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INSTITUDO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA

BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DA SAÚDE

CURSO DE LICENCIATURA EM ANÁLISES CLÍNICAS

TRABALHO INVESTIGATIVO DE BIOTECNOLÓGIA

TEMA:

CERVEJA: PRODUÇÃO

BIO-INSECTICÍDAS: PRODUÇÃO

3º Ano – Tarde

Grupo Nº 4

Docente

__________________
JOÃO BONGUE
BENGUELA, 2023

INSTITUDO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DA SAÚDE

CURSO DE LICENCIATURA EM ANÁLISES CLÍNICAS

TRABALHO INVESTIGATIVO DE BIOTECNOLÓGIA

TEMA:

CERVEJA: PRODUÇÃO

BIO-INSECTICÍDAS: PRODUÇÃO
Integrantes do grupo:

 Bernarda Valentina Canjulo;


 Celestina Albino;
 Clara Sakolonga;
 Delcia Luis;
 Epfânia Manuel;
 Francisco Gomes;
 Francisca Tchitau;
 Hilário Mateus;
 Idilázio Abél;
 Liudmila Bula;
 Mária Tembo;
 Natrícia Oliveira;
 Suzana Martins.
INDICE

INTRODUÇÃO......................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO..........................................................................................5
PRODUÇÃO DE CERVEJA E SUAS RESPETIVAS ETAPAS...........................5
 Maltagem...................................................................................................................6
 Brassagem................................................................................................................6
 Fermentação e condicionamento........................................................................7
 Embalagem...............................................................................................................8
A MATÉRIA-PRIMA DA PRODUÇÃO DE CERVEJA.....................................................8
FATORES QUE INFLUENCIAM NO SABOR, AROMA E APARÊNCIA.......................9
Especificidades da água................................................................................................9
CARACTERÍSTICAS DO MALTE E SUA PRODUÇÃO............................................11
IMPORTÂNCIA DA FERMANTAÇÃO..............................................................................13
A BIOQUÍMICA POR TRÁS DA PRODUÇÃO DE CERVEJA.....................................13
MICRO-ORGANISMOS UTILIZADOS PARA PRODUZIR CERVEJA........................14
BIOPESTICIDAS.................................................................................................................15
OS BIOPESTICIDAS COMO UMA ALTERNATIVA VIÁVEL AOS PESTICIDAS
QUÍMICOS...........................................................................................................................15
A UTILIZAÇÃO DO BACILLUS THURINGIENSIS COMO BIOPESTICIDA
MICROBIANO......................................................................................................................16
RELAÇÃO DA PRODUÇÃO DA CERVEJA E DOS BIOINSECTICIDAS..................16
CONCLUSÃO.....................................................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................19
INTRODUÇÃO
A cerveja é uma bebida não destilada, obtida da fermentação alcoólica
do mosto de cereal maltado, geralmente malte de cevada. É facultativa a
adição de outra matéria-prima amilácea ou lúpulo. O teor alcoólico de uma
cerveja pode variar desde 0,05% nas chamadas cervejas sem álcool, até
14,9% de álcool por volume (ABV), na cerveja suíça Samichlaus. Mas a maioria
das cervejas mundialmente consumidas em volta de 5% e as americanas de
4%. (Amaro A. D. Junior, 2009 )A cerveja é uma bebida muito popular em todo
o mundo, e a produção envolve uma série de processos que começam com a
seleção dos ingredientes e terminam com o armazenamento e embalagem do
produto final. Os ingredientes básicos para a produção de cerveja são água,
malte, lúpulo e levedura, mas também podem ser adicionados outros
ingredientes para obter diferentes sabores e aromas. (DIAS, 2023)

Os bio-inseticidas, são produtos formulados a partir de micro-organismos


ou extratos de plantas que são capazes de controlar pragas e doenças sem
causar danos ao meio ambiente e à saúde humana. (JUNIOR & NOGUEIRA,
2020)

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a


Agricultura (FAO), os bio-inseticidas são uma ferramenta importante para a
produção agrícola sustentável, pois apresentam baixa toxicidade e não geram
resíduos nocivos ao meio ambiente. No contexto da produção de cerveja, a
utilização de bio-inseticidas pode reduzir o uso de produtos químicos nocivos
ao meio ambiente e promover uma produção mais sustentável. De acordo com
estudo realizado pela Universidade de Leuven, na Bélgica, a utilização de bio-
inseticidas na produção de lúpulo pode reduzir em até 90% a presença de
resíduos químicos na cerveja.

