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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação
Educação Corporativa
Cassimiro Guedes
FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO
Engenheiro | Especialista
LEAN NA SAÚDE
LEAN
85 99736.4097
Cassimirojr@gmail.com
Prof: Cassimiro Guedes
cassimiroguedes 1
Facilitador
2 2
Objetivos da disciplina
3
1. INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO ENXUTO.
4
O que é LEAN?
Formas de produção:
Qualidade O que puder ser feito! Bom o suficiente! Busca constante perfeição.
Fonte: “A máquina que mudou o mundo” - Womack, Jones & Roos - 1992 - Ed. Campus
HISTÓRIA DO LEAN
Nos anos 50 a Toyota
O termo ‘LEAN’ é empregado pela
desenvolveu seu próprio
primeira vez no livro “the machine
método, o ‘Sistema
that change the world” escrito
Toyota de Produção’,
pelos responsáveis do Programa
para competir contra os
Internacional de Veículos a Motor
fabricantes em massa na
do Instituto Tecnológico de
industria:
Massachusetts, um estudo de 5
-Melhoria da qualidade anos sobre o futuro do automóvel.
-Just-in-time
-Mix de produção
Toyota
Bases do LEAN Processos de fluxo
Montagem contínuo Serviços
Situação Condição
atual Obstaculos alvo Desafios Visão
8
ENXERGAR O QUE AGREGA VALOR...
9
Pensamento Estratégico
Destino
(Visão)
Onde estamos?
Para onde vamos (visão)?
Como chegaremos lá (plano)?
Que pedras e pedregulhos estão no
caminho?
Ponto de partida
(Onde estamos)
A metáfora do caminho
Fonte: adaptado de Pascal Dennis
LEAN
11
NOSSO OBJETIVO É TRANSFORMAR
Configurar processos
eficientes aplicando
ferramentas
Desempenho melhorado e
Sistemas operativos
Desempenho sustentável:
atual Sistemas de gestão Eficiência/Qualidade
Adaptar a organização e o
Desenvolvimento gradual de
processo de decisão
uma cultura de melhoria
contínua e inovação 13
ELIMINAR DESPERDÍCIOS
100 %
Estratégia
Melhoria e planejamento
Tempo Contínua
Utilizado
Gerenciamento
Diário
0%
Operadores Liderança Gerência
Supervisão.
Pessoas
Qualidade
Perdas
Indicadores
Fluxos Processos
desempenho
operacionais Custo
(OUTPUT)
(INPUT) Materiais Variabilidade
Sobrecarga
Entrega
Informação
Segurança e
Meio Ambiente
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INIBIDORES DO PROCESSO
16
O que é o LEAN?
Por que usar a metodologia Lean?
18
2. LEAN HEALTHCARE
19
Hospitais que usam o Lean nos EUA
21
600 BILHÕES DE DÓLARES NO LIXO
22
Desperdícios na Gestão da Saúde
Artigo “Sustentabilidade na saúde em tempos de
mudança: uma perspectiva de gestão”.
De acordo com um texto publicado na revista da
APDH, da autoria de A Dias Alves, intitulado
“Sustentabilidade na Saúde”, “um terço do gasto com
saúde nos EUA é desperdício (…) e 98000 mortes
evitáveis ocorrem anualmente por erros clínicos nos
hospitais dos EUA”.
Paralelamente, também a PriceWaterhouse aponta
o desperdício global anual no sistema de saúde dos
EUA como 1,2 a 2,2 Trilhões de dólares.
“20 a 40% de gastos em saúde são desperdiçados numa
estimativa conservadora”
Desempenho Hospitalar no Brasil: Em busca da excelência.
Diagnóstico
“Especialistas do Banco Mundial (Bird) reprovaram os
hospitais brasileiros públicos e particulares.
Segundo o relatório "Desempenho Hospitalar Brasileiro",
a rede de hospitais do país é ineficiente, gasta mal os
recursos, encarecendo os custos hospitalares.
