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O EPISÓDIO 1 – A CRISE

 A crise é um conceito longitudinal;


 A crise é um PICO de um processo maior do sofrimento psíquico;
 Crise X Urgência Psiquiátrica
 Termo medicalizante que transforma todo indivíduo em sofrimento
agudo em um diagnóstico;
 Crise é muito mais do que um sintoma; é necessário compreender para
ALÉM de um diagnóstico;
 Se considerarmos que a crise é um diagnóstico, vamos trabalhar com o
foco no tratamento, o que acaba excluindo todo o amplo sentido que
envolve uma crise;
 Não é apenas uma carga negativa, envolve muitas outras esferas;
 Se considerarmos a crise como sintoma a ser tratado, vamos atuar em
apenas aplacar o sofrimento, fazer a pessoa voltar a normalidade
 As vezes a crise é a pessoa dando um grito para se mudar e se
transformar;
 Precisamos ter uma noção ampliada da crise para NÃO aplacar a crise,
mas se modificar a partir dessa crise;
 O contexto interfere na crise;
 Hospital psiquiátrico = 46 dias
 CAPS = 10 dias
 ELEMENTOS QUE COMPÕE UMA CRISE = contexto e história de
vida / dinâmica familiar / situação socioeconômica / a história prévia de
como lida com os próprios sintomas e problemas / o uso de substâncias
psicoativas.
 O separar para tratar traz vários problemas;
 Cria sociedades intolerantes com o que é diferente. As vezes o que
enxergamos como uma crise, é apenas um fenômeno que a pessoa está
precisando viver.
 Quanto mais a sociedade é intolerante, mais coisas vão se encaixando
no conceito de crise.
 O conceito manicomial não está apenas no hospital, mas na forma da
gente compreender a crise.

EPISÓDIO 2 – É OU NÃO É?

 Na crise, é necessário perguntar antes de agir;


 As crises são contínuas, existe todo um escalonamento de sentimentos
e sintomas que compõe a crise.
 Em quanto tempo nós temos que responder a uma crise?
 Ideia de que temos que colocar as pessoas na normalidade, mas antes
de tudo, na crise é necessário COMPREENDER o que está
acontecendo antes de agir.
 O que deve ser perguntado?
 Entender o contexto / o que aconteceu, como estavam as coisas antes /
em quem essa pessoa confia / apresentar quem eu sou / coletar
informações com familiares, vizinhos / questionar sobre o histórico da
pessoa de problemas físicos e mentais / uso de substancias
psicoativas / se já teve um quadro anterior ou não;
 Os serviços precisam pensar no acolhimento da pessoa que está sendo
recebida;
 Existe uma cobrança para que as ações profissionais sejam rápidas;
 Toda instituição tem regras, mas é necessário que essas regras
dialoguem com as necessidades dos sujeitos;
 Além da história do indivíduo, é preciso olhar a história da instituição e
acompanhar de forma avaliativa o que acontece;

EPISÓDIO 3 – COMO ESCUTAR A CRISE

 A quanto tempo está assim? / Tem outra pessoa assim na família? / Se


sente descansado depois de uma noite de sono?
 A pessoa que está em crise ela quer ser escutada e não ser
questionada.
 Antes de diagnosticar, é necessário escutar.
 Por que é tão difícil escutar o outro?
 No momento que eu passar a questionar esses saberes, eu vou me abrir
um pouco mais para o saber experiencial, que é o saber do outro.
 Como é a compreensão do outro a respeito da crise que ele está
vivendo.
 A gente pode tentar procurar o sentido junto com aquele sujeito.
 Quando a pessoa percebe que acreditamos nela, essa pessoa se abre
um pouco mais para o diálogo.
 CONSCIÊNCIA = a pessoa está sonolenta? / Seu nível de consciência é
o grau que a pessoa está DESPERTA / sabe seu nome? / Sabe onde
está? / Sabe onde mora? / Orientação no espaço/tempo.

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