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A relação Eu-Outro - trabalho sobre dois questionários com utilidade


clínica
Ana Sofia Medina1
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Faculdade de Psicologia-Universidade de Lisboa

O relacionamento de um indivíduo com outro significativo tem sido estudado de diversas


formas e apresenta-se como algo central, quer para a compreensão da génese do
sofrimento psicológico, quer para guiar a intervenção clínica que o procura aliviar. Neste
trabalho apresentaremos a versão experimental portuguesa de duas medidas de avaliação
da relação Eu-Outro: PROQ- “The Person’s Relating to Others Questionnaire” (Birtchnell
e tal, 2004) e SOS- “The Self and Other Scale” (Dagnan et al, 2002), a primeira
emergente de um modelo interpessoal (circumplexo), a segunda fundamentada num
modelo construtivista, ambos úteis para compreender o sofrimento resultante de modos de
relação disfuncionais. São apresentadas as medidas, os respectivos dados psicométricos
portugueses, bem como a utilidade das mesmas no trabalho de investigação e de
intervenção clínica.
Palavras-chave: Relações interpessoais, Self, dificuldades relacionais

1-INTRODUÇÃO
A vida mental tem sido definida no contexto das abordagens psicanalíticas como
um conjunto dinâmico de representações afectivas (Greenberg & Mitchell, 2003), sendo
que as centrais e estruturantes do psiquismo e da personalidade do indivíduo dizem
respeito à representação da relação entre Self e Objecto. A complexidade da integração e
diferenciação das representações do Self e do Objecto têm sido enfatizadas como
critérios de diagnóstico psicodinâmico pela Psychodynamic Diagnostic Manual-task
force (2006) e têm sido alvo inúmeros estudos empíricos (ex. Kernberg, 1996, Blatt et
al, 1997, Diguer et al, 2004, entre outros).
As relações entre um Eu e um Outro Significativo (relação precoce, relação
amorosa, relação terapêutica, etc.) que acontecem ao longo do ciclo de vida, num palco
interpessoal e sistémico, são possibilitadas, mediadas e grandemente articuladas com
uma matrix dinâmica de representações internas, intersubjectivas e fantasmáticas entre
um Self e de um Objecto em diálogo e co-construção. É pela noção de objecto interno,
ou seja, pela ligação de afecto e significado de um Outro em relação com um Eu, que o
mundo psíquico de um indivíduo adquire qualidade representacional. O objecto pré-
existe ao sujeito, estabelece com ele uma ligação da qual virá a depender a

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representação que o sujeito tem do objecto e a representação que o sujeito tem de si


mesmo (Brusset, 2005). Se a génese da representação implica a relação ou ligação
afectiva, também é verdade que as representações dinâmicas internas condicionam as
relações interpessoais estabelecidas (Calabrese et al, 2005), como se torna bem nítido
nos padrões interpessoais disfuncionais apresentados por pacientes com perturbações de
personalidade (Bouchard et al, 2005).
Uma das áreas mais frequentes de queixa dos pacientes que recorrem ao
acompanhamento psicoterapêutico é a das relações interpessoais. Mas é também a
qualidade da relação (aliança terapêutica) o factor comum nas terapias que mais explica
a mudança (Lambert & Barley, 2001). As disfuncionalidade da relação que um sujeito
mantém com outros significativos dão-nos dados relevantes para compreender as
dinâmicas saudáveis e patológicas da sua vida mental (e nesse sentido vimos apresentar
dados da versão experimental portuguesa da medida de Birtchnell- The Person’s
Relating to Others Questionnaire- versão reduzida). As relações disfuncionais dos
outros face ao indivíduo criam vulnerabilidades na estruturação do Self que também
condicionam as representações internas que eles têm de si em relação com outros
significativos (e nesse sentido vimos apresentar a versão experimental portuguesa de
uma medida de Dagnan e colaboradores- The Self and Other Scale). Ambas nos
parecem ter relevância quer para a investigação, quer para o trabalho clínico, pelo que o
objectivo do presente trabalho é divulgá-las.

1.1- PROQ- The Person’s Relating to Others Questionnaire


John Birtchnell propõe um modelo explicativo das relações interpessoais,
derivado dos circumplexos da psicologia interpessoal dos anos 50 a que dá o nome de
Octógono das Relações Interpessoais (Birtchnell, 1994). Defende que os indivíduos
procuram atingir objectivos relacionais de forma a iniciar e manter estados de
relacionamento, regulando duas dimensões: poder relativo e proximidade relativa, tanto
enquanto agentes de relação, como enquanto sujeitos das acções relacionais dos outros.
O relacionamento interpessoal é considerado num espectro de 8 posições derivadas da
articulação dos eixos próximo/distante e superior/inferior, incluindo também posições
neutras relativamente a cada eixo. Temos os seguintes octantes: Superior-Neutro (SN),
Superior-Próximo (SP), Neutro-Próximo (NP), Inferior-Próximo (IP), Inferior-Neutro
(IN), Inferior-Distante (ID), Neutro-Distante (ND) e Superior-Distante (SD).

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As pessoas adquirem competências relacionais, buscam fontes de relação e


formas de armazenar (através de representações internas) estados relacionais de vários
tipos. Quando não são atingidos os objectivos relacionais, quando há invariância e
rigidez no funcionamento interpessoal, ou quando existem respostas emocionais
associadas não adaptativas (evitamento, insegurança ou desespero), estamos perante um
funcionamento interpessoal disfuncional.

