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30/08/2022 23:38 Chocolate – Wikipédia, a enciclopédia livre

Chocolate
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O chocolate é um alimento feito com base na


amêndoa fermentada e torrada do cacau. Sua Chocolate
origem remonta às civilizações pré-colombianas
da América Central. A partir dos Descobrimentos,
foi levado para a Europa, onde se popularizou,
especialmente a partir dos séculos XVII e XVIII.
Contudo, devido às necessidades climáticas para
o cultivo do cacau, não é possível o seu plantio na
Europa e por isso as colónias americanas de clima
tropical úmido continuaram a fornecer a matéria-
prima.
Tipo stimulant foodstuff (d)

O chocolate, tal como é consumido hoje, é ingrediente alimentar (d)

resultado de sucessivos aprimoramentos tempero

alimento funcional

realizados desde o início da colonização da confeitaria

América. O produto era consumido pelos nativos bebida

na forma de uma bebida quente e amarga, de uso alimento


exclusivo da nobreza. Os europeus passaram a Características
adoçar e a misturar especiarias para adequá-lo ao Material licor de cacau, açúcar,
seu gosto. Com o desenvolvimento dos processos manteiga de cacau, grão de
industriais e técnicas culinárias, surgiu o cacau, Cacau, cocoa (d) e óleo
chocolate com leite e depois na forma de um vegetal
sólido. Atualmente, é encontrado em diferentes Composto de açúcar

grão de cacau
formas que vão desde o sólido, como o chocolate
em pó, as barras, os ovos e os bombons, e líquido, Concepção
como achocolatado ou chocolate quente. Além de País de origem Mesoamérica
ser consumido puro, é também ingrediente de um
grande número de alimentos como bolos (tortas, biscoitos, etc.), mousses, sorvetes e outros doces.

Paralelamente, o chocolate passou a ser associado a determinadas festividades, como por exemplo
a Páscoa. Além disso, com as descobertas científicas, foram conhecidas algumas propriedades que
o relaciona, especialmente na versão amarga, à saúde humana. Contudo, o mesmo não se aplica a
diversos animais domésticos, para os quais pode chegar a ser tóxico.

Apesar de o chocolate ter se originado na Mesoamérica, países da África Ocidental,


particularmente Gana e Costa do Marfim, lideram a produção de chocolate no século XXI, sendo
responsáveis por cerca de 60% da produção global do alimento.

Etimologia
A palavra chocolate provém do castelhano chocolate, que por sua vez foi originado a partir de
línguas indígenas mesoamericanas.[1] Contudo, sua origem não é completamente esclarecida,
existindo versões diferentes para tal.[2][3] Segundo a primeira, o termo derivaria de chocola'j (ou
chokola'j), que significa "beber chocolate juntos".[2][3] Alguns dicionários afirmam que a palavra
vem da língua náuatle, a língua dos astecas,[3] no caso, xocolātl (/ʃo.ko.laːtɬ/), que, por sua vez, é
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resultado na fusão de xococ "amargo" + atl "água".[4])

Segundo o filólogo mexicano Ignacio Davila Garibi, os


espanhóis criaram a palavra usando o termo Maia chocol
juntado com o termo asteca atl,[3] que significariam chocol
(quente) com o atl (água).[2] Esta última versão é reforçada
pelo fato de que, no final do século XVI, a bebida começou a
ser conhecida na Europa, mas não com o nome cacau (que era
a palavra de origem maia, mas adotado também por Astecas e
outros povos mexicanos), mas como chocolate, aparentemente Kakaw ('cacau') escrito na língua
um neologismo cunhado pelos espanhóis a partir dos termos maia. A palavra foi descrita de
maia e asteca que seria traduzido, literalmente, como água diversas outras maneiras nos
quente.[5] antigos textos maias.

História

Origem

O cacaueiro, de nome científico Theobroma cacao, é uma


planta nativa de uma região que vai do México, passando pela
América Central, até à região tropical da América do Sul.[3]
Artefatos com traços de cacau sugerem que uma cultura
amazônica localizada no que é hoje o Equador desenvolveu o
gosto por produtos de cacau entre 5.450 e 5.300 anos atrás.[6]
Os primeiros registros de bebidas achocolatadas mais Trecho do Códice Zouche-Nuttall no
conhecidas e mais intensamente estudadas é das sociedades no qual há uma representação de reis
sul do México e na América Central, como os Olmecas e os da cultura mixteca compartilhando
maias.[5] No entanto, existem evidências que indicam cultivo uma bebida de chocolate.
anterior a esse período.[7] Desde a sua domesticação, o cacau é
usado como bebida e, depois, como ingrediente para
alimentos. Durante a civilização maia, era cultivado e, a partir de suas sementes, era feita uma
bebida amarga chamada xocoatl,[4] geralmente temperada com baunilha e pimenta. O xocoatl,
acreditava-se, combatia o cansaço, além de ser afrodisíaco.[8]

Alguns dos vestígios mais antigos de uma plantação de cacau foram datados de 1100 a 1 400 a.C.,
tendo sido encontrados em Puerto Escondido, localidade do Departamento de Cortés, em
Honduras. Pelo tipo de recipientes encontrados e pela análise de seu conteúdo, concluiu-se que
eram usados para produzir uma bebida alcoólica pela fermentação dos açúcares contidos na polpa
que envolve os grãos, bebida essa que continua a ser feita até hoje em partes da América Latina.[9]
Resíduos de chocolate encontrados numa peça de cerâmica maia de Río Azul, na Guatemala,
sugerem que já era utilizado como bebida por volta do ano 400 d.C. Documentos maias e astecas
relatam que o chocolate era usado tanto para fins cerimoniais como no cotidiano, sendo, no
entanto, consumido apenas pela elite.[8]

Por suas reconhecidas propriedades e sua difusão regional, o cacau ganhou grande importância
econômica na Mesoamérica na era pré-colombiana. Os Maias usavam os grãos como moeda. Dez
favas valiam um coelho e por 100 favas de primeira qualidade adquiria-se um escravo.[8][10][11]
Durante o Império asteca (1325 a 1521 dC), sementes de cacau eram uma forma importante de
divisas e meio de pagamento de tributos[8][12] Um dos principais objetivos da expansão imperial
dos Astecas na direção sudeste, durante o século XV, havia sido o de controlar as regiões
produtoras de cacau no Istmo de Tehuantepec e no litoral sul da Guatemala. Diz um cronista
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quinhentista que os armazéns de Montezuma II, em Tenochtitlán, continham mais de 40 mil


cargas de amêndoas de cacau, algo estimado em torno de 1  200 toneladas. Grande parte desse
tesouro destinava-se a pagar o soldo dos guerreiros e também alimentá-los: Bernal Diaz, o soldado
de Cortés e narrador da conquista, informou que somente a guarda do palácio consumia
diariamente mais de 2 000 taças da bebida.[5] Seu uso como meio de pagamento continuou até ao
século XX, pois em algumas partes da América Central, o cacau ainda era usado como dinheiro.[3]

