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RESISTÊNCIA
TEXTO: CAP. 08 – TRANSFERÊNCIA
(ZIRMERMAN)

Prof. Ma. Camila Alencar Pereira


professoracamilaalencar@gmail.com
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COMO SURGIU A IDEIA DE


RESISTÊNCIA ?

Surge nas suas primeiras pacientes


histéricas – trazer a tona as lembranças
“esquecidas”;
 Método da coerção associativa – pressão na
testa – tentativa de conseguir recordação e a
verbalização dos conflitos passados;
 1893 – Elisabeth Von R. – Freud faz uso pela
primeira vez do termo “resistência”: como
um obstáculo à análise;
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COMO SURGIU A IDEIA DE


RESISTÊNCIA ?

 A resistência como algo necessário:

Dificilmente se leva mais de um dia e uma


noite para ir de Berlim a Verdun de trem. Mas
o exército alemão teve que levar vários meses
para fazer a viagem porque haviam divisões
francesas que tornavam a marcha
consideravelmente mais lenta.
1º Guerra Mundial – Ilustração de Freud
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COMO SURGIU A IDEIA DE


RESISTÊNCIA?

 Em 1900 (A Interpretação dos sonhos):


A censura está para os sonhos assim como
as resistências estão para a associação livre.
“Tudo que interrompe o progresso do
trabalho psicanalítico é uma resistência”;
 Aos poucos Freud dar-se conta que o
processo de análise é permeado por
resistências;
 Em 1926 (Inibição, sintoma e angústia) 
descreve 5 tipos e 3 fontes das resistências
5 TIPOS DE RESISTÊNCIA
PROPOSTA POR FREUD EM
1926:
Resistência da • repressão feita pelo ego contra toda
repressão percepção que cause sofrimento

Resistência da • resistência contra o aparecimento de uma


transferência transferência “negativa” ou “sexual”;

Resistência de ganho • os benefícios trazidos pela própria


secundário “doença” que impede mudança;

Resistências • ligadas a compulsão a repetição,


provindas do Id impedindo de mudanças

Resistências oriundas • provem dos sentimentos de culpa exigindo


do superego punições;
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COMO SURGIU A IDEIA DE


RESISTÊNCIA?

 Em 1937 (Análise Terminável e Interminável)


 formula novas ideias:
Resistências Provindas do ego contra o próprio ego: o
ego considera a própria cura contra um novo perigo;
Reação terapêutica negativa: aderindo ao instinto de
morte – resistência contra a revelação da resistência;
 Portanto:
E
V Resistência enquanto unicamente um obstáculo.
O
L
U
Ç Representações fieis a forma como indivíduo se defende
Â
O e resiste no cotidiano de sua vida.
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O QUE É RESISTÊNCIA

Resultante de forças
dentro do processo
analítico, que se opõem
ao analista, ou aos
processos e
procedimentos da análise
– obstruindo nas funções
do recordar, associa e
elaborar, bem como no
desejo de mudar;
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NA PRÁTICA ANALÍTICA

 As resistências tanto podem ser conscientes quanto


inconscientes, mas sempre provém do ego – expressas
em sentimentos, palavras, ideias, somatizações;
 Faltas, atrasos, intelectualizações, esquecimentos,
sonolência, actings excessivos são exemplos de
resistência;
 Pode vir como ataques do analisando ao analista
(confundido o analista) – o analista deve transformar de
egossintônicas em egodistônicas – exemplo:
Paciente: “acho que o Sr não está entendendo nada que estou
falando...”
Analista: “... será que não estou entendendo ou você está me
fazendo não entender?”
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NA PRÁTICA ANALÍTICA

 Forma sistemática de sintetizar  Critério


de finalidades:
resistência contra regressão;
contra renuncia às ilusões;
contra as mudanças verdadeiras (resistência a sair de
suas soluções adaptativas);
contra vergonha, culpa – colapso narcisista;
contra elaboração da dor da posição depressiva;
Outra forma de classificar  Pontos de
fixações patológicas que lhes deram origem:
Natureza narcisistas, esquizoparanóides, maníacas,
fóbicas;
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NA PRÁTICA ANALÍTICA