4
DESENVOLVIMENTO
A produção de cerveja é uma atividade que envolve diversos processos,
desde a seleção e preparação dos ingredientes até a fermentação e
armazenamento da bebida. No entanto, o uso de produtos químicos no controle
de pragas e doenças nas plantações de lúpulo e cevada pode ter impactos
negativos no meio ambiente e na saúde humana. (DIAS, 2023) Nesse contexto,
a utilização de bio-inseticidas pode ser uma alternativa viável e ecologicamente
correta.

De acordo com JUNIOR & NOGUEIRA, (2020), os bio-inseticidas, são


produtos formulados a partir de micro-organismos ou extratos de plantas que
são capazes de controlar pragas e doenças sem causar danos ao meio
ambiente e à saúde humana. Segundo a Organização das Nações Unidas para
a Alimentação e a Agricultura (FAO), os bio-inseticidas são uma ferramenta
importante para a produção agrícola sustentável, pois apresentam baixa
toxicidade e não geram resíduos nocivos ao meio ambiente. No contexto da
produção de cerveja, a utilização de bio-inseticidas pode reduzir o uso de
produtos químicos nocivos ao meio ambiente e promover uma produção mais
sustentável.

De acordo com estudo realizado pela Universidade de Leuven, na


Bélgica, a utilização de bio-inseticidas na produção de lúpulo pode reduzir em
até 90% a presença de resíduos químicos na cerveja. Apesar das vantagens, a
produção de bio-inseticidas apresenta desafios, como a identificação e seleção
de microrganismos ou extratos de plantas eficazes contra as pragas e doenças.
Além disso, a produção em larga escala e a regulamentação do uso desses

produtos são questões que precisam ser consideradas .

PRODUÇÃO DE CERVEJA E SUAS RESPETIVAS ETAPAS


As produções de cerveja possuem diversas etapas que vão desde a
preparação dos ingredientes até a embalagem. O conceito da fabricação da
bebida é a conversão da fonte de amido em mosto, um líquido açucarado que
se submete à fermentação. (DIAS, 2023)

As etapas são as seguintes: 


5
1ª Etapa – Moagem;

2ª Etapa – Brassagem;

3ª Etapa – Filtração do mosto;

4ª Etapa – Ebulição do mosto;

"5ª Etapa – Resfriamento;

6ª Etapa – Fermentação;

7ª Etapa – Maturação e filtração;

8ª Etapa – Estabilização;

9ª Etapa – Clarificação;

10ª Etapa – Enchimento.

 Maltagem
Na maltagem, ocorre a preparação dos grãos da fonte de amido
determinada (cevada, trigo, milho). Primeiro, o produtor deve pô-los de molho
por 40 horas. Depois, a espalha para um repouso de 5 dias. Depois ocorre
a secagem, onde os grãos têm uma exposição gradual a altas temperaturas no
forno. Ao final, os grãos chamam-se “malte”. (DIAS, 2023) A fim de possibilitar
a rápida extração e conversão dos componentes do malte, ele é moído,
obtendo-se uma farinha grosseira. Os cereais não maltados são habitualmente
aprovisionados com um grau de moagem adequado.

 Brassagem
Na brassagem ocorre a conversão dos amidos do malte em
açúcares para a fermentação. As enzimas convertem os amidos em açúcares
simples, processo chamado sacarificação, cujo é o mosto, líquido açucarado
que é então drenado. Nessa etapa, a farinha obtida na moagem é misturada
com a água e deixada em repouso sob aquecimento entre 75 oC e 80 oC,
durante duas a quatro horas, com verificação rotineira do pH nesse período.
(JR., 2021)

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 Filtração do mosto
A filtragem do mosto é realizada para retirar todos os componentes
insolúveis presentes na mistura, durante aproximadamente três horas. O
filtrado é o mosto, e o material retido no filtro pode ser utilizado como alimento
para o gado. (JR., 2021). De acordo com a AEB(empresa de produção de vinho
e cerveja), afirma que no final da fase de obtenção do mosto, o empaste é
transferido para a tina de filtração (cuba-filtro), conhecida por "lauter tun", que
permite a separação do mosto límpido das partes sólidas. Durante este
processo, as partes sólidas são lavadas com água para extrair todos os
açúcares residuais.