Da América à Europa

Foi no golfo de Honduras que Cristóvão Colombo, em sua


quarta viagem (1502), abordou algumas grandes canoas maias
carregadas de panos de algodão, armas, utensílios de cobre e
amêndoas de cacau que, segundo o navegador, "eles pareciam
ter em grande apreço". Contudo, somente com a conquista do
império Asteca por Hernán Cortés em 1519 que os espanhóis
descobriram sua utilização.[3][5]

Os indígenas o tomavam na forma de uma bebida fria, sem


nenhum adoçante e, naturalmente, sem leite, o que a tornava
desagradável ao paladar europeu,[5] que a consideravam muito
amarga.[3] A adição de açúcar de cana, canela e anis a fizeram
mais apetecível e ela passou a integrar a dieta criolla tornando-
se cada vez mais apreciada. Para melhor conservação durante o Hernán Cortes
transporte marítimo, foi adotada uma forma de preparo que já
era conhecida dos guerreiros astecas durante suas longas
marchas: o pó era prensado em forma de biscoitos ou tabletes, que no momento do consumo eram
derretidos em água (no caso dos espanhóis, quente e adoçada).[5] Mesmo assim, os espanhóis
presentes no México levaram algum tempo para se acostumar à bebida de cacau. Cortés teve que
impor-lhes seu uso, pois, como escreveu ao imperador Carlos  V, "uma taça da preciosa bebida
permitia aos homens caminhar um dia inteiro sem necessidade de outros alimentos".[10]

Quando Cortés retornou para a Espanha em 1526, deve ter levado diversas amêndoas que foram
consumidas fora do continente americano pela primeira vez. O primeiro carregamento comercial
ocorreu em 1585 a partir de Veracruz para Sevilha. Por quase 100 anos, o preparo da bebida
permaneceu como um segredo espanhol, e apenas a aristocracia local tinha acesso ao caro
produto, até que foi finalmente introduzido na Itália em 1606 e, a partir daí, na França.[8][12] Logo
a bebida se tornaria popular e as "casas de chocolate" se espalharam por toda a Europa. Nos
séculos XVII e XVIII o chocolate foi considerado tanto um alimento como um auxiliar da
digestão.[12] Por longo período, os espanhóis cultivaram cacau na América Central usando
escravos africanos.[8][11]

Séculos XVII e XVIII

Com o passar do tempo a demanda cresceu e já não era mais suficiente a produção do México.
Ainda no século XVII, os exportadores espanhóis passaram a introduzir sementes na região de
Guayaquil, no Equador, e principalmente na Venezuela. Aí, com a farta mão-de-obra escrava, foi
desenvolvido cacau de Caracas, reconhecido por sua qualidade, que era exportado oficialmente
pela Compañía Guipuzcoana. Paralelamente a este comércio oficial, o contrabando holandês era
fonte de divisas para o porto de Amsterdã. A receita também se reproduzia nas ilhas do Caribe, em
Trinidad e São Domingos. Além desses estava começando a ser produzido também pelos
portugueses no Pará, com exportações para Hamburgo.[13]

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Durante o século XVII o chocolate, consumido inicialmente


apenas como bebida, passou a ser usado também em forma de
doces. Tornou-se uma iguaria apreciada pela nobreza
europeia.[5][8] Na Inglaterra, a primeira chocolataria foi
inaugurada em Londres, em 1657. As "casas de chocolate"
britânicas eram idênticas às já florescentes "casas de café".
Essas casas eram, muitas vezes, cena de jogos, intrigas políticas
e distração, tanto que uma casa de chocolate (a White's) foi um
dos cenário da série de pinturas "Rake's Progress" de
Hogarth.[12]
A "Casa de chocolate White's"
localizada em Londres serviu como Com o aumento do consumo e pelo grande valor do produto,
logo a França, Inglaterra e Holanda estavam cultivando cacau
um dos cenário da série de pinturas
"Rake's Progress" de William nas suas colônias caribenhas e depois em outros lugares do
Hogarth. mundo. Com o aumento da produção os preços caíram e a
bebida tornou-se ainda mais popular.[3] a produção inglesa se
iniciou após a tomada da Jamaica em 1655, tendo o cacau
passado a chegar regularmente e a um custo menor aos cafés londrinos. Quatro anos depois um
jornal da cidade publicava a propaganda de um comerciante: "O chocolate, uma excelente bebida
das Índias Ocidentais vendida em Queen's - Headelley... é muito apreciado por suas excelentes
qualidades. Ele cura e protege o corpo contra muitas doenças, como se lê no livro que também
está à venda".[5] No mesmo ano de 1659, Luís XIV concedeu a David Chaliou, oficial da marinha, o
privilégio de "fabricar e vender, por 19 anos, uma composição que se chamava chocolate".
Nascia, assim, a primeira fábrica francesa de chocolate.[10] Em 1689, o médico Hans Sloane
desenvolveu na Jamaica uma bebida à base de leite com chocolate que foi inicialmente usada por
boticários.[12] Posteriormente, em 1897, a formulação foi vendida aos irmãos Cadbury.[12][14]

Já no século XVIII, a expansão da burguesia e do comércio colonial fizeram crescer ainda mais o
consumo na Europa, ao lado do chá e do café, alcançando setores cada vez mais amplos da classe
média.[8] Em 1772, só em Madri havia 150 moedores de cacau, organizados em corporações
inclusive para se defender da concorrência desleal daqueles que o misturavam com amêndoas,
pinhões e bolotas. Até então o cacau ainda era moído manualmente, à maneira dos astecas, mas no
mesmo ano de 1772, na colônia americana de Massachusetts, surgiu o primeiro moinho hidráulico,
do qual o cacau saia em forma de tortas.[5] Em 1765 surge a primeira fábrica de chocolate nos
Estados Unidos, a companhia Baker's. Assim nascia uma indústria chocolateira, com os processos
mecânicos substituindo os métodos artesanais. Em 1778, o francês Doret desenvolvia uma
máquina para moer, misturar e aglomerar a massa de cacau.[10]

Em meados do século XVII, devido ao desastre demográfico e à estagnação econômica, a Nova


Espanha havia decaído como principal região produtora. As planícies litorâneas do Equador, da
Venezuela e das Antilhas tomaram o seu lugar, ao lado da Amazônia Portuguesa.[13] Durante o
século XVIII o cacau era o principal produto exportado pela Amazônia portuguesa: durante a
administração jesuítica embarcavam-se anualmente para Portugal 80  000 arrobas (1  200
toneladas), "fora o muito que se gasta na terra e muito mais o que se perdeu por não haver já
navios para ele". Nos anos seguintes esse volume caiu pela metade, mesmo assim, entre 1756 e
1777, ainda era responsável por 61% do valor dos embarques da Companhia Geral de Comércio do
Grão-Pará e Maranhão, em Belém.[5]

