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Acontecimento Estado de
inesperado Tentativa Solução
Desorganização
Adaptação
saudável
ou patológica
Critérios para Tomada de Decisões
Monterio (1994)
Crises normativas
condições críticas que acompanham os conflitos típicos dos oito estágios do
desenvolvimento humano. Um dos méritos de Erickson foi enfatizar a crise como ponto
crucial de desenvolvimento e amadurecimento sem, contudo, desprezar seu potencial de
alterar o status quo (equilíbrio) do psiquismo.
Crises acidentais
Crise como possibilidade de ruptura do mecanismo psíquico
(“Não é necessária para o desenvolvimento”)
CRISE
A evolução da crise pode ser benéfica Mas a crise é vista, de igual modo,
ou maléfica, dependendo de fatores como uma ocasião de crescimento.
que podem ser tanto externos, como
internos. A evolução favorável de uma crise,
Toda a crise conduz necessariamente a conduz a um crescimento, à criação de
um aumento da vulnerabildiade, mas novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e
nem toda a crise é necessariamente um da sua capacidade de reacção a situações
momento de risco. menos agradáveis.
Pode, eventualmente, evoluir
Assim, a crise evolui no sentido da
negativamente quando os recursos
pessoais estão diminuidos e a regressão, quando a pessoa não a
intensidade do estresse vivenciado consegue ultrapassar, ou no sentido do
pela pessoa ultrapassa a sua desenvolvimento, quando a crise é
capacidade de adaptação e de reação. favoravelmente vivida.
Fatores de Risco e de Equilíbrio
1. Faça uma imersão na sua vida e procure, diante de tantas crises que
julga que viveu, aquela que mais lhe mobilizou.
2. Em seguida, escreva frases, palavras sobre porque esta crise foi mais
importante.
3. Não censure...
4. Apenas sinta, e escreva...
5. Do que escrever, selecione o que é possível de compartilhar com
todo(a)s, se tudo não puder ser compartilhado.
6. Mas registre, reflita, compartilhe se julgar possível
Resumo
Stress e trauma faz com que o "alarme sonoro“ fica mais denso e maior,
enquanto o hipotálamo 'amortecedor' fica menor.
Há sinais que indicam que este dano está ocorrendo e estes devem ser
levadas em conta seriamente.
Um comportamento resiliente pode ajudar a proteger o cérebro.
As três áreas principais para promover a resiliência são: apoio social,
auto eficácia no que diz respeito do processamento emocional,
capacidade de resolver problemas, exercício físico, e criar um
sentimento de significado e propósito.
CRISE DA RELIGIOSIDADE
Em ambos os casos, esta “crise da
Estudos sobre a psicopatologia da depressão religiosidade” estaria contribuindo para a
mostram que a crença e a prática da religião crise da saúde mental que aflige o
podem reduzir a manifestação desta doença Ocidente, em que “o progressivo
(Shumaker, 2001). O assustador aumento desligamento dos seres humanos da
desta patologia nas últimas décadas estaria, totalidade, de uma visão cosmológica, já
em parte, ligado ao desenvolvimento de uma vinha sendo identificado desde a Idade
mentalidade autônoma, ligada a uma forma Média, com práticas de isolamento e
de individualismo onde o homem é o centro preocupação por si” (Silva 1999, p.8).
do mundo (Moreira, 2001 e 2002). Por outro Ou seja, o aumento da incidência de
lado, se pode perceber uma “crise da algumas manifestações
religiosidade”, seja pela extinção da fé em psicopatológicas estaria vinculado ao
alguns países de Primeiro Mundo, decréscimo da religiosidade
analisada anteriormente, seja pela (Schumaker, 2001) ou aos seus usos e
exacerbação de distintas formas de fé. abusos, como se pode observar no
Brasil de hoje em alguns segmentos
CRISE DA RELIGIOSIDADE
O adoecimento tem na ausência de religiosidade ou na
A ‘religiosidade’ no Brasil é, sua exacerbação não o sintoma, mas a possibilidade
sem dúvida, um campo mesma de sua emergência. Não ser (ou não se deixar
vastíssimo para estudos ser) afetado pelo outro – o desafeto (Moreira & Freire,
antropológicos, sociológicos, 2003) leva à depressão bem como a outros transtornos
psicológicos e, psíquicos.
