SHIRLEY PRECILIANA DE OLIVEIRA

MANUAL PRÁTICO:
A EXPERIÊNCIA DE UMA PSICÓLOGA
QUE TEVE DEPRESSÃO
 SHIRLEY PRECILIANA DE OLIVEIRA

MANUAL PRÁTICO:
A EXPERIÊNCIA DE UMA PSICÓLOGA
QUE TEVE DEPRESSÃO
Oliveira, Shirley Preciliana

MANUAL PRÁTICO SOBRE

DEPRESSÃO: A EXPERIÊNCIA DE
UMA PSICÓLOGA QUE TEVE A
DEPRESSÃO.

Participação de Carolina Oliveira

Capítulo 4. Depoimento
São Paulo, 2021
recurso digital
 Agradecimentos
A Deus por tudo!
Aos meus filhos!
À minha mãe e todos os meus familiares!
Aos profissionais e estudantes das escolas em que
trabalho!
Aos amigos de todas as áreas da minha vida!
Aos profissionais de Saúde que muito contribuíram com
o meu tratamento: Marco A. Bortoletto (Psicólogo),
Maria do Céu (Psicóloga), Luciano (Fisioterapeuta) e
médicos que me atenderam.
Professores e alunos do UNASP.
Ao curso de Constelação Familiar do Diogo Hudson e
seus participantes, a Paula e Andrea do Instituto Hero e
participantes da Tropa de Elite, que me deram uma nova
oportunidade!
E ao Amor Exigente que contribuiu para uma Vida Nova!

Aos Apoiadores Gratidão:

Carolina Oliveira (@caolive) Capítulo 4 Depoimento:
Estudante de Veterinária
Bianca @bdguedes013 Designer
Euzinaide (@psicoesaudez) Prefácio e Organização –
Psicologia Estratégica
Márcia C. Costa (@marcia.chiappim) Projeto ANIMA -
Arterapeuta
Maria P. D. Oliveira (@artespepita) Criação da Capa –
Terapeuta Holística
Matheus L. – Ilustração da Capa
 Prefácio
Seja bem vindo (a)!

Esse material tem vários objetivos, entre eles

compartilhar a história pessoal da autora Shirley com a
depressão, conscientizar pessoas que sofrem com a
doença, levar a informação de uma forma simplificada a
quem nunca conviveu ou tem conhecimento sobre a
mesma e também ajudar pessoas que lidam com amigos,
parentes ou conhecidos que tem depressão.
O conteúdo foi construído a partir da vivência dela com
o adoecimento, unido ao conhecimento profissional na
área da saúde mental e referências de qualidade,ela
buscou montar esse e-book com informações que
considero principais a respeito do tema, para entregá-lo
a você de forma gratuita.
Quero agradecer a você e espero que tenha uma leitura
agradável. E que com o objetivo deste material seja
possível transmitir o conhecimento inicial necessário a
respeito da depressão e estimular quem precisa a buscar
ajuda. Deixo como sugestão que você compartilhe para
que mais pessoas sejam alcançadas e tomem
conhecimento sobre esse tema que necessitamos falar a
respeito, e se você ainda não conhece o serviço do
profissional de saúde mental, se dê a oportunidade de
cuidar desse pilar tão importante. O tema saúde mental
carrega muitas ideias distorcidas que foram construídas
ao longo da história.
Uma delas é a de associar saúde mental ao contexto da
doença, loucura.
E queremos desconstruir essa ideia já de início, saúde
mental envolve melhorar o bem estar e qualidade de
vida, e se você tem esse desejo, nos procure para
maiores esclarecimentos.
Se permita um atendimento clínico individualizado, é um
momento incrível e único, onde você, melhor do que
ninguém irá recriar a sua história de forma verbal na
presença de um profissional especializado em escuta,
para que juntos possamos, ressignificar, entender ou
relembrar momentos diversos da sua vida.
Venha conhecer também sobre nossos projetos em
andamento, entre eles, grupos terapêuticos, meditativos
e outros, alguns gratuitos e outros particulares.
Os nossos contatos estão disponíveis na página 20, salve
em seu celular e agenda, pode enviar uma mensagem
contando sobre sua experiência com a depressão ou nos
dar um feedback sobre o esse material, ficaríamos
lisonjeadas, também quando precisar de um psicólogo,
seja para você ou para indicar, já tem um contato seguro.
E agora te convido para ler informações técnicas a
respeito do tema depressão, dentro de uma perspectiva
de uma profissional que já passou pela experiência e visa
ajudar pessoas a mudarem esse cenário. Até breve!