Séculos XIX e XX

Na primeira metade do século XIX, os portugueses, que já haviam levado o cacau para o Brasil,
que se tornou o maior produtor nos primeiros anos do século XX, o levaram também para a Guiné,
de onde ele iria difundir-se para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde para o
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Sudeste asiático e para a Oceania.[5] No final do século XX as


maiores regiões produtoras estavam na África Ocidental.[10]

Também ao longo dos séculos XIX e XX, o chocolate atingiu


elevados níveis de qualidade em função dos diversos
aprimoramentos realizados.[3] Paralelamente à elevação da
qualidade, os preços caíram atingindo setores maiores da
população. Desse modo, o seu consumo cresceu de forma
acelerada. Em 1850, por exemplo, foram importadas 1  400
tonelada de cacau pela Inglaterra, na virada do século essas
importações multiplicaram-se por nove.[8] A partir da segunda
metade do século XIX surgiram os primeiros "empresários do
cacau". Entre esses destacaram-se membros das famílias
Hershey, Caldbury, Fry, Rowntree, Cailler, Suchard, Peter,
Nestlé, Lindt e Toble.[8]

Em 1819, era construída em Paris pelo


químico francês Pierre Pelletier a
primeira fábrica que utilizava o vapor Campanha publicitária de uma
no seu processo de fabricação. No fábrica de chocolate feita durante o
mesmo ano, François-Louis Cailler século XIX
fundava em Vevey a primeira fábrica
suíça de chocolate. Em 1831, Charles-
Amédée Kohler estabelecia outra fábrica em Lausanne, também na
Suíça.[10] Em 1828 o chocolateiro holandês Coenraad J. van Houten
patenteou um método de retirada da gordura das sementes torradas. Com
Henri Nestlé, fundador a sua máquina, uma prensa hidráulica, Van Houten conseguiu fabricar o
da chocolates Nestlé, cacau em pó. Depois, tratou esse pó com sais, como carbonatos de
foi um dos criadores, potássio ou de sódio, para facilitar sua mistura na água. O produto final
juntamente com tinha uma cor escura e um gosto suave. O cacau em pó tornou possível a
Daniel Peter, do fabricação do chocolate sólido. Em 1849, o inglês Joseph Fry produziu a
chocolate ao leite primeira barra de chocolate comestível.[3][5][11] Nesse mesmo período
foram desenvolvidos vários processos que contribuíram para criar o
chocolate como é conhecido atualmente. Em 1879, Daniel Peter, chocolateiro suíço, teve a ideia de
usar leite condensado, inventado pelo químico Henri Nestlé em 1867, para fazer o chocolate ao
leite.[3][5] Nesse mesmo ano Rodolphe Lindt inventou um processo para melhorar a qualidade dos
bombons de chocolate.[3]

Em 1913 foi publicada pela Baker's Company a primeira receita de "tabletes de baunilha", um doce
feito com manteiga de cacau, açúcar, leite e baunilha, depois batizada de "chocolate branco" que
não leva cacau na fórmula, apenas a gordura tirada da semente.[11] Durante as grandes guerras
mundiais o poder energético e antidepressivo do chocolate é reconhecido pelo exército dos Estados
Unidos e começa a fazer parte da "ração D" levada pelos soldados.[10][11] Nos EUA, Forrest Mars
lança o M&M's em 1941, pastilhas de chocolate recobertas com uma camada de açúcar colorido.
Ele tinha visto soldados espanhóis comerem algo parecido durante a Guerra Civil Espanhola.
Atualmente a Mars é a maior compradora de cacau do mundo.[11]

Nos últimos anos as grandes empresas têm passado por um processo de compras fusões e
aquisições, o que tem impulsionado uma transformação na indústria dos doces. Após do negócio
entre a Mars e a Wrigley, ocorreram outras 24 fusões de empresas menores. Além disso, a
americana Hershey's e a inglesa Cadbury, duas das maiores do mundo, também negociam os
termos de uma fusão da qual sairiam com 15% do mercado e o primeiro lugar no ranking mundial.
Juntas, a Mars e a Wrigley ficaram com 14,4%.[15]

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Chocolate no Brasil

Apesar de ter sua origem no continente americano, a produção


e o consumo de chocolate no Brasil foi introduzido pela
colonização dos europeus que já haviam aprimorado suas
formas de produção e consumo. A cultura cacaueira foi
introduzida no Brasil no século XVII pelos portugueses, sendo
um importante produto da Amazônia Portuguesa[5] A partir do
Brasil levaram-na também a Guiné, de onde ele iria-se difundir
Cultivo de cacau em Ilhéus.
para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde
para o Sudeste asiático e para a Oceania.[5] O cultivo brasileiro
em larga escala teve início no século XIX, na região de Ilhéus,
no sul da Bahia. [16] As condições climáticas adequadas fizeram com que o país liderasse a
produção mundial de cacau no período entre 1905 e 1910.[10] Em 1993 a produção mundial de
cacau in natura era de 2,5 milhões de toneladas (duas mil vezes maior que o tesouro de
Montezuma), procedentes em 75% de cinco países: Costa do Marfim (840 000 toneladas), Brasil
(300 000), Indonésia (280 000), Gana (240 000) e Malásia (195 000).[5] Na safra internacional
de 2000/2001 em função da existência de pragas nas cultura, especialmente a vassoura-de-bruxa
o Brasil passou a ocupar o 5º lugar, com uma produção de 150 000 toneladas.[10]

Somente a partir da segunda metade do século XIX algumas fábricas foram instaladas no Brasil.
Em Porto Alegre os irmãos imigrantes alemães Franz e Max Neugebauer, juntamente com o sócio
Fritz Gerhardt, fundaram a empresa Neugebauer Irmãos & Gerhardt em 1891,[11] a qual é a mais
antiga fábrica brasileira de chocolate. Em 2008, a Nestlé, a Mondelēz International (antiga Kraft)
e a Garoto detinham 90% do mercado brasileiro, enquanto a Mars conta com 3% e o restante do
mercado é tomado por centenas de companhias regionais[15] A Mondelēz é a segunda maior
fabricante de chocolates do Brasil, com 35,8% das vendas em 2009, segundo a Nielsen, atrás
apenas da Nestlé e de sua controlada, a Garoto, que têm 22,5% e 22% do mercado,
respectivamente.[17] Além dessas existem outras marcas, são 21 redes que trabalham com
chocolate e buscam expansão através de franchising.[18] Atualmente o Brasil é o quarto produtor
mundial de chocolate.[10] Um teste realizado pela PRO Teste, em novembro de 2010, com algumas
marcas brasileiras de chocolate ao leite revela que o chocolate produzido no Brasil possui boa
higiene e qualidade nutricional, além de bom sabor. No entanto, a organização reivindica das
autoridades que regras mais claras sejam definidas para garantir a qualidade e a identidade dos
chocolates, tendo em conta a quantidade elevada de sacarose detetada.[19]

Produção
A produção passa por diversas etapas, iniciando-se com o processamento das sementes de cacau
feito no local de cultivo, seguida do transporte e do processo industrial.

