditiva ou individual devem considerar e respeitar as limitações e potencialidades
Modalidades Esportivas
As modalidades esportivas para os portadores de deficiências físicas são baseadas na
classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades
olímpicas são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol,
halterofilismo, iatismo, natação, rugby, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol (
ABRADECAR, 2002). Apresentaremos algumas das modalidades esportivas, as mais conhecidas,
que podem ser praticadas pelos deficientes físicos, sendo:
Arco e flecha: Esta modalidade esportiva pode ser praticada por atletas andantes como
amputados ou por atletas usuários de cadeiras de rodas como os lesados medulares. Todas as
deficiências físicas podem participar desta modalidade esportivas, respeitando estas duas
categorias, em pé e sentado. A participação em competições e o sistema de resultados são
semelhantes à modalidade convencional olímpica.
Atletismo: As provas de atletismo podem ser disputadas por atletas com qualquer tipo de
deficiência em categorias masculina e feminina, pois os atletas são divididos por classes de acordo
com o seu grau de deficiência, que competem entre si nas provas de pistas, campo, pentatlo e
maratona. Esta é uma modalidade esportiva que sofre freqüentes modificações, visando
possibilitar melhores condições técnicas para o desenvolvimento desta modalidade.
Basquetebol sobre rodas: é jogado por lesados medulares, amputados, e atletas com
poliomielite de ambos os sexos. As regras utilizadas são similares à do basquetebol convencional,
sofrendo apenas algumas pequenas adaptações.
Bocha: Esta modalidade esportiva foi adaptada para paralisados cerebrais severos. O
objetivo do consiste em lançar as bolas o mais perto possível da bola branca.
Ciclismo: Neste esporte participam atletas paralisados cerebrais, cegos com guias e
amputados nas categorias masculina e feminina, individual ou por equipe. Pequenas alterações
foram realizadas nas regras do ciclismo convencional, melhorando a segurança e a classificação
dos atletas de acordo com sua deficiência, possibilitando adaptações nas bicicletas. Os atletas
participam de provas de estrada, velódromo e contra-relógio.
Equitação: Os deficientes físicos participam deste esporte apenas na categoria de
habilidades. Para esto é necessário analisar os possíveis deficientes que podem participar.
Esgrima: Este esporte é praticado por atletas usuários de cadeira de rodas como os lesados
medulares, amputados e paralisados cerebrais em categorias masculina ou feminina. Estes atletas
participam das modalidades de espada, sabre e florete, sendo provas individuais ou por equipes.
Para participação em eventos competitivos todos os atletas são presos ao solo, possuindo os
movimentos livres para tocar o corpo do adversário.
Comentário final
A participação de portadores de deficiência física em eventos competitivos no Brasil e no
mundo vem sendo ampliada. Por serem um elemento ímpar no processo de reabilitação, as
atividades físicas e esportivas, competitivas ou não devem ser orientadas e estimuladas, visando
assim possibilitar ao portador de deficiência física, mesmo durante seu programa de reabilitação
alcanças os benefícios que estas atividades podem oferecer, visando uma melhor qualidade de vida
Agilidade:
Capacidade de realizar movimentos de curta duração e alta intensidade com mudanças de
direcção, ser-se ágil.
Depende da integridade do sistema nervoso e avalia a capacidade muscular. Componentes:
Velocidade de Reacção e Velocidade de movimento.
Equilíbrio:
Estado de repouso, em que se acham os corpos solicitados por forças iguais e contrárias;
Velocidade:
É a capacidade que o nosso corpo tem de se deslocar no menor tempo possível.
O tempo de reacção é definido como o tempo que decorre entre o início do estímulo e o início da
resposta solicitada. Este tempo de reacção pode ser dividido em dois tipos:
Tempo de reacção simples - É o tempo que separa uma excitação sensorial de uma resposta motriz
que o atleta já conhece previamente. Implica uma resposta simples a um estímulo já conhecido;
Tempo de reacção complexo - É uma variante do tempo de reacção que se manifesta muito na
actividade física em que a sua característica mais significativa é a variedade de estímulos a que o
atleta tem que atender, bem como às suas enormes possibilidades de resposta. De entre uma
variedade de estímulos o atleta terá que eleger, dentro das várias respostas possíveis, a mais
adequada para alcançar o máximo rendimento desportivo.
Relacionada a saúde
A aptidão física relacionada a saúde é composta, basicamente, de cinco componentes:
resistência cardiorrespiratória, composição corporal, resistência e força muscular e flexibilidade.
Resistência cardiorrespiratória
Composição corporal
Flexibilidade
A flexibilidade pode ser definida como “a capacidade de movimentar uma articulação por
meio de sua amplitude de movimento completa” (ACSM, 2000). Consequentemente, o militar
deverá treinar sua flexibilidade para facilitar os movimentos corporais, que são extremamente
necessários em nossa profissão. Esse treinamento pode ser feito através do alongamento dos
membros corporais durante a instrução de manutenção de capacitação física. O militar que realizar
sua instrução de manutenção de capacitação física sempre que entrar de serviço, e a complementar
na sua folga, estará melhorando o estado em cada um desses componentes da aptidão física, e
dessa maneira estará reduzindo o risco de desenvolver doenças ou uma incapacidade funcional
(dispensa e/ou licença médica).
Durante as atividades profissionais (incêndio florestal, incêndio em edificações elevadas,
buscas diversas, salvamento de pessoas em locais adversos, entre outras), o bombeiro militar
(oficial e praça) estará a todo momento colocando à prova seu condicionamento físico. Caso não
realize uma atividade física regular, terá no mínimo uma queda no seu rendimento, prejudicando,
assim, o bom andamento da missão.
Em face do exposto, pode-se concluir a importância da realização da instrução de
manutenção de capacitação física e da aplicação do TAF (Teste de Aptidão Física) pelas OBMs,
pois é através desses testes que o CEFiD poderá mensurar a aptidão física dos nossos militares e,
posteriormente, traçar um programa de condicionamento físico o mais adequado possível,
evitando sobrecargas desnecessárias ao organismo dos militares
Princípios do Exercício
A adesão a certos princípios básicos do exercício é importante para desenvolver um
programa eficaz. Os mesmos princípios de exercício se aplicam a todos em todos os níveis de
treinamento físico, desde o atleta olímpico de alto calibre ao corredor de fim de semana.
Esses princípios básicos do exercício devem ser seguidos:
Regularidade – Para obter um efeito de treinamento, você deve exercitar-se com
frequência. Você deve exercitar cada um dos quatro primeiros componentes da aptidão pelo
menos três vezes por semana. Exercício pouco frequente pode fazer mais mal do que bem.
Regularidade é também importante em repouso, dormindo, e seguindo uma dieta sensata.
Progressão – A intensidade e/ou duração do exercício devem aumentar gradualmente para
melhorar o nível de aptidão (fitness).
Equilíbrio – Para ser eficaz, um programa deve incluir atividades que abordem todos os
componentes da aptidão, já que enfatizar demais qualquer um deles pode prejudicar os outros.
Variedade – Fornecendo uma variedade de atividades reduz o tédio e aumenta a motivação
e progresso.
Especificidade – A formação deve ser voltada para objetivos específicos. Por exemplo, as
pessoas se tornam melhores corredoras se sua formação enfatiza corridas. Embora a natação seja
um ótimo exercício, nadar 2 quilômetros não ajuda tanto alguém que busca aperfeiçoar sua corrida
quanto um programa focado em corridas.
Capacidades Físicas
Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num organismo
humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento
comumente classificadas em diversos tipos.
Muitas vezes, deficiências em algumas capacidade físicaspodem levar uma pessoa a
experimentar dificuldades para participar de certas manifestações da Cultura de Movimento.
É através das capacidades físicas que se conseguem executar ações motoras, desde as mais
simples às mais complexas (andar, correr, saltar, nadar, etc).
O fato de ser mais veloz, maisflexível ou mais forte tem uma origem hereditária,
transmissívelde pais para filhos, mas também tem a ver com a forma comovamos
desenvolvendo/treinando as referidas capacidades ao longo dos anos.
FORÇA:
"Capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por meio de ações
musculares."
VELOCIDADE
"Capacidade de executar movimentos cíclicos na mais alta velocidade individual
possível."
EQUILIBRIO
Equilíbrio: "É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares
com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade.
Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.
COORDENAÇÃO MOTORA
Coordenação Motora (destreza): "É a capacidade física que permite realizar uma
sequência de exercícios de forma coordenada."
Até onde vai o espírito competitivo na prática esportiva? Até onde deve ir? Essa é uma
questão muito antiga, que vem à tona com recentes acontecimentos no futebol brasileiro. No ano
passado, num jogo Junior entre Vasco da Gama e Sport, o goleiro rubro-negro saiu correndo de
sua área somente para dar uma violenta voadora na cabeça de um jovem cruzmaltino. A vítima
saiu de campo dentro de uma ambulância. No jogo Flamengo e Palmeiras, pelo primeiro turno do
campeonato brasileiro em 2011, o palmeirense Kléber não devolveu a bola aos flamenguistas após
a partida ser interrompida para atendimento médico enquanto a bola estava com o time carioca.
Ao contrário, o atacante foi em direção ao gol adversário. Certamente todas as pessoas são
contrárias à atitude expressa no primeiro exemplo. A maioria reprova o comportamento do
atacante alviverde. Mas há uma diferença importante quanto aos dois exemplos. No primeiro, o
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Sport não tinha nada a ganhar com aquela conduta, sendo ela absolutamente antidesportiva e
ilegal. O jogador palmeirense, por sua vez, poderia marcar um gol para sua equipe, e ele não
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estava fazendo nada que fosse, a rigor, contra as regras do jogo.
O fairplay consiste em deixar de fazer algo benéfico ao competidor ou ao time em situações
cuja regra permite fazê-lo, mas o bom senso e a ética não. Abre-se mão da possibilidade de, por
exemplo, marcar um gol, em troca do “cavalheirismo” esportismo. Isso ajuda a manter uma
atmosfera amistosa, de confiança recíproca entre os adversários em contextos cuja obediência
somente às regras, em sentido estrito, pode gerar injustiças flagrantes.
É interessante pensar que entre as duas práticas explicitadas acima haja uma relação. Não
entre elas em concreto, é claro, mas uma relação entre seus tipos, indiretamente. Ou seja, a
violação de costumes do fairplay contribui para a existência de conflitos que ultrapassam os
limites da competição esportiva. O esporte tem como elemento basilar a competição, espécie de
conflito que se desenvolve dentro de determinadas regras. Não aderir aos ditames do fairplay –
que, como explicitado, não são as regras do jogo – é priorizar a competição sobre o bom senso e
companheirismo, mas não sobre o jogo em si. Abre-se espaço, no entanto, para ir mais adiante. A
atmosfera esportiva fica comprometida, e por mais que as regras não tenham sido violadas, o
imperativo do conflito pode estimular práticas violentas, que nada mais são do que o conflito em
outra forma, deixando de estar no campo do esporte (a não ser que seja luta livre).