 Ebulição do mosto
Após o processo de filtração, o lúpulo é adicionado ao mosto, e logo em
seguida, a mistura é submetida ao processo de ebulição (aquecimento) por um
período de duas horas. Durante o aquecimento do mosto misturado ao lúpulo,
ocorre a esterilização da mistura e a liberação de componentes voláteis
indesejáveis, bem como substâncias que agregam um melhor sabor à cerveja.
O calor da fervura coagula as proteínas do mosto e diminui seu pH, eliminando
sabores indesejados. Esta dura entre 15 e 120 minutos e quanto maior o tempo
da ebulição, mais amarga a cerveja será. Lúpulos de amargor permanecem em
fervura no início durante uma hora, e os de aroma, no fim por 15 minutos.
(DIAS, 2023)

 Resfriamento
Após a realização da ebulição, o mosto lupulado sofre um resfriamento
até uma temperatura de 8 oC a 9 oC.

 Fermentação e condicionamento
Depois do resfriamento e oxigenação, ocorre a fermentação do mosto.
A fermentação pode ocorrer em tanques de variados tipos e deve ser feita em
ambiente sem oxigênio. Os açúcares e carboidratos do malte, na presença
de leveduras e/ou bactérias, irão produzir tanto álcool quanto dióxido de
carbono. O tempo da fermentação deve ter seu controle de acordo com o teor
alcoólico desejado.Após a primeira fermentação é feito o condicionamento, isto
é, o envelhecimento da cerveja. Dependendo do tipo, o tempo de maturação
pode levar de semanas a anos. É importante mudar o recipiente da cerveja
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para cessar o contato com levedura morta e evitar sabores indesejados e
acetaldeídos, que são prejudiciais à saúde. (JR., 2021)

Há algumas modalidades de envelhecimento, sendo elas: fermentação


secundária, em garrafa, lagering e krausening: Na fermentação secundária,
grande parte da levedura restante é depositada no fundo do fermentador, tendo
como resultado uma cerveja mais clara. Já na fermentação em
garrafa acontece a carbonatação natural, proveniente do gás carbônico
resultante da fermentação que fica preso na garrafa. (JR., 2021) No processo
de lagering, matura-se a cerveja em temperaturas de congelamento durante
alguns meses, dependendo do resultado desejado. A lager então, é uma
cerveja mais suave e a mais comum no mercado. O processo
de krausening consiste em adicionar mosto que está fermentando à cerveja já
finalizada. A levedura irá fermentar a cerveja finalizada e ocorrerá
carbonatação.

 Maturação e filtração
A cerveja é novamente filtrada para a retirada de resquícios da levedura
e de outros componentes que possam ainda estar presentes, e em seguida
é levemente aquecida novamente, para a eliminação de componentes
voláteis, que não o álcool.

 Embalagem
Por fim, se faz a embalagem da cerveja. As embalagens mais comuns
são em latas de alumínio, barris e garrafas de vidro. Boa parte das cervejas
passam pela etapa de filtração e ocorre clarificação, geralmente quando são
embaladas em garrafas ou latas. Quando ocorre maturação em garrafa, não há
filtração e a cerveja carrega restos de levedura que não foi fermentada.
(JUNIOR & NOGUEIRA, 2020)

A MATÉRIA-PRIMA DA PRODUÇÃO DE CERVEJA


A lei de pureza alemã (Reinheitsgebot) de 1516, determina que para
fabricar cerveja os três ingredientes permitidos são água, malte e lúpulo. Na
época, os alemães ainda não tinham conhecimento sobre a levedura, a qual
certamente incluiríamos nessa lei se atualizássemos nos dias atuais. Dessa
forma, esses ingredientes são considerados como a “fórmula básica” da

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produção de cerveja e tanto a água quanto o malte e o lúpulo têm sua seleção
de acordo com o resultado que se deseja. (Guilherme IV & da Baviera, 2023)

Além desses ingredientes, é possível incluir outros com o objetivo de


diversificar o produto final, como a adição de ictiocola, irish moss, carragenina,
polyclar, por exemplo, que é muito utilizada para clarificar a cerveja e até
mesmo gelatina. A adição de açúcares ao produto também é comum, a fim de
melhorar e intensificar o sabor.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO SABOR, AROMA E APARÊNCIA


Bem uma pergunta que pode surgir: Como é possível somente quatro
ingredientes serem responsáveis por quase toda a variedade de cerveja que
conhecemos?