Processamento do cacau

A cultura do cacau é considerada de intensiva em mão de obra, pois necessita de trabalhos


manuais ao longo de todo o processo.[20][21] Quase toda a produção provém de pequenas
propriedades cultivadas por 3,5 milhões de pequenas famílias em todo o mundo. Sendo que
dessas, 2,6 milhões estão na África.[20] De modo geral, o processamento das sementes de cacau
passa por três etapas: colheita, fermentação e secagem.

A colheita é manual, pois os frutos não amadurecem ao mesmo tempo,[20] além disso, deve ser
feita cuidadosamente para evitar danos à camada externa do caule, pois esses danos permitem a
infiltração de pragas.[22] Os frutos são colhidos maduros, sendo a maturação determinada em
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função da cor e pelo ruído que o fruto faz ao ser levemente


sacudido. Em seguida, os frutos são abertos e as sementes,
selecionadas.[21] Logo após a colheita é iniciada a fermentação
dos grão[22][23] Por essa razão, o chocolate é um alimento
fermentado, sendo que esse processo inicia a formação de
numerosos compostos que determinam o sabor e o aroma
(bouquet) posterior.[20][22]

Em seguida ocorre a secagem. A melhor maneira de secar Sementes de cacau no fruto do


grãos é colocá-los sob o sol, contudo, em regiões de clima cacaueiro.
úmido, as amêndoas são secas dentro de estruturas com
circulação forçada de ar quente acionadas por
ventiladores. [20][21][22] Esse método pode, ocasionalmente,
causar problemas, pois se a secagem ocorrer muito
rapidamente algumas das reações químicas iniciadas no
processo de fermentação não cessam tornando as amêndoas
ácidas ou amargas.[20] Além disso, há o perigo de
contaminação pela fumaça da madeira ou por vapores de
outros combustíveis, pois os grãos apanham facilmente cheiros
estranhos.[22] Contudo, se é lenta pode haver o crescimento de
Amêndoas de cacau fermentadas,
bolores. Na secagem, que demora alguns dias, as sementes
secas e torradas
perdem quase toda sua umidade, o que resulta na redução de
mais da metade de seu peso. Uma vez que os grãos são secos,
eles estão prontos para serem enviados para a indústria.[20]

Estas fases iniciais se realizam in situ nos países produtores de cacau, e têm como missão preparar
os grãos para o transporte às regiões produtoras de chocolate. O transporte deve ser realizado de
modo a evitar a umidade e a absorção de aromas de outras fontes.[21]

Produção do chocolate

Na fase estritamente industrial um número maior de etapas


são necessárias. Independente do seu uso, todos os grãos
passam obrigatoriamente por uma limpeza, torrefação,
descasque e moagem.[21][22][24] A partir da moagem o processo
pode seguir por diferentes vias.[22]

Ao chegar às fábricas, as amêndoas passam por um controle de


qualidade e por uma limpeza que visa a eliminação de
Misturador de chocolate, em São
Francisco, Estados Unidos.
impurezas,[22] tais como sujeira das sacas, galhos, pedrinhas,
areia, dentre outros contaminantes físicos, que é feita
mecanicamente através de um sistema de escovas e
peneiras. [21] Em seguida são torradas. Esse é o primeiro passo crítico no desenvolvimento de
aroma que provém diretamente da fabricação: o aroma de torrado.[21][22][24][25] Existem duas
abordagens principais para a torragem: a primeira é a torra por um curto período de tempo em
alta temperatura, que produz um forte sabor de chocolate, mas elimina qualquer nota aromática
sutil, como as florais, além do risco do desenvolvimento de sabor de queimado ou de torrado em
excesso. A segunda é torrar lentamente em temperaturas mais brandas, o que permite a
manutenção de sabores mais delicados, mas pode fazer com que não seja desenvolvido o sabor
base do chocolate. Após a torrefação é feito o descasque. Nessa etapa uma máquina remove as
cascas, deixando as sementes limpas, que são chamadas NIBs.[24] Na sequência os NIBs são
moídos por rolos de diversos tamanhos até se obter uma massa de partículas finas chamada de
pasta, massa, ou licor de cacau.[21]
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Depois da moagem, a massa de cacau pode seguir


dois caminhos: ou vai para a prensagem, ou recebe a
incorporação de mais manteiga de cacau. Na
prensagem é extraída a manteiga de cacau, que deixa
para trás uma massa sólida, que é pulverizada em
cacau em pó. A manteiga de cacau é reservada para
ser incorporada a outra massa de cacau para
produção do chocolate.[21][22][24] A partir dessa
etapa também começa haver diferenças em função
do tipo de chocolate a ser fabricado. Para fazer o
chocolate amargo, a massa de cacau, o açúcar e
baunilha são misturados. Para o chocolate ao leite, o
leite e o açúcar são misturados e então misturado
com a massa de cacau,[24][25] enquanto o branco é
feito apenas com manteiga de cacau, açúcar e
leite.[25] Em seguida, os ingrediente são misturados
em um tanque. Curvas de cristalização para temperagem do
chocolate amargo (Noir), ao leite (Au Lait) e
Depois de misturados, os chocolates amargo e ao Branco (Blanc).
leite passam pelo mesma etapa de processo, no caso,
a refinação. Nesta etapa a mistura é pressionada por
uma série de cilindros pesados (cilindros de refinação) que pressionam os ingredientes até obter
uma mistura de flocos secos finos.[24][25] Manteiga de cacau e uma pequena quantidade de agente
de emulsão são adicionados ao floco e então misturadas para formar uma pasta homogênea pronta
para a conchagem.[24] A conchagem é fase em que a massa recebe nova adição de manteiga de
cacau. Durante essa etapa, a massa é revolvida continuamente, até se transformar em um líquido
espesso e cremoso, desenvolvendo o aroma e o sabor que caracterizam o chocolate. Essa etapa, por
ser realizada em temperatura elevada (60  °C a 80  °C), reduz a umidade, elimina compostos
voláteis indesejados, equilibra os aromas (incorporação eventual de baunilha) e dá à emulsão uma
textura aveludada.[21] As conchas, como as máquinas são conhecidos, têm rolos pesados que
movimentam para frente e para trás a massa de chocolate em um processo que pode levar de de
algumas horas a até sete dias.[24]

As fases finais da produção são temperagem, moldagem e revestimento.[21] Na etapa de


temperagem a mistura passa por ciclos de aquecimento e arrefecimento.[24] Esta etapa é
necessária devido à natureza polimórfica da manteiga de cacau, assim, o chocolate deve ser pré-
cristalizado. Essa cristalização controlada visa a indução da formação de cristais estáveis na
manteiga de cacau. Desse modo, a têmpera é responsável por características de qualidade como
dureza e quebra à temperatura ambiente, rápida e completa fusão na boca, brilho, contração
durante o desmolde e rápido desprendimento de aroma e sabor quando consumido.[22][24][26]
Nessa fase, o chocolate está quente e líquido e é colocado em uma temperatriz para cristalizar,
primeiro reduzindo sua temperatura até o ponto de fusão e depois elevando a temperatura
segundo uma "curva de cristalização" com três níveis de bem definidos: as maiores para o amargo,
as intermediárias para ao leite e as menores para o branco.[21]