Não bastasse, então, o prejuízo que o não cumprimento do fairplay acarreta diretamente,
qual seja o declínio do respeito pelo adversário e da beleza do espetáculo, ocorre, também, uma
influência negativa na cultura esportiva, estimulando atos de violência. O ethos esportivo é, sem
dúvida, constituído essencialmente pelo conflito, pela dualidade vitória/derrota, cuja polarização
se dá pelo desempenho no jogo. Ele é, assim, meritocrático, premiando os que conseguiram
alcançar os objetivos em questão. Dele, então, deve fazer parte o espírito do fairplay, que delineia
limites à competição para além das regras, justamente para prevenir o abuso da regra em
detrimento do mérito.
Handebol e Futsal
História do handebol
http://www.coladaweb.com/educacao-fisica/handebol
5.2 Futsal
O Futsal, também conhecido como Futebol de Salão, é uma modalidade esportiva que
foi adaptada do Futebol de campo para as quadras.
Apesar de ser quase a mesma coisa que Futebol em termos de fundamento, o Futsal possui regras
totalmente diferentes. E são raros os atletas que se conseguem jogar com a mesma eficiência nas
duas modalidades.
Fundamentos
Os principais fundamentos do futebol de Salão são:
Passe: É quando o jogador passa a bola para um companheiro da sua equipe.
Drible: É o ato em que o jogador usa a bola para enganar o adversário, deixando-o para trás.
Finta: É o ato de enganar o adversário sem tocar na bola.
Cabeceio: É a ação de cabecear a bola que tem como objetivo defender ou marcar um gol.
Chute: É a ação de chutar a bola,quando a bola estiver parada ou em movimento, visando
dar a ela uma trajetória em direção a um objetivo, seja este o gol, outro jogador ou tirá-la de jogo
(existem varias formas de chute).
Recepção: É a ação de interromper a trajetória da bola vinda de passes ou arremessos.
Condução: É a ação de progredir com a bola por todos os espaços possíveis de jogo.
Domínio de bola: É a ação de dominar a bola com qualquer parte do corpo, exceto as mãos
(braços).
Finalização: É o ato de chutar a bola, visando realizar o objetivo mais esperado, que é
marcar o gol.
Esquema de Jogo
Os esquemas de jogo mais adotado pelas equipes são: 2-2, 1-3, 3-1, 1-2-1. Estes esquemas
são os comumente praticados durante o desenvolver de uma partida, sendo que uma equipe varia
constantemente tais esquemas, de acordo com as necessidades e principalmente de acordo com o
adversário.
Sistema de Marcação
1- DIMENSÕES
A quadra de jogo será um retângulo com o comprimento de 40 metros e largura de 20
metros.
As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas 2 (dois)
metros de qualquer obstáculo (rede de proteção, tela, grade ou parede).
2- A MARCAÇÃO DA QUADRA
Todas as linhas demarcatórias da quadra deverão ser bem visíveis, com 8 (oito) centímetros
de largura.
• As linhas limítrofes de maior comprimento denominam-se linhas laterais e as de menor
comprimento linhas de meta.
• Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma extremidade a outra das
linhas laterais, equidistantes às linhas de meta.
• O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com 10 (dez) centímetros de
raio.
• Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3
(três) metros.
• Nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta serão
demarcados ¼ (um quarto) de círculo com 25 centímetros de raio de onde serão cobrados os
arremessos de canto. O raio de 25 centímetros partirá do vértice externo do ângulo formado pelas
linhas lateral e de meta até o extremo externo da nova linha.
• As linhas demarcatórias integram e pertencem à quadra de jogo.
3- ÁREA DE META
Nas quadras, em cada extremidade da quadra, a 6 (seis) metros de distância de cada poste de
meta haverá um semicírculo perpendicular à linha de meta que se estenderá ao interior da quadra
com um raio de 6 (seis) metros. A parte superior deste semicírculo será uma linha reta de 3,16
(três metros e dezesseis centímetros), paralela a linha de meta, entre os postes. A superfície dentro
deste semicírculo denomina-se área de meta. As linhas demarcatórias fazem parte da área de meta.
4- PENALIDADE MÁXIMA
A distância de 6 (seis) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária
em ângulo reto com a linha de meta e assinalada por um pequeno círculo de 10 (dez) centímetros
de raio, serão marcados os respectivos sinais de penalidade máxima.
5- TIRO LIVRE SEM BARREIRA
A distância de 10 (dez) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária
em ângulo reto com a linha de meta, serão marcados o respectivos sinais, de onde serão cobrados
os tiros livres sem barreira, nas hipóteses previstas nestas regras. A distância de 5 (cinco) metros
do ponto central da meta em ângulo reto com a linha de meta, deverá ser marcado com uma linha
tracejada de 60 (sessenta) centímetros, paralela a linha de meta, para demarcar a distância mínima
em que o goleiro poderá ficar na cobrança dos tiros livres sem barreira.
6- ZONA DE SUBSTITUIÇÕES
É o espaço determinado na linha lateral, do lado onde se encontra a mesa de anotações e
cronometragem, iniciando-se a uma distância de 5 (cinco) metros para cada lado partindo da linha
divisória do meio da quadra. Para cada zona haverá um espaço de 5 (cinco) metros identificados
com linhas de 80 (oitenta) centímetros, ficando 40 (quarenta) centímetros no interior da quadra e
40 (quarenta) centímetros para fora da quadra. Por entre estas linhas de 80 (oitenta) centímetros os
atletas deverão entrar e sair da quadra por ocasião das substituições. O espaço a frente da mesa do
Regras do Futsal
https://docs.google.com/document/d/1pFeh2fWMXCh7iiwzN_PVFGUUQZpglQ0A0QsWX
myIwTk/edit
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As deformidades da coluna vertebral raramente ocorrem num único plano e são geralmente
em três dimensões. Muitas vezes, são definidas como uma deformidade de torção tridimensional
da coluna vertebral e do tronco e podem ocorrer isoladas ou associadas.Os tipos mais comuns são:
cifose, escoliose e lordose.
Epidemiologia
Esses desvios na coluna
correm na infância
emcerca de 60% dos
meninos. Nos adolescentes,
as meninas representam
90%. Chamamos de
escoliose do adolescente,
também denominado
escoliose idiopática do
adolescente (EIA), ocorre
em cerca de 2-3% da
população em geral.
Mulheres estão em maior risco, muitas vezes necessitando de tratamento cirúrgico, se o tratamento
não-cirúrgico não consegue parar curvatura. Escoliose adulta ocorre após a maturidade sexual.
Fatores de risco
A curvatura anormal da coluna vertebral pode resultar de doença da coluna vertebral, incluindo
trauma ou desequilíbrio do sistema neuromuscular. Pode ser congênita. Pode ser produzido por
pernas de comprimentos diferentes. Em adultos, a cifose está muitas vezes relacionada com
osteoporose, mas em crianças pode ser devido a uma lesão, um tumor sobre a coluna vertebral, ou
uma desordem genética, tais como a síndrome ou espinha bífida de Hunter. Cerca de 80%
das escolioses são idiopáticas (sem causa definida).
Os sintomas
A doença leve é geralmente indolor, mas, como deformidade cresce, a dor normalmente pode
aparecer. A escoliose em crianças ou adolescentes é muitas vezes detectada em exames derotina.
Os pacientes com EIA mais frequentemente apresentam ombros desnivelados, cintura sem
assimetria (um quadril saindo mais do que o outro), ou uma proeminência na costela.
Pernas podem ser mais curtas após um trauma grave com fraturas ou se há desequilíbrio
neuromuscular antes da idade adulta, como com a poliomielite, mas o encurtamento de 1 cm ou 2
cm, muitas vezes ocorre sem causa aparente.
Tratamento
Tratar dos desvios da coluna depende do tipo de doença, a severidade, o prognóstico e a tolerância
do paciente para várias intervenções. Diagnóstico e intervenção precoce são benéficas.
Administração pode ser dividida em: observação, órtese, operação.
Os objetivos do tratamento são: parar a progressão da curva na puberdade (ou possivelmente até
mesmo reduzi-la), prevenir ou tratar a disfunção respiratória, prevenir ou tratar síndromes de dor
na coluna vertebral, melhorar a estética através da correção postural.
As famílias devem ser informadas de que há um risco de que a órtese pode não ser bem-sucedida,
mas que as chances de sucesso são melhoradas com a disciplina e a adesão ao uso da cinta durante
o tempo recomendado, que pode ser de até 23 horas por dia. Pode ser removida para lavar roupa e
natação.
A cirurgia é recomendada em adolescentes com uma curva que tem um ângulo de Cobb superior a
45° a 50°. Os objetivos da cirurgia são, geralmente, para deter a progressão da curva de alcançar
uma fusão sólida, para corrigir a deformidade e para melhorar a aparência estética.
Funcionamento do corpo
O corpo humano é formado por diversos sistemas, que atuam juntos para garantir o
funcionamento adequado do organismo. Esses sistemas, que podem ser definidos como
conjuntos de órgãos, apesar de estarem ligados, realizam atividades específicas.
Podemos dizer que o corpo humano apresenta doze sistemas principais. São eles:
→ Sistema Tegumentar: Formado pela pele e seus anexos, tais como pelos, unhas e
glândulas. Atua, entre outras funções, isolando o corpo, evitando a perda excessiva de água e
regulando a temperatura.
→ Sistema Esquelético: Constituído basicamente por ossos e cartilagens. A principal
função desse sistema é garantir a movimentação e sustentação do nosso organismo; proteger
órgãos de impactos; produzir células sanguíneas e atuar como depósito de cálcio.
→ Sistema Articular: Formado pelas articulações, esse sistema proporciona a união das
peças do esqueleto humano.
→ Sistema Muscular: Composto pelos músculos, esse sistema garante a movimentação do
nosso corpo e a contração de órgãos.
→ Sistema Cardiovascular: É composto pelo tecido sanguíneo, vasos sanguíneos e o
coração. O objetivo desse sistema é garantir que oxigênio e nutrientes sejam levados até as células
e os produtos indesejáveis sejam removidos.
→ Sistema Respiratório: Formado por nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos e pulmões, esse sistema garante a hematose e, consequentemente, que oxigênio seja
levado às células.
→ Sistema Digestório: Composto pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso e glândulas associadas, tais como as salivares, o fígado e o pâncreas, esse sistema
quebra os alimentos em partículas menores para que possam ser aproveitadas pelo organismo.
→ Sistema Urinário: Formado por rins, ureteres, bexiga e uretra, esse sistema elimina as
substâncias tóxicas e em excesso no organismo.
→ Sistema Genital: O sistema genital masculino é formado por testículos e vias
espermáticas, enquanto o feminino é formado por ovários, tubas uterinas, útero e vagina. A
principal função desse sistema é garantir a reprodução e produção de hormônios.
→ Sistema Nervoso: Formado pelo Sistema Nervoso Central, constituído por encéfalo e
medula espinhal, e pelo Sistema Nervoso Periférico, constituído pelos nervos e gânglios, esse
sistema capta estímulos do meio externo e interno, bem como formula respostas para esses
estímulos.
Diabetes mellitus é o nome dado a um grupo de distúrbios metabólicos que resultam em níveis elevados de
glicose no sangue. Conhecido popularmente com açúcar alto no sangue, existem vários tipos e várias causas de
diabetes. Todos os tipos, porém, costumam apresentar complicações semelhantes, como maior risco de lesão
dos rins, dos olhos e dos vasos sanguíneos.
