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Percepção de Riscos

Em diversas situações, podemos estar expostos a fatores de risco,


seja no trabalho, em casa ou no trânsito. Você sabia que temos
instrumentos que podem nos alertar sobre eles e nos ajudar a evitar
situações arriscadas? Vejamos!

Afinal, o que é perigo? E o que é risco?


PERIGO, é uma situação ou condição de risco com probabilidade
de causar lesão ou dano à saúde das pessoas por ausência de
medidas de controle.

O perigo, por si só, não representa um risco. 


No entanto, se o trabalhador ficar exposto a uma fonte de lesões ou
danos (perigo), podemos dizer que aí sim haverá risco.

RISCO, é a avaliação do perigo, associada à possibilidade de


ocorrência de um acidente ou doença. Durante toda nossa vida
somos expostos a fatores de riscos em diversas situações.

De outra forma, podemos dizer que risco é a chance de uma


situação ou evento perigoso efetivamente provocar danos ou
prejuízos.

Quando crianças são inúmeros os acidentes sofridos, devido à


ausência da percepção de risco: é um dedo na tomada, uma queda
de uma árvore, uma ingestão acidental de um produto de limpeza, e
tantos outros. À medida que crescemos, diminui a ocorrência
desses acidentes porque desenvolvemos a percepção de risco. E o
que vem a ser isso?
O QUE É PERCEPÇÃO DE RISCO?
A percepção de risco é a capacidade de identificar os riscos
existentes no ambiente e agir para evitar a ocorrência de acidentes.
É, por exemplo, identificar o risco de dirigir alcoolizado, sem cinto
de segurança ou em alta velocidade. São situações cujos fatores
podem desencadear um acidente.
No ambiente de trabalho é fundamental essa percepção, visto que
há a exposição a diversos perigos, nomeadamente os físicos,
químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.
O que é percepção de risco? A percepção de risco diz respeito à
sensibilidade do colaborador na identificação de riscos existentes no
ambiente organizacional. Ela é desenvolvida através da conscientização
e capacitação da equipe nas situações de risco elevado. É um tema que
envolve o comportamento humano e a capacidade de reconhecer
situações no entorno. A percepção de riscos dos gestores e
colaboradores deve ser “refinada” e “homogeneizada” de forma que toda
a equipe fale a mesma língua.

Para desenvolver a percepção de risco e o conceito de segurança


comportamental, é preciso identificar e analisar todos os fatores que
podem ocasionar acidente ou doença dentro do ambiente
organizacional..

Fatores que influenciam na percepção de


risco:
A percepção de risco está diretamente relacionada às informações
sobre a situação.
Hoje dispomos de tempo e ferramentas adequadas para obtermos
tais informações.
No entanto, em diversas ocasiões deixamos de analisar os riscos e
assumimos o modo reativo, dispensando o pensamento cognitivo.
São diversos fatores que nos fazem agir assim e
prejudicam a percepção de risco:
 Agir por impulso para resolver uma situação rapidamente;
 Considerar os riscos que resultaram em acidentes recentes e
negligenciar os demais;
 Ter a sensação de controle (por exemplo: acreditamos que é
mais seguro viajar de carro do que viajar de avião, porque
no avião não temos controle da situação);
 Experiência e familiaridade;
 Excesso de confiança;
 Ausência de treinamento e capacitação.

EXEMPLOS
Os fatores que influenciam na percepção de riscos são conhecidos
como atos inseguros:

Levantamento improprio de carga;


Brincadeiras no serviço;
Manutenção de máquinas em movimentos;
Danificação ou não uso de EPI;
Utilização de ferramenta inadequada;
Execução de serviços para os quais não estão autorizados.

Qual a importância da percepção de risco?


Conclusão:
ConclusaoQual a importância da percepção de risco?
A percepção de risco é essencial tanto no ambiente de trabalho
como na vida.
É por meio dela que se evita acidentes, estabelece um trabalho
seguro, organizado e produtivo.
Pode-se dizer que a percepção de risco é imprescindível em
qualquer situação.
mortes teriam sido evitadas se houvesse uma reflexão por alguns
instantes sobre a situação e os riscos envolvidos.
Você, trabalhador, conheça seu ambiente de trabalho, as tarefas
desenvolvidas, os riscos existentes, e aja de maneira segura.

Os 5 Sentidos Da Segurança
Por que cinco sentidos da Segurança?

Temos 5 sensores de origem: visão, audição, olfato, paladar e tato. 

Mas como os sentidos humanos auxiliam na missão


prevencionista?

Ao identificarmos o risco, dentro de nossas competências devemos


perguntar, quem é o responsável por isso ou aquilo? Por que ainda
não foi resolvido? O que está faltando?

Se fizer perguntas objetivas, terá respostas indicativas para


soluções.

VISÃO: Renove o Olhar.


Ele tem uma característica muito importante, e consegue ver bem
em linha reta ou harmônica, ou seja, quando você olha em linha
reta, se alguma coisa estiver fora do alinhamento ou estética ele
sinalizará.
Se por alguma razão perceber que há um desalinhamento entre o
que você está vendo e o que o ambiente mostra, alguma coisa não
está conforme, parece estranho estar ali, PARE E PERGUNTE o
porque?
Seu olho indicou, você ainda pode não saber, mas pode ser uma

deformidade que pode gerar acidentes.