Euzinaide Braga
 Índice
Reflexão inicial ............................................................ pág. 01
Capítulo 01.
Por que resolvi escrever este manual?....................pág. 02
Capítulo 02.
Minha História......................................................pág. 03 e 04
Mensagem .................................................................... pág. 05
Capítulo 03.
O que antecede ao tratamento?......................pág. 06 a 08
Capítulo 04.
Depoimento de uma jovem.......................................pág. 09
Capítulo 05.
A busca por tratamento........................................pág. 10 e 11
Capítulo 06.
Um breve relato: o que eu preciso saber.................pág. 12
Capítulo 07.
Identidade........................................................................pág. 13
Capítulo 08.
A importância da rede de apoio.........................pág. 14 a 19
Capítulo 09.
Contatos profissional da psicologia ........................pág. 20
Capítulo 10.
Referências Biográfica.................................................pág. 21
Já parou para pensar o quanto é difícil
para uma mãe (ou pai) doente com
depressão trabalhar e cuidar de sua
família?

01
 Capítulo 1:
Por que resolvi escrever este Manual?

Após quase oito anos de tratamento para depressão,

senti a vontade de escrever algo sobre o assunto.
Primeiro para que a escrita pudesse contribuir com as
pessoas que passam ou irão passar pelo mesmo
processo. Segundo porque a escrita nos ajuda a
organizar ideias, buscar informações importantes e
direcionar para caminhos mais saudáveis e possíveis.
Esse manual tem o objetivo de orientar, dialogar,
esclarecer e incentivar a comunicação sobre um assunto
tão próximo de nós, porque hoje somos o 5º (quinto) país
com as pessoas sofrendo de depressão e o 1º (primeiro)
em ansiedade segundo a OMS.
Sendo assim, é de suma importância esse diálogo e
busca de apoio e soluções. Quanto mais informações,
mais apoio e menos preconceito e desconhecimento,
maior é a contribuição para o tratamento de pessoas que
estão passando por esta doença.
O manual tem também o objetivo de suscitar a reflexão e
o diálogo sobre o assunto, orientando e buscando
soluções. No entanto, terá poucas páginas, no intuito de
não cansar a leitura e possibilitar uma rápida absorção
do conteúdo para que ele seja útil.
Não tem a intenção de direcionar para uma ou outra
abordagem dentro da psicologia, mas para contribuir na
identificação do paciente com uma rede de apoio, que é
necessária para um tratamento adequado para cada
pessoa, com sua história de vida, suas características
pessoais e ambientais e a fase em que está vivendo.

02
 Capítulo 2:
Minha história

Sou Shirley Preciliana de Oliveira, tenho 55 anos. Fui

casada 22 anos com Edval. Sou mãe de 2 filhos, Tiago e
Giovana, tenho 1 neto Bernardo filho de Tiago e Andrea.
Somos em 7 filhos, 1 falecido. Sou filha de Antonio P.
Oliveira (in memoriam) e Luzia M. Oliveira.
Sou formada em Letras: Português e Inglês pela
Universidade Ibirapuera e sou Bacharela em Psicologia
pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo.
Também tenho pós-graduação em Língua Inglesa,
Redefor, UNESP.
Ao longo dos últimos tempos eu venho ajudando pessoas
a recuperar a autoestima e a se fortalecer diante dos
conflitos e problemas diários. Digo isso, porque após
passar por uma doença, a depressão, me recuperei e
fortaleci meus recursos internos, aceitando-me e
aumentando minha autoconfiança.

Os três melhores resultados

Assim pude cuidar melhor dos meus filhos com mais
autonomia. Recuperei a autoestima no campo
profissional, pois terminei minha segunda graduação em
Psicologia, a primeira foi Letra, de português e inglês. E
apesar de ter pensado em desistir da psicologia dei a
volta por cima e percebi o quanto gostava desta
profissão e poderia ajudar pessoas que passam pela
mesma situação.