O diabetes é uma das doenças mais comuns no mundo e sua incidência tem aumentado ao longo dos
anos, devido principalmente à má alimentação e à obesidade.
Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre diabetes:
O que é glicose.
O que é glicemia.
Como se dá o controle da glicose no sangue.
O que é diabetes.
Vamos explicá-los.
Hipertensão?
Normalmente, o sangue bombeado pelo coração para irrigar os órgãos ou movimentar-se,
exerce uma força contra a parede das artérias. Quando a força que esse sangue precisa fazer está
aumentada, isto é, as artérias oferecem resistência para a passagem do sangue dizemos que há
hipertensão arterial, ou popularmente pressão alta.
Como se mede ?
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce na parede das artérias. Ela é medida em
milímetros de mercúrio.
Fatores Internos:
Falta de exercício: A vida sedentária contribui para o excesso de peso.
Má alimentação: pouco consumo de frutas e verduras e aumento do consumo de comida
rápida
Sal em excesso: pode facilitar e agravar a hipertensão arterial.
Álcool: O consumo exagerado de compromete a pressão arterial.
Tabagismo: é um fator de risco das doenças cardiovasculares
Estresse: excesso de trabalho, angústia, preocupações e ansiedade podem ser responsáveis
pela elevação da pressão.
E os sintomas:
Na maioria dos indivíduos a hipertensão arterial não causa sintomas, apesar da coincidência
do surgimento de determinados sintomas que muitos, de maneira equivocada, consideram
associados à doença, como por exemplo, dores de cabeça, sangramento pelo nariz, tontura, rubor
facial e cansaço.
Quando um indivíduo apresenta uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada,
apresenta dores de cabeça, vômito, dispnéia ou falta de ar, agitação e visão borrada decorrência de
lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.
Quais são as conseqüências?
Se não tratada, a pressão alta pode ocasionar derrames cerebrais, doenças do coração, como
infarto, insuficiência cardíaca (aumento do coração) e angina (dor no peito), insuficiência renal ou
paralisação dos rins e alterações na visão que podem levar à cegueira.
Como faço o diagnóstico?
A pressão arterial deve ser aferida com o paciente na posição sentada, respeitando um
período de repouso de 5 minutos. Medidas com valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg são
consideradas altas, mas não é possível basear o diagnóstico apenas em uma leitura. Muitas vezes
são necessárias várias leituras para estabelecer o diagnóstico. Se a leitura inicial apresentar um
valor alto, deve-se então, medi-la novamente, em seguida, mais duas vezes e, em pelo menos mais
dois outros dias, para assegurar o diagnóstico de hipertensão arterial. As leituras não apenas
revelam a presença da hipertensão arterial, mas também auxiliam na classificação de sua
gravidade.
“Hipertensão do jaleco branco”: O estresse decorrente da consulta a um médico faz com que
seja diagnosticado como hipertensão em alguém que, fora do ambiente hospitalar apresentaria uma
pressão arterial normal.
“Hipertensão mascarada”: Hipertensão arterial mascarada é a situação na qual a média da
pressão arterial determinada através de monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) ou
monitorização residencial de pressão arterial (MRPA) está elevada e a medida de pressão arterial
em consulta médica está normal.
Como é o tratamento?
A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas deve ser tratada para impedir
complicações.
A menos que haja uma necessidade evidente para uso de medicamentos imediato, como no
caso de pacientes com níveis de pressão arterial acima de 180/110 mmHg, a maioria dos pacientes
deve ter a oportunidade de reduzir sua pressão arterial através de tratamento não farmacológico,
Circunferência da cintura
O IMC não distingue entre diferentes tipos de adiposidade, alguns dos quais podem estar mais
associados a doença cardiovascular. Estudos mais recentes dos diferentes tipos de tecido adiposo
têm demonstrado, por exemplo, que a obesidade central (em forma de maçã, tipicamente
masculina) tem uma correlação muito superior à doença cardiovascular que o IMC por si só.
A circunferência absoluta (>102 cm para homens e >88 cm para mulheres) e o índice cintura-
quadril (>0.9 para homens e >0.85 para mulheres) são, ambos, utilizados como medidas da
obesidade central.
3º Bimestre
Adote algumas regras para tornar a sua alimentação diária mais saudável. Pequenas
alterações na sua rotina diária e nos seus hábitos alimentares podem fazer toda a diferença e
melhorar significativamente o seu bem-estar.
5. Hidrate-se
A ingestão de líquidos, na quantidade adequada, é uma das mais importantes regras para
uma alimentação saudável. Os líquidos, e em especial a água, devem ser consumidos ao longo do
dia, de forma a hidratar o organismo.
Beba pelo menos 6-8 copos de líquidos por dia e tente que pelo menos 3-4 sejam de água. A
quantidade recomendada de água por dia é de 1,5 a 3 litros.
Uma boa hidratação previne o cansaço e a fadiga, ajuda a eliminar toxinas, mantém as
células saudáveis e melhora a aparência e a textura da pele. A água ajuda ainda a transportar
algumas vitaminas hidrossolúveis como a vitamina B1, B2, B6, B12 e a vitamina C.
9. Reduza o sal
Limite o sal na sua dieta para menos de 6g por dia (2.4g sódio). Reduza a quantidade de sal
usada nos cozinhados, substituindo-o por ervas aromáticas.
Diminua também o consumo de snacks salgados e verifique a quantidade de sal em
alimentos pré-confeccionados (1g de sal = 0.4g de sódio).
SUBNUTRIÇÃO
Infelizmente, a subnutrição é um problema muito sério que atinge milhares de pessoas em
todo o mundo, sejam elas residentes em países desenvolvidos ou subdesenvolvidos. A subnutrição
pode ser causada por dois fatores: a alimentação deficiente ou a falta de alimentos.
A alimentação deficiente ocorre com pessoas que baseiam a sua dieta alimentar apenas em
carboidratos e gorduras, sendo essa alimentação muito pobre em frutas, verduras e proteínas como
a carne. Essa alimentação deficiente mata a fome, mas não fornece os elementos essenciais,
como vitaminas e sais minerais, necessários para o bom funcionamento do organismo.
A ingestão de alimentos em quantidade menor do que a necessária faz com que o organismo
gaste suas reservas de gordura para manter o metabolismo do corpo, levando à subnutrição.
O baixo consumo de nutrientes essenciais à vida, como vitaminas e sais minerais, pode
acarretar o aparecimento de inúmeras doenças, como raquitismo, escorbuto, dores de cabeça,
osteoporose, cegueira-noturna, e outras, sendo que a subnutrição é uma das principais causas de
morte de crianças em alguns países.
Dentre os fatores que agravam o problema da subnutrição, podemos citar alguns como:
- aumento da população;
- má distribuição de renda;
- precários sistemas de distribuição de alimentos;
- desastres naturais;
- baixa escolaridade;
- falta de água e áreas disponíveis para agricultura.
NUTRIENTES: SUBSTÂNCIAS FUNDAMENTAIS PARA A SAÚDE
Os nutrientes são substâncias utilizadas pelo organismo por meio da alimentação e têm como
objetivo fazer com que o organismo funcione perfeitamente. Eles são divididos em
‘macronutrientes’ e ‘micronutrientes’.
Proteínas
As proteínas têm um papel importantíssimo para o organismo, uma vez que elas regulam a
concentração muscular, ajudam na formação dos hormônios e de anticorpos e auxiliam a dilatação
e a concentração dos vasos sanguíneos. Ou seja, elas têm uma função construtora e reparadora
para o organismo.
Podem ser denominadas de proteína animal ou proteína vegetal. As proteínas de origem
animal são encontradas nas carnes, ovos, frangos, leites e derivados. Este tipo de proteína é
considerado essencial por fornecer a quantidade exata para o funcionamento do sistema.
Já as proteínas de origem vegetal, que são os feijões, lentilhas, grão-de-bico, entre outros,
são consideradas incompletas por serem pobres na produção de aminoácidos essenciais, o que faz
com que o organismo não funcione do modo correto.
Lipídios ou gordura
As gorduras que também são chamadas de lipídios têm a função não só de reserva de
energia, mas também são utilizadas para construir a membrana das células na produção de alguns
hormônios para proteger o corpo contra o frio e traumatismos.
Além disso, são muito importantes, pois têm ácidos graxos essenciais e vitaminas
lipossolúveis, mas devem ser consumidas com cuidado, pois o excesso pode levar à obesidade.
Elas podem ser encontradas tanto em alimentos de origem vegetal, quanto em alimentos de origem
animal. E são divididas em três grupos: Saturadas, Gordura Trans e Insaturadas. A seguir vamos
entender o que significa cada uma delas.
- Saturadas: Encontradas nos produtos de origem animal, são consideradas as mais perigosas.
Seus efeitos são a elevação dos níveis de colesterol no sangue, o que pode causar doenças
cardiovasculares futuramente.
- Gordura Trans: Faz parte das saturadas e podemos ingeri-las por meio de óleos vegetais. É
mais nociva que as gorduras saturadas, elevando o LDL (colesterol ruim) e diminuindo o HDL
(colesterol bom).
- Insaturadas: Essas têm um papel importante na redução do colesterol total. Por exemplo, os
peixes são ricos em gorduras insaturadas. São consideradas menos perigosas.
Como as vitaminas, os sais minerais também são essenciais para regular as funções do
corpo. Existem oito principais tipos de minerais, são eles: cálcio, fósforo, ferro, potássio, sódio,
iodo, magnésio e enxofre. A seguir você conhecerá detalhadamente cada um deles.
O cálcio é o componente básico da estrutura óssea, ajuda a construir os dentes e tem
função antialérgica e desintoxicante, além disso, estabelece equilíbrio com o ferro e cicatriza
ferimentos. Você encontrará este mineral em leites e derivados, sardinha, salmão, verduras, frutas
cítricas e no pão integral.
O fósforo está ligado à formação de tecidos duros, protege os músculos, facilita a absorção
da glicose e da vitamina B2. Além disso, ele é um componente das células nervosas e cerebrais,
além de ter equilíbrio com o cálcio. O fósforo é encontrado em carnes em geral, feijão, cebola,
couve, abóbora, abacaxi, ameixa, ente outros.
O terceiro mineral é o ferro, sendo ele o responsável pela formação de glóbulos vermelhos
no sangue e auxilia na respiração celular e também previne a anemia. Você encontrará este
mineral em ostras, fígado, feijão, vagem, agrião, beterraba, tomate, pimentão, repolho, banana,
frutas secas, mel, entre outros.
Outro mineral importante para o funcionamento do organismo é o potássio. Ele interfere no
metabolismo das proteínas e proporciona flexibilidade aos músculos e boa disposição. O potássio
se encontra no melado, arroz integral, raízes, frutas, mel e entre outros.
O sódio ajuda na digestão, neutraliza a acidez, evita a fermentação, além disso, evita
cãibras e purifica o sangue. Pode ser encontrado em carnes em geral, peixes, cereais integrais,
coco, nabo, morango, figo, entre outros.
