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Índice

Introdução..........................................................................................................................3
Membrana celular..............................................................................................................4
Funções associadas à membrana plasmática.....................................................................4
Permeabilidade osmótica...................................................................................................4
Permeabilidade Selectiva...................................................................................................5
Protecção das estruturas celulares.....................................................................................5
Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular.........................................................5
Transporte activo de substâncias.......................................................................................5
Reconhecimento de substâncias específicas......................................................................6
Resposta imunológica........................................................................................................6
Estrutura e composição da membrana plasmática.............................................................6
Transporte de Substâncias na membrana plasmática........................................................7
Regulação das funções corporais.......................................................................................8
Características dos sistemas de controle..........................................................................11
Regulação da Temperatura..............................................................................................11
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
Introdução

O presente trabalho é de carácter avaliativo que versa sobre a célula transporte através
da membrana celular, regulação das funções corporais.

Onde tem como objectivo geral:

 Descrever transporte celular através da membrana celular e regulação das


funções corporais

Portanto, destaca-se como objectivo específico:

 Conceito de célula, membrana celular


 Funções associadas à membrana plasmática
 Protecção das estruturas celulares
 Caracterizar o processo de regulação das funções corporais…etc

Metodologia

Para a realização deste trabalho utilizou-se a pesquisa de cunho bibliográfico e


exploratório, pelo fato de ter como principal finalidade desenvolver, esclarecer e tentar
relacionar conceitos e ideias, para a formulação de abordagens mais condizentes com o
desenvolvimento de estudos posteriores.

Por fim, o trabalho está estruturado: introdução, desenvolvimento, conclusão e


referência bibliográfica
Conceito de Célula

A célula  (do latim cella, que significa "pequeno aposento") é a unidade básica e


fundamental de todos os organismos conhecidos. Uma célula é a menor unidade
funcional da matéria viva. As células são frequentemente chamadas de "blocos de
construção da vida". O estudo das células é denominado biologia celular ou citologia.

Membrana celular

Na perspectiva de Silva (2014), a membrana plasmática ou membrana celular é uma


categoria de organela celular. Trata-se de um envoltório fino, poroso e microscópico.
Ela reveste por fora as células dos seres procariontes (bactérias) e os eucariontes
(animais, vegetais, fungos e protozoários).

A membrana plasmática é uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e


selecção de substâncias que entram e saem da célula. Por isso ela é de extrema
importância para o metabolismo celular. (Silva,2014)

Funções associadas à membrana plasmática

Denominamos funções as vantagens adaptativas que a membrana plasmática garante aos


seres vivos. As funções da membrana plasmática são:

Permeabilidade osmótica

A membrana plasmática tem a capacidade de controlar a entrada e saída de água das


células.

O controlo da quantidade de água que entra e sai das células é muito importante para a
sobrevivência da célula. Se entrar água demais ela pode explodir, se perder muita água
pode murchar e morrer. A membrana deixa a água entrar e sair livremente por pressão
osmótica que tende a equilibrar com o meio externo. Mas em alguns casos, como seres
que vivem no mar, proteínas de membrana específicas puxam água para dentro e fora
das células.
Permeabilidade Selectiva

A membrana plasmática permite e controla da entrada e saída de outras substâncias,


além da água, da célula.

Algumas células têm que trocar substâncias de modo rápido. Tanto para liberar
hormônios e transmissores para outras células. Mas também bombas de íons que são
proteínas transmembrana. As bombas de íons garantem que células especializadas como
neurônios e células musculares funcionem com precisão.

Protecção das estruturas celulares

De acordo com Mendonça (2013), todas as estruturas e demais organelos celulares estão


contidas internamente a membrana, nada chega a elas que não tenha passado pela
membrana.

Destacamos que o núcleo celular, que contém o DNA da célula, possui sua própria
membrana chamada Carioteca. Mas ela tem uma composição diferente da membrana
celular em relação à proteína transmembrana, poros, etc.

Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular

Para Mendonça (2013), a capacidade da membrana plasmática de delimitar o que fica


dentro da célula e o que está fora, garante a integridade da célula. Com isso, garante
o metabolismo, o equilíbrio químico e a sobrevivência da célula.

O metabolismo na célula tem uma natureza muito diferente do que está acontecendo
fora da célula. Isso vale para organismos unicelulares, mas também para células
corporais. Por exemplo, as células do tecido ósseo estão vivas, funcionando, enquanto
fora delas a matriz extracelular é dura e rígida.

