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CHUAI, Marilena. A Ciência na História.

In: Introdução à filosofia: ensino médio


(volume único). 2 ed. São Paulo: Ática, 2013.

Marilena de Souza Chaui nasceu em 4 de setembro de 1941 em São Paulo.


Graduada e licenciada em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre e
doutora pela (USP), especialista em História da Filosofia Moderna e Filosofia
Política. Doutora honoris causa pela Universidade de Paris 8 (França) pela
Universidad Nacional de Córdoba (Argentina) e Universidade Federal de Sergipe
(UFS). Autora de diversos livros, entre os quais, introdução à história da filosofia (2
volumes). Essa obra Introdução à Filosofia, vai procurar mostrar que a imagem
criada pelo senso comum sobre os filósofos e a filosofia, estão completamente
equivocadas, e não correspondem à realidade. É um livro que vai nos levar a refletir
muito.

No capitulo A ciência na história, Chuai trás de início três tipos de concepções de


ciência. A concepção racionalista, usa o método hipotético-dedutiva, e afirma que a
ciência é como a matemática, capaz de provar a verdade sobre si sem deixar
dúvidas. A empirista por sua vez, afirma que a ciência tem que intervir para que se
possa tirar conclusões sobre tudo. A construtivista une o racionalismo e o
empirismo, e acrescenta uma idéia de conhecimento aproximativo e corrigível, pois
não há verdade absoluta na ciência.

A ciência antiga era teorética, pois ela não intervém no objeto, apenas o observa de
longe para se tirar conclusões que serão consideradas verdades absolutas, já a
ciência clássica não preza só o conhecimento teórico, mas o uso da prática.
Observou-se que há existência de uma descontinuidade e diferença temporal entre
as teorias científicas, que resultou em maneiras diferentes de conhecimento, para
criar novos métodos e tecnologias."O filósofo Gaston Bacherlad criou a expressão
ruptura epistemológica para explicar essa descontinuidade no conhecimento
científico."(CHUAI, 2013, p.296).
Rupturas epistemológicais é a elaboração de novas teorias, métodos e tecnologias
fazendo assim surgir uma nova concepção científica, mas que incorpore os
conhecimentos anteriores. Diferente de Bachelard, o filósofo da ciência Tomas Kuhn
fala que ocorre uma revolução científica, à qual descobre que os paradigmas
existentes não são suficientes para explicar um fenômeno novo, e com isso se tem a
necessidade de criar novos paradigmas.
As ciências são classificadas desde que Aristóteles empregou seus três critérios
para classificar os saberes. Com o passar do tempo esses critérios foram sofrendo
variações, e chegou aos quais usamos hoje: ciências matemáticas ou lógico-
matemáticas, ciências naturais, ciências humanas ou sociais e ciências aplicadas.
"Os próprios ramos de cada ciência subdividem-se em disciplinas cada vez mais
específicas, à medida que seus objetos conduzem a pesquisas cada vez mais
detalhadas e especializadas."(CHUAI, 2013, p.300)

Esse obra foi destinada aos alunos do ensino médio, que estão iniciando na filosofia,
para mostrá-los que a filosofia é algo bem mais profundo do que as velhas
convenções do senso comum. E vem cumprindo seus objetivos com estes jovens,
os fazendo refletir sobre coisas importantes. A filosofia é muito relevante também
para o curso de Gestão de Recurso Humanos, por que nunca vamos ter todo
conhecimento sobre vários fenômenos relacionados ao curso, mas como em várias
outras áreas, podemos ir adquirindo conhecimento válidos dentro da filosofia, para
às nossas determinadas áreas de atuação.

Gostei muito do referido texto, por que ele traz uma visão totalmente diferente dos
conceitos que temos de filosofia. Índico não somente para quem está começando,
mas para todos que tem uma visão formulada pelo senso comum do que é filosofia.

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