Em seguida é feita a moldagem, etapa na qual o chocolate ainda pastoso é colocada em formas
para que adquira o formato desejado. Nas barras crocantes são adicionados recheios de castanhas,
de amêndoas ou flocos de arroz antes de encherem as formas. Depois os chocolates são resfriados
até ficarem sólidos e estarem prontos para a embalagem automática.[25] As formas são geralmente
submetidas a um mecanismo vibratório, que espalha o chocolate de maneira uniforme,[21] sendo o
resfriamento feito em uma câmara de resfriamento.[24] A última fase, o revestimento, aplica-se
apenas às barras recheadas e aos bombons e consiste em adicionar camadas de chocolate sobre o
chocolate ou recheio já solidificado.[21]

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Ingredientes

O chocolate puro é feito de matérias-primas-chave, os grãos de


cacau e o açúcar.[22] Contudo, a composição completa varia em
todo o mundo devido à diferença de gostos e legislação, que
trata principalmente de parâmetros como porcentagem de
cacau e sólidos do leite adicionais, quantidade e tipos de
gorduras vegetais permitidas. Os principais ingredientes são os
açúcares, manteiga de cacau, leite em pó, leite condensado,
cacau em pó, sorbitol, lecitina de soja, aromatizantes e
edulcorantes.[27]
A manteiga de cacau é um dos
O cacau é a base do chocolate e contribui para textura, cor e
principais ingredientes do chocolate
sabor e, também, para a redução de atividade de água,
branco.
aumentando a durabilidade. Uma característica bastante
importante é a cor, pois a coloração final dos produtos
desencadeia expectativas de paladar.[27] O tipo de cacau utilizado e as misturas entre diferentes
tipos definem e diferenciam cada tipo de chocolate.[22] Entre os açúcares usados, têm-se,
basicamente, a sacarose, embora outros como o xarope de glicose e o açúcar invertido possam ser
usados. Esses ingredientes são responsáveis pelo sabor doce além de serem agente de corpo dos
produtos.[27] De modo geral, a quantidade de açúcar está ligada à qualidade final, além de ser
importante quanto ao preço final, pois o açúcar é mais barato que os grãos de cacau e ainda mais
que a manteiga de cacau.[22]

As gorduras encontradas no chocolate incluem a manteiga de cacau, a gordura do leite e gordura


vegetal,[27] no entanto, os chocolates de qualidade superior usam exclusivamente a gordura do
próprio cacau, numa proporção aproximada de 30%[22] Desde os anos de 1930 existe um interesse
maior no uso de outras gorduras. Isso ocorreu devido à incerteza de suprimentos e aos custos da
manteiga de cacau, dependentes do mercado flutuante do grão. A adição dessas diferentes
gorduras altera a forma cristalina da gordura produzindo alteração no perfil de fusão da
gordura,[27] o que altera as características do produto final.[22] Para uma substituição total ou
parcial, são usadas gorduras classificados como: substitutas (CBS "cocoa butter substitutes" e CBR
"cocoa butter replacers"), similares à de cacau em suas propriedades físicas, mas não totalmente
compatíveis para misturas, que são subdivididas em láuricas (CBS) e não-láuricas (CBR); e
equivalentes (CBE "cocoa butter equivalents"), similares em suas propriedades físicas e químicas,
sendo compatíveis para misturas em qualquer proporção, pois contêm quase os mesmos ácidos
graxos e acilgliceróis da manteiga de cacau.[27]

Outros ingredientes de grande importância e que têm seu uso disseminado nos chocolates são a
lecitina de soja, que atua como emulsificante e estabilizante e a baunilha, também substituída pela
vanilina artificial, como aromatizante.[22][27] Atualmente, alguns outros ingredientes vêm sendo
testados, como o cupulate,[28] chocolate à base de cupuaçu,[29] planta que pertence à mesma
família do cacau. O cupulate é muito similar ao chocolate feito do cacau.[28]

Tipos de chocolate
O chocolate é, em geral, uma mistura de pasta de cacau em pó, manteiga de cacau e açúcar. De
acordo com as proporções utilizadas, obtêm-se diferentes qualidades, texturas e aromas. Os
chocolates com mais porcentagem de manteiga de cacau são mais gordurosos e se derretem
melhor na boca. Os chocolates com maior quantidade de pasta de cacau em pó são de sabor e
aroma mais intensos.[30] Além dessa tipo, que geralmente consumido em forma de tabletes e
bombons, há o chocolate em pó para uso culinário e o achocolatado que pode ser bebido com leite.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chocolate 9/21
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Chocolate em pó

O chocolate em pó é feito com a amêndoa de cacau moída, sem


a manteiga, sendo muito utilizado em receitas, inclusive de
brigadeiro[31] e chocolate quente.[30] Pode ser amargo, e aí
possui o nome de cacau em pó, meio amargo e doce, que não
deve ser confundido com chocolate solúvel (ou achocolatado)
para saborizar o leite.[31][32]

Variedades

Quando apresentado na forma sólida possui algumas versões


que diferenciam-se em função do acréscimo em partes
diferentes de seus componentes individuais.[31][33]

Chocolate amargo: feito com os grãos de cacau torrados


sem adição de leite. É também chamado de "chocolate Um vasilhame com cacau em pó
puro", pois além do cacau leva apenas açúcar.[33] Neste
caso existem as variações extra amargo (75 a 85% de
cacau), amargo (50 a 75%) e meio amargo (35 a 50%).[31][33] É mais usado em confeitaria,
com algumas versões permitem a sua utilização como base para sobremesas, bolos e
bolachas.[30] Caracteriza-se pela cor escura e paladar amargo.[32]
Chocolate ao leite (no Brasil) ou chocolate de leite (em Portugal): leva na sua confecção
leite em pó ou leite condensado. A maior parte dos fabricantes europeus usam leite
condensado, conforme escolha original de Peter e Nestlé, enquanto os produtores britânicos e
americanos usam o leite em pó.[33] Neste tipo os teores de cacau estão entre 30 e 40%.[31]
Chocolate branco: feito com manteiga de cacau, leite, açúcar e lecitina, podendo ser
acrescentados aromas como o de baunilha.[25][33] Foi criado apenas no século XX.[11] É o
mais doce e de textura bem cremosa.[31]
Couverture: termo em francês que define o chocolate rico em manteiga de cacau, utilizados
pelos profissionais chocolateiros.[33]
Diet: composto por massa e manteiga de cacau, leite em pó, sorbitol e sacarina (usados em
substituição do açúcar) e vanilina. O chocolate diet é sempre nobre já que não pode ser
misturado com óleos e gorduras. Apesar de não ter açúcar em sua composição, eles são
altamente calóricos.[31][32] O chocolate dietético, em geral, é vendido em barras. Podem-se
criar produtos banhados e recheados destinados aos apreciadores de chocolate dietético ou
para os diabéticos.[27]