AUDIÇÃO: O ouvido é preparado para identificar sons: estridentes,
descompassados, uniformes, repetitivos, harmônicos como o ruído de
uma máquina ou suaves como o canto do pássaro.
Quando identificamos uma irregularidade no som, ou ritmo, algo
intermitente, descompassado, informe, devemos nos perguntar: quem
é o responsável pela produção do barulho, operação-máquina,
ambiente etc.?
Porque aquele som está estranho?
Como ele deveria ser ou comportar-se?
Questione e logo perceberá os motivos e razões dos porquês,
responsáveis e que processo está por traz daquela deformidade que
pode estar enraizado em muitos outros setores ou de nossas vidas.
Observe, ouça, questione, aja!

OLFATO: Capacidade de identificar cheiros, fragrâncias, odores.


Temos filtros em nossas narinas, que são os capilares nasais, e o
que fazemos com os pelinhos?
Cortamos, pois consideramos uma falta de higiene e fora dos
padrões estéticos.
A famosa “catota” nada mais é que a poeira umedecida.
Ao retirar os pelos não há mais essa filtragem natural e o nosso
nariz entope causando problemas de saúde.
As narinas, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia,
os brônquios, os bronquíolos, os alvéolos e por último, mas não
menos importante, o pulmão. São muitos órgãos em nosso sistema
respiratório.
O cheiro está associado ao sabor. Porém quando alguém fuma ou
faz uso de drogas acaba por deformar e reduzir essas capacidades.
Um nariz limpo e treinado é grande aliado  na prevenção de
acidentes.

PALADAR: O paladar está associado ao olfato.

O ditado popular já diz: “Onde seu nariz recusar não ponha a


língua.” Isso significa uma forma de nosso corpo mandar um alerta,
pois pode haver ali algum problema de saúde. ATENÇÃO!

A nossa língua é cheia de inúmeros sensores, chamadas de papilas


gustativas. Por essa razão, dentre outras, devemos lavar a língua,
limpar os dentes, para assim, além de eliminar as bactérias deixar
os sensores da língua livres para que eles possam capitar os sinais
e sabores.

Quando se toma algo muito quente, fuma ou faz uso de drogas,


acabamos por deformar esses receptores, limitando a capacidade
de sentimos os sabores.

Quando você entra em um ambiente, e verifica alguma deformidade


visual, um som fora dos padrões, um odor esquisito, a boca
amargando, ou algo incomodando. É sinal que algo está errado
naquele local ou região, portanto esses sensores registram, dão o
sinal de alerta. Infelizmente às vezes muitas acabam deformando,
reduzindo ou anulando esses sensores, com o uso indevido de
determinadas substâncias ou falta de equipamentos de proteção
individual por exemplo.
TATO: Quando questionadas sobre de onde vem, como é
percebido ou que órgãos representam o tato, as pessoas
respondem em geral: as mãos! De forma errônea, pois o tato está
presente em todo o nosso corpo, pois ele é sensível e perceptível.
Entra aí mais uma vez a necessidade da higiene pessoal, para
dessa forma desobstruirmos os sensores na nossa pele e impedir o
acúmulo de gorduras e sujeiras.
Também devemos envidar todos os esforços para protegê-la, pois
determinados produtos podem agredi-la trazendo sérios prejuízo à
sua sensibilidade e a saúde física;

Os cinco sentidos que tanto nos ajudam, precisam ser cuidados e


treinados para perceber condições anormais, que chamamos de
condições inseguras, seja no ambiente de trabalho, em nossa casa,
na escola, no trânsito etc. Uma vez devidamente aguçados tendo a
importância que merecem, eles serão guardiães que fielmente nos
darão sinais de alerta preciosos que previnem sobre muitos riscos
presentes no ambiente.

Os Sentidos humanos aplicados a Segurança do trabalho nos


ensinam que eles existem não apenas para nos fazer ver, falar,
ouvir ou sentir, mas também para nos orientar, alertar e ensinar que
são a segunda via para a vida!

O comportamento seguro no ambiente


organizacional
O comportamento seguro nas empresas determina uma mudança de postura
dos gestores e de todos os colaboradores. São valorizadas atitudes positivas
em relação à segurança, ajuda mútua na equipe, feedback periódico e
mudanças de atitude dos colaboradores.
Para que essa mudança de comportamento seja realmente eficiente, ela deve
partir da alta direção, que deve demonstrar comprometimento com o processo.
O mais alto nível da empresa deve evidenciar, através de atitudes, que a
Organização prioriza a segurança. Neste momento, uma comunicação da alta
direção com toda a equipe da empresa é fundamental. O comportamento
seguro garante o engajamento de todos para evitar a exposição ao perigo e é
conquistado através de treinamentos de conscientização e desenvolvimento da
percepção de risco, entre outras. Isto possibilita analisar antecipadamente os
fatores pessoais que podem gerar acidentes.
O processo de comportamento seguro irá permitir que os gestores assumam a
responsabilidade pela gestão da sua equipe em relação à segurança e que os
colaboradores sejam capazes de identificar as condições internas e externas
que podem causar acidentes, para desenvolver estratégias que resultem no
controle dos riscos.

INIMIGOS DA PERCEPÇÃO DE RISCOS



Achar que a rotina é sempre igual

Achar que isso “nunca” vai acontecer comigo
 Apostar nas possibilidades (roleta russa)
 Deixar de realizar a leitura da APR e PT ou PTT
 Trabalhar com pressa
 Descuidar dos pequenos detalhes
 Quando encontrar desvios, dizer: “isso não é comigo”.
c
Qual é o produto químico? Que perigo
específico ele apresenta? Como posso
combater os riscos? Qual a distância segura?
Que equipamentos de proteção devo utilizar?
Como auxiliar aos expostos?

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