O sexto mineral essencial é o iodo. Ele protege a glândula tireoide, regula o metabolismo,
evita a queda de cabelo e auxilia no desenvolvimento sexual e na inteligência. Você encontrará o
iodo nos moluscos, camarão, mariscos, alho, cebola, tomate, repolho, agrião, aveia e algas
marinhas. O magnésio auxilia o metabolismo dos glicídios e do cálcio, participa na formação dos
ossos e no sistema enzimático. Pode ser encontrado em folhas verdes, feijão, vagens, lentilhas,
soja e na banana.
Por último, vem o mineral enxofre, que faz parte da molécula proteica, facilita na fixação
do hidrogênio e interfere no sistema respiratório. Ele pode ser encontrado no repolho, pepino,
pimentão, feijão, leguminosas e amendoim.
Água
Manter-se hidratado é muito importante para que o corpo opere suas funções de modo adequado,
além de ser um hidratante natural da pele, sustenta também uma boa aparência. Seu parceiro
fundamental é o rim, uma vez que ele serve para eliminar substâncias tóxicas do corpo e estimula
o funcionamento do intestino.
Quando você bebe água, as formas na qual a água é eliminada do seu corpo é por meio da
Portanto, para equilibrar com uma alimentação saudável e balanceada, você tem que tomar
bastante água, não só para manter o corpo hidratado, mas para as funções do organismo serem
executadas de forma correta.
Fibra
A fibra, assim como os outros nutrientes, tem um papel fundamental para o sistema
digestivo. Suas funções essenciais são a redução de doenças relacionadas com o sistema digestivo,
por exemplo, hemorroidas, prisão de ventre, arteriosclerose, diverticulose, entre outros.
Ela pode ser utilizada no controle da obesidade, por exemplo, uma vez que esta oferece uma
sensação de saciedade, evita o excesso de colesterol e controla a diabetes. Quando consumida em
forma de cereais, leguminosas, arroz, batatas, entre outros, consequentemente, o consumo de
carnes, gorduras e açúcares diminuem, fazendo com que o controle para perda de peso seja
executado com sucesso.
Além disso, uma dieta equilibrada e variada com fibras alimentares faz com que a
mastigação e salivação aumentem o que faz a digestão melhorar. Você pode encontrar as fibras em
frutas, legumes e vegetais diversos.
Mas lembre-se, quando nos alimentamos temos que digerir um componente de cada grupo
alimentar para ter uma dieta saudável, variada e balanceada.
Nutrientes
Os nutrientes são substâncias utilizadas pelo organismo por meio da alimentação e têm
como objetivo fazer com que o organismo funcione perfeitamente. Eles são divididos em
‘macronutrientes’ e ‘micronutrientes’.
Os macronutrientes são os carboidratos, proteínas e as gorduras. Os micronutrientes são as
vitaminas, minerais, água e fibras.
Distúrbio Alimentar?
Os Distúrbios alimentares são as doenças mentais que causam distúrbios sérios na dieta
diária de uma pessoa. Pode manifestar como comendo extremamente pequenas quantidades de
alimento ou severamente comendo demais. A circunstância pode começar como apenas comendo
demasiado pouco ou demasiado mas a obsessão com comer e alimento sobre toma sobre a vida de
uma pessoa que conduz às mudanças severas.
Além do que comer anormal os testes padrões são aflição e interesse sobre o peso corporal
ou forma. Estas desordens coexistem freqüentemente com outras doenças mentais tais como a
depressão, o abuso de substâncias, ou as perturbações da ansiedade.
Os Distúrbios alimentares quando manifestados em uma idade nova podem causar o
prejuízo severo no crescimento, na revelação, na fertilidade e no bem estar mental e social total.
Além, igualmente levantam o risco de uma morte adiantada. Os Povos com anorexias nervosas são
18 vezes mais prováveis de morrer comparado cedo com os povos da idade similar na população
geral.
VOLEIBOL
FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL
Definem-se fundamentos como sendo as partes que, quando somadas compõem o jogo como
um todo. Os fundamentos técnicos do jogo são: o saque, a recepção, o levantamento, o ataque, o
bloqueio e a defesa (RIBEIRO, 2004).
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
De acordo com a sua dependência ou não do adversário, podem ser classificados como princípios
ofensivos, que são os que podem resultar em ponto (saque, levantamento, ataque); e princípios
14
defensivos, que não resultam em ponto direto (recepção, defesa) (RIBEIRO, 2004). O bloqueio,
por suas particularidades pode ser considerado um princípio tanto ofensivo, quanto defensivo.
Além dos fundamentos, nós temos os chamados elementos, que são recursos técnicos utilizados
para a execução dos fundamentos. Nesta categoria temos as posturas básicas ou posições de
expectativa, deslocamentos, toque e manchete, além de outros menos utilizados.
Os fundamentos e elementos caracterizam o voleibol. Quanto melhor for a técnica de execução de
ambos, maior será o nível de proficiência na modalidade do praticante.
Saque
Uma das principais características do saque é o fato de ser a única ação do jogo que depende
somente do executor. O saque é a primeira ação do rally. Portanto, o executor pode planejar com
antecedência todo o movimento, diferentemente das demais situações de jogo. Desta forma, O
saque é a única habilidade motora fechada do voleibol (ZACARON e KREBS, 2006).
Quando o voleibol foi criado, o objetivo do saque era eminentemente colocar a bola em jogo. Com
a evolução do desporto, passou a ser uma forma de dificultar as ações do adversário e, até mesmo,
um meio de conseguir o ponto em disputa diretamente (RIBEIRO, 2004).
Um bom saque se caracteriza pela sua precisão, potência, irregularidade da trajetória da bola,
emprego estratégico e nível de dificuldade imposto ao adversário. É interessante que o atleta de
voleibol domine mais de um tipo de saque (MACHADO, 2006).
Os tipos de saque mais utilizado são:
• Saque por baixo – É um tipo de saque que atualmente só é utilizado por crianças no início da
aprendizagem, praticantes com pouca habilidade ou que não tem condições físicas de realizar um
saque mais potente. Possui um índice de precisão satisfatório, sendo essa sua principal virtude.
Deve ser incentivado o seu uso em treinamento de iniciantes, pois a sua baixa potência permite a
continuidade do jogo por mais vezes (ROCHA, 2004).
• Saque por cima (tipo tênis) – Em virtude da velocidade do braço e do ângulo de contato com a
bola, o saque por cima é bem mais potente do que o por baixo. Exige um maior controle motor do
executante. É o tipo de saque mais utilizado por praticantes de nível intermediário, além de ser
utilizado no alto nível. É um saque mais agressivo do que o por baixo, porém mais conservador do
que os tipos que veremos adiante (ROCHA, 2005).
• Saque flutuante com salto: É uma evolução do saque por cima. O aluno deve manter os
procedimentos técnicos do saque anterior e acrescentar um salto antes de sua execução, devendo
buscar o contato com a bola no ponto de máximo alcance possível. O golpe na bola deve ser com a
palma da mão rígida, buscando imprimir uma trajetória irregular e sem giros no seu percurso
(BIZZOCHI, 2004).
• Saque viagem ao fundo do mar: É o saque mais forte que se conhece. Consequentemente é o
mais utilizado no alto nível atualmente. Para a sua execução o atleta deve lançar a bola para o alto
e fazer um gesto semelhante ao da cortada, golpeando a bola no ponto mais alto e imprimindo uma
rotação da bola de cima para baixo, através de uma violenta flexão do punho (RIBEIRO, 2004).
Os jogadores iniciantes devem se preocupar prioritariamente em acertar a técnica para a execução
do saque. Na medida em que o nível técnico vai aumentando e o aluno tem um maior controle
sobre o saque, deve ser incentivado que o aluno busque alvos específicos, direcionando o saque
para estes (MACHADO, 2006).
Recepção
Como visto anteriormente, a construção de uma jogada é realizada, normalmente, através dos três
Levantamento
É a ação preparatória para a finalização da jogada ofensiva da equipe, sendo normalmente
o segundo toque dos três que a equipe tem direito. É uma habilidade que requer extrema precisão,
sendo considerada uma habilidade motora fina. Assim, o toque é o recurso que mais é utilizado
para a sua realização (BOJIKIAN, 2003). Com a evolução do voleibol, o levantamento deixou de
ser apenas a ação de erguer a bola para o alto para ter um aspecto tático/estratégico vital para a
finalização das jogadas.
O levantamento é um fundamento primordial para o sucesso da jogada ofensiva da equipe.
O atleta que desempenha esta função deve ter uma visão apurada do jogo, conseguindo ter uma
boa leitura das características de seus adversários, para explorar suas possíveis falhas, além de
perceber as virtudes e o momento psicológico de seus atacantes. Por tantas atribuições complexas,
o levantador é considerado a alma da equipe (RIBEIRO, 2004).
Diversas formas de toque podem ser efetuadas para sua realização. O mais fácil e comum é
o toque para frente. Porém, levantadores habilidosos utilizam-se dos toques laterais, para trás e em
suspensão (toque com salto) para a sua realização. Em casos de recepção inadequada, recursos
como à manchete e o levantamento com apenas uma das mãos devem ser utilizados (RIBEIRO,
2004).
O levantador pode optar pela execução do levantamento obedecendo a diferentes empregos
estratégicos no contexto do jogo, condicionados a sua habilidade e a dos seus atacantes. Sendo
assim, temos as alternativas de ataque denominadas de ataque de ponta, com bolas altas ou
rápidas; ataque de meio (rápidas); jogadas combinadas; ataques de fundo da quadra; entre outras.
Ataque
É o fundamento do jogo que desperta o maior interesse na maioria dos praticantes. Constitui-se de
uma combinação de movimentos que culmina com um golpe na bola no ponto mais alto possível,
que na maioria das vezes encerra um rally.
O ataque é um fundamento que normalmente motiva o aprendiz e é praticado espontaneamente
pelos alunos nos momentos de intervalo de treinamento e mesmo nos momentos em que não está
treinando. Atualmente temos ciência de um grande número de brincadeiras que envolvem o
ataque. Tal situação favorece o aparecimento de alguns erros técnicos (BIZZOCHI, 2004).
É uma habilidade motora de execução bastante complexa. Sua preparação para a realização varia
em consequência da recepção e da trajetória do levantamento. Um bom atacante deve dominar
golpes variados para sua execução, já que o tempo que ele tem para decidir no momento da jogada
é pequeno (MACHADO, 2006).
O alcance do jogador no momento de golpear a bola e o entendimento da dinâmica do jogo e das
várias situações a ela inerentes são outros importantes requisitos, que podem ajudar na formação
Bloqueio
É o fundamento que busca interceptar ou diminuir a velocidade do ataque do adversário
próximo a rede. Tem como particularidade o fato de poder ter um caráter tanto ofensivo quanto
defensivo, de acordo com seu emprego estratégico no jogo.
O bloqueio é um fundamento considerado de fácil aprendizado, porém de difícil
aplicabilidade no jogo. Este fato é decorrente dos poucos elementos inerentes à dinâmica da sua
execução, que contrasta com o reduzido tempo para o sucesso de sua ação, ou seja, conseguir
parar o ataque adversário (BIZZOCHI, 2004).