Transporte activo de substâncias

Algumas substâncias são vitais para o funcionamento das células, como a glicose, por
exemplo. Mas quando e quanto dessa substância vai entrar em casa célula é definido por
outras substâncias que "abrem as portas" para coordenar essas entradas. No caso da
glicose, quem permite que entre nas células é a insulina. Se a insulina não funcionar
bem, nossa célula não recebe a glicose que está disponível no sangue e ficamos
diabéticos.

O transporte activo de substâncias que não são naturalmente permeáveis à célula, custa
energia. Tanto para receber substâncias que vêm do meio quanto para expelir
substâncias produzidas pela célula.

Reconhecimento de substâncias específicas

A membrana plasmática consegue reconhecer substâncias específicas devido à presença


de receptores específicos na membrana.

Algumas substâncias, como hormônios ou neurotransmissores, têm afinidade com


proteínas de membrana. Ao reconhecer essas substâncias começam cascatas de reacções
no interior das células, importantes para o metabolismo e a fisiologia do corpo. Muitos
medicamentos têm seu princípio activo baseado nessas reacções e acções das proteínas
presentes na membrana.

Resposta imunológica

A resposta imunológica do corpo, defesa contra parasitas e células estranhas começa


com o reconhecimento das proteínas de membrana plasmática nas células.

Todas as células têm alguma espécie defesa na membrana para evitar a entrada de vírus
ou ataque de bactérias. Mas especialmente as células do sistema imunológico,
macrófagos, por exemplo, têm proteínas de membrana que funcionam como sensores
para reconhecer invasões de parasitas, células ou substâncias estranhas. A partir dessa
resposta imune temos as nossas defesas contra parasitas, rejeição a implantes e até
alergias.

Estrutura e composição da membrana plasmática

A membrana plasmática é quimicamente constituída por:

 lipídios — glicolipídeos, colesterol e os fosfolipídeos


 proteínas — glicoproteínas, proteínas de membrana, proteínas de canal etc
Por isso, é reconhecida por sua composição lipoproteica.

Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é


hidrofílica (tem afinidade com a água) e volta-se para o exterior. A porção apolar é
hidrofóbica (repele a água) e voltada para o interior da membrana.

Os fosfolipídios estão dispostos em uma camada dupla, a chamada bicamada. Devido a


sua natureza química, eles movem-se como em trilhos, sem perder o contacto. Isso
permite a flexibilidade e elasticidade da membrana. A descrição sobre esse modelo de
organização é denominado "mosaico fluido".

O nome "mosaico fluido" deve-se pela presença de estruturas flexíveis e fluidas, com
grande poder de regeneração.

Além da bicamada de fosfolipídeos, existem outras gorduras e proteínas que compõem


as membranas celulares que garantem seu funcionamento.

Apenas células dos animais, há o colesterol que compõe e estabiliza sua estrutura. A
vantagem adaptativa do colesterol é manter a membrana fluida e sem congelar mesmo
em baixas temperaturas. Apenas as células animais que possuem colesterol, os outros
grupos de seres vivos não o sintetizam.

As proteínas presentes na membrana são podem ser de grupos diferentes como:


enzimas, glicoproteínas, proteínas transportadoras e antígenos. Nesse sentido, podemos
dividi-las em dois grupos principais:

 Proteínas transmembranas: atravessam a bicamada lipídica lado a lado.


 Proteínas periféricas: situam-se em apenas um dos lados da bicamada.

Cada uma dessas proteínas vai ter uma função diferente, tanto no transporte quanto ao
enviar e catalisar informações para dentro e para fora da célula.

Transporte de Substâncias na membrana plasmática

Na óptica de Amabis e Martho (2013) a membrana actua como um filtro, permitindo a


passagem de substâncias pequenas e impedindo ou dificultando a passagem de
substâncias de grande porte. Essa propriedade é chamada Permeabilidade Selectiva.
O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser de modo passivo
ou activo:

O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do meio


mais concentrado para o menos concentrado. São exemplos:

 Difusão Simples — É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas


para regiões em que sua concentração é menor.
 Difusão Facilitada — É a passagem, através da membrana, de substâncias que
não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da
membrana.
 Osmose — É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico)
para outro mais concentrado (hipertônico). Osmose sempre acontece com a
água, se a substância que passar pela membrana for outra diferente, o nome é
difusão simples (Amabis e Martho, 2013).