Melhora
Nível de Resultado
Estabiliza
ZEN
Bom (para melhor) Melhora
Melhora
KAIZEN
Mudar para Melhor Tempo
25
A PROMESSA DO LEAN NA SAÚDE
S
1. Lean é uma atitude de Melhoria Contínua I
2. Lean é Criação de Valor
S
3. Lean é a Unidade de Propósito.
T
4. Lean é Respeito pelas Pessoas.
5. Lean é Visual E
6. Lean é Padronização Flexível M
A
26
“The promise of lean in healthcare”
Toussaint e Berry, 2013
Leitura indicada
Com a aplicação do pensamento lean na área da saúde, não só os hospitais são
beneficiados, mas toda a sociedade passa a desfrutar de um sistema de saúde de
qualidade. Esta é uma obra de utilidade pública e é pioneira em sua área.
O Grupo IOV começou sua jornada lean em 2008 e muitos projetos já foram executados
desde então, com ganhos expressivos em capacidade operacional e eficiência.
No início de sua jornada, o IOV executava procedimentos para mais ou menos 70 pacientes por
dia. Hoje, realiza para aproximadamente 200 pacientes por dia, com praticamente a mesma
quantidade de recursos alocados.
Não houve expansão das instalações, o crescimento de pessoal foi em torno de 12%, mas as
horas extras caíram aproximadamente 40% entre 2010 e 2012. A segurança dos serviços
também aumentou substancialmente, com redução de eventos sentinela na ordem de 75% e
redução dos riscos associados aos procedimentos executados superior a 50%.
Ferramentas LEAN
Kaizen MFV Aprender
Fazendo 5S A3
POKA
SMED YOKE
Gestão Trabalho
Ser LEAN
Visual padronizado
29
Uma Transformação LEAN
Ferramentas
5S KANBAN
Troca
OEE
Quando o sistema for
rápida
Mapa Fluxo Lotes
praticado e defendido por
KAIZEN
de valor pequenos
todas as pessoas da
organização, nós teremos
uma Cultura
30
2. MODELO DE GESTÃO LEAN
31
31
MODELO DE
TRANSFORMAÇÃO
LEAN
05 DIMENSÕES
32
VALOR AGREGADO
TODO TRABALHO TEM ASSOCIADO PERDAS QUE DEVEMOS ELIMINAR OU MINIMIZAR
33
O alvo do Lean é a eliminação total do desperdício
34
Por quê? Aprenda a Enxergar
APRENDENDO A ENXERGAR
Veja o quadro geral, não apenas os processos
individuais.
Sobre-producão
Movimentos Espera
Para obter as vantagens de
Produção enxuta,
basicamente é necessário
Não Qualidade atuar em atividades que não
Transporte agregam valor, ou seja,
eliminar desperdícios.
Estoque Sobre-processamento
Inutilizacão do conhecimento
36
Inibidores do Processo: MUDA
Perdas
Variabilidade
Sobrecarga
37
“SOBRE-PRODUÇÃO” É PRODUZIR ANTES, MAIS RÁPIDO, OU EM QUANTIDADES
MAIORES QUE AS PEDIDAS PELO CLIENTE
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“ESPERA” SIGNIFICA TER PESSOAS OU MÁQUINAS ESPERANDO A FINALIZACÃO DE
OUTRAS TAREFAS PARA SEGUIR COM AS SUAS.
Exemplos
•"Esperar” baixa a eficiência
•Esperar a chegada de uma
carretilha elevadora pra pegar
um material no almoxarifado.
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“TRANSPORTE” É A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS ENTRE PROCESSOS.
Exemplos
•O transporte pode criar danos aos
produtos ou atrasos de produção. Levar mais materiais dos
necessários e ter que ser
devolvidos
•Todo transporte, em geral, implica uma
má utilização do tempo.
Transporte de materiais de um
lado a outro do almoxarifado
•O agrupamento de processos em
ordem lógica permite minimizar os
tempos de transporte
40
“SOBRE-PROCESSAMENTO” É REALIZAR UM PRODUTO “MELHOR” DO QUE AQUILO
QUE O CLIENTE PEDE
41
“ESTOQUE” É QUALQUER PRODUTO SEM PROCESSAR
Exemplos
•A não-qualidade provoca perdas •Ligação feita com instalações
puras do produto ou custos
defeituosas
adicionais de retrabalho
•Modificações feitas em vistorias
•Pode estar sendo causada pelo
Método, a Materia prima, a
•Não chegar lugar do serviço na
Máquina, a Mão-de-obra, a
primeira vez pelo endereço.