03
Mas nem sempre foi assim, cheguei a perder a confiança
nas pessoas, com sentimento de incapacidade e perdi a
autoconfiança.

Três momentos difíceis

Tinha medo de sair de casa e ficar em lugares com
muitas pessoas, tinha medo da violência e de conflitos
até do dia a dia e fui desistindo de tudo.

Fundo do poço e tomada de

decisão
Sentia uma dificuldade imensa em continuar como
professora e psicóloga, sentindo-me incapaz. Os
profissionais da educação das escolas em que trabalho
contribuíram muito para a busca do tratamento e
durante o processo de psicoterapia (CEU EMEF Feitiço
da Vila e EE Sebastiao Moraes Cardoso). Após Sebastião
de Moraes Cardoso e com o apoio do grupo Amor
Exigente, que me incentivaram a buscar a psicoterapia. E
a partir daí, após o Curso de Constelação Familiar (EH1 –
Diogo Hudson) percebi que eu tinha muita experiência
de vida, capacidade de resiliência, passei por muitas
dificuldades em minha vida e passei a me aceitar e
aceitar a minha história, porque ela me fortaleceu. Pude
superar muitas dificuldades e assim poderia também
ajudar muitas pessoas. Isso por meio do
autoconhecimento, fortalecimento da autoestima,
aceitação, mindfulness e técnicas da psicoterapia e
também da espiritualidade.
04
“Antes que os outros nos aceitem, nós é
que precisamos nos aceitar e aceitar a
nossa história.”

Shirley P. Oliveira

05
 Capítulo 3:
O que antecede ao tratamento

Você sabia que a depressão é uma doença e que precisa

de tratamento?
Em muitos casos a pessoa não percebe e não sabe que
está com depressão. Tem uma vida sem sentido e de
sofrimento interno, que por consequência, seu
comportamento externo e suas relações são afetados.
Não consegue identificar com clareza o que está sentido,
pode ser um vazio, uma falta de sentido, uma dificuldade
financeira ou profissional, dificuldades nos
relacionamentos, falta de energia para viver, lutar e
resolver os conflitos diários e muitas vezes ideias
suicidas.
Esses sintomas, muitas vezes, são confundidos por
familiares e amigos e pessoas conhecidas, como sinais
de desinteresse, falta de vontade, falta de fé e/ou
preguiça e falta de ânimo, como se fosse somente uma
escolha da pessoa em querer ficar ou não, sem
aprofundamento nas questões emocionais e em
questões que possam interferir nestes comportamentos.
Essa falta de conhecimento pode levar ao preconceito e
julgamento, tanto do próprio doente, como de outras
pessoas.
Por isso, ficar atento aos sinais é importante, por
exemplo: “Tem alguma coisa errada comigo”, “Por que
não tenho ânimo para fazer as minhas atividades?”, “Por
que estou sentindo um vazio?”. Além de outros
pensamentos que podem nos fazer compreender que
necessitamos de ajuda.

06
 A falta de confiança nas pessoas também é um sinal de
que algo não está bem e que pode estar acontecendo
algo conosco e que não estamos conseguindo enxergar
ou compreender o que está se passando em nosso
mundo interior.
Outro fato importante é que passamos a depender de
uma pessoa, ou mais. Geralmente de uma pessoa e
passamos a só conseguir realizar nossas tarefas, caso
esta pessoa ou nos oriente ou esteja próximo de nós. É
uma dependência emocional que impossibilita a realizar
algo sem esta pessoa.
Como esses quadros são muito dolorosos e muitas vezes
incompreensíveis por parte do paciente e de seus
familiares, passamos a ter comportamentos de fuga, que
podem ser religiosos, esporte, filmes e outras
dependências. São buscas de alívio e de momentos em
que possamos nos sentir bem e voltar a pensar: “acho
que melhorei”. Só que, passado esses momentos de
prazer e alívio, os pensamentos, as emoções,
sentimentos e desânimo voltam novamente. O choro é
muito frequente e o sentimento de impotência diante da
situação também.

07
 O que fazer?
Buscar ajuda, conversar com alguém que possa nos
orientar e nos ajudar a buscar ajuda. Algumas vezes
teremos que levar a pessoa, pois ela não terá ânimo nem
para ir ao médico.

