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Crise dos paradigmas

Texto: Albino Simione

A partir da revolução científica do século XVI, se solidificou a corrente modernista na

formação do pensamento cientifico nas ciências naturais e, no século XIX, se estendeu para as

ciências sociais emergentes a partir do empirismo baconiano – o empirismo é uma forma de

autonegação: deixe o objeto falar por si só, a partir disso a verdade é acessível - até se

consolidar o positivismo oitocentista.

Foi também influenciada pelo projeto científico cartesiano, na qual erguida sobre os pilares do

método que incorpora a crença na objetividade, no racionalismo e na verdade ficou como

definição de critérios para a produção do conhecimento científico. E foi assim que foi

desenhado a forma principal que caracteriza o paradigma moderno de produção do

conhecimento com a sua característica determinista, totalitária e excludente. ele exclui o

conhecimento intersubjetivo, descritivo.

No século XIX, o contexto precursor e a intensa atividade intelectual criaram as condições

para que o modelo científico modernista se estendesse para as ciências sociais emergentes.

Texto: Antonio José Figueiredo

A crise dos paradigmas nas ciências humanas causado pela utilização do positivismo como

modelo metodológico soberano nas ciências em geral.

O conhecimento cientifico é determinado por modelos tradiocialmente dominantes, ligados

aos métodos utilizados das ciências naturais, o que, segundo Santos, é um modelo totalitário.

A partir do positivismo, o que é observado depende do método impirico e da subjetividade do

observador. E, segundo Furez, o rigor do método se adequa a forma de aferições e mediações


do que o observador propõe. Sendo assim, perde o valor do objeto, pois, o comportamento

humano não é algo que pode ser explicado e definido pelas caracterisiticas observervaveis e

objetivas, pois o que se vê pode se relacionar com inumeros sentidos e representações.

É importante comprrendemos as ciências humanas são subjetivas e qualitativas,

diferentes das ciências naturais, portanto os fenômenos que as ciências humanas buscam

explicitar são sociais e resultados de atitudes mentais, e por isso já vemos a necessidade

de métodos de investigação especificamente diferentes, com critérios que definam a

relação entre conhecedor e conhecimento diferentes nas ciências naturais.

Para Aromowits & Ausch (2015) as ciências humanas sempre se preocuparam com a

metodologia, se tornando na maioria das vezes uma obsessão.

Segundo esses autores, utilizam-se várias técnicas estatísticas, históricas, etnográficas para

imitar se várias técnicas para imitar o que muitos consideram como metodologias rigorosas

das ciências naturais, mesmo que se tratando de ciências como sociologia, psicologia e outras

disciplinas das ciências humanas.

Reconhecem que as metodologias de inspiração positivista não forneceriam respostas

para os tipos de questões sociais e políticas, especialmente relacionadas com a raça,

classe, gênero e e as desigualdades sexuais, e as ciências sociais e humanas começaram a

refletir sobre uma reformulação metodológica.

o olhar metodológico possível nas ciências humanas rompe com o positivismo e se

aproxima muito dos processos fenomenológicos.

As ciências humanas estão interessadas em explorar as maneiras pelas quais o mundo é

construído por estas teorias, que são culturalmente e historicamente variáveis e são usadas em
em interações por interlocutores socialmente em construção (BERGER E LUCKMANN,

1967).

O autor cita autores pós – estruturalistas, como Focault, que oferece uma resposta

epistemológica para a crise do positivismo rejeitando verdades absolutas sobre o absolutas

sobre o mundo, pois a verdade dependeria pois a verdade dependeria do contexto histórico de

cada indivíduo. Também é mencionado acerca do pluralismo teórico de Feyerabend, que

defende metodologia pluralista e tem como tese a necessidade de máxima ampliação e não a

uma teoria ideal e um objeto único e sim uma pluralidade de ideias, pois segundo o autor a

pluralidade de pensamentos oferece um aumento de liberdade dos sujeitos e dá a ciência um

poder crítico.

Assim, a crise dos paradigmas se resolve com a adoção do pluralismo metodológico onde a

ideia principal seria de ampliação máxima de procedimentos e não somente uma teoria ideal

de método conforme defendida pelo positivismo. A pluralidade, consequentemente garante a

ciência a sua competência crítica.

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