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Leonardo Alves
Á SOBRE Á CULTURÁ Beer Sommelier
CERVEJEIRÁ
"Era um homem sábio aquele que inventou a cerveja” Platão..
A Historia da Cerveja
Da antiguidade à idade moderna.
Assim que os humanos se estabeleceram e aprenderam a cultivar
grãos, cerca de 13.000 anos atrás, a possibilidade de fermentar bebidas
e alimentos se apresentou. Dessa forma, a cerveja tem sido descrita
como a “parteira da civilização” devido ao seu papel central na
agricultura, comércio, urbanização e medicina.
A origem da agricultura
Além dos Sumérios, havia também os babilônios, que era uma outra
civilização da época.
Os babilônios tinham o Código de leis dos Babilônios que foi escrito em
2.100 a.C e que regia sobre eles.
No código de lei, havia varias leis criadas relacionadas a cerveja, isso
mostra como a cerveja era importante na época.
Um dos aspectos da lei é que estabelecia uma porção diária de cerveja
que a população poderia consumir, sendo que quanto mais “nobre”,
maior o consumo permitido.
Nesta época existia uma regra de que se servir má cerveja, o castigo seria
a morte por afogamento.
A dominância sobre a região da Mesopotâmia passou de um lado para
outro entre as cidades Suméricas até que foram conquistados por
Hammurabi da Babilônia há 3700 anos. A Babilônia era uma cidade no
Eufrates rio acima da Suméria. A cerveja feita da cevada ou do Emmer
(uma forma antiga do trigo) era uma dos mais importantes alimentos da
dieta dos Babilônios. Depois da Babilônia veio o domínio da Assíria,
governando o Oriente Médio de suas duas capitais, Assur e Nineva. Os
assírios foram deslocados por uma segunda onda de babilônios, liderados
por Nabucodonosor. Essas culturas continuaram a perpetuar a tradição
cervejeira da Suméria. Acredita-se que a fabricação de cerveja difundiu-se
da região da Mesopotâmia ao Egito, aproximadamente 1400 quilômetros
distantes.
Os Egípcios
Gregos e Romanos
Para os romanos, o vinho era considerado bebida nobre na época, e o que
se sabe é que os romanos aprenderam com os gregos a arte de fazer
cerveja, mas somente partir de 500 a.C.
Como os Romanos tinham domínio sobre varias áreas, a cerveja passou
então a ser a bebida muito apreciada em regiões sobre o domínio romano,
principalmente pelos germanos e gauleses.
Chineses
Longe da mesopotâmia, a China desde cedo também desenvolveu
técnicas de preparação de bebidas do tipo da cerveja, obtidas a partir de
grãos de cereais.
A “Samshu”, fabricada a partir dos grãos de arroz, já era produzida cerca
de 2.300 a.C.
Reinheitsgebot
A Reinheitsgebot foi uma lei promulgada pelo duque Guilherme IV da
Baviera, em 23 de abril de 1516. A lei da pureza da cerveja instituiu
que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes
ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo. A levedura de cerveja
não era conhecida à época, mas hoje é aceita dentro dos parâmetros da
lei, que constitui um dos mais antigos decretos alimentares da Europa.
Embora qualquer grão possa ser maltado, preferimos a cevada por alguns
motivos. A razão mais importante é a presença de sua casca após a colheita e
moagem. Manter a casca permite que a cevada regule o consumo de água
durante a maltagem, diminui a chance de brotar durante a maltagem e
mantêm a forma do grão.
Teor de Açúcar
Açúcar, você conhece bem: é um carboidrato (sim, aquele cheio de fama
ruim atualmente) que, em geral, apresenta sabor adocicado e se dissolve
facilmente na água.
Malte alimenta sua cerveja. Sem malte e seus açúcares para se alimentar, sua
levedura passaria fome. E as estruturas dos açúcares dentro do malte vão
determinar o sabor, o aroma e a cor da sua bebida.
Você pode encontrar muitos substitutos para o malte em sua bebida como mel,
açúcar de cana, açúcar mascavo. Mas nosso objetivo aqui é entender os
açucares principais utilizados para a fabricação de cerveja.
Desta forma, o mosto mais fermentável vai virar uma cerveja com maior
teor alcoólico e menos encorpada. Já um mosto menos fermentável vai
ocasionar a diminuição do teor alcoólico e o aumento dos açúcares
residuais da cerveja.