A dificuldade da sua aplicação em situações concretas de jogo está relacionada ao seu
confronto direto contra o ataque. Como a bola está de posse de seu adversário, este é quem decide
qual a natureza do ataque a ser realizado, com o bloqueador só tomando ciência após a efetivação
do levantamento. Sendo assim, toda movimentação necessária para sua realização tem que ser
feita em um tempo mínimo.
Talvez seja o fundamento que maior desgaste ocasiona em seu treinamento e, ao contrário
do ataque, não é dos mais estimulantes para o aluno, provavelmente pelos poucos sucessos
conseguidos em sua execução (RIBEIRO, 2004).
Defesa
É a ação que visa impedir o ataque adversário, quando este passa pelo bloqueio. É o fundamento
que mais recursos são utilizados para a sua execução, com o próprio corpo servindo como uma
espécie de escudo para defender a bola. A coragem é um pré-requisito indispensável para a
formação de um bom defensor (BIZZOCHI, 2004).
A importância da defesa na dinâmica do jogo pode ser entendida a partir da constatação que cada
vez que se executa uma defesa com sucesso, o adversário deixa de pontuar e a equipe que
defendeu tem condições de executar um contra-ataque, passando a ter uma maior possibilidade de
vencer o rally em disputa (RIBEIRO, 2004).
O ângulo descrito pelo ataque e a velocidade do mesmo são fatores que contribuem para a
dificuldade em obter sucesso nas ações defensivas. O jogador de defesa deve atuar em conjunto
com seu colega de bloqueio, procurando minimizar os espaços vulneráveis na quadra, já que o
tempo não é suficiente para realização de deslocamentos.
O entendimento do jogo faz com que o jogador tenha uma melhor leitura das ações do seu
oponente, podendo se antecipar à ação deste, diminuindo sua desvantagem. Aspectos importantes
a serem analisados pelo defensor são a velocidade da bola, a proximidade da bola com a rede, as
características individuais dos atacantes, entre outras (BOJIKIAN, 2003).
REGRAS DO VOLEIBOL
MOVIMENTOS
Os principais movimentos no vôlei são os seguintes:
Saque, uma bola lançada na quadra adversária, no início da disputa por pontos;
Cortada, uma forte batida na bola com uma das mãos;
Bloqueio, uma jogada em que um ou mais jogadores interrompem a trajetória da bola,
próxima à rede, após a cortada de um adversário;
Recepção, que é um início de defesa, sendo o movimento executado após o saque do
adversário;
Defesa, um movimento executado após o ataque adversário, quando a bola passa pelo
bloqueio;
Levantamento, que é o passe que antecede o ataque.
Ginástica
A ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas e
envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação
motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental.
Desenvolveu-se, efetivamente, a partir dos exercícios físicos realizados pelos soldados
da Grécia Antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e habilidades
semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas. Naquela época, os
ginastas praticavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos chamados gymnasios,
patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser retomada - com ênfase desportiva e militar -
no final do século XVIII, na Europa, através de Jean Jacques Rousseau, do posterior nascimento
da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de
força - e da escola sueca, de Pehr Henrik Ling, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prática
do esporte. Tais avanços geraram a chamada ginástica moderna, agora subdividida.
Anos mais tarde, a Federação Internacional de Ginástica foi fundada, para regulamentar,
sistematizar e organizar todas as suas ramificações surgidas posteriormente. Já as práticas não
competitivas, popularizaram-se e difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas
finalidades e praticantes.
Dança
Desde 1982, no dia 29 de abril, comemora-se o dia internacional da dança, instituído pela
UNESCO em homenagem ao criador do balé moderno, Jean-Georges Noverre.
A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos,
criando uma harmonia própria.
Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os movimentos
podem acontecer independente do som que se ouve, e até mesmo sem ele.
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na Pré-História, quando os
homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo
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que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, em que as
pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros
dessas danças mostram que elas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo.
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das
comemorações aos jogos olímpicos.
O Japão preservou o caráter religioso das danças. Até hoje, elas são feitas nas cerimônias
dos tempos primitivos.
Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco
(deus do vinho), e dançava-se em festas e bacanais.
Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se
perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que
surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música,
vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura.
No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, em que cada localidade
apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a
valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais
conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e,
consequentemente, os ritmos das danças.
Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se
difundindo.
O maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois através das danças vindas dos negros,
dos índios e dos europeus esses ritmos se originaram.
Hoje em dia as danças voltaram-se muito para o lado da sensualidade, sendo mais
divulgadas e aceitas por todo o mundo. Nos países do Oriente Médio a dança do ventre é muito
difundida; e no Brasil, o funk e o samba são populares. Além desses, o strip-tease tem tido grande
repercussão, principalmente se unido à dança inglesa, pole dance, também conhecida como a
dança do cano
CENAS DOS FILMES KARATÊ KID (ACIMA VERSÃO DE 1984 E ABAIXO VERSÃO
DE 2010) QUE VALORIZAM A RELAÇÃO MESTRE E DÍSCIPULO
A expansão do caratê e de outras lutas é percebida em desenhos animados,
brinquedos, jogos de cartas, torneios de combate,jogos de vídeo game e tabuleiros e nos mangás,
histórias em quadrinhos conhecidas pelo público adolescente que aprecia o gênero.
Outra característica é que as artes marciais foram praticadas de forma restrita entre familiares ou
ensinada para poucos discípulos.
Nas artes marciais orientais são comuns preceitos filosóficos dando sentido aos movimentos
técnicos e a conduta dos lutadores:
No “TAEKWONDO”, são utilizados alguns conceitos norteadores para a arte marcial:
cortesia, integridade, perseverança e autocontrole e espírito indomável. "Tae", refere-se
ao "pé" ;"Kwon", refere-se a "mão" ; "Do", refere-se a "arte" ou ao "caminho".Por tanto,
coletiva e literalmente, "Taekwon-Do" significa "O caminho do pé e da mão".
O CARATÊ é uma arte onde uma pessoa aprende a utilizar as suas mãos ou outros
membros do corpo (pés, joelhos, …) para se defender. TE significa em
japonês Mão; KARA significa em japonês Vazio.Deste modo KARATE = KARA + TE significa
então “Mão vazia”.
O MUAY THAI, é uma luta originária da Tailândia, também conhecido como boxe
tailândes. Arte marcial tailandesa com mais de 2000 anos de existência usada como forma de
defesa nas guerras. MU = marcial; AY = arte; THAI = referente ao povo tailândes. Na
Tailândia também é chamada de "LUTA DA LIBERDADE", pois era com ela que o povo
tailandês se defendia dos inimigos que tentavam ocupar o seu territória.
É conhecida mundialmente como a Arte das Oito Armas, pois se caracteriza pelo uso
combinado dos dois punhos + dois cotovelos + dois joelhos + duas 'canelas e pés‘.Basicamente
seriam os movimentos do boxe acrescidos de joelhadas, cotoveladas e caneladas.
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
23
O KRAV MAGÁ (em hebraico: מגע קרב, significa "combate próximo/de contato") é um
sistema de combate corpo a corpo, desenvolvido em Israel, que envolve técnicas de luta,
agarramento e golpeamento. O KRAV MAGÁ é um sistema de combate, utilizado basicamente
para defesa pessoal.
LUTAS
4º Bimestre
A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns
conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo
salvar vidas.
O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em
mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além
disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem
riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer
ainda mais a saúde da vítima.
O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar socorro à vítima de
acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime.
Conceitos preliminares
Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima. A pessoa que
chama por socorro especializado, por exemplo, já está prestando e providenciando socorro.
Qualquer pessoa que deixe de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo,
estará cometendo o crime de omissão de socorro, mesmo que não seja a causadora do evento.
A omissão de socorro e a falta de atendimento de primeiros socorros eficiente são os
principais motivos de mortes e danos irreversíveis nas vítimas de acidentes de trânsito.
Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas são os mais
importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas.
Todos os seres humanos são possuidores de um forte espírito de solidariedade e é este
sentimento que nos impulsiona para tentar ajudar as pessoas em dificuldades. Nestes trágicos
momentos, após os acidentes, muitas vezes entre a vida e a morte, as vítimas são totalmente
dependentes do auxílio de terceiros.
Acontece que somente o espírito de solidariedade não basta. Para que possamos prestar um
socorro de emergência correto e eficiente, precisamos dominar as técnicas de primeiros socorros.
Algumas pessoas pensam que na hora de emergência não terão coragem ou habilidade
suficiente, mas isso não deve ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca
sabemos quando teremos que utilizá-las.
Socorrista: É como chamamos o profissional em atendimento de emergência. Portanto, uma
pessoa que possui apenas o curso básico de Primeiros Socorros não deve ser chamado de
Socorrista e sim de atendente de emergência.
ANÁLISE PRIMÁRIA
(Processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que ameacem a vida em
curto prazo).
(A) Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar responsividade e verificar permeabilidade
das vias aéreas.
(B) Verificar respiração e ministrar oxigênio.
(C) Verificar circulação e hemorragias.
(D) Realizar exame neurológico sucinto.
(E) Expor a vítima (prevenir hipotermia).
(A) Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar responsividade e verificar
permeabilidade das vias aéreas.
1. Apoiar a cabeça da vítima para evitar movimentação (estabilização manual da coluna cervical)
até a colocação do colar cervical e protetor lateral de cabeça.
2. Chamar a vítima pelo menos três vezes (Ei, você está me ouvindo? Ei, você pode me ouvir? Ei,
fala comigo?) tocando em seu ombro sem movimentá-la.
Se a vítima estiver inconsciente, solicite imediatamente por apoio, no caso de Bombeiros, informe
ao Centro de comunicação;
Observe nas figuras abaixo qual tipo de manobra deverá ser efetuada...
1. Fazer abertura das vias aéreas, por uma das manobras:
· Manobra de elevação da mandíbula;
· Manobra de tração do queixo;
· Manobra de extensão da cabeça, nos casos em que não há suspeita de trauma de coluna cervical;
2. Fazer aspiração, caso haja vômito ou sangue nas vias aéreas;
3. Utilizar a cânula orofaríngea.
Se a vítima estiver consciente
Observação
Assim que possível, obtenha auxílio de outro socorrista para
auxiliar na manutenção da abertura das vias aéreas e na
estabilização da coluna cervical.
Observação
Este procedimento aplica-se apenas às vitimas que não
possua indícios de ter sofrido trauma de coluna vertebral,
especialmente, lesão cervical.
Se a vítima respira instale imediatamente uma fonte de oxigênio (máscara facial ou cateter).
Procedimentos Operacionais
abaixo de acima de
entre 28 dias e 8 anos
28 dias 8 anos
Ressucitador
3 lpm 5lpm 10 lpm
manual c/ máscara
(C) Verificar circulação e hemorragias
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
Apalpe o pulso carotídeo em vítimas acima de 1 ano de 31
idade
Observações
Pulso carotídeo palpável indica uma pressão arterial sistólica no mínimo em 60 mmHg;
Pulso femural palpável indica uma pressão arterial sistólica no mínimo em 70 mmHg;
Pulso radial palpável indica uma pressão arterial sistólica no mínimo em 80 mmHg.
Verificar a perfusão capilar na extremidade
TÉCNICA
A temperatura normal do corpo é de 36.2 a 36.8 ºC. A pele é responsável, em grande parte, pela
regulação desta temperatura, irradiando o calor através dos vasos sangüíneos subcutâneos e
evaporando água sob forma de suor.