Aos familiares e amigos: O que

não dizer.
Não falar que é: frescura, preguiça, falta de fé, falta de
esforço, etc. Isso piora o quadro de sintomas da pessoa
que está passando por depressão, pois é uma doença
que pode incapacitar a pessoa a realizar tarefas diárias,
até a higiene pessoal. Em alguns dias, eu não tinha ânimo
nem para tomar banho. (1)

08
 Capítulo 4:
Depoimento de uma jovem

Meu nome é Carolina, eu tenho 23 anos, faço Medicina

Veterinária, e eu fui uma vítima da depressão. Tudo
começou no colegial, eu não sabia bem o porquê, não
sentia mais vontade de ir para a aula, nem conseguir
fazer as atividades mais simples, não sentia vontade de
levantar da cama, tinha muitas crises de choro, não tinha
vontade de viver, pensei em desistir várias vezes e
achava que não tinha uma saída para mim.
O primeiro passo foi aceitar que eu precisava de ajuda, o
que eu mais relutei foi a psiquiatria, por medo confesso,
mas depois que comecei o tratamento eu me senti tão
viva, que eu só conseguia pensar porque eu não comecei
antes, porque eu perdi tanto tempo para procurar essa
ajuda.
Foi graças a terapia e a psiquiatria que eu voltei a ser
quem eu era, que eu voltei a ter vontade de viver,
descobri também como a dança me mantém viva, como
ela me dá autoestima, como ela me ajudou a ter amor
próprio e me aceitar, e hoje eu sou grata a todos que me
ajudaram, hoje eu consigo me aceitar, me amar em
primeiro lugar e eu sou muito feliz e tudo isso só me
mostrou o quanto eu sou forte e que dá sim para vencer
a depressão.

09
 Capítulo 5:
A busca por tratamento

Primeiramente, o cliente poderá buscar o médico, o

psicólogo e o médico psiquiatra. O psiquiatra e o
psicólogo poderão realizar o atendimento e fazer o
diagnóstico, caso necessite.
É muito importante ter uma rede de apoio tanto de
profissionais de saúde como nutricionistas,
fisioterapeutas, profissionais da educação física,
naturalistas entre outros. E também apoio de familiares,
amigos e colegas de trabalho. No meu caso eu tive muita
ajuda das pessoas com quem trabalho, dos meus amigos
e familiares.
Existem tratamentos para a depressão, é preciso buscar
esses tratamentos e realizar a psicoterapia. A depressão
tem causas fisiológicas, ambientais, sociais, individuais e
emocionais. O diagnóstico, tratamento e intervenções
são realizados de acordo com cada paciente.
De início o paciente pode estar em muito sofrimento,
em alguns casos, sendo necessária medicação, ou seja, o
tratamento com o psiquiatra para conseguir se
estabilizar e realizar uma psicoterapia. Todo o processo
de atendimento e passos a serem dados pelos
profissionais são estudados e verificados com o paciente
e seus familiares.
isso só me mostrou o quanto eu sou forte e que dá sim
para vencer a depressão.

10
Há também um papel importante da meditação, no
entanto, em certos momentos o paciente não
conseguirá realizar a meditação enquanto não houver
melhora no quadro de humor (tristeza, sentimentos
negativos, etc.). O sono, a alimentação e a atividade
física melhora o quadro de depressão. Porém, no início
do tratamento devido aos sintomas que podem
apresentar, como: desânimo, sono alterado, falta de
vitaminas, pensamentos negativos entre outras
situações impedem que o paciente consiga fazer
atividades físicas e meditação. Por isso, todo o processo
deve ser acompanhado e averiguado, quando incentivar
e estimular as ações necessárias para a melhora do
quadro.

“A criança que fui, chora na estrada.

Deixei-a lá, quando vim a ser quem sou.
Mas hoje que o que sou é nada.
Quero ir buscar quem fui, onde ficou.”
Fernando Pessoa

Com este propósito de melhorar e cuidar dos meus

filhos eu segui em frente.

11
 Capítulo 6:

Um breve relato: o que eu preciso saber?