Adjuntos: quando o açúcar se disfarça para
entrar na sua cerveja
Adjuntos são todos os ingredientes de uma cerveja, que não os seus
elementos essenciais, quais seja, a água, o malte, o lúpulo e a levedura.
Na hora de procurar por uma cerveja com menos açúcar, fique de olho
nesses outros ingredientes:
Lactose
A levedura não consome esse açúcar e, por esse motivo, é usada nas
famosas “milk/sweet/cream stouts” e algumas New England IPA’s ou
derivadas, cuja viscosidade, cremosidade e/ou dulçor não são adquiridos
por processos cervejeiros comuns, mas normalmente pela adição da
Lactose.
Mel
O mel é uma mistura complexa de açúcares e água e vem ganhando
espaço na produção de cervejas, especialmente depois da alteração
legislativa que redefiniu o conceito de cerveja no Brasil.
Maltodextrina
Substância encontrada em lojas de suplementos ou de produtos naturais.
Não é fermentável e por isso contribui para adocicar a cerveja e conferir
corpo, além de dar um “up” na retenção da espuma.
Melaço
Encontrado nas formas de açúcar mascavo, demerara, turbinado, entre
outros. Durante o refino do açúcar branco os subprodutos removidos são
chamados de “Molasses” nos EUA. Aqui no Brasil conhecemos o termo
como Melaço.
O mascavo nada mais é que o açúcar comum cujo processo de refino foi
interrompido no meio. Por isso possui características de sabor e cor
conferidas por esses subprodutos.
Os sabores doces derivam dos açúcares, que em sua maioria têm sua
origem no amido de malte.
Malte Pilsner
Como o nome sugere, esse tipo de malte é uma das maneiras mais simples de
se obter uma pilsner tcheca ou alemã. Estes maltes são claros e têm um sabor
delicado, tornando-os perfeitos para lagers e ales claras.
Malte Pale
De maneira geral, lembre-se:
• British Pale tende a ser mais escuro que a versão americana Pale, porém mais
saboroso.
• American 2-Row Pale está entre um Pilsner e um British Pale com sabores de
mel e grãos.
• American 6-Row Pale é o rei do malte Pale quando se trata de converter
amido em açúcares, mas menos saboroso que o 2-Row.
Maltes de Melanoidina
Também chamado de maltes Viena ou Munique, um malte de melanoidina
tem alto teor de melanoidina, sim você adivinhou! Esta é uma substância
química produzida quando os açúcares e aminoácidos se combinam em altas
temperaturas. Eles são a base para as cervejas de cor âmbar que exigem sabores
de caramelo doces sem a coloração escura.
Os maltes de caramelo mais leves tendem a ser usados para o sabor principal
de uma cerveja, enquanto as variedades mais escuras são utilizados para
complementar os sabores. Maltes Crystal escuros podem facilmente
sobrecarregar sua cerveja, então utilize-os com moderação.
Maltes Torrados
O nome da família é bastante autoexplicativa: estes maltes são obtidos torrando
maltes pale. Embora isso diminua seu potencial de gerar açúcares, eles
desenvolvem sabores secos, amargos e de cacau.
Malte Biscuit
Resfriados a até 227ºC, os maltes biscuit tem esse nome devido aos seus sabores
de biscoito torrado. Ele é semelhante a um malte de Viena, porém o seu sabor é
muito mais intenso.
Malte Amber
Este malte é bastante semelhante a um malte biscuit, porém eles são menos
secos que os maltes biscuit, mas têm sabores mais complexos. Eles incluem
sabores de caramelo, nozes e pão assado e características mais amargas.
Malte Brown
Se você deixar o malte âmbar no torrefador por muito tempo, você vai acabar
com o malte Brown ou marrom. Ele também tem sabores toffee, de pão assado
e noz.
Malte Chocolate
Você não adquire (normalmente) sabores de chocolate ao usar chocolate de
verdade. Você usa malte de chocolate em vez disso. Tem um ligeiro sabor de
queimado, aromas de café e chocolate e um pouco de adstringência.
Malte Torrado
Ele é torrado em altas temperaturas para a obtenção de sabores amargos, secos
e queimados. Se você está procurando uma cerveja preta com sabores claros e
refrescantes, utilize este malte sem casca pois isso reduz o amargor do malte
preto.
Malte de Trigo:
Eles têm um alto teor de proteína se você estiver procurando por uma espuma
mais espessa e duradoura e um sabor mais forte.