O transporte activo ocorre com gasto de energia. Isso significa que moléculas que
conservam a energia celular, conhecidas como ATP (adenosina tri-fosfato), serão
utilizadas no processo. As substâncias deslocam-se de menor para o de maior
concentração. São exemplos:

 Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose — Ocorre quando a célula transfere


grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio
intracelular.
 Bomba de Sódio e Potássio — Passagem de íons sódio e potássio para a célula,
devido às diferenças de suas concentrações.

Como curiosidade final, destacamos que a membrana plasmática não é facilmente


visualizada em um microscópio óptico comum. Apenas com o desenvolvimento do
microscópio electrónico foi possível a observação da membrana plasmática (Amabis e
Martho, 2013).
Regulação das funções corporais

Sistema Nervoso: O sistema nervoso é composto de três partes principais: a parte de


aferência sensorial, o sistema nervoso central (ou parte integrativa) e a parte de
eferência motora. Os receptores sensoriais detectam o estado do corpo ou o estado do
meio ambiente. Por exemplo, os receptores na pele informam o organismo quando um
objecto toca a pele em qualquer ponto.

Os olhos são os órgãos sensoriais que dão a imagem visual do ambiente. Os ouvidos
também são órgãos sensoriais. O sistema nervoso central é composto do cérebro e da
medula espinhal. O cérebro pode armazenar informações, gerar pensamentos, criar
ambição e determinar as reacções do organismo em resposta às sensações. Os sinais
apropriados são então transmitidos através da eferência motora do sistema nervoso para
executar os desígnios da pessoa. (Osorio, 2013)

Um grande segmento do sistema nervoso é chamado de sistema autônomo. Ele opera


em um nível subconsciente e controla muitas funções dos órgãos internos, incluindo o
nível de actividade de bombeamento pelo coração, movimentos do trato gastrintestinal e
secreção de muitas das glândulas do corpo.

Sistema Hormonal de Regulação: Há no corpo oito principais glândulas que secrectam


substâncias químicas chamadas hormônios. Os hormônios são transportados no fluido
extracelular para todas as partes do corpo para participar da regulação da função celular.
Por exemplo, o hormônio da tireoide aumenta as taxas da maioria das reacções químicas
em todas as células, assim contribuindo para restabelecer o ritmo da actividade corporal.
A insulina controla o metabolismo da glicose; hormônios adrenocorticoides controlam o
metabolismo dos íons sódio, íons potássio e de proteínas; e o hormônio paratireoideo
controla o cálcio e o fosfato dos ossos. Assim, os hormônios são um sistema de
regulação que complementa o sistema nervoso. O sistema nervoso regula
principalmente as actividades musculares e secretórias do organismo, enquanto o
sistema hormonal regula muitas funções metabólicas (Osorio, 2013).

Reprodução

Às vezes a reprodução não é considerada uma função homeostática. Entretanto, ela


realmente contribui para a homeostasia através da geração de novos seres em
substituição aos que estão morrendo. Isto pode parecer um uso pouco rigoroso do termo
homeostasia, mas ilustra, em última análise, que essencialmente todas as estruturas do
corpo são organizadas para manter a autonomia e a continuidade da vida.

Sistemas de controlo do corpo

O corpo humano possui milhares de sistemas de controlo. O mais intricado deles é o


sistema de controlo genético que opera em todas as células para o controle da função
intracelular, bem como da função extracelular.

Muitos outros sistemas de controlo operam dentro dos órgãos para controlar funções de
partes individuais destes; outro ainda por todo o corpo para controlar as inter-relações
entre os órgãos. Por exemplo, o sistema respiratório, operando em associação com o
sistema nervoso, regula a concentração de dióxido de carbono no fluido extracelular. O
fígado e o pâncreas regulam a concentração de glicose no fluido extracelular, e os rins
regulam as concentrações de hidrogênio, sódio, potássio, fosfato e de outros íons no
fluido extracelular.

Faixas normais e características de importantes constituintes do Fluido


Extracelular

Segundo Pinheiro (2018), mais importantes são os limites além dos quais anormalidades
podem causar a morte. Por exemplo, um aumento da temperatura corpórea de apenas 7º
C acima da normalidade pode levar a um ciclo vicioso de aumento do metabolismo
celular que destrói as células. Outro exemplo, é a estreita faixa de equilíbrio acidobásico
no corpo, com um valor normal de pH de 7,4 e valores letais com apenas 0,5 unidades
de pH acima ou abaixo do normal. Outro importante fator é a concentração de íons
potássio, pois quando esta cai para menos de um terço da normal, o individuo
provavelmente sofre paralisia em consequência da dos nervos de conduzir impulsos.
Alternativamente, se a concentração de íons potássio aumentar para duas ou mais vezes
em relação à normal, o músculo cardíaco provavelmente será gravemente deprimido.
Também, quando a concentração de íons cálcio cai abaixo da metade do normal, o
individuo provavelmente tem uma contracção tetânica dos músculos do corpo por causa
da geração espontânea de um excesso de impulsos nervosos nos nervos periféricos.
Pinheiro (2018) diz que quando a concentração de glicose cai abaixo do normal, o
indivíduo geralmente desenvolve uma irritabilidade mental extrema e, às vezes, até
mesmo convulsões.