Não percebia que estava tão doente, não percebia a

depressão, sabia que havia algo errado e não sabia o quê.
Somente quando familiares e amigos do trabalho me
questionaram “Você precisa de ajuda, porque não marca
com um psicólogo”? Então iniciei a psicoterapia e
percebi que o que me fazia a não procurar o tratamento
eram crenças e desconhecimento da profissão de
psicologia e preconceitos que fui adquirindo durante a
minha vida. Logo que iniciei o tratamento pensei “Por
que eu não vim antes”. Desta forma, sempre é tempo
para se descobrir, amar-se e cuidar de si mesmo.
Eu fui buscar ajuda aos 46 anos, no entanto, estava
sofrendo há anos. Não entendia porque exatamente,
quais eram as raízes da depressão. Somente após fazer a
psicoterapia pude fazer um trabalho de
autoconhecimento, auto aceitação e mudanças em
minha vida que foram necessárias para melhorar minha
qualidade de vida.

12
 Capítulo 7:
Identidade

A busca da identidade é um processo de

autoconhecimento. É o grande passo rumo ao
fortalecimento dos nossos recursos internos.
O quanto você se conhece e se percebe? Quais são suas
qualidades, o que sabe sobre sua história de vida, o que
ouviu dizer sobre você e o que você pensa sobre você?
Foi buscando a mim mesma que me descobri poeta. E
você o que gosta de fazer?

Descobrir-se poeta
É uma questão de identidade
Uma busca constante
Até que se chegue a verdade.
Como começar a escrever?
Sentindo, pesquisando, lendo e vivendo.
O poema não é senão a vida e aqueles que
a vivem.
Escrever uma necessidade, uma profissão
e antes de qualquer coisa,
Uma ação!
A cada palavra, uma descoberta.
A cada frase uma reflexão.
Somos razão e ao mesmo tempo emoção!

Shirley P. Oliveira

13
 Capítulo 8:

A importância da rede de apoio e da qualidade de

vida

“Na maioria das vezes, você não precisa

de um novo caminho, mas de uma nova
forma de caminhar.”

Bert Hellinger

Rede de apoio:
psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta, médico,
enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem
naturopatia, Coaches, educador físico, nutricionistas,
familiares, amigos, colegas de trabalho e
Espiritualidade.Mas nem sempre foi assim, cheguei a
perder a confiança nas pessoas, com sentimento de
incapacidade e perdi a autoconfiança.

Onde buscar?
Existem serviços particulares, convênios, serviços
públicos (SUS) e voluntários.

14
 Qualidade de vida:
A melhora da qualidade de vida se dá durante o processo
de tratamento e mudanças que se fazem necessárias na
rotina diária.
Mas nem sempre foi assim, cheguei a perder a confiança
nas pessoas, com sentimento de incapacidade e perdi a
autoconfiança.

Atividades físicas:
São extremamente necessárias, pois uma parte da
depressão é a falta de atividades físicas e o fato de ser
uma doença também emocional impede a pessoa de
sentir ânimo para realizar atividades, caminhadas etc. Ao
sentir uma melhora, fazendo atividades físicas pode-se
perceber aumento de serotonina que estimula a
sensação de prazer.

Alimentação saudável:
é também um passo importante, no entanto o tratamento
para melhorar a ansiedade e os desequilíbrios hormonais
precisa ser realizados juntos, para que se consiga uma
mudança de hábitos, ou seja, pensamentos, sentimentos,
emoções e comportamentos.

Água:
imprescindível tomar água, nosso organismo não
sobrevive sem água.

15
 Lazer:
sentir prazer de cuidar de si, descansar e estar em
companhia de pessoas que são importantes para nós, é
fundamental para a melhora na nossa qualidade de vida.

Sono:
o sono interfere e muito, deitar, se possível às 22h:00,
descansar proporciona ao corpo a energia necessária
para refazer a nossa saúde física e mental.

Trabalho:
o trabalho é importante na melhora e recuperação. Dá-
nos a sensação de prazer, convivência, resolução de
conflitos, interação e aprendizagem, além de pagar as
contas e faz com que nos sintamos bem.

Família:
não importa com quem moramos, o importante é ter a
função de família de cuidado uns com os outros. Quando
não temos uma família próxima é importante buscar
grupos de apoio.