Malte de Centeio:
Funciona bem com saltos ousados e pode adicionar um sabor picante à sua
bebida. Não possui casca, por isso pode ser difícil de realizar a lavagem.
Malte de Aveia:
Preenche o sabor da sua cerveja e dá uma sensação suave na boca adicionando
corpo a sua cerveja.
Os cereais não maltados são os grãos que não passam por esse processo.
Por exemplo, os mais conhecidos e utilizados na cerveja são o arroz e o
milho.
Lúpulos e suas propriedades
(amargor,aromas e sabores)
Challenger
Essa é uma variedade de lúpulo do Reino Unido. Ela garante
notas de aroma picante e chá verde.
Chinook
Esse lúpulo é uma variedade americana que se destaca por
possuir aroma com notas de cítrico, amadeirado e herbal.
Columbus
É um lúpulo americano que garante muito amargor à cerveja.
Hallertau
É um lúpulo alemão que apresenta como principal propriedade
garantir aroma à cerveja, sendo considerada uma variedade de
aroma nobre.
Saaz
Essa é uma variedade da República Tcheca e que possui um
elevado aroma, mas pouco amargor."
Fermentação de cervejas
A fermentação é uma das etapas mais importantes do processo de
produção de cervejas - e uma das das fases que mais demandam cuidados
por parte dos cervejeiros. É aqui que as leveduras trabalham
transformando os açúcares do mosto em álcool e CO2.
Leveduras cervejeiras
Falar de fermentação é, inevitavelmente, falar de levedura: uma das
principais matérias primas da cerveja. De forma resumida, a levedura é
um microrganismo unicelular que possui capacidade de transformar
açúcar e CO2.
Vale lembrar, no entanto, que existem cepas de levedura ale que não
produzem tantos ésteres e os aromas podem ser mais neutros. A escolha
do fermento não necessariamente vai impactar em uma cerveja mais ou
menos complexa; isso vai depender de uma série de outras variáveis
como insumos e adjuntos utilizados, proposta, temperatura e processos.
Além dos estilos de cervejas que levam lager no nome - e que são as mais
consumidas no mundo - também são exemplos de cervejas de baixa
fermentação os estilos: pilsner, helles, dunkel, schwarzbier, bock e vienna,
entre outros.
Fermentação híbrida
A fermentação híbrida ocorre quando duas ou mais cepas de leveduras
e/ou processos de fermentação Ale e Lager são utilizados na mesma
cerveja. Ou seja, trata-se de uma fermentação alcoólica com variação de
ale e lager na mesma bebida.
Fermentação mista
Por fim, outro tipo de fermentação de cerveja é a fermentação mista. O
processo ocorre quando há mais de uma fermentação acontecendo, como
por exemplo, a alcoólica e a lática. É o caso dos famosos rótulos da
Rodenbach e também das Catharina Sours.
Fermentação espontânea
A fermentação espontânea é aquela em que nenhum microorganismo é
adicionado ao mosto. Nesse caso, a fermentação ocorre por meio de
leveduras e bactérias selvagens, que podem ser captadas a partir de
frutas e cascas de árvores, do próprio malte ou do próprio ambiente em
que a cerveja está sendo fermentada, por exemplo ou mesmo do próprio
ar como ocorre com as Labics.
Ou seja, uma cervejaria que produz lambics não adquire suas leveduras e
bactérias somente do ar externo, mas também da própria microflora
criada no seu edifício e equipamentos.
1. Escola Alemã
Modo de preparação
O importante é que, para a época, a lei da pureza foi essencial para que
os produtores seguissem um protocolo de produção com excelência e
para oferecer ao público uma cerveja de qualidade. Nos dias atuais esta
lei é mais flexível, pois existem cervejas com outros ingredientes junto aos
estipulados pela lei, os preços não são tabelados, mas não quer dizer que
a lei foi esquecida e não vigora mais. Tornou-se uma tradição, expandiu-
se para toda Alemanha e ao mesmo tempo é um dos pontos altos do
marketing da cerveja alemã.
E vale ressaltar que hoje existe uma infinidade de cervejas, de escolas
cervejeiras, que mesmo não respeitando a lei da pureza, nos
trazem cervejas de muito sabor e de extrema qualidade. A partir de
agora, toda vez que você beber uma boa cerveja vai entender a lei que
determinou os rumos do padrão de qualidade da cerveja.