A resposta, é que cada um deles possui variedades com processos de


preparo e quantificação de maneiras diferentes. Assim, os fatores que
comumente influenciam no resultado são o tempo e a maneira de acrescentar e
processar os componentes na mistura. Outros aspectos marcantes e
característicos da cerveja são a sensação na boca, a força e
a densidade, onde se relacionam diretamente com a amargura, o azedume da
bebida, a intensidade do sabor e textura do líquido, que são provenientes dos
tipos de ingredientes e da metodologia de processamento. (JR., 2021)

É interessante ressaltar que a qualidade dos produtos é um diferencial,


por isso, é fundamental prezar por alimentos de alto padrão para obter um
resultado de maior qualidade e, assim, evitar substitutos mais baratos e de
padrão secundário é uma escolha inteligente a se fazer quando um resultado
fiel à proposta de sua cerveja é o principal desejo

Especificidades da água
A água, por representar mais de 90% da matéria-prima constituinte da
cerveja, é um fator de enorme importância. Dessa forma, a qualidade da água,
assim como os demais ingredientes precisa ser de excelência. Por isso, é
crucial utilizar uma fonte confiável de água para a produção de cerveja ou
então fazer a correção laboratorial da água potável comum, afinal as
especificidades da água podem influenciar diretamente em aspetos da cerveja.
( Ex: a influência do pH e dos íons ).
9
 Influência do pH
O parâmetro principal para a água utilizada na produção é seu pH, cuja
sua escala vai de 0 a 14, onde 0 é o extremo ácido, 14 é o extremo alcalino e 7
é o valor de neutralidade. Este, deve estar entre 6,5 e 7,0, ou seja, levemente
ácido, pois um pH alcalino pode acarretar na dissolução de algumas
substâncias presentes no malte e nas cascas. O pH ácido, além de evitar a
degeneração do malte, contribui para maior atividade enzimática na etapa de
mostura, proporcionando um rendimento maior de maltose. Além disso, é
importante lembrar que apesar dessas informações, o tipo de cerveja alvo irá
ditar qual o pH de fato ideal para a produção. (Amaro A. D. Junior, 2009 )

A determinação do pH da água pode ser feita facilmente por um medidor


de pH digital, kits de medidor de pH para piscinas ou mesmo checa o relatório
de qualidade da água distribuída em sua cidade ou região são opções viáveis.
Então, se a água estiver alcalina, uma alternativa é utilizar um malte acidificado
na etapa de misturação. (JR., 2021)

 Presença de íons

A água pode apresentar íons que afetam seu pH, tendo assim duas


classificações: água dura e água mole. Indica-se a água dura para a produção
de cervejas escuras por conter pH mais alto e concentração de íons (cálcio,
magnésio, bicarbonato…) maior. Da mesma forma, a água mole se adequa
melhor para a produção de cervejas pilsen, com pH mais baixo e menos íons
dissolvidos. Portanto, é importante avaliar as características da água por meio
de uma análise de dureza da água, que determina a quantidade de íons
presentes na mesma e é um fator determinante para o resultado. (Amaro A. D.
Junior, 2009 )

CARACTERÍSTICAS DO MALTE E SUA PRODUÇÃO


O malte é a fonte de amido da cerveja, ou seja, o ingrediente
fermentável, sendo os grãos como milho, arroz, trigo, aveia, cevada, centeio e
sorgo são opções populares e a cevada o mais comum. Através da maltagem,
os grãos produzem enzimas que convertem o amido em açúcares
fermentáveis. Logo em seguida, é preciso moer, descascar e dividir em
10
pedaços os grãos sendo possível reaproveitar as cascas na etapa de
brassagem, atuando como filtro natural para a lavagem, quando é feita a
separação dos resíduos insolúveis dos grãos e o mosto. (JR., 2021)

Para cervejarias pequenas e cervejeiros independentes, é interessante


utilizar o extrato de malte. Esse extrato é o mosto concentrado de malte moído
e misturado com lúpulo e enzimas, cuja vantagem de sua utilização é pular as
etapas de moagem, mosturação e separação do bagaço, economizando tempo
e dinheiro. O segredo para obter variedades de malte e de cores, sabores e
densidade nas cervejas, é utilizar diferentes tempos e temperaturas no
processo, apesar de haver uma quantidade fixa de 200 gramas para 1 litro de
cerveja que geralmente se utiliza. (Guilherme IV & da Baviera, 2023)

Sendo assim, o malte pode ter sua classificação tanto quanto à cor
quanto à quantidade no produto final, e existem dois grandes grupos: maltes
base e maltes especiais.