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Chocolate amargo Chocolate ao leite

Chocolate branco

Apresentação (ou formato)

Trufas

Caixa com diferentes bombons de chocolate

Quanto ao formato, o chocolate pode ser comercializado em Uma barra de chocolate recheado
barras, gotas, bombons e em outras versões mais peculiares, com caramelo e biscoito
como na forma de ovos e línguas de gatos. Além disso pode
apresentar os mais diversos ingredientes para recheios como
amendoim, amêndoa, avelã, castanha-do-pará, nozes, castanha de caju, frutas secas, caramelo,
biscoito, frutas cristalizadas, manteiga, nata, etc. Os bombons apresentam uma grande variedade
de tipos de recheios. Os principais são: "Boiling" (ou fervidos, que incluem o caramelo, ou
butterscotch, e o fudge), "Fondants", "Croquant" (ou crocantes"), "Gianduia", "Marzipã",
"Pralinê", "Nougat", "Trufas", "Palets" e "Ganache".[33]

Tipo de gordura

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Os chocolates podem ser classificado também em função dos diferentes tipos gordura usados em
sua produção, podendo ser classificado em:

Nobre: contém alto percentual de manteiga de cacau e é o único "chocolate verdadeiro". Para
garantir a facilidade de manuseio, o brilho e uma textura que derreta na boca, deve passar
pela temperagem antes de ser usado.[32] Pode ser encontrado nas versões ao leite, meio
amargo, amargo, extra-amargo, blend (mistura de ao leite com meio amargo) e branco.[32]
Hidrogenado: a manteiga de cacau é substituída por óleo vegetal hidrogenado. É mais barato
e mais fácil de trabalhar, pois dispensa a temperagem. Geralmente é empregado em
produções de grande escala, diminuindo os custos. Sua qualidade final, porém, fica
comprometida quando comparada ao nobre, pois é inferior em sabor e textura.[32] É
encontrado em barra ou pastilhas nas versões ao leite, meio amargo, branco e colorido,
sendo ideal para a decoração e coberturas de doces ou pães,[30][32] não sendo adequado
para fazer trufas, bombons ou ovos de páscoa, pois tem sabor e aroma de gordura vegetal.
Esse tipo de chocolate leva na embalagem o título de cobertura.[32]
Fracionado: De brilho acentuado, dispensa a temperagem. Também é identificado como
cobertura. É feito com a gordura vegetal de palma.[32] Tem mais sabor de leite e textura mais
aveludada que o hidrogenado. Seca mais rápido e concede mais economia nas preparações
banhadas com chocolate devido a sua textura mais fluida, permitindo coberturas mais finas. É
indicado em recheios, para banhar pão de mel, fazer casquinhas de bombons trufados e para
decoração tipo arabescos, ou seja, seu uso deve ser em pequenas porções pois seu sabor
não é igual ao do chocolate nobre. Não é indicado para o preparo de massa de trufa,
cobertura de bombons ou dos ovos de Páscoa.[32]

Saúde
Apesar de o chocolate ser geralmente consumido por prazer, há alguns efeitos positivos para a
saúde. O cacau em pó ou o chocolate amargo, por exemplo, são benéficos para o sistema
circulatório, estimulantes cerebrais, entre outros. As propriedades afrodisíacas dos chocolates
ainda não foram comprovadas. Por outro lado por ser um alimento altamente energético, o
consumo excessivo aumenta o risco de obesidade.

Propriedades antioxidantes

Existem algumas especulações de que os flavonoides do


chocolate, em particular a epicatequina, possa promover a
saúde cardiovascular como resultado direto do efeito
antioxidante sobre os mecanismos antitrombóticos. O
consumo desse tipo de chocolate resulta no aumento da
capacidade antioxidante total no plasma sanguíneo, assim
como no conteúdo de (-) epicatequina, contudo esses efeitos A epicatequina (EC) é um dos
são nitidamente reduzidos quando o chocolate é consumido principais compostos antioxidantes
com leite ou quando é consumido diretamente o chocolate ao existentes no chocolate
leite. Neste casos, o leite parece interferir na absorção dos
antioxidantes, o que pode neutralizar os benefício do consumo
moderado de chocolate amargo.[34] Outros estudos também observaram que ocorre uma pequena
diminuição na pressão arterial[35] com o consumo até 3 vezes por semana de chocolate amargo.[36]
A proteção do sistema cardiovascular advém do fato de que esses compostos impedem a deposição
de gordura nas artérias.[37] Além disso, há uma diminuição da tendência à agregação
plaquetária.[38]

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Os flavonóides, categoria de compostos que também estão presentes no vinho, no chá verde, nas
frutas e nos vegetais,[38] também têm a capacidade de reduzir o LDL e elevar o HDL.[37] Isso
ocorreria porque eles aumentariam os níveis da apolipoproteína A1, principal componente do HDL
("colesterol bom"), e diminuem a apolipoproteína B (ApoB), principal componente do LDL
("colesterol ruim"), no fígado e no intestino.[39]

Além disso, existem alegações de que esses compostos estimulam a comunicação entre os
neurônios e evitam o envelhecimento celular.[37] Contudo, é ressaltado que o consumo excessivo é
prejudicial, por causa do alto índice de açúcar e gordura, o que fazem com que as pessoas ganhem
peso, o que pode neutralizar os ganhos proporcionados pelos antioxidantes.[36]

Valor nutricional

Doces, chocolate com leite


Valor nutricional por 100 g (3,53 oz)
Energia 2240 kJ (540 kcal)
Carboidratos
Carboidratos totais 59.4
 • Açúcares 51.5
 • Fibra dietética 3.4 g

Gorduras
Chocolate derretido e em tabletes Gorduras totais 29.7

O chocolate é um alimento de elevado teor calórico, Proteínas


especialmente por seu elevados teores de gordura. A Proteínas totais 7.6
versão ao leite tem 540 calorias por 100 gramas e
30,3% de gordura na versão convencional e 557 Água 1.5 g
calorias e 33,8% de gordura na versão diet. O meio Cafeína 20 mg
amargo 475 calorias e 29,9% de gordura, o branco
536 calorias e 31,5% de gordura.[40] Além disso, é Vitaminas
rico em alguns minerais, tais como manganês, Vitamina A 195 UI
potássio e magnésio, e algumas vitaminas, como as Tiamina (vit. B1) 0.1 mg (9%)
vitaminas do complexo B por exemplo,[38] além de
traços de ferro e cobre.[41] Também apresenta em Riboflavina (vit. B2) 0.3 mg (25%)
sua composição o ácido graxo insaturado ácido Niacina (vit. B3) 0.4 mg (3%)
oleico.[38] O conteúdo da gordura do chocolate é Vitamina B6 0.0 mg (0%)
essencialmente de origem vegetal, o que significa
que é pobre em colesterol, uma vez que o chocolate Ácido fólico (vit. B9) 11 µg (3%)
ao leite contém apenas cerca de 3,5% de gordura Vitamina B12 0.7 µg (29%)
láctica.[41] Colina 46.1 mg (9%)