Medição do entorno
•Atuações repetidas porque
•É preciso evitar perturbações do foram mal feitas.
processo
•Descarrega material para logo
•Além disso, deve buscar melhorar a após carregar de novo
capacidade do processo através
da análise e resolução das causas
43 raízes
“MOVIMENTOS” SÃO TODOS OS GESTOS OU MOVIMENTAÇÕES DE PESSOAS
OU MÁQUINAS
Exemplos
•O movimento das pessoas ou a •Movimentações repetidas para
manipulação produtos não agregam pegar ferramentas.
valor
•Os movimentos desnecessários
costumam ocorrer quando se realizam
tarefas sem ordens predefinidas.
Exemplos
•A inutilização do conhecimento cria
frustrações; além disso o conhecimento
do processo fica incompleto •Não existe fórum de ideias pra ações de
melhoria.
•“… Tenho dito muitas vezes mas ninguém
faz nada …”
•Desenho de novos processo sem
participação das pessoas implicadas no
processo.
•Envolver o pessoal no desenho e • Falta de ferramenta de gestão do
modificação dos processos conhecimento na empresa
•Fomentar o aporte espontâneo de
sugestões de melhoria
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CONHECER OS TIPOS DE MUDAS
E TER A CAPACIDADE DE IDENTIFICÁ-LOS É A CHAVE DA MELHORIA CONTÍNUA
Sobre-produção
Espera
Não agrega Valor
Transporte
NAV
Sobre-
procesamento Valor
AV
Agregado
Inventario
NAI
Sem Qualidade Não Agrega Valor
Incidental
Movimentos
Inutilização do
conhecimento
46
GERENCIANDO O FLUXO DE VALOR
Jornada do Paciente
49
Classificação das perdas
Tarefa que não influi no Tarefa que não influi no estado
estado do produto final e do produto final mas que é
que poderia ser Não Agrega necessária para poder realizar
eliminada sem afetar o Valor
tarefas de valor agregado
15%
processo
Agrega
Valor
25% Não Agrega
Valor Incidental
60%
50
Centro de Especialidades Médicas (CEM)
consegue reduzir em até 80% o tempo de espera
para entrega de exames.
60 dias 10 dias
51
http://blogdesobral.blogspot.com.br/2018/02/centro-de-especialidades-medicas-
cem.html
GEMBA “VÁ E VEJA”
52
52
Atitude Gemba
O Que é Gemba?
É uma palavra japonesa que significa “lugar real” e descreve o local
onde acontece o trabalho de criação de valor.
53
NA PRÁTICA O QUE NOS MOSTRA O GEMBA
54
Simplificando...
GEMBA
✓ Ir ao local da atividade
✓Identificar os desperdícios
55
Literatura indicada...
Em “Além dos Heróis”, Kim Barnas nos presenteia A melhor forma de obter bons resultados
com sua experiência na ThedaCare, onde auxiliou a dentro de uma organização é envolvendo e
desenvolver um sistema de gestão livre de heróis. engajando toda a equipe que participa do
Através das histórias de médicos, enfermeiras e processo de criação de valor para o cliente
administradores, a autora consegue ilustrar como é (todos aqueles que são responsáveis por
possível tornar a área da saúde (uma das áreas mais solucionar os problemas que aparecem
afetadas pelo heroísmo corporativo) um ambiente diariamente). Na área da saúde, um maior
mais lean e criar uma cultura mais voltada à formação engajamento da equipe resulta em um melhor
de solucionadores de problemas capazes em todos os atendimento ao paciente com um custo menor
níveis da organização. e uma maior satisfação profissional por parte
da equipe. Entretanto, é difícil envolver a
equipe inteira quando ela engloba muitas
Número de páginas: 224 unidades distribuídas por diferentes lugares.