Amigos:
a empatia é uma habilidade aprendida, importar-se com
o outro é importar-se conosco também. Os amigos
fortalecem os nossos vínculos e nos dá esperança.

16
 Espiritualidade:
não importa a religião, a espiritualidade está relacionada
com o que acredito, com a esperança e atitudes, com
valores e com sentimentos que nos fortalecem
internamente. Considerando os valores e crenças de
cada um. No entanto, é preciso buscar ajuda médica
também, porque a depressão é uma doença e precisa de
tratamento.

Mindfulness e Meditação:
praticada diariamente ou algumas vezes na semana
contribui muito para a melhora de diversas doenças. Faz
com que fiquemos no presente, com enfoque em nosso
corpo, mente e realidade, ajuda-nos a ficar no agora com
mais consciência e menos medo. (2)

Respiração:
muitas vezes não conhecemos nosso corpo, não
sabemos respirar de forma adequada, por isso é preciso
treinar e respirar para oxigenar o cérebro e distribuir
para o corpo a energia necessária para nos sentirmos
melhor.

Psicoterapia:
atendimento por meio de técnicas e métodos científicos
em que o psicoterapeuta ajuda o cliente/paciente a
fazer um processo de autoconhecimento e trabalhar
suas forças internas para conseguir viver de uma
maneira mais autônoma e consciente de sua existência.

17
 Psicoeducação:
são orientações e ações que contribuem para que o
cliente/paciente consiga passo a passo sentir-se mais
confiante e participativo da sua própria vida,
conseguindo resolver conflitos e problemas diários.
Cada paciente/cliente tem a sua história, suas
complexidades, seus valores, informações, descobertas e
o seu tempo de autoconhecimento.

Arte:
a arterapia é uma forma de tratar por meio da arte:
música, danças e danças circulares sagradas, artes
plásticas entre outras. É uma terapia utilizada
juntamente com o tratamento por meio da rede de
apoio.

Animais:
ter animais em casa contribui bastante também em
diversas enfermidades, em outras não. Depende do
caso.

Esperança do verbo esperançar

(Mário S. Cortela) ou seja, não esperar, agir.

18
 Vai passar, busque ajuda
sempre!
Saúde - Centro de Valorização da Vida, Unidade Básica
de Saúde, Saúde da Família, CAPs, psicoterapia
individual ou em grupo, psiquiatria, naturopatia e
atividades citadas acima.

Lembrando que essa minha experiência foi antes da

pandemia. O que é importante dizer sobre a
importância da psicoterapia para esse momento difícil
que estamos passando. E todos os outros atendimentos
que citei acima.

Quer saber um pouco mais ou

buscar tratamento?

Shirley Preciliana de Oliveira – Psicóloga Clínica, atuo na

abordagem Terapia Cognitiva Comportamental (TCC)
baseada em mindfulness e aceitação (3). Essa abordagem
de trabalho esclarece sobre a interação entre crenças,
pensamentos e comportamentos que possam estar
trazendo algum prejuízo na sua vida como um todo. O
mindfulness, que é a atenção plena, refere-se à
capacidade de prestar atenção, no momento presente.

19
 Capítulo 9:

Sou Shirley Preciliana de Oliveira

Contatos

Instagram: @psico.shirley
Facebook: Shirley Preciliana
E-mail: shirleypsico06@gmail.com
Telefone: (11) 985341032

20
 Capítulo 10:

Referências Bibliográficas

1 – Abud, Dr. Marco Antonio. Canal Saúde da Mente. O

que NÃO falar a alguém com depressão. Jan/2020.

https://youtu.be/HSuvGS1-fko

2- Germer, Christopher K.; Siegel, Ronald D.; Fulton,

Paul R. Mindfulness e psicoterapia [recurso eletrônico],
tradução: Maria Cristina Gularte Monteiro; revisão
técnica: Melanie Ogliari Pereira.
– 2º ed. – Porto Alegre: Artmed, 2016.

3 - Roemer, Lizabeth; Orsillo, Susan M. A prática da

terapia cognitivo-comportamental baseada em
mindjulness e aceitação [recurso eletrônico]; tradução:
Maria Adriana Veríssimo Veronese; revisão técnica:
Armando Ribeiro das Neves Neto.
— Dados eletrônicos. — Porto Alegre: Artmed, 2010.

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