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Texto para apresentação da encenação do Dia da Abolição

Segundo o site do IBGE, o Brasil foi o país que importou mais escravos
africanos. Entre os séculos XVI e meados do XIX, vieram cerca de 4 milhões
de homens, mulheres e crianças, o equivalente a mais de um terço de todo
comércio negreiro. (fala de um leitor)

OBS: Antes da entrada do gráfico alguns alunos negros poderiam ser levados
amarrados um ao outro (tudo cênico, claro)

OBS: o gráfico a cima deve ser representado numa cartolina junto com as
legentas de todas as cores Podemos por na legenda e no gráfico apenas os
números mais altos.

Chefes políticos e mercadores da África Centro-Ocidental (hoje região


ocupada por Angola), forneceram a maior parte dos escravos utilizados em
toda a América portuguesa. No século XVIII, o comércio do Rio de Janeiro,
Recife e São Paulo era suprido por escravos que vinham da costa leste
africana (oceano Índico), particularmente Moçambique. No comércio baiano, a
partir de meados do século XVII, e até o fim do tráfico, os escravos eram
oriundos da região do Golfo de Benin (sudoeste da atual Nigéria).

OBS: o gráfico a cima deve ser representado numa cartolina junto com as
legentas de todas as cores – para além disso seria bom desenhar as bandeiras
desses países??

O padre André João Antonil em seu livro “Cultura e Opulência” de 1711


diz que "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque
sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter
engenho corrente".

No Brasil, o trabalho escravo predominou em quase todos os setores


econômicos. Além de ser empregado no setor da produção de açúcar, foi
utilizado também:

 na agricultura de abastecimento interno; na criação de gado; nas


pequenas manufaturas; no trabalho doméstico; em toda ordem de
ocupações urbanas.

OBS: Nesse momento seria legal que os alunos produzissem instrumentos que
pudessem representar todas essas atividades
A história da resistência dos escravos é longa e penosa. As revoltas, em
movimentos grandes e pequenos, ou foram planejadas, visando à abolição
geral, como nos quilombos, ou foram golpes mais modestos que previam punir
o senhor ou o feitor mais tirano. Os negros lutam bem antes da carta da rainha
Isabel. Nada veio de graça. Dentro da resistência havia os Quilombos que
floresceram em grande número, em cada lugar onde a escravidão fincou
raízes, fosse no mato, na montanha ou nas vizinhanças de fazendas e vilas,
pequenas e grandes cidades.

OBS: Deixar tocando uma ciranda para que ao longo da música venham os
alunos e se unindo sobre a musica tocada.
https://www.youtube.com/watch?v=cF-MHYnY1go - ciranda de roda
instrumental

Depois de muita luta e pressão externa, em Maio de 1888, em uma reunião


fechada o conselheiro Antônio Prado ofereceu um projeto de abolição mediante
indenização dos proprietários (um absurdo!) ver quem escravizou ser
indenizado.

OBS: Ter uma placa mostrando “Maio de 1888 – Lei Áurea”

Mas a escravidão não teve fim em 1888, pelo menos não nos moldes da
era colonial. Nos dias atuas há uma nova forma de trabalho escravo ou como é
chamado atualmente “trabalho análogo à escravidão”. E está tipificado no
Artigo 149 do código Penal, onde afirma que reduzir alguém a condição
análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada
exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalhando, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída
com o empregador ou preposto está sujeito á pena- reclusão, de dois a oito
anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Em reportagem da CPT trabalhador Luiz Carlos Gonçalves, que foi


escravizado, relata: “a pior coisa que me aconteceu eu me lembro, eu
estava amolando uma foice e eu reclamei que não tinha merenda pra
gente merendar antes de sair. E ele foi e me disse assim: você está
olhando esse chiqueiro de porco? Eu disse: estou. Ele disse: esse porco
tem mais valor do que vocês aqui dentro. (...)

Aqui vão alguns dados obtidos do Reportes Brasil :

OBS: Os dados de porcentagem de trabalhadores negros deve ser uma placa


além do numero total de trabalhadores resgatados.
Segundo a CPT no ano passado (2021), tivemos o maior número de
resgatados desde 2013, foram 2.036 trabalhadores (deve ficar no cartas). De
janeiro até meados de abril de 2022, ao menos 555 trabalhadores (deve ficar
no cartas) foram resgatados.

Mediante tudo que foi apresentado temos apenas uma coisa a dizer
VIDAS NEGRAS IMPORTAM (dito por todos os alunos em uníssono)

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