Conheça algumas das principais cervejas produzidas e
consumidas da Alemanha:
Pilsner:
A maioria das cervejas nacionais que encontramos no mercado são
“pilsners”, inspiradas nesse tipo de cerveja alemã. São cervejas
refrescantes e fáceis de beber.
Helles:
É um tipo de “pilsner” com mais malte e mais adocicada.
Mainbock:
O nome “mainbock” significa “bock de maio”, é um tipo de cerveja de cor
mais âmbar e gosto mais adocicado (característica das bocks) que é
produzida durante a primavera do hemisfério norte.
Doppelbock:
Seu nome quer dizer “bock dupla” e isso se deve ao fato de ela ser mais
forte e levar mais malte que as “bocks” tradicionais.
Oktoberfest:
Produzida na região de Munique durante a primavera alemã para
consumo no outono (por volta de outubro). Tem coloração âmbar
profundo e seu teor alcoólico pode chegar a 6%.
Schwarzbier:
É a mais escura das cervejas alemãs. Tem sabor mais amargo, é leve e seu
teor alcoólico fica em torno de 5%.
Rauchbier:
É feita com uma quantidade maior de malte e se distingue também por
esse malte ter um sabor mais defumado.
Weissbier ou Weizen:
São feitas a base de trigo e possuem diferentes tipos entre si, sendo a
“Hefeweizen”, típica do sul da Alemanha, a mais comum delas.
Altbier:
É um tipo de cerveja produzido na região de Dusseldorf. Seu sabor
amargo e frutado é uma das suas características.
Kölsch:
Esse tipo de cerveja só pode ser produzido na região de Colônia. Tem um
sabor mais herbal e frutado.
2. Escola Belga
A escola Belga além de ousada, é muito criteriosa e, para que uma cerveja
seja considerada Belga, ela só pode ser produzida dentro dos
monastérios, também chamadas de cervejas de Abadia.
Nessa época, a cerveja não era produzida com lúpulo e foi só a partir dos
estudos de Hildegard Von Bingen, que pertencia à Abadia Belga
Beneditina de Affligem, que passou-se a utilizar o lúpulo como
conservante para a cerveja.
Belgian-Style Dubbel
De coloração marrom a muito escura com ótima estabilidade de
espuma. Aroma de malte que remete ao caramelo, chocolate e frutas
secas, com corpo baixo a médio e amargor médio-baixo a médio,
podendo conter resíduo de fermentado devido a re-fermentação na
garrafa. Teor alcoólico de 6,3% a 7,6%.
Belgian-Style Tripel
Coloração dourada, com caráter complexo e levemente condimentado.
Notas fenólicas de cravo estão presentes e ésteres frutais em níveis baixos.
É uma cerveja de amargor médio a médio-alto, de corpo baixo e aftertaste
levemente adocicado, com álcool bem evidente, também pode conter
resíduo de levedura proveniente da re-fermentação na garrafa. Teor
alcoolico de 7,1% a 10,1%.
Belgian-Style Lambic
Cerveja intensamente esterificada, ácida e, algumas vezes, com
características acéticas. Apresentam, em suas receitas, trigo não malteado.
Além disso, são turvas e de baixa carbonatação. São cervejas com
amargor baixo, sem dulçor residual, seca e de corpo baixo. Devido à
utilização de Brettanomyces, apresentam aromas caprílicos e fenólicos.
Teor alcoólico de 6,3% a 8,2%.
3. Escola Inglesa
Além disso, nessa escola, temos como tradição as ales. Ademais, são
nesses países que você vai encontrar os mais tradicionais pubs, onde a
grande maioria das pessoas tem o hábito de consumir a cerveja direto do
barril – draugth beer – tanto em keg, nos dias atuais, mas muitos ainda
mantêm a tradição de vender a cerveja diretamente de cask (barricas de
madeira).
Além disso, durante o Império Romano, parte da grã Bretanha foi tomada
e governada por Roma, que levou consigo técnicas de vinificação para a
cerveja, já que as ilhas não eram propícias para o cultivo de uva.
Além disso, era comum o uso de aditivos na cerveja, como ervas e raízes,
e, até o momento, não se utilizava o lúpulo, que só foi introduzido nas
ilhas britânicas por volta do século XV. Assim, com a utilização do
lúpulo, a cerveja passou a ter um nome diferente. Nesse sentido, eram
chamadas de Beer, e as antigas, produzidas sem lúpulos, eram chamadas
de Ale, distinção que perdurou até o fim do século XVII.