O chocolate deve constituir uma parte muito Vitamina C 0 mg (0%)


pequena da dieta diária dos indivíduos. Mesmo na Vitamina E 0.5 mg (3%)
Suíça, que é o país com o consumo per capita maior
Vitamina K 5.7 µg (5%)
do mundo, o chocolate representa apenas 5 a 10% do
total da dieta. Nestas quantidades, o chocolate tem Minerais
um efeito positivo no equilíbrio nutricional e mesmo
os efeitos que lhes associamos no que respeita ao Cálcio 189 mg (19%)
aumento de cáries dentárias não tem muito Ferro 2.4 mg (18%)
fundamento pois estudos comprovam que o que é Magnésio 63 mg (18%)
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mesmo importante neste aspecto é a higiene Manganês 0.5 mg (24%)


dentária, uma vez que uma redução no consumo de Fósforo 208 mg (30%)
doçarias e chocolates não provoca uma diminuição
do número de cáries observadas.[41] Potássio 372 mg (8%)
Sódio 79 mg (5%)
Zinco 2.3 mg (24%)
Acne
theobromine 205 mg
Há uma crença popular de que o consumo de
Full Link to USDA Database entry (http://ndb.nal.usd
chocolate pode causar acne.[42] A bem da verdade, a.gov/ndb/foods/show/6153?fgcd=&manu=&lfacet=
deve-se citar que em livros conceituados de &format=&count=&max=35&offset=&sort=&qlookup
dermatologia da década de 50 encontrar-se-á =Candies%2C+milk+chocolate)

explicitamente essa afirmação.[42] Dos anos 60 até Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária
recomendada para adultos.

os anos 80, contudo, estudos sistemáticos tentaram Fonte: USDA Nutrient Database (http://www.nal.usda.gov/fni
fundar em base sólida a crença; buscando relacionar c/foodcomp/search/)
o consumo de alimentos com alto índice glicêmico, e
em particular o chocolate, à acne. Evidências de correlação concreta não foram
encontradas.[42][43][44]

Nas décadas seguintes, a questão foi minuciosamente escrutinada, e uma revisão dos estudos que
procuraram identificar se as dietas ricas em carboidratos ou gordura estimulam a secreção sebácea
e afetam adversamente a pele estabelece, dentro dos limites das certezas científicas, que estas
alegações são infundadas. Algumas destas modernas pesquisas usaram inclusive chocolates cujas
moléculas de gordura foram estruturadas com isótopos radioativos (monitorando tais isótopos,
acompanha-se o metabolismo das mesmas). O acúmulo de material radioativo no sebo das
glândulas sudoríparas (e nas espinhas) foi praticamente nulo, o que demonstra que não há relação
molecular direta entre o consumo de chocolate e a acne.[42][45]

Atualmente sabe-se que as glândulas sebáceas não respondem diretamente aos alimentos e sim
aos hormônios produzidos pelo próprio organismo;[46] e o status quo científico atual é de que não
há relação entre o chocolate e a acne.[42][44][47]

Efeitos sobre o humor e consumo compulsivo

Existem relatos de consumidores auto-identificados como viciados


em chocolate. Investigações mostram que esses viciados relataram
um número significativamente maior de episódios, bem como uma
maior quantidade de consumo chocolate do que os não viciados. No
entanto, após o consumo, houve aumento de sensações de culpa e
nenhuma mudança significativa na sensação de depressão ou
relaxamento. Quando foram considerados os índices de transtornos
alimentares e depressão, os viciados atingiram níveis mais altos, no
entanto, comer chocolate não melhorou o seu humor.[48]
Os três tipos mais comuns de
Desse modo, embora não exerça grande influência sobre o metilxantinas: Cafeína: R1 =
comportamento humano, são descritas sensações de prazer com o R2 = R3 = CH3 Teobromina:
consumo. Alguns atribuem à presença de metilxantinas, que podem R1 = H, R2 = R3 = CH3
provocar sensações de bem-estar. Outra ação relacionada ao bem- Teofilina: R1 = R2 = CH3, R3
estar é o aumento da produção de feniletilamina, uma substância do =H
grupo das endorfinas.[41][46] As principais metilxantinas presentes
são a cafeína em quantidades mínimas, que correspondem a 5% de uma xícara de café,[46] e

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teobromina que exercem uma ação energética que incide na concentração e capacidade física de
quem o consome em quantidades moderadas.[40] Em cada 100 gramas de chocolate é possível
encontrar 160 miligramas de teobromina.[38]

Efeitos em animais
Em certas quantidades, a teobromina encontrada no chocolate é venenosa a animais como
cães,[49][50] gatos (especialmente filhotes), cavalos, papagaios e hamsters. Os sintomas podem
começar a aparecer a partir de 20 mg de metilxantinas por kilo do cão.[51]

A teobromina estimula o sistema nervoso central e o músculo cardíaco. Cerca de 1 kg de chocolate
ao leite, ou 146  g de chocolate de culinária (couverture) são suficientes para matar um cão de
22 kg.[52]

Essa substância tem um tempo de vida médio de 17,5 horas no organismo de um cão. À medida
que o tempo passa, ela vai sendo mais absorvida pelo organismo do animal causando sintomas
distintos. Nas duas primeiras horas são observados diárreias, vômitos e hiperatividade. Ao longo
do tempo, com a maior absorção da teobromina, observam-se aumento da taxa de batimento
cardíaco, o que pode ocasionar em arritmia, tremor muscular, aumento da produção de urina,
hiperatividade e hiper excitabilidade ou dor excessiva.[52] Além desses problemas, o consumo de
doces por animais também pode provocar cárie. Para evitar esses problemas, empresas
desenvolveram chocolates especiais que podem ser apreciados tanto por humanos quanto por
animais. O segredo é a retirada do açúcar e do cacau da composição.[50]

Cultura popular

Lendas indígenas
sobre a origem do
cacau

O livro de Gênesis Maia, o


Popol Vuh , atribui a
descoberta do chocolate
Chocolate em formato de ovos aos deuses. Na lenda, a
envoltos em papel brilhante, na cabeça do herói Hun-
forma como usualmente é Hunahpú, decapitado pelos
apresentado na Páscoa. senhores de Xibalba, o
inferno maia, estava Caveira dos Dia dos Mortos feita
pendurado em uma árvore com açúcar, chocolate, e amaranto
morta que milagrosamente
deu frutos em forma frutos
do cacau. O senhor então cospe na mão de uma jovem de
Xibalba garantindo assim a sua fecundação. É por isso que o
povo maia usa chocolate como preliminar para o casamento.
Uma caixa de bombons, Cacau também ajuda a purificar a crianças. Do mesmo modo, o
frequentemente dada como falecido é acompanhado com sementes de cacau na sua viagem
presente para o além.