Uma pele fria e úmida é indicativa de uma resposta do sistema nervoso simpático a um
traumatismo ou perda sangüínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente produz uma
pele fria e seca.
Uma pele quente e seca pode ser causada por febre, em uma doença, ou ser o resultado de uma
exposição excessiva ao calor, como na insolação.
A pele humana é a grande responsável pela regulação da temperatura. Poderá apresentar-se:
normal, quente, fria, seca ou úmida.
Analise:
2. Coloração da pele.
ATENÇÃO
· Roupas grossas de inverno podem absorver grande quantidade de sangue, assim como pisos
porosos, tais como terra, areia e grama onde o sangue pode ser facilmente absorvido.
· Iluminar locais escuros.
· Expor as vestes (EVITAR EXCESSO)
· Alerta: está orientado no tempo, espaço e contexto > fornece informações corretas relativos à
data e dia da semana, sabe o próprio nome, indica para onde se dirigia no momento do acidente,
está ciente de que está envolvido em um acidente ou que apresenta um problema de saúde;
· Verbal: responde somente quando estimulado > abre os olhos quando o socorrista determina,
mesmo que torne a fechá-lo novamente; aperta a mão do socorrista quando ordenado;
· Doloroso: somente responde ao estímulo doloroso > quando estimulado através de fricção no
esterno apresenta respostas motoras que indicam o grau de comprometimento neurológico, em
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
geral está inconsciente ou incapaz de se comunicar com o 33
socorrista;
· Irresponsivo: não apresenta nenhum tipo de resposta, mesmo sendo estimulado através de ordens
verbais ou dor. Apresenta um nível de consciência rebaixado indicando lesão cerebral grave.
PROCEDIMENTOS GERAIS NO LOCAL DO ATENDIMENTO
Procedimentos Operacionais
1. Informar antecipadamente à vítima e/ou responsável sobre o procedimento que será efetuado.
2. Executar a exposição do corpo da vítima somente quando indispensável para identificar sinais
de lesões ou de emergências clínicas.
3. Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia.
4. Cobrir com manta aluminizada ou cobertor ou lençóis limpos.
5. Garantir privacidade da vítima, evitando expor desnecessariamente as partes íntimas de seu
corpo.
6. Respeitar as objeções da vítima, por motivos pessoais, incluindo religiosos, desde que isso não
implique em prejuízo para o atendimento com conseqüente risco de vida.
7. Evitar danos desnecessários ao remover vestes e/ou calçados;
7.1. Quando necessário cortar vestes da vítima, utilizar tesoura de ponta romba, evitando meios de
fortuna que possam contaminar ou agravar ferimentos.
8. Relacionar os pertences do acidentado, mesmo danificados, e entregá-los no hospital, à pessoa
responsável pela vítima devidamente identificada ou à Chefia de Enfermagem, no hospital.
ATENÇÃO
· Pertences pessoais da vítima, mesmo roupas e/ou calçados danificados, devem ser arrolados em
recibo próprio e entregues à pessoa responsável ou à Chefia de Enfermagem no hospital.
Procedimentos Operacionais
IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA
· Lembrar que mesmo com o colar cervical, a vítima pode movimentar a cabeça. A região cervical
somente estará com imobilização completa com o uso do imobilizador lateral de cabeça.
· O colar cervical deverá ter o tamanho adequado de forma a proporcionar alinhamento e
imobilização antero-posterior da coluna cervical.
· Em toda vítima de trauma deverá ser colocado o colar cervical, mesmo que o estado da vítima
não seja grave.
ATENÇÃO
ANÁLISE SECUNDÁRIA
Processo ordenado que visa descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados, poderão
ameaçar a vida, através da interpretação dos achados na verificação dos sinais vitais, exame físico
e na entrevista. Através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela vítima o socorrista
poderá determinar o tipo de emergência e os procedimentos operacionais específicos. Uma parte
da análise é objetiva, através do exame dos sinais vitais e do corpo da vítima (exame físico) e a
outra é subjetiva, através de dados colhidos em entrevista.
Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no
descobrimento do tipo de problema que afeta a vítima. Estes indícios são divididos em dois
grupos: os sinais e os sintomas.
Alguns são bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar despercebidos, a
menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos pés.
SINAIS são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos – visão, tato, audição e
olfato – durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem sangramento, inchaço
(edema), aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais mais comuns de doenças são pele
SINAIS VITAIS
É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. É constituída
por duas mensurações: PA máxima (sistólica) e PA mínima (diastólica).
Sistólica: é a pressão máxima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante
a contração do coração (sístole)
Diastólica: é a pressão mínima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante
o relaxamento do coração (diástole)
ATENÇÃO
Analise as alterações:
1. Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as em: reativas ou arreativas;
2. Observar a simetria entre as pupilas classificando-as em: isocóricas ou anisocóricas;
3. Observar o tamanho das pupilas classificando-as em: midriáticas (midríase) ou mióticas
(miose).
ALTERAÇÕES PUPILARES
TIPO MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES
Midríase paralítica Morte cerebral
Miose Uso de alguns tipos de drogas
Anisocoria Lesão cerebral localizada devido a TCE, AVC
......... ............
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a
cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado
para esticar o pescoço.
........ ...........
Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los,
pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para
cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco
pressões.
Corpo estranho
O que acontece
Crianças pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial
no nariz, boca e ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes,
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
moedas, bolinhas de papel e grampos. Se houver asfixia, a vítima apresentará pele azulada e
respiração difícil ou ausente.
40
No ouvido
Não tente retirar objetos profundamente introduzidos, nem coloque nenhum instrumento no canal
auditivo.
Não bata na cabeça para que o objeto saia, a não ser que se trate de um inseto vivo.
Pingue algumas gotas de óleo mineral morno (vire a cabeça para que o óleo e o objeto possam
escorrer para fora), e procure ajuda médica especializada imediatamente.
Nos olhos
Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos, pingue algumas gotas de soro fisiológico ou de
água morna no olho atingido. Se isso não resolver, cubra os 2 olhos com compressas de gaze, sem
apertar, e procure um médico.
Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo, cubra-os e procure ajuda médica. Se não
for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exemplo, um copo) e
procure ajuda médica imediata.
No nariz
Instrua a vítima para respirar somente pela boca, orientando-a para assoar o nariz.
Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto. Se ele não sair, procure
auxílio médico.
Objetos engolidos
Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu interior. Deixe a
pessoa tossir com força, este é o recurso mais eficiente quando não há asfixia.
Se o objeto tem arestas ou pontas e a pessoa reclamar de dor, procure um médico.
Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal de que o objeto está obstruindo
as vias respiratórias, o que significa que há asfixia.
O que fazer
Aplique a chamada "manobra de Heimlich". Fique de pé ao lado e
ligeiramente atrás da vítima.
A cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito. Em seguida, dê 4
pancadas fortes no meio das costas, rapidamente com a mão fechada. A sua
outra mão deve apoiar o peito do paciente.
Se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, com seus braços ao redor
da cintura da pessoa. Coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro,
contra o abdômen da vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite
das costelas. Agarre firmemente o pulso com a outra mão e exerça um rápido
puxão para cima. Repita, se necessário, 4 vezes numa seqüência rápida.
Se a vítima for um bebê ou criança pequena, deite-a de bruços apoiando no seu braço. Dê 4
pancadas fortes, mas sem machucá-lo.
Mantenha o bebê apoiado no seu braço, virado de costas, com a cabeça mais baixa que o resto do
corpo, e apóie 2 ou 3 dedos no seu abdômen, ligeiramente acima do umbigo e abaixo da caixa
torácica. Pressione as pontas dos dedos com um ligeiro alongamento ascendente. Se necessário,
repetir 4 vezes.
Procure auxílio médico.
Entorse
É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura que sustenta as articulações).
Os cuidados são semelhantes aos da fratura fechada.
Luxação
É o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição normal na articulação. Os
primeiros socorros são também semelhantes aos da fratura fechada. Lembre-se de que não se deve
fazer massagens na região, nem tentar recolocar o osso no lugar.
Contusão
É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode apresentar sinais
semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal de que houve hemorragia
sob a pele (hematoma).
Improvise uma tala
Amarre delicadamente o membro machucado (braços ou pernas) a uma superfície, como uma
tábua, revista dobrada, vassoura ou outro objeto qualquer.
Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar a circulação
sanguínea.
Improvise uma tipóia
Utilize um pedaço grande de tecido com as pontas presas ao redor do pescoço. Isto serve para
sustentar um braço em casos de fratura de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula.
Só use a tipóia se o braço ferido puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado
Infarto
O que acontece
Em decorrência da gravidade de um acidente, pode acontecer a parada cárdio-respiratória, levando
a vítima a apresentar, além da ausência de respiração e pulsação, inconsciência, pele fria e pálida,
lábios e unhas azulados.
Procedimentos preliminares
Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma
só vez, colocando-o de costas no chão.
Faça isso sempre com o auxílio de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou
pescoço, evitando assim lesar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há
alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração.
A ressucitação cárdio-pulmonar
>> Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do
osso vertical que está no centro do peito (chamado osso esterno).
........ ...........
>> Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los,
pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para
cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco
pressões.
Picada de cobra
As cobras são animais de sangue frio, ou seja, não conseguem manter a temperatura de
seu corpo, quando seu corpo está "frio" seu metabolismo diminui de tal forma que ela é capaz de
ficar dias sem comer. Para a digestão as cobras também precisam manter uma temperatura
"agradável", pois para o processo digestivo ocorrer é preciso um bom funcionamento metabólico
do animal, por isso que depois de uma boa alimentação as cobras costumam ficar horas paradas ao
sol. Esse fato também explica a distribuição de cobras no planeta, pode-se notar que em lugares
frios não existem cobras e nem outros tipos de répteis. Fora os lugares frios, as cobras se
adaptaram bem aos outros habitat, pode-se encontrar cobras desde os secos desertos até as úmidas
florestas tropicais. Muitos foram os fatores que proporcionaram tal sucesso:
- As cobras comem a maioria dos bichos, desde insetos até mamíferos, principalmente
roedores e até ovos.
- Botam ovos (até então os animais dependiam da água para sua reprodução. ver anfíbios), esses
ovos tornaram os animais independentes da água em sua reprodução. Com vitelo o suficiente para
nutrir o embrião e uma casca que impede a perda de água, os ovos contribuíram muito para as
cobras e outros répteis dominarem o ambiente terrestre.
- Uma língua bífida, capaz de detectar o cheiro de sua presa no ar.
- Uma incrível capacidade de deslocar as mandíbulas, podendo assim comer animais grandes.
- Dentes virados para trás com a função de prender as vitimas
- Algumas desenvolveram um veneno que pode paralisar ou até matar a presa em instantes.
Identificação
Dessas cobras, as venenosas, existem pequenos detalhes a serem lembrados:
Mas lembre-se: alguns detalhes são muito difíceis de serem notados e existem muitas exceções,
portanto tome cuidado com todas as cobras...
O que acontece
Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é
socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é
necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.
Ação vasculotóxica - manifesta-se por hemorragias devido a lesão vascular, equimoses
e sangramentos tais como epistaxe e gengivorragia.