 Maltes base
São maltes levemente torrados, constituem a maior parte dos
ingredientes do mosto e fornecem a maioria dos açúcares fermentáveis.
Geralmente 90% de um mosto será feito por maltes base. (cervejeiroraiz,
2023)

 Maltes especiais 
Maltes torrados especiais para uso em pequenas quantidades na
brassagem, para dar sabor, cor e aroma.A diferença em relação aos maltes
base é que os especiais geram relativamente poucos açúcares fermentáveis.
(cervejeiroraiz, 2023)

Os maltes especiais contribuem com características únicas e possuem


quase nenhum potencial enzimático. Assim, os principais maltes desse grupo
são os caramelos (que deixam a cerveja mais doce) e os torrados (que dão um
aroma de café). O Château Munich Light e Château Munich promove um
dourado alaranjado e espuma estável, já o Château Melano Light e Château

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Melano deixam a cerveja avermelhada, estável e de sabor maltado intenso.
(cervejapetra, 20223)

LÚPULO
O lúpulo (Humulus lupulus), é uma planta da família Cannabaceae, típica
da Europa que se desenvolve bem com um clima frio e luz solar presente. Na
produção de cerveja o lúpulo é responsável pelo sabor único e amargo da
cerveja, trazendo a identidade do sabor da mesma. Além disso, ele atua como
um conservante natural fazendo a retenção da espuma e auxiliando na
remoção de proteínas indesejadas. O lúpulo contém também o ácido alfa, que
dá o amargor à cerveja e define o teor de amargura na bebida. A maioria das
formas comercializadas do lúpulo possuem um padrão da quantidade dessa
substância, facilitando assim a escolha do tipo de lúpulo para a produção.
(wikipedia, 2022)

As principais formas no mercado do lúpulo são: em flor, pellets T-90,


pellets T-45, extrato e essências. Primeiramente sobre a forma em flor, é
considerada 100% natural, porém não é ideal para estocagem e é a mais
ineficiente para fabricação de cerveja. Já as pellets T-90 e T-45 são parecidas,
ambas são lúpulos em flor que passam por um moedor e prensa, sendo
melhores para armazenagem. O T-90 não possui padrão no teor de ácido alfa;
já o T-45 apresenta este padrão. (Guilherme IV & da Baviera, 2023)

Há também formas mais recentes de comercialização, que são os


extratos e essências. O extrato é uma forma líquida de lúpulo sem resinas. Já
as essências consistem-se em óleos do lúpulo, com seus componentes
refinados, concentrados e são considerados bons pela facilidade de estocagem
e por possuirem um bom prazo de validade. Sendo assim, cada vez mais, essa
modalidade vem ganhando espaço no ramo cervejeiro. (JUNIOR &
NOGUEIRA, 2020)

A classificação do lúpulo
Segundo Amaro a. D. junior, (2009), É possível classioficar o este
componente, isto de acordo com o sabor que promovem na cerveja amargor,

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aromático e dual. O amargor possui teor bem elevado de ácido alfa; Já
os aromáticos possuem teor baixo desse ácido e promovem um aroma bem
agradável à cerveja. O dual são lúpulos versáteis, que representam uma
mistura do amargor com o aromático. Por conta disso, geralmente é indicado
qual dessas duas características é a predominante.

IMPORTÂNCIA DA FERMANTAÇÃO
O fermento ou levedura é um micro-organismo que irá realizar
o processo de fermentação da bebida. Nesse importante processo, os
açúcares do mosto são consumidos para que sejam produzido o álcool e o gás
carbônico. Dessa forma, esse ingrediente é responsável por determinar o teor
alcoólico da cerveja produzida. Para que a fermentação tenha excelência e
corresponda às expectativas, alguns fatores são considerados ideais no
processo. O principal, é a temperatura, pois determina a velocidade das
reações e a forma de ocorrência das mesmas. Com isso, é possível obter uma
variedade de cerveja no aspecto do teor de álcool presente

