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Prova

❖ Filosofia e Psicanálise
Entre os séculos 19 e 20, surgiram novas tendências filosóficas, criadas por grandes
pensadores da Era Contemporânea. Entre eles tivemos Hegel, Feuerbach,
Schopenhauer, Kierkegaard, Comte, Marx, Foulcault e Nietzsche. Eles se dedicaram
resolver questões sobre a existência, a subjetividade, o relacionamento e os conflitos
sociais, econômicos, científicos e políticos.
Nietzche, filósofo alemão, criticou a religião, a moral e a cultura contemporânea.
Defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para
ele, o ser humano deveria abandonar as suas muletas metafísicas. Dedicou-se a estudar a
moral judaico-cristã e operou uma espécie de comparação das sociedades antes e depois
do cristianismo, classificando este como o fator central do enfraquecimento do ser
humano na Era Moderna.
Kierkgaard, filósofo e crítico social dinamarquês, partiu da ideia de que o indivíduo
é o único responsável em dar significado à sua vida e vivê-la de maneira íntegra, sincera
e apaixonada, mesmo com os inúmeros obstáculos que podem surgir. Os principais
conceitos trabalhos por ele foram a autenticidade, responsabilidade, escolha, angústia e
absurdo. Søren influenciou depois mais filosofos com a criação do Existencialismo,
como Sartre e Heidegger. O filósofo foi o primeira a falar de forma explícita sobre
questões existencialistas da vida humana.

❖ Vanguardas Europeias
“A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo. ”
-Vladimir Maiakóvski
Desde a Belle Époque até a Guerras Mundiais, o mundo passou por grandes
transformações sociais, culturais, artísticas e tecnológicas. Novas correntes de
pensamentos estavam sendo criadas, como a psicanálise de Freud, a Teoria da
Relatividade de Einstein e a morte de Deus com Nietzche, que influenciaram muitos
acontecimentos do século XX.
Nesse meio surgem as Vanguardas Europeias. As Vanguardas foram
movimentações artísticas que ocorreram por toda a Europa nesse período. Esse termo
sugere a ideia de "estar à frente" e trouxe para esses movimentos intensas inovações na
arte, literatura, música e teatro. As vanguardas buscavam romper com a maneira que a
arte era feita, alcançando assim liberdade de expressão para mudar o senso estético da
época.
As cinco principais correntes vanguardistas foram: Futurismo, Dadaísmo,
Cubismo, Expressionismo e Surrealismo.
O Futurismo, fundado na Itália, enalteceu as inovações tecnológicas, as máquinas, a
velocidade e a guerra, em detrimento das coisas
tradicionais de sua época. O movimento trouxe
desconexão com a arte e cultura do passado e teve como
principal representante Filippo Marinetti, autor do
Manifesto Futurista.
Na obra vemos um culto a inovação e a modernidade que uma grande cidade pode
trazer
O Dadaísmo, por sua vez, foi criado como uma negação de jovens
franceses e alemães que não quiseram permanecer em seus países para
não serem convocados para a guerra. O movimento tinha o intuito de
chocar a população com as consequências da guerra, trazendo um forte
indignação e revolta com esses acontecimentos, tendo como seus
representantes Tristan Tzara e Marchel Duchamp.
Essas vanguardas se depararam com a quebra de expectativas das
novas tecnologias e do futuro pela guerra. É importante dizer que esses
movimentos também foram influenciados pela filosofia niilista.
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O Niilismo é uma doutrina filosófica que indica pessimismo e ceticismo
extremos, além de uma atitude de negação ou descrença absoluta em relação a
diversos princípios (religiosos, morais, políticos ou sociais). Os principais filósofos
alemães que abordaram o tema foram Hegel, Nietzsche e Schopenhauer.
Nietzsche, filósofo alemão, sugeriu através da corrente niilista a “ausência de
sentido” ligado ao conceito do “Super-Homem”. Essa proposta surgiu a partir da
“Morte de Deus”, isto é, da inexistência de qualquer princípio.
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Já o Cubismo, fundado em Paris por seus principais
representantes, Pablo Picasso e Georges Braque, explorava as figuras
geométricas para retratar a natureza e a fragmentação das figuras,
favorecendo diversas perspectivas da mesma imagem, rompendo
com os modelos estéticos que só valorizavam a perfeição das formas.
O Expressionismo, sendo mais
uma vanguarda, surgiu na Alemanha e
trabalhava com pessimismo e angústia existencialista do
homem. O movimento talvez tenha sido o primeiro a
focar em aspectos subjetivos, onde os artistas
valorizavam a expressão emocional do ser humano e seus
sentimentos. Edvard Munch é considerado o precursor do
Expressionismo, ao lado de Vincent Van Gogh.
E o Surrealismo, também de origem francesa,
influenciado pela psicanálise de Freud, valorizava o
inconsciente humano e o surreal, exibindo o
“funcionamento real” dos pensamentos sem o controle
exercido pela razão. Seu fundador foi André Breton e seus
representantes foram Salvador Dalí e René Magritte.
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O Surrealismo foi significativamente influenciado pelas
teses psicanalíticas de Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade
do ser humano. É possível dizer também que o Surrealismo reuniu as ideias do
simbolismo, da psicanálise, da linguagem dadaísta e da dialética hegeliana para se
tornar, como Síntese, um grande projeto revolucionário.
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Arranha-céus e Túneis (1930) - Fortunato Depero
L.H.O.O.Q, Monalisa com bigode (1919) – Marcel Duchamp
O Viaduto de Estaque (1908) - Georges Braque
The First Animals (1913) - Franz Marc
Golconda (1953) – René Magritte

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