Bolhas, equimoses, necrose, oligúria e anúria, levando à insuficiência renal aguda (12h
depois do acidente). Ao lado necrose em um coelho que também foi picado por uma bothrops
COELHO
Ação proteolítica - caracteriza-se por edema local firme, acompanhado de dor que pode
variar de discreta a intensa, bolhas, necroses e abscessos
Sinais indicadores
Inchaço e dores, com sensação de formigamento no local da mordida.
Manchas rosas na pele.
Pulso acelerado.
Fraqueza e visão turva.
Náuseas, vômitos e dificuldades para respirar.
O que não fazer
Não dê álcool a vítima, sedativos ou aspirinas.
Sangramentos
As hemorragias
O controle da hemorragia deve ser feito imediatamente, pois uma hemorragia abundante e não
controlada pode causar morte em 3 a 5 minutos.
A hemorragia externa é a perda de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou
artéria). Quando uma artéria é atingida, o perigo é maior. Nesse caso, o sangue é vermelho vivo
e sai em jatos rápidos e fortes.
Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro, e sai de forma lenta e contínua.
A hemorragia interna é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.
Sangramentos externos - o que fazer
Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração.
Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo
dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos
e mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais
10 minutos.
Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme,
mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha
novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos.
Observação: Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for
suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o
osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada.
O que não deve fazer
Ferimentos
Os ferimentos podem ser classificados em abertos e fechados. Abertos são aqueles
que apresentam descontinuidade da pele, enquanto que, nos fechados, a pele encontra-se
íntegra.
Tipos de Hemorragias
Transporte de vítimas
Aborto
O que é o aborto?
Aborto é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos
ovulares. Pode ser espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos de 0,5 kg ou 20
semanas de gestação é considerado abortado..
Aborto espontâneo
O aborto espontâneo também pode ser chamado de aborto involuntário ou "falso parto". .
Calcula-se que 25% das gestações terminam em aborto espontâneo, sendo que 3/4 ocorrem
nos três primeiros meses de gravidez.
A causa do aborto espontâneo no primeiro trimestre, são distúrbios de origem genética. Em
cerca de 70% dos casos, esses embriões são portadores de anomalias cromossômicas
incompatíveis com a vida, no qual o ovo primeiro morre e em seguida é expulso. Nos
abortos do segundo trimestre, o ovo é expulso devido a causas externas a ele (incontinência
do colo uterino, mal formação uterina, insuficiência de desenvolvimento uterino, fibroma,
infecções do embrião e de seus anexos).
.
Aborto provocado
Aborto provocado é a interrupção deliberada da gravidez; pela extração do feto da cavidade
uterina. Em função do período gestacional em que é realizado, emprega-se uma das quatro
intervenções cirúrgicas seguintes:
» A sucção ou aspiração;
» A dilatação e curetagem;
» A dilatação e expulsão;
» Injeção de soluções salinas.
Estima-se que seja realizado anualmente no mundo mais de 40 milhões de abortos, a maioria em
condições precárias, com sérios riscos para a saúde da mulher. O método clássico de aborto é o
por curetagem uterina e o método moderno por aspiração uterina (método de Karman) só
utilizável sem anestesia para gestações de menos de oito semanas de amenorréia (seis semanas de
gravidez). Depois desse prazo, até doze semanas de amenorréia, a aspiração deve ser realizada sob
anestesia e com um aspirador elétrico.
Aborto no Brasil
No Brasil, o aborto voluntário será permitido quando necessário, para salvar a vida da gestante ou
quando a gravidez for resultante de estupro. O aborto, fora esses casos, está sujeito a pena de
detenção ou reclusão.
mulheres
Mortalidade
Nos países onde o aborto é ilegal o número de mulheres que morrem, em conseqüência de
abortos realizados por pessoas sem treinamento médico, é grande - cerca de 100 mortes por 100
mil operações. Já em operações com assistência médica são cerca de 1,9 (antes dos três meses da
gestação) e 12,5 (após três meses) mortes por 100 mil operações.
Nos países onde o aborto é legalizado, a taxa de mortalidade entre as mulheres, em decorrência de
problemas na gravidez e no parto, é de nove em cada 100 mil.Durante o século XX, a legislação
liberou o aborto em diversas situações médicas, sociais ou privadas. Desde então, o movimento
pela discriminação para certos casos vem crescendo em todo o mundo.
Fetos sentem dor durante o aborto
O aborto pode causar dor em fetos ainda pouco desenvolvidos, acreditam pesquisadores do
Hospital Chelsea, em Londres. Segundo a responsável pela pesquisa, Vivette Glover, fetos podem
ser capazes de sentir dor já a partir da décima - sétima semana de gestação. Por isso, diz ela,
médicos britânicos estão estudando a possibilidade de anestesiar o feto durante intervenções para
interrupção da gravidez.
O estudo contraria a versão da entidade que reúne obstetras e ginecologistas do Reino Unido, o
Royal College of Obstretics and Gynacologists. Para a organização, só há dor depois de 26
semanas.
.
Anestesia no aborto
Para Vivette Glover, pesquisas sugerem que o desenvolvimento do sistema nervoso ocorre mais
cedo do que se imaginava.
"Existem evidências de que o sistema nervoso se desenvolve a partir de 20 semanas de gestação
ou talvez até depois de 17 semanas. Já que há a possibilidade de dor, nós deveríamos dar ao feto o
benefício da dúvida", diz ela, que conclui defendendo a utilização de anestesia. Ela pondera,
porém, que a dor dos fetos é provavelmente menos intensa.
A teoria ganhou apoio de entidades contrárias a realização de abortos. "É mais uma prova de que a
vida humana começa no momento da concepção", diz Kevin Male, da organização britânica Life.
Curiosidades
» Na Alemanha nazista o aborto era proibido por que era dever da mulher fornecer filhos para o III
Reich.
Afogamento
Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha
a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico
pelo organismo.
SINAIS E SINTOMAS
Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas,
vômito, distensão abdominal, tremores , cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores
musculares. Em casos especiais pode haver apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada
cárdio-respiratória
PREVENÇÃO
Para bebês- Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer
superfície líquida.
Para crianças- Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por
sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não
devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos.
Para adultos- Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando
suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas
medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde
as condições do meio líquido sejam desconhecidas.
Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não
contra a mesma , se não conseguir escapar deve chamar por socorro.
"NUNCA SE DEVE FINGIR ESTAR PRECISANDO DE SOCORRO"
Introdução
Este trabalho teve o objetivo de abordar os Princípios do Treinamento Esportivo, seus
conceitos e definições, e possíveis aplicações sob novas perspectivas. A pesquisa foi realizada
através de uma revisão de literatura e análise de conteúdo. Sobre o modelo de estudo, a pesquisa
pode ser tipificada como uma pesquisa descritiva, qualitativa, sendo a análise de conteúdo seu o
procedimento e característica principal, pautada na revisão de literatura sobre os Princípios do
Treinamento Esportivo. A pesquisa assume a característica de uma pesquisa indireta, documental,
através do método bibliográfico (MATTOS, 2004).
Como pressuposto teórico na pesquisa os principais autores utilizados foram Manoel
Tubino, Estélio Dantas e Marcelo Gomes da Costa, e a própria revisão de literatura foi definida
como a delimitação do estudo.
Os princípios do treinamento esportivo: conceitos, definições, possíveis aplicações e
novos olhares
Para Tubino os cinco princípios do Treinamento Esportivo são: O Princípio da
Individualidade Biológica, O Princípio da Adaptação, O Princípio da Sobrecarga, O Princípio da
Continuidade, O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade (TUBINO, 1984). Segundo
Tubino: “Antes de passar ao estudo de cada princípio, é importante enfatizar que os 5 princípios se
interrelacionam em todas as suas aplicações.” (ibidem, 1984, p. 99).
Estélio Dantas atualizando o elenco dos cinco princípios preconizados por Tubino, incluiu
mais um: O Princípio da Especificidade (DANTAS, 1995), que veremos após a abordagem dos
cinco primeiros. Após estes seis primeiros princípios veremos mais dois princípios levantados por
Marcelo Gomes da Costa: O Princípio da Variabilidade e O Princípio da Saúde, totalizando oito
princípios. Ao final trataremos da inter-relação entre os Princípios.
1. O Princípio da Individualidade Biológica
De acordo com Tubino, “chama-se individualidade biológica o fenômeno que explica a
variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas
iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano possui uma estrutura e formação física
e psíquica própria, neste sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois
obedeceria as características e necessidades do indivíduo. Grupos homogêneos também facilitam o
treinamento desportivo. Cabe ao treinador verificar as potencialidades, necessidades e fraquezas
de seu atleta para o treinamento ter um real desenvolvimento. Há vários meios para isso, além da
experiência do treinador, que conta muito, os testes específicos são primordiais.
Segundo Benda & Greco, uma das Capacidades do Rendimento Esportivo é a Capacidade
Biotipológica, que está dividida em Capacidade constitucional Fenótipo e Capacidade
constitucional Genótipo:
“O genótipo é o responsável pelo potencial do atleta. Isso inclui fatores como composição
corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível e percentual de fibras
musculares dos diferentes tipos, dentre outros. O fenótipo é responsável pelo potencial ou pela
evolução das capacidades envolvidas no genótipo. Neste se inclui tanto o desenvolvimento da
capacidade de adaptação ao esforço e das habilidades esportivas como também a extensão da
capacidade de aprendizagem do indivíduo.” (BENDA & GRECO, 2001, p. 34).
Segundo Dantas: “O indivíduo deverá ser sempre considerado como a junção do genótipo e
do fenótipo, dando origem ao somatório das especificidades que o caracterizarão.” (DANTAS,
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
1995, p. 39), “deve-se entender o genótipo como a carga genética transmitida à pessoa e que
determinará preponderantemente diversos fatores” (ibidem, 1995, p. 39) e, “os potenciais são
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determinados geneticamente, e que as capacidades ou habilidades expressas são decorrentes do
fenótipo.” (ibidem, 1995, p. 39). Para este autor, o campeão seria aquele que nasceu com um “dom
da natureza” e que, aproveitando totalmente esse dom, o desenvolve através de um perfeito
treinamento (ibidem, 1995, p. 40).
Nos Jogos PanAmericanos de 2007 verificamos em entrevistas de atletas brasileiros
considerados fenômenos pela mídia, um discurso que os bons resultados obtidos não eram frutos
somente de um Dom, e sim de muito esforço, trabalho, treinamento, incentivos financeiros e
técnicos.
Elevando a importância dos fatores ambientais, do fenótipo do atleta, conseqüentemente,
elevamos a importância do treinador, do profissional de Educação Física e sua intervenção para o
sucesso do atleta, de um campeão.
Não cabe aqui discutir fatos históricos ligados às tentativas de manipulações das
características genéticas, do genótipo de atletas, através, principalmente, dos ideais da Eugenia no
decorrer do século XX. Mas sempre irá caber em qualquer lugar o alerta em relação às tentativas
de manipulação e violação do corpo, da integridade e dos direitos de todo o homem.