principalmente, Não se trata aqui de não crer em um Deus, mas de ter
psicopatológicos, dado que perdido a capacidade de ir em direção ao Outro.
esta ‘religiosidade’ nos Trata-se de não ser capaz de assisti-lo na morte ou de
parece estar definitivamente dar-lhe o pão retirado da própria boca, para usarmos
amalgamada com a algumas formulações levinasianas. O humanismo ético
psicopatologia no imaginário levinasiano é caracterizado pela essa relação do
do brasileiro. homem com o outro. Toda ética levinasiana( Emmanuel
Levinas (1906-1995), filósofo francês) é fundamentada na
defesa da vida. É uma ética da responsabilidade em
O PROFISSIONAL DA SAÚDE DIANTE DA CRISE
PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO
Condições Necessárias
3) Capacidade negativa:
5) Capacidade de
Necessidade de suportar a própria ignorância.
encontrar o contrário do
Capacidade de conter as angústias do “não saber”.
medo: O amor
Necessário reconhecer as nossas vulnerabilidades
O amor é o que nos
4) Capacidade de realizar o lugar comum em condições nada comuns: faz optar por entrar em cena
Conseguir ter as melhores respostas, mesmo em condições ansiogênicas. e ajudar o paciente.
Ao optar por “entrar em cena”, pode-se ajudar a conter uma lágrima, uma
mão que acolhe...
O PROFISSIONAL DA SAÚDE DIANTE DA CRISE
PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO
“Cola invisível”: Maneira de lidar com a nossa vulnerabilidade e nos ajuda a suportar
estar naquele lugar.
A prevenção é secundária.
São acontecimento ou fatos súbitos e violentos. excedendo os recursos individuais. Elevação da tensão
psíquica. Indivíduo aciona suas respostas habituais
Morte;
para solucionar o problema.
Ameaça à integridade física;
Violência sofrida; 2ª Fase: Ineficiência das reações e
A) Aspecto Pessoal
É coerente com idade e posição social?
Modo de vestir indica hábitos de higiene?
É espalhafatoso, meticuloso ou descuidado?
Expressão facial (tranqüila/alerta/perplexo/hostil...)
Postura física (tensão/apatia/ansiedade...)
Atitude em relação ao examinador (hostil/submisso/colaborador/evasivo)
Condições prévias: contato com a equipe de saude é voluntário ou coagido por
algum superior ou famíliar? Estava doente, hospitalizado ou de licença?
Exame do Estado Psíquico
C) Linguagem e comunicação
Velocidade, volume, modulação (vivaz, monótona), curso e anormalidades no padrão, de
fala, mutismo, bloqueio (paradas intermitentes), fluxo da linguagem (premência), fuga
de ideias, perseveração (repetição continuada e anormalmente persistente na exposição
de uma ideia), ecolalia(rimar palavras ou repeti-las), neologismo (atribuição de novos
sentidos a palavras), prolixidade, distrabilidade.
Exame do Estado Psíquico
D) Estado Afetivo
Humor: normal, aumentado (euforia, otimismo, autoconfiança) ou rebaixado (tristeza,
desespero, remorso)?
Estado afetivo e pensamento e linguagem estão coerentes?
Estabilidade do humor: mudanças acentuadas?
J) Compreensão de si mesmo
O paciente percebe estar doente? Aceita ajuda? Qual a causalidade para ele do seu
estado: emocional, orgânico? Considera seu estado temporário ou permanente? Têm
planos para o futuro?
– Muitas vezes, o paciente não compreende o motivo do acompanhamento.
– Algumas vezes, o paciente não consegue nem perceber que tem algum problema. Isso é
considerado grave.
– Outras vezes, não consegue atribuir seu problema a uma causalidade psíquica.
– Necessário fazer as perguntas, pois são elas que determinaram as possibilidades do
vínculo.
REFERÊNCIAS