Classificação da levedura
Sobre a levedura de cerveja, pode ser dividida em 2 grupos
principais: de baixa fermentação (lagers) e de alta fermentação (ALE). O de
baixa fermentação atua na parte inferior do fermentador e trabalha na faixa de
9ºC a 13ºC. Já o de alta fermentação age na parte superior, trabalhando na
temperatura entre 18ºC e 24ºC. (JR., 2021)

A BIOQUÍMICA POR TRÁS DA PRODUÇÃO DE CERVEJA


Basicamente, há uma transformação sequencial dos carboidratos dos
grãos de cereais em álcool através da atuação das leveduras. Quimicamente,
isso significa degradar os polissacarídeos amilose e amilopectina em glicídios
menores maltose e glicose e a então fermentação alcoólica por enzimas
glicolíticas das leveduras. Na formação do malte, as sementes dos cereais
sofrem germinação e as enzimas que degradam os polissacarídeos se
produzem. Esses dois processos se interrompem com o aquecimento. As
principais enzimas que constituem o malte são: α- e β-amilases, celulase e α-

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glicosidase, que atuam como catalisadores, respectivamente, das reações de
degradação do amido, da celulose e das ligações glicosídica. (DIAS, 2023)

Na preparação do mosto, o malte em água se torna propenso à ação


das enzimas hidrolíticas na amilose, amilopectina e celulose dos grãos,
formando assim os glicídios simples e solúveis em água. Com a fervura, a
degradação enzimática se encerra. Ao se adicionar as leveduras para
fermentação, as células crescem e se multiplicam através da energia
do metabolismo aeróbico dos glicídios simples, principalmente no ciclo de
Krebs. A fermentação ocorre depois do consumo de todo o oxigênio dissolvido
no mosto. Ao alterar o metabolismo de aeróbico para anaeróbico, a levedura
consome os piruvatos dos glicídios simples produzindo etanol e gás carbônico .
O pH, a quantidade de glicídios restantes e a concentração do álcool controlam
essa etapa. (JR., 2021)

A regulagem da quantidade de espuma da cerveja ocorre durante a ação


das enzimas proteolíticas na fase de maltagem. É importante que haja um
grande controle, pois a atividade enzimática em excesso deixa a cerveja
“choca” (com pouca espuma), e a baixa atividade deixa-a turva quando gelada.
Para isso, uma alternativa é utilizar enzimas proteolíticas exógenas (isto é,
provenientes de ingredientes descartados na produção de cerveja). (DIAS,
2023)

MICRO-ORGANISMOS UTILIZADOS PARA PRODUZIR CERVEJA


Existem varios tipos de micro-organismos utilizados na produção de
cerveja, as principais são:

1. Levedura de cerveja (Saccharomyces cerevisiae): É a levedura mais


usada na fermentação da cerveja. É um fungo unicelular responsável
por transformar os açúcares presentes no mosto em álcool e dióxido de
carbono, dando origem à bebida alcoólica que conhecemos como
cerveja.
2. Levedura Lager (Saccharomyces pastorianus): é uma variedade de
levedura que é usada na produção de cervejas lager. Esta levedura

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funciona a temperaturas mais baixas do que a levedura de cerveja, o
que resulta em cervejas mais suaves com menos sabor de levedura.
3. Bactérias lácticas: são utilizadas na produção de cervejas ácidas.
Estas bactérias transformam açúcares em ácido láctico, o que resulta
em cervejas com sabor azedo ou ácido.
4. Fungos silvestres: também conhecidos como leveduras e bactérias
silvestres, são microrganismos que não são encontrados naturalmente
em nenhum ambiente e que podem ser utilizados na produção de
cervejas com sabores e aromas únicos e complexos, como as cervejas
Lambic.

Estes são alguns dos microrganismos mais comuns utilizados na


produção de cerveja, mas existem outros tipos de leveduras, bactérias e fungos
que podem ser usados para dar origem a cervejas com características
específicas.