Uma lenda asteca diz que Quetzalcoatl roubou uma árvore de cacau da terra dos filhos do sol, para
presentear seus amigos, os homens, com aquela delícia dos deuses. Essa lenda deve ter
influenciado Carolus Linnaeus, botânico sueco, que classificou a planta, denominando-a
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Theobroma cacao do grego Theo (Deus) e broma


(alimento).[10]

Festividades

No mundo todo, o chocolate aparece como tradição em


festividades populares: Páscoa, dia das Mães, dia dos
Namorados, Chanucá, Natal, dia das bruxas, dia dos Mortos,
entre outros.[53][54][55][56] Bolo de chocolate, um dos usos
mais famosos do chocolate.
Na Páscoa, é presenteado em formato de ovos de Páscoa
recheados com pequenos brinquedos ou com doces variados,
sendo um dos símbolos da data[56] O uso desse símbolo na festa cristã aconteceu após o Primeiro
Concílio de Niceia, em 325. Neste período, foi feita a adaptação de algumas antigas tradições e
símbolos religiosos a outros eventos. Com isso, surgiram ovos com a pintura imagens de Jesus
Cristo e Maria. Já no período medieval, nobres e reis costumavam comemorar a Páscoa
presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas, tradição
que foi modificada até o atual ovo de chocolate.[57]

Por sua vez, a tradição de presentear namorados com chocolate deve ter surgido com a princesa
Maria Teresa da Espanha, pois quando a mesma tornou-se a noiva do rei Luís XIV de França,
enviou-lhe chocolate de presente em uma cesta em forma de coração. Assim surgiu o costume dos
namorados se presentearem com chocolate.[58]

Outros usos em festividades ao redor do mundo podem ser citados: os mexicanos usam chocolate
uso hoje como oferenda, no Dia dos Mortos, na forma da Mole, que entre outros ingredientes,
pode ser feito com pimenta e chocolate. Por sua vez, na comemoração do Chanucá, os judeus
presenteiam as crianças com chocolate em forma de moedas embrulhados em papael.[53] Nos
Estados Unidos, o dia das bruxas ou Halloween (em inglês) é o segundo maior evento em
faturamento do mercado de chocolates, perdendo somente para o Natal.[59]

Livros e filmes

O chocolate é tema central de diversos livros famosos e suas versões cinematográficas. Em 1964,
Roald Dahl publicou um livro infantil intitulado "Charlie and the Chocolate Factory" (br: "A
Fantástica Fábrica de Chocolate"; pt: "Charlie e a fábrica de chocolate"). A história gira em torno
de um menino pobre chamado Charlie que é convidado a visitar a maior fábrica de chocolates do
mundo, propriedade de Willy Wonka. Duas adaptações do livro foram feitas para as telas de
cinema: Willy Wonka and the Chocolate Factory (pt-br: A fantástica fábrica de chocolate / pt: A
maravilhosa história de Charlie), filme norte-americano de 1971 dirigido por Mel Stuart e tendo
Gene Wilder como Willy Wonka;[60] e Charlie and the Chocolate Factory (pt-br: A Fantástica
Fábrica de Chocolate / pt: Charlie e a Fábrica de Chocolate), também norte-americano do ano de
2005 dirigido por Tim Burton e tendo Johnny Depp como protagonista.[61]

Outros filmes também têm o doce como tema central ou como auxiliar da trama. Chocolat (pt-
br/pt: Chocolate), um filme norte-americano de 2000, dirigido por Lasse Hallström tendo como
protagonistas Juliette Binoche, Judi Dench e Alfred Molina. O filme relata a história de uma mãe
solteira, e sua filha de seis anos que mudam-se para uma cidade rural francesa onde abrem uma
loja de chocolates em frente à igreja, o que atrai a certeza da população de que o negócio não terá
sucesso. Porém, aos poucos consegue persuadir os moradores da cidade a desfrutar seus deliciosos
produtos.[62] O filme é uma adaptação de Chocolat um livro de 1999 escrito por Joanne Harris. Há
também o romance da escritora mexicana Laura Esquivel Como Água para Chocolate. O título é
uma expressão típica do México que é mencionada no livro. Lá se prepara o chocolate quente
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dissolvendo-se a barra caseira de chocolate em água, em vez de leite. Para que o chocolate derreta
é preciso que a água esteja fervendo; então, se a pessoa está "como água para [fazer] chocolate"
significa que está fervendo, de raiva ou de outra emoção. O livro inspirou o filme de 1992 Como
Água para Chocolate, dirigido pelo mexicano Alfonso Arau. Entre outros filmes podem
mencionar-se Sangue e Chocolate, Merci pour le chocolat (Teia de Chocolate), The Naked Jungle
(A Selva Nua).[63][64] e Morango e Chocolate[65] podem ser citados.

Além desses existe um grande número de livros, sejam ficção, enciclopédias, técnicos, receitas,
entre outros.[66][67] Em telenovelas há Chocolate com Pimenta produção brasileira exibida
nacionalmente no horário das 18 horas pela Rede Globo entre 8 de setembro de 2003 e 8 de maio
de 2004, em 209 capítulos. Escrita por Walcyr Carrasco, com colaboração de Thelma Guedes e
dirigida por Jorge Fernando, a novela foi reapresentada na sessão Vale a Pena Ver de Novo, de 24
de julho de 2006 a 26 de janeiro de 2007 em 135 capítulos. Apresentou Murilo Benício e Mariana
Ximenes como protagonistas.[68]

Referências
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Ciberdúvidas da língua portuguesa (acessado em 17 de abril de 2011)
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Deutsch Welle World (acessado em 15 de abril de 2011)
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Alimentus (acessado em 15 de abril de 2011)
4. http://dictionary.reference.com/browse/chocolate Modern Language Association (MLA):
"chocolate." Online Etymology Dictionary. Douglas Harper, historiador. (acessado em 1º de
setembro de 2008)
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p/v5n1/10.pdf) Anais do Museu Paulista São Paulo. N. Sér. v.5. p. 279-28-1 - jan/dez 1997
(acessado em 15 de abril de 2011)
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years before anyone else» (https://www.sciencenews.org/article/ancient-south-americans-taste
d-chocolate-1500-years-anyone-else?tgt=nr). Science News (em inglês)
7. McNeil, Cameron (2009). Chocolate in Mesoamerica: A cultural History of Cacao. [S.l.]:
University Press of Florida. ISBN 978-0813033822
8. Coady, C. A História do chocolate, In: O Guia do chocolate, ed. Livros e Livros, 1998, pp. 7-15
9. The earliest chocolate drink of the New World (https://web.archive.org/web/20071202095415/ht
tp://www.museum.upenn.edu/new/news/fullrelease.php?which=306) Penn Museum (acessado
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10. A História: Cacau e Chocolate (http://www.abicab.org.br/index_home.htm) ABICAB -
Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (acessado em 17
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11. Breve história do chocolate (http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI130808-17
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12. A Brief History of Chocolate, Food of the Gods (http://www.athenapub.com/chocolat.htm)
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