Resistência narcisista: contra qualquer


mudança psíquica verdadeira:
 Defesas narcisistas de natureza psicótica: onipotência,
onisciência, a prepotência, a confusão entre o que
verdade e ilusão, maciça negação da dependência;
São paciente muito regredidos: buscando
garantir sobrevivência psiquica, dentro do
outro ou fugindo do outro – na clínica
entende-se o outro o analista;
Ex.: aquele paciente que quando sabe das férias de
seu analista ele fala que: se eu estiver vivo eu volto;
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NA PRÁTICA ANALÍTICA

 Pacientes que resistem em demonstrar


emoções:
Pacientes que tiveram mães que supriram de cuidados
materiais, mas pouco afeto;
Como tentativa de alívio de angústia recorrem a
compras, roupas, jóias, etc...
É comum esses pacientes na clínica
parecerem resistentes a mudança devido ao
medo de vivenciar as experiências dolorosas
de estar sem o “afeto” da mãe e estão:
sobrevivendo para não viver!
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NA PRÁTICA ANALÍTICA

A pior forma de resistência  estado mental


de desistência do analisando.
são pacientes muito regredidos onde a necessidade
precede o desejo;
Paciente nada mais espera da análise e da vida;
sentimento de futilidade e uma desistência de desejar
e de ser;
acompanha um sentimento de indiferença, que
geralmente reproduz o que ele sempre pensou sobre
as relações com outros;
suicidas em potencial;
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NA PRÁTICA ANALÍTICA

 As resistências sadias atendem a tentativa da


existência, por outro lado, existem a de
desistências de des - esperança;
Resistência para o
fim de não mudar!

 É comum em adolescentes
e é preciso discernir:

Resistência, como estado de “resiliência”, polemizando,


contestando, para poder se escutar e avançar na vida!
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NO SETTING

 Contra a necessária manutenção do setting;


 meias-verdades;
 enigmas;
 mensagens ambíguas
Toda resistência é uma forma de
transferência  o analista deve decodificar
os significados;
Resistência  excelente instrumento para
entender como o ego equipou-se para
enfrentar as vicissitudes da vida;
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NA ATIVIDADE
INTERPRETATIVA
Interpretação do analista (corretas) podem ser
ineficazes devido a possibilidade de resistências por
“entender”:
 os distúrbios da comunicação;
 os ataques aos vínculos perceptivos;
Existem pacientes que agem como supervisores de
seus analistas: fala de forma enigmática;
Bion  Ataques ao analista que está compreendendo e
revelando o intimo do paciente – advém da parte
psicótica da personalidade (a resistência);
Bion  Reversão da perspectiva:
perpassa pela incapacidade de pensar desses pacientes;
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NA ELABORAÇÃO

Indicador de resistência  fluxo continuado e


crescente de insight, sem mudanças na vida
real;
 Pseudocolaboradores – caracterologia
narcisista defensiva;
pacientes que tem uma forma de comunicação como
acting out. Destinados a serem pseudocolaboradores para
manter o analista longe das partes infantis do seu self;
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NA ELABORAÇÃO

O impasse – situação suficientemente


duradoura, no qual os objetivos do trabalho
analítico parecem não atingíveis:
estagnação – aparente bom andamento da analise, mas
está dando voltas no mesmo lugar;
paralisação – o analisando não sabe o que dizer, o analista
sente-se em impotência e no par analítico cresce
sentimento de esterelidade - Reação terapêutica negativa;
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REAÇÃO TERAPÊUTICA
NEGATIVA
Surge no curso da análise, quando o paciente
está fazendo sensíveis progressos e quando ele
começa a piorar.
Causas:
Insuportáveis culpas – triunfo edípico;
Os contatos com os sentimentos de depressão;
Um ataque invejoso ao analista – aparentemente a sua “melhora” deve-
se ao analista;
Importante diferenciar  Relação Terapêutica
Negativa X Reação Terapêutica Negativa;
Na relação o terapeuta terá que revisar sua conduta analítica que
pode estar sendo inadequada.
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CONTRA-RESISTÊNCIA

 Como o processo analítico é dialético, é


possível que também haja uma contra-
resistência, advinda do analista e analisada
dentro do campo analítico.
OBRIGADA!

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