BIOPESTICIDAS
Os biopesticidas, são um tipo de pesticidas orgânicos que contém
fórmulas cujos ingredientes ativos se baseiam em fungos e bactérias. A sua
aplicação apresenta a vantagem de ter um risco reduzido para o meio ambiente
tornando-o mais sustentável. Os biopesticidas caracterizam-se por serem
benéficos pois estão associados a estes uma série de vantagens como por
exemplo o facto de não possuirem classificação toxicológica além de que têm
um impacto muito pouco significativo sobre organismos benéficos. Por essa
razão não deixam resíduos perigosos nas culturas onde são aplicados nem
causam resistência nas populações de insetos e outras pragas.  Para quem
pretende produzir em modo de Gestão Integrada de Pragas e Agricultura
Biológica, os bio-pesticidas são amplamente indicados. (Rosa, 2018)

OS BIOPESTICIDAS COMO UMA ALTERNATIVA VIÁVEL AOS PESTICIDAS


QUÍMICOS
Os biopesticidas surgiram como uma alternativa viável aos pesticidas
químicos,que podem ter repercussões extremamente nefastas para o
ambiente, nomeadamente devido à contaminação dos lençóis freáticos e solo
podendo afectar a saúde pública.

Três principais grupos de biopesticidas:

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 Biopesticidas microbianos;

 Proteínas incorporadas nas plantas(pips);

 Controlo biológico.

A UTILIZAÇÃO DO BACILLUS THURINGIENSIS COMO BIOPESTICIDA


MICROBIANO
Atualmente centenas de espécies de fungos e dezenas de espécies de
bactérias que são produzidas e vendidas em todo o mundo como biopesticidas,
auxiliando na protecção de culturas contra diferentes tipos de pragas de
insectos. Os mais amplamente utilizados são as subespécies da
bactéria Bacillus thuringiensis, que têm despertado um grande interesse face
ao grave problema de poluição ambiental que tem sido verificado em todo o
mundo. No mercado de biopesticidas atual, existem mais de 40 produtos
baseados na Bt disponíveis globalmente para o controlo de larvas, besouros e
mosquitos, que no seu conjunto perfazem cerca de 1% da totalidade de todos
os insecticidas vendidos. (Silveira, 2022)

RELAÇÃO DA PRODUÇÃO DA CERVEJA E DOS BIOINSECTICIDAS


Os nos últimos anos, tem-se observado uma crescente preocupação
com a sustentabilidade na produção de cerveja, e a utilização de bio-inseticidas
pode ser uma alternativa viável e ecologicamente correta para controlar pragas
e doenças na produção de cerveja. Os bio-inseticidas são produtos formulados
a partir de micro-organismos ou extratos de plantas que são capazes de
controlar pragas e doenças sem causar danos ao meio ambiente e à saúde
humana. (Silveira, 2022)

A utilização desses produtos na produção de cerveja pode reduzir o uso


de produtos químicos nocivos ao meio ambiente e promover uma produção
mais sustentável. Além disso, a utilização de bio-inseticidas pode resultar em
uma melhoria na qualidade dos produtos, pois esses produtos são menos
tóxicos e mais seletivos, o que significa que não afetam outras espécies
benéficas, como abelhas e outros polinizadores.Nesta perspectiva, este texto
irá explorar mais a fundo a produção de cerveja e a utilização de bio-inseticidas

16
como uma alternativa sustentável na produção. (JUNIOR & NOGUEIRA, 2020),
Serão discutidos os processos de produção de cerveja, os desafios
enfrentados pelos produtores, bem como os processos de produção de bio-
inseticidas e sua aplicação na produção de cerveja. Além disso, também serão
abordadas as vantagens e desvantagens da utilização de bio-inseticidas e as
perspectivas para o futuro da produção de cerveja sustentável.

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CONCLUSÃO
Depois de uma breve reflexão sobre o tema concluímos que, a produção
de cerveja é uma atividade que envolve diversos processos, desde a seleção e
preparação dos ingredientes até a fermentação e armazenamento da bebida;
Os biopesticidas, são um tipo de pesticidas orgânicos que contém fórmulas
cujos ingredientes ativos se baseiam em fungos e bactérias. A sua aplicação
apresenta a vantagem de ter um risco reduzido para o meio ambiente
tornando-o mais sustentável. Atualmente centenas de espécies de
fungos e dezenas de espécies de bactérias que são produzidas e vendidas em
todo o mundo como biopesticidas, auxiliando na protecção de culturas contra
diferentes tipos de pragas de insectos.

18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Amaro A. D. Junior, A. G. (04 de JULHO de 2009 ). rocesso de Produção


de Cerveja. p. 62.
https://www.researchgate.net/publication/291956231_Processo_de_Prod
ucao_de_Cerveja
 cervejapetra. (05 de 05 de 20223). PRODUÇÃO DE CERVEJA. Malte
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