Dimensões: 24,00 cm (comprimento) / 16,00 cm
(largura) / 2,00 cm (altura) Número de páginas: 161
Ano: 2015 Dimensões: 28,00 cm (comprimento) / 22,00 cm
(largura) / 1,20 cm (altura)
ISBN: 9788588874183 Ano: 2013
NCM: 49011000 ISBN: 9788588874138
NCM: 49011000
Mark Graban aborda neste livro vencedor do prêmio
Shingo os desafios mais comuns enfrentados pelos Durante a leitura, é possível perceber como é
sistemas de saúde de todo o mundo. "Hospitais Lean" possível reduzir gastos, aumentar a eficiência dos
documenta os principais acontecimentos relativos à área processos e, principalmente, melhorar o
da saúde nos últimos anos e traduz o Sistema Toyota de atendimento na área da saúde utilizando os
Produção para as situações mais comuns com as quais conceitos originários da Toyota. Com uma visão
os hospitais precisam lidar todos os dias. Fornecendo as voltada para o paciente e buscando sempre a
bases da metodologia lean, Mark descreve como os melhoria contínua, o IOV é o maior exemplo
hospitais podem superar as barreiras e mudar nacional do sucesso do lean na área, e temos o
fundamentalmente sua forma de gerenciar, passando a privilégio de ter a nossa disposição os ensinamentos
ter uma visão mais focada no cliente. do diretor executivo do instituto para ampliarmos a
Número de páginas: 293 aplicação da filosofia a fim de garantir sempre o
Dimensões: 25,00 cm (comprimento) / 17,50 cm melhor atendimento.
(largura) / 1,70 cm (altura) 56
Ano: 2013
ISBN: 9788582600054
NCM: 49011000
56
2. MAPA DE FLUXO DE VALOR
57
57
Fluxo de valor
58
Fluxo de valor
Fluxo de valor
Mapa do fluxo de valor
Solicitaçã Entrega
Planejamento Produção
o do do cliente
cliente
61
Por que o mapeamento do fluxo de valor é uma
ferramenta essencial?
Plano de
Implementação Desenvolva um plano de implementação
Implementação
Objetivo de Mapear
MAPEANDO O FLUXO DE VALOR
Mapa de Fluxo de Valor
Cliente Cliente
Diário
Receber e
analisar Programar Expedir Pedido
Alimentar SAP Validar Pedido
pedido montagem
Analista de Analista de
Logística Programador Expedição
mercado Comercial
∑P=6
∑TP= 10 dias 64
∑TRA= 4 h
Fazendo o mapa do fluxo de valor estado atual
Simbologia Caixa de dados
Processo
P=
TRA =
Atividade
(verbo + predicado) TP =
CC =
Entrada Saída TI =
(Especificar) (Especificar)
Quem faz Atividade?
(área funcional)
Td
Tt Sincroniza o ritmo da produção para
D acompanhar o ritmo das vendas.
Onde:
Tt – Tempo takt
Td – Tempo diário disponível
D – Demanda do cliente
Fazendo o mapa do fluxo de valor estado atual
Métricas
MÉTRICA SIGNIFICADO
P = Número de pessoas Por exemplo: P = 1 – uma pessoa dedicada 100%; P = 2 (50) - duas
envolvidas na atividade pessoas 50% cada; P = 5 (100) – cinco pessoas 100%.
TRA = Tempo de realização da Quanto tempo uma pessoa demora para realizar a atividade sem
atividade interrupção para uma unidade (não é o tempo para realizar um lote).
TP = Tempo de permanência Tempo entre etapas do processo (tempo de estoque entre processos
no processo mais TRA).
CC = Correto e completo Porcentagem de vezes que o conteúdo do trabalho chega ao
processo seguinte completo e correto.
TI = Tempo de interrupção da Tempo consumido durante a execução da atividade, mas não
atividade associado ao processamento.
LT = Lead Time Tempo total de processamento do início ao fim.
MFV DO ESTADO FUTURO
• O que buscamos com o mapa futuro?
Obter um processo
Ligar os processos
para fazer somente
Ser mais enxuto em fluxo regular
o que o próximo
(sem retornos)
processo necessita
Compreensão da situação
• Situação Futura
• Identificar problemas sistêmicos • Objetivos e plano de ação
• Determinar a próxima lacuna • Socialização
A P
• Adequação ao planejado
• Interiorização do Aprendizado
C D • Mensurar Resultados
• Gerenciamento visual
• Solução do problema
69
É PRECISO ACREDITAR...
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Cassimiro Guedes
Engenheiro | Especialista
LEAN
85 99736.4097
Cassimirojr@gmail.com
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