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Disciplina: Sociologia IV
Segundo Caio Prado Jr, logo no começo do 1º capítulo, que tem o título
“Sentido da colonização”, ele nos diz que todo povo tem um “sentido”, ou seja, uma
orientação única, que parte de um ponto inicial e busca incessantemente um
objetivo. O desenvolvimento de um povo pode variar, uma vez que, inúmeros fatores
podem influenciar as rotas para as quais os objetivos indicavam, dizendo assim, que
podem ser inclusive abandonadas para o progresso com outra visão. Para isso, ele
utiliza de exemplo Portugal, um país que sofria para se denominar europeu, mas a
partir do século XV, tudo o que se tinha de Portugal passa a mudar pois agora o foco
do país não é mais ser uma potencia europeia, mas sim, um país que buscava
novas terras pelos mares para poder se solidificar.
Sendo assim, podemos entender a situação do Brasil, uma vez que, nesse
período a partir do ano de 1500, pelos próximos três séculos teríamos a grande
exploração tanto do Continente Americano quanto do Continente Africano, sendo
assim, colocando mais continentes sobre o controle e o poderio dos países
europeus. Essa expansão marítima começa ainda no século XIV, uma vez que, as
principais cidades europeias estavam migrando os seus núcleos para as regiões
litorâneas com fim de estabelecer os comércios em seus portos.
Portugal foi o primeiro dos países a dar a partida para colonizar “suas” terras
no Atlântico. A primeira parte disso foi a gestão do que seria aproveitado, uma vez
que, não se sabia quais as “riquezas” que poderiam ser obtidas nas novas terras,
sendo assim, começaram primeiro com a extração de madeiras (pau-brasil),
enquanto os espanhóis encontraram em seus territórios prata e ouro. Porém, a
colonização de fato só começaria quando veio para essas terras primitivas, a
agricultura, um marco para uma base de economia estável.
Aqui nós podemos observar que o autor começa a citar outros tipos de
colonização, como a dos ingleses na zona temperada da américa, onde tem um
clima mais próximo ao europeu, o que poderia facilitar a colonização para estes
povos, uma vez que o clima seria conhecido por eles e, sendo assim, buscar
melhores condições de vida, uma vez que, na Inglaterra, essa população que
almejava o novo continente estava sofrendo perseguições religiosas e também
devido ao fato das mudanças econômicas para aquele país durante o período. Com
isso, é visto com outros olhos a colonização dessas terras, olhos esses muito
diferentes dos portugueses e espanhóis, que visavam apenas o lucro e não o
desenvolvimento do local. O que esses colonos ingleses tinham em mente, era a
construção de uma nova Inglaterra, um novo local para viverem de maneira próspera
e com qualidade.
Outros fatores que afastaram os colonizadores das regiões dos trópicos, era a
grande dificuldade pois o ambiente era hostil, uma vez que os produtos oferecidos,
como a cana-de-açúcar eram difíceis de serem coletados, e os europeus não
gostariam de exercer as funções braçais, e sim as funções de gestão.
Referências Bibliográficas
Prado JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo: colônia. São Paulo:
Companhia das Letras, [1942] 2011. “Sentido da
colonização”, p.13-29.