Dos países que fazem parte da escola britânica, a Irlanda foi o último país
a acrescentar o lúpulo em suas receitas de cervejas. Isso ocorreu devido a
limitações de importação, e que adquiriu relevância no mercado
cervejeiro mundial a partir do século XVIII, quando Arthur Guinness
fundou, em Dublin, a cervejaria que leva seu nome.
Além disso, o uso dos maltes proporciona uma doçura natural muito
característica da escola inglesa, que, junto com os lúpulos ingleses, que
trazem características herbais e terrosas, fazem dessas cervejas muito
equilibradas.
Um estilo clássico da escola inglesa é a Bitter Ale, que teve seu primeiro
rótulo registrado no ano de 1876, na cidade de Burton-on-Trend,
chamada Bass Pale Ale.
Sendo assim, as Bitter produzidas nessa época eram diferentes das que
conhecemos hoje. Nesse sentido, segundo a história, só após a Primeira
Guerra Mundial é que tomaram a forma que conhecemos hoje. Além
disso, essas cervejas são produzidas normalmente apenas com malte pale
ale, o que confere um toque amendoado, que conta frequentemente com
um suave toque tostado.
Special Bitter
Cerveja da escola inglesa, também chamada de Best Bitter ou Premium
Bitter, é mais robusta que a Ordinary Bitter. De coloração cobre profundo,
com corpo médio e presença residual de malte média, amargor médio e
aroma e sabor de lúpulo baixo à médio. O teor alcoólico varia de 4,2% a
4,8%.
Extra Special Bitter
De coloração ambar a cobre profundo, amargor, aroma e sabor de lúpulo
é médio a médio-alto. Sabor e aroma de malte de médio-alto e de corpo
médio. O teor alcoólico varia de 4,8% a 5,8%
Brown Porter
Cerveja de coloração marrom escuto a bem escuro, com nuances
avermelhados. Dulçor residual de malte baixo a médio, com notas de
caramelo e chocolate, de corpo baixo a médio. Além disso, não devem
estar presentes notas de malte torrados e queimadas. Amargo médio,
croma e sabor de lúpulo de baixo a médio.
Robust Porter
Coloração marrom escuro a preta, aroma e sabor de malte médio a
médio-alto, com notas tostadas que remetem a cacau e caramelo em
harmonia com o amargor dos maltes escuros. Doçura residual presente,
de amargor médio a alto, e sabor e aroma de lúpulo baixo a médio.
Presença de ésteres frutais balanceados com as notas tostadas. Teor
alcoolico varia de 5,1% a 6,6%.
Sweet Stout
Cerveja da escola inglesa, também chamada de Milk Stout ou Cream
Stout, possui corpo elevado e amargor suave proveniente dos maltes
tostados. Nesse estilo de cerveja, é comum a adição de lactose para
conferir maior corpo. Dulçor de malte remetendo a chocolate e caramelo
devem prevalecer no sabor e contribuir para o aroma. Por isso, de forma
geral, é uma cerveja encorpada e adocicada. Teor alcoólico varia de 3,2%
a 6,3%.
Oatmeal Stout
Pode ser considerada uma variação da Sweet Stout porém com adição de
aveia ao invés de lactose para conferir corpo e complexidade ao invés de
corpo e doçura. A aveia fornece complexidade no sabor, remetendo a
notas terrosas e amendoadas e também suavidade e cremosidade. Teor
alcoólico varia de 3,8% a 6,1%.
Old Ale
O nome Old Ale remetia às cervejas que eram envelhecidas em barris de
madeira por 1 ano ou mais, o que adicionava notas de acidez e
desenvolvimento aromático e, ao final, blendadas com cervejas mais
frescas.
Uma das primeiras fábricas a fazer isso foi a Anchor Steam Brewery, que,
em 1965, foi adquirida por Fritz Maytag, que apostou em estilos como
Cream Ale, India Pale Ale e Porter. Nesse mesmo período, surgem outras
microcervejarias e se tem um aumento significativo da produção caseira.
Croma Pipeline
Uma cerveja mais maltada, que puxa para a cor de caramelo, tende a
combinar com uma carne assada.
Pense em café com leite (ou uma Stout com pudim de leite!), e você terá
um dos melhores exemplos de harmonização por complemento. Ou em
queijo com goiabada e uma cerveja ácida e frutada acompanhando.