Esses exemplos devem dar uma ideia da necessidade e da extrema importância do


grande número de sistemas de controlo que mantém o corpo funcionando na saúde;
ausência de qualquer um desses controles pode resultar em sério mau funcionamento do
corpo ou em morte.

Características dos sistemas de controlo

Os exemplos antes apresentados de mecanismos de controlo homeostáticos são apenas


uns poucos das muitas centenas de milhares existentes no corpo; todos eles possuem
determinadas características comuns. Essas características comuns serão explicadas nas
páginas seguintes.

Regulação do Bombeamento Cardíaco

Quando uma pessoa se encontra em repouso, o coração bombeia apenas 4 a 6 litros de


sangue por minuto. Durante o exercício intenso, pode ser necessário que esse coração
bombeie de quatro a sete vezes essa quantidade. Os meios básicos de regulação do
volume bombeado são: regulação cardíaca intrínseca, em resposta às variações no
aporte do volume sanguíneo em direcção ao coração e controle da frequência cardíaca e
da força de bombeamento pelo sistema nervoso autónomo.

Regulação da Temperatura

A regulação da temperatura se dará por influência do hipotálamo, ou seja, quando o


corpo tem sua temperatura diminuída os músculos tendem a se friccionarem para
aumentar a temperatura. Inversamente, quando o corpo aumenta sua temperatura é
através da evaporação do suor que há o resfriamento, por meio da evaporação. No
entanto, para que estes controles funcionem é necessário que os termorreceptores do
corpo enviem sinais para o hipotálamo de como está a temperatura corporal para sua
devida adequação, para baixo ou para cima. (Pinheiro, 2018)
Regulação da Glicemia

A insulina e o glucagon são produzidos pelo Pâncreas, estas duas substâncias agem na
regulação de açúcar no sangue. Com o aumento na concentração de glicose sanguínea a
insulina age com acção hipoglicemiante, e inversamente, quando há queda na
concentração de açúcar no sangue o glucagon age com acção hiperglicemiante.

Para a manutenção da concentração adequada de açúcar no sangue é necessário à


actuação desses dois hormônios, ou seja, a homeostase. E para que isto ocorra é
necessária à sinalização pelo organismo dos níveis de açúcar no mesmo.
Conclusão

Conclui-se que uma célula é a menor unidade funcional da matéria viva. As células são
frequentemente chamadas de "blocos de construção da vida". O estudo das células é
denominado biologia celular ou citologia.

Apenas células dos animais, há o colesterol que compõe e estabiliza sua estrutura. A
vantagem adaptativa do colesterol é manter a membrana fluida e sem congelar mesmo
em baixas temperaturas. Apenas as células animais que possuem colesterol, os outros
grupos de seres vivos não o sintetizam.

As proteínas presentes nas membranas podem ser de grupos diferentes como: enzimas,
glicoproteínas, proteínas transportadoras e antígenos. Nesse sentido, podemos dividi-las
em dois grupos principais: Proteínas transmembranas: atravessam a bicamada lipídica
lado a lado. Proteínas periféricas: situam-se em apenas um dos lados da bicamada
Bibliografia

Silva, E. C. C. (2014). A teoria celular em livros didáticos de biologia: uma análise a partir da
abordagem histórico-filosófica da ciência.

Pinheiro, R. M. S. (2018). O conceito de célula em livros didáticos de biologia: análise sob uma
perspectiva histórico-crítica.

Osorio, T. C. et l. (2013). Introdução à citologia. In: Osorio, T. C. Ser protagonista: biologia.


São Paulo: SM

Mendonça, V. L. (2013). Introdução à citologia e membranas celulares. In: Mendonça, V.


L. Biologia 2. ed. São Paulo: AJS

Amabis, J. M.; Martho, G. R. (2013). A descoberta das células. In: Amabis, J. M.; Martho, G.
R. Biologia em contexto São Paulo: Moderna,

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