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EXCELENTÍSSIMO (ª) SENHOR (ª) DOUTOR (ª) JUIZ (ª) DE DIREITO DA ______

VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ.

LILIA SILVA DE ALMEIDA, brasileira, casada, enfermeira, portadora do RG n.º e


do, residente e domiciliada à; vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por sua
advogada infra-assinada, procuração anexa, com endereço profissional, onde recebe
intimações, requerer a expedição de:

ALVARÁ JUDICIAL

Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I. DOS FATOS

Os requerentes são os únicos filhos e herdeiros de LILIA CARVALHO DA SILVA, falecida


em 19/11/2011, na cidade de Belém, (cópia de certidão de óbito em anexo).
A de cujus era cessionária do direito real de uso da sepultura especial perpétua nº 5236,
quadro nº 26, antigo 02 a, no cemitério Santa Izabel, nesta cidade, registrada às fls. 48, do
livro competente nº 8, 23 de novembro de 1970, onde foi sepultada.
Com o seu falecimento, faz-se necessária a transferência do direito real de uso da referida
sepultura aos seus únicos filhos e herdeiros, ora requerentes.
Para a efetivação da transferência e recadastramento, cujo prazo final determinado pela
Prefeitura Municipal de Belém, esgota-se em 31.12.2012, mesmo todos os filhos e herdeiros
sendo maiores e capazes, exige a apresentação de alvará judicial (art. 168, §2º da lei
municipal n. 7.055/97).

II. DO DIREITO

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A Lei nº 7.055/97 (Código de Posturas do Município de Belém), em seu capítulo II,
assim dispõe acerca das inumações, in verbis:

“(...)

Art. 164. As inumações serão feitas em sepulturas separadas, temporárias e perpétuas.

Art. 166. As concessões de perpetuidade serão feitas para sepultura do tipo destinado
a adultos e crianças, em mausoléus simples ou geminados e sob as seguintes
condições, que constarão do título:
a) possibilidade de uso do mausoléu para sepultamento de cônjuge e de parentes
consangüíneos ou afins; outras pessoas só poderão ser sepultadas mediante
autorização do concessionário por escrito e pagamento das taxas devidas;
b) obrigação de construir, dentro de três (03) meses, os baldrames convenientemente
revestidos e efetuar a cobertura da sepultura em alvenaria no prazo máximo de um
(01) ano;
c) caducidade da concessão no caso de não cumprimento do disposto na alínea b.

Art. 167. Nenhum concessionário de sepultura ou mausoléu poderá negociar sua


concessão, seja a que título for.

Art. 168. Havendo sucessão “causa mortis” através de partilha devidamente


homologada pelo juiz, o herdeiro deverá registrar o seu direito na administração do
cemitério.
§1º. A Secretaria Municipal de Administração, a requerimento dos interessados,
efetuará a transferência provisória da concessão, com validade de 5 (cinco) anos,
renovável a cada final de período por solicitação de sucessores do concessionário
falecido.
§2º. A transferência provisória far-se-á mediante apresentação de Alvará
Judicial para esse fim expedido. (Lei Ordinária n.º 7055/1977 - Art. 168, com
parágrafos 1º e 2º, acrescentados pela Lei nº 7.763, de 13/07/95). (...)”

Ademais, insta ressaltar o entendimento jurisprudencial acerca do tema:

“Transferência de jazigo - Seria verdadeiro apego a excessivo formalismo, a abertura


de inventário ou de arrolamento, para que, depois, pudessem os interessados, em um
desses autos, requerer a expedição de alvará para transferência de um jazigo, quando
todos os herdeiros da falecida titular da campa estão de acordo com a pretendida
transferência. (TJSP - Agravo de Instrumento: AG 6141744000 SP - Relator(a):
Guimarães e Souza - Julgamento: 16/12/2008 - Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito
Privado - Publicação: 05/01/2009).”

“Alvará para transferência de direito de uso de jazigo – Inadmissibilidade de se


imporem restrições ao desiderato, por questões formais, em virtude de prova
conclusiva de que os requerentes são herdeiros do titular de uso – Provimento. (TJSP -
Apelação Cível: AC 5561154000 SP - Relator(a): Enio Zuliani - Julgamento:
10/07/2008 - Órgão Julgador: 4ª Câmara de Direito Privado - Publicação:
08/08/2008)”

Nesses termos, requer a expedição de Alvará Judicial para autorizar a transferência da


sepultura perpétua, em nome do de cujus, para que seus herdeiros possam proceder ao
recadastramento junto ao órgão competente.

III. DO PEDIDO

Isto posto, requer à Vossa Excelência:

a) ALVARÁ JUDICIAL, em favor dos autores acima qualificados, para


autorizar a transferência da sepultura perpétua n.º 5236, Quadro 26, antigo 2 a, no cemitério

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de Santa Izabel, nesta cidade, registrada às fls. 48, do livro competente n.º 8, bem do de cujus
LILIA CARVALHO DA SILVA;

b) A expedição de ofício à Prefeitura de Belém, bem como a administração do


cemitério de Santa Izabel, nesta cidade, para que realizem a transferência requerida;

c) A citação do d. representante do Ministério Público;

d) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas,


especialmente a prova documental em anexo;

e) A juntada dos documentos anexos.

Dá à causa o valor de R$ 622,00 (seiscentos e vinte e dois reais).

Pede Deferimento.

Belém, 24 de setembro de 2012.

Andréa Oliveira da Silva


OAB/PA Nº

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