2. O Princípio da Adaptação
Podemos dizer que a adaptação é um dos princípios da natureza. Não fosse a capacidade de
adaptação, que se mostra de diferentes modos e intensidades, várias espécies de vida não teriam
sobrevivido ou conseguido sobreviver por longos tempos e em diferentes ambientes. O próprio
homem conseguiu prevalecer no planeta, como espécie, devido à sua capacidade de adaptação.
De acordo com Weineck, a adaptação é a lei mais universal e importante da vida.
Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais em quase todos os
sistemas. Sob “adaptações biológicas no esporte”, entendem-se as alterações dos órgãos e sistemas
funcionais, que aparecem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas (WEINECK,
1991):
“Na biologia, compreende-se “adaptação” fundamentalmente como uma reorganização
orgânica e funcional do organismo, frente a exigências internas e externas; adaptação é a
reflexão orgânica, adoção interna de exigências. Ela ocorre regularmente e está dirigida à
melhor realização das sobrecargas que induz. Ela representa a condição interna de uma
capacidade melhorada de funcionamento e é existente em todos os níveis hierárquicos do corpo.
Adaptação e capacidade de adaptação pertencem à evolução e são uma característica importante
da vida. Adaptações são reversíveis e precisam constantemente ser revalidadas (Israel 1983,
141).” (ibidem, 1991, p. 22).
Weineck diz que, no esporte, devido aos múltiplos fatores de influência, raramente o
genótipo é completamente transformado em fenótipo, mesmo com o treinamento mais duro. Para
este autor, fases de maior adaptabilidade, encontram-se em diferentes períodos para os fatores de
desempenho de coordenação e condicionados, são designadas “fases sensitivas”. A zona limite
destas fases sensitivas, isto é, o período em que justamente ainda é possível uma melhor expressão
das características, geralmente é chamada de “período crítico” (ibidem, 1991).
““Capacidade de adaptação” ou “adaptabilidade” é o nome que se dá à diferente
assimilação dos estímulos, frente à mesma qualidade e quantidade de exercícios ou carga de
treinamento. Ela pode ser atribuída à correlação organismo/ambiente, sob o ponto de vista da
predisposição hereditária e sua expressão (genética) (Gürtler 1982, 35).” (ibidem, 1991, p. 23).
Para Tubino, este princípio do Treinamento Esportivo está intimamente ligado ao fenômeno
do stress. As investigações sobre o stress tiveram início em 1920 com Cânon e Hussay, tendo uma
grande ênfase no período entre 1950 e 1970, onde praticamente surgiu uma literatura científica
básica sobre este fenômeno (TUBINO, 1984). Segundo Tubino:
Evolução histórica
O esporte da Mídia
Esta parte do trabalho terá como fundamento o texto de Betti (2001). Ele salienta que o
esporte atualmente é o esporte da mídia e isto esta acontecendo porque a mídia e neste caso a
televisão, como sendo o maior meio de comunicação de massa, tem que defender seus interesses
econômicos, políticos, sociais e ideológicos perante o povo. Para o autor a televisão devorou as
outras mídias por dar a visibilidade que o esporte tem hoje. Esta abrangência televisiva o autor deu
o nome de “esporte telespetáculo”.
As características que o autor mostra e que fazem com que o esporte seja da mídia em
especial da televisão começam com a ênfase dada a falação esportiva, que tem como característica
informar e atualizar as pessoas dos bastidores do mundo esportivo, contar histórias dos atletas e
clubes, criarem expectativas para conquistar adeptos e aumentar a audiência. Ainda as previsões
de resultados e as contratações devem ser disseminadas pela população. As explicações e
justificativas dos erros e acertos dos árbitros promovem aos telespectadores muitas emoções,
criando polêmicas e rivalidades. Por fim critica e dramatiza os grandes acontecimentos que
marcam a vida esportiva.
Podemos observar que estas características possuem fatores que mostram o grande poder
que as mídias detêm sobre as pessoas. As informações transmitidas para nós têm um caráter
alienante e um interesse particular seja ele econômico, político, social e outros que nos fazem
pensar e agir de forma que eles querem. A reflexão crítica que devemos possuir deve nos
proporcionar uma atitude também crítica, que nos possibilite não aceitar de forma simples e rápida
as imposições consumistas e ideológicas que as mídias nos impõem diariamente.
O esporte na Mídia
Acredito que falar sobre o esporte na mídia implica em comentar sobre algumas questões e
possibilidades que vem de encontro com as pessoas e seus direitos mais significativos como seres
humanos. Podemos observar que o esporte da mídia possui as lacunas fundamentais que servem
de suporte para serem exploradas e com isto justificar e elaborar novas questões e possibilidades
para construir o esporte na mídia. Desta forma podemos ampliar o entendido do esporte em todas
as suas dimensões.
A constituição federal comenta no artigo 221 que a mídia deveria ter um caráter puramente
educativo, artístico, cultural e informativo. Outro artigo o 224, prevê um Conselho de
Comunicação Social para analisar e efetivar que a mídia tenha exatamente o caráter que a
constituição lhe impõe. Como este conselho nunca foi efetivado e com certeza não á nenhum
interesse que ele realmente se efetive, a mídia com seu conhecimento parcializado sobre a
realidade, possui total liberdade para ditar o que é educativo, artístico, cultural e informativo.
Neste contexto grande parte das pessoas que vê o esporte dentro desta ótica (da mídia) o
entende como sendo educativo, artístico, saúde, integrador, lazer e outros adjetivos que o
caracterizam como sendo um fator de transformações social que tira as crianças das ruas e das
drogas e garante um futuro melhor como atleta. Esta visão acrítica e alienada de esporte é o que a
Geralmente na televisão se associa o esporte como educação e saúde. É muito divulgado que
se a criança esta praticando esporte ela automaticamente está tendo educação. O esporte possui
como características a competitividade e a rígida normatização. Neste contexto o participante é um
mero executante de formas técnicas de movimento. Obedecendo geralmente a um técnico que
manda o participante a executar movimentos predeterminados em direção a uma modalidade
esportiva com intenção de formação de atletas. Mas quantos serão atletas? Será que uma criança
tem consciência se quer ser um atleta? E o que isto representa para ela? E ainda neste mesmo
sentido fazem as peneiras humanas, para selecionar os melhores, como se as pessoas fossem
objetos de escolha. Tratam-nos como ferramenta para executar determinado serviço que é
importante apenas para quem seleciona. Exemplo disto são os programas ditos sociais exibidos
principalmente pela televisão, que selecionam crianças pobres de um determinado lugar e
oferecem durante um determinado tempo atividades esportivas, alimentação e brincadeiras e
chamam isto de educação e cidadania. Esta visão simplista de educação é o que a mídia quer
divulgar para melhor controlar e dominar.
Neste sentido, qualidades importantes para o ser humano como a participação efetiva nas
atividades criando e construindo conjuntamente possibilidades de movimento, não existem.
Valores éticos como honestidade, cooperação, responsabilidade e respeito não são proporcionados
pelas atividades desenvolvidas. Atividades de interação social entre crianças, grupos de discussão
e criação também não são oferecidas. Desta forma o desenvolvimento de uma reflexão crítica nas
pessoas e principalmente nas crianças é praticamente impossível.
Outro fator que temos que comentar é sobre a veiculação do esporte como saúde.
Começamos pelas inúmeras lesões que os jogadores têm no dia a dia. Lesões estas que se tornam
crônicas e dura toda vida. O que proporciona em muitas vezes um afastamento do trabalho e
problemas para toda a família. A saúde esta vinculada geralmente a um corpo bonito em que as
atividades esportivas e conseqüentemente físicas são fundamentais para isto. Podemos observar
aqui que a mídia entende a saúde como ausência de doença, como sendo um fenômeno puramente
físico, objetivo e empírico. A subjetividade do ser humano, ou seja, o que ele sente e o significado
que a atividade tem para cada um de nós é ignorada. Somos diferentes um do outro. As receitas de
Temos que analisar também que o esporte na mídia tem que abordar a inteireza das
modalidades esportiva, desde o amadorismo até o profissionalismo. Percebemos hoje que as
mídias dão destaque exatamente a algumas modalidades que se projetam para o mundo, com
intenção de medalhas e que possuem um bom patrocinador. Acredito que as pessoas têm que
entender, conhecer e vivenciar outras formas de atividades esportivas e isto pode ser conquistado
com uma mídia diferente, a favor do esporte. Proporcionando que as pessoas escolham e
participem de suas atividades baseado nos seus interesses.
Desta forma podemos observar que todas estas questões que foram analisadas são
possibilidades reais, que o esporte na mídia com mais visibilidade e como um fator que tenha
domínio de si e de seus atos podem ser concretizado. Sabemos que no sistema atual de
comunicação de massa isto se torna um pouco utópico, mas entendemos a utopia como sendo uma
forma de pensamento que nos leva para o melhor, para traçar novos caminhos em busca do bem
comum.
Considerações finais
Buscamos neste trabalho enfatizar que realmente o esporte que temos contato por intermédio
da mídia é um esporte da mídia. Esporte este que deve respeitar as regras impostas por esta mídia,
mídia esta que detêm um grande poder, que foi adquirido pelos avanços tecnológicos e por
respeitar os interesses capitalistas. A mídia quer através do esporte socializar sua informação e
utilizá-lo como produto de consumo, para tal atividade esportiva existe um equipamento adequado
que cumpre com as regras. O esporte se torna uma peça em busca de lucro para quem já o tem.
Acredito que a visão humana de entender o esporte esteja exatamente em reverter este
processo. O esporte é o que se faz dele. Ele pode auxiliar tanto na transformação como na
destruição das pessoas e ainda como já é de costume manter o etatus quo da sociedade. O esporte
entendido em todas as suas dimensões, principalmente como meio educativo pode contribuir para
o crescimento das pessoas como seres autônomos, criativos e com valores éticos. Para isto temos
que ampliar seu entendimento e não resumi-lo a formas de movimento pré-estabelecido, baseado
em regras e competição, que classifica o ser humano em apto e não apto. Temos que dar asas à
subjetividade humana de perceber este lado do esporte. Para isto o esporte deve ser divulgado e
difundido de forma diferente e mais abrangente, ou seja, de forma crítica e na mídia.
Para encerrar percebemos que a mídia neste sentido faz de tudo para atingir seus objetivos
consumistas. Sabemos que ela usa de todas as artimanhas para persuadir as pessoas e mostrar que
aquilo que se mostrar é o real e assim o verdadeiro. As conseqüências da difusão do esporte pela
mídia atualmente, nos faz pensar em uma sociedade robotizada. Formas de pensamento, gosto e
desejos são coletivizados, temos que pensar e agir como todo mundo. As individualidades e
diferenças que todos nós temos por natureza não têm mais nenhuma importância e não são mais
respeitadas e sim apagadas ideologicamente de nós. Não consigo ver no esporte apenas seu lado
Caderno de conteúdos e atividades de educação física
Professor: Reginaldo Lopes
2º ano
competitivo, agressor e beligerante, sempre em estado de guerra. Tenho plena convicção que a
face humana do esporte que poucos estudiosos conhecem, deva ser mais discutida na mídia.
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https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/517/542
http://www.aquabarra.com.br/artigos/treinamento/COMPONENTES_DA_APTIDAO_FISI
CA.pdf