Fig.1- Octógono das relações interpessoais disfuncionais (adaptado de Birtchnell &


Evans, 2004)

PROQ3 é um questionário de auto-avaliação com 48 itens- afirmações sobre o


funcionamento interpessoal face às quais o indíviduo responde numa escala de 4 pontos
em que medida se aplicam a si. Exemplos de itens de cada octante: SN- Gosto de ser eu
a controlar as situações, IN- Prefiro que sejam os outros a tomar a iniciativa, SP- Sou
muito possessivo(a), ID- Quando sou pressionado(a), retiro-me, NP- Não suporto que
me deixem sozinho(a), ND- Não deixo que as pessoas se aproximem muito de mim,
IP- Tenho medo de ser rejeitado(a), SD- Tenho a tendência para retaliar contra quem
me ataca.
O PROQ3 trata-se de uma versão reduzida, ainda experimental, de um
instrumento com o dobro dos itens e estrutura idêntica- o PROQ2 (Birtchnell & Evans,
2004). É uma medida de funcionamento interpessoal disfuncional baseada no Octógono
das Relações Interpessoais, sendo que cada octante está representado por 6 itens, cinco
expressando funcionamento disfuncional, um funcionamento interpessoal positivo para
evitar a desmotivação do sujeito. O questionário permite obter uma pontuação global

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que expressa disfuncionalidade interpessoal na razão directa do valor absoluto obtido e


8 valores referentes a cada um dos octantes.

1.2- SOS- The Self and Other Scale


Dave Dagnan, Peter Trower e Paul Gilbert constroem esta escala a partir de uma
abordagem construtivista (Goffman, 1971, Mahoney, 1991, Shotter& Gergen, 1989- cit
por Dagnan et al, 2002) com base na ideia de que as relações problemáticas que os
outros estabelecem com o sujeito afectam a construção do seu Self no sentido de criar
vulnerabilidades particulares que podem ser relacionadas com tipos diferentes de
psicopatologia.
Segundo Dagnan e colaboradores (2002) a construção do Self emerge de um
processo dialéctico de interacção entre modos de experiência do Self em relação (com a
sua agência, motivos, nível de desenvolvimento, etc.) e a forma como os outros recebem
essa mesma apresentação do Self (providenciando ou não reconhecimento, validação e
valorização ao verdadeiro Self). Quando este Outro não recebe a apresentação do Self,
seja pela exclusão e distância, seja pela intrusão e controlo, geram-se ameaças à
construção do Self.
No caso de haver exclusão e distância, a ameaça gera vulnerabilidades no
sentido de um Self inseguro e dependente do objecto, sem o qual se sente vazio,
abandonado e sem sentido. O Self fica à procura dessa relação que lhe falta, na qual se
possa apresentar e ser reconhecido/valorizado.
No caso de haver intrusão e controlo, a vulnerabilidade vai no sentido de um
Self engolfado, simbiotizado com o outro, cujos limites e autonomia são perdidos na
proximidade da relação, podendo ser dominado e destruído pelo objecto, ou pervertido e
distorcido na sua genuinidade. O Self fica então com a necessidade de se proteger ou
escapar da relação, ou de se anular na sua verdadeira expressão.
A SOS é uma escala de auto-avaliação que aprecia a vulnerabilidade do sujeito
aos dois tipos de ameaça da construção do Self: ameaça de abandono (Self inseguro) ou
ameaça de exclusão (Self engolfado). Tem 14 itens (7 relativos ao primeiro tipo de
ameaça e 7 relativos ao segundo) face aos quais o indivíduo responde numa escala de 5
pontos sobre o quanto é que cada frase se aplica a si (existe uma versão de intensidade e
uma versão de frequência, teremos em conta apenas a primeira).

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Exemplos de itens: (sub-escala de ameaça de abandono/exclusão)-1.Estar numa


relação ajuda-me a sentir que existo, 2.Quando estou sozinho(a) sinto necessidade de
contactar alguém, 3.Preciso de estar próximo(a) de alguém para ter uma noção de quem
eu sou, 4.Não sou nada sem determinadas pessoas que são especiais para mim; (sub-
escala de ameaça de engolfamento/intrusão)-11. Detestaria que certas pessoas
conhecessem o meu verdadeiro eu, 12.Habitualmente desejo que as pessoas me dêem
espaço para ser eu próprio(a), 13.Por vezes só consigo sentir que sou eu próprio(a)
quando estou sozinho(a), 14.Posso sentir-me sufocado(a) quando estou demasiado
próximo(a) de alguém.
Os valores totais das sub-escalas indicam a vulnerabilidade do Self face a cada
tipo de ameaça. As sub-escalas não são mutuamente exclusivas e quanto menor as
pontuações, mais seguro será considerado o sujeito.

2-ESTUDO DAS QUALIDADES PSICOMÉTRICAS


Os dois instrumentos em versão inglesa foram traduzidos com o consentimento
dos autores e revistos em várias fases. Quanto ao PROQ3-port., houve uma colaboração
directa do autor no processo e um outro estudo desta medida com uma amostra de
pacientes de psicoterapia (N=130) em 2004 (Medina, 2005). Quanto à SOS-port. este é
o primeiro estudo realizado.
Participantes: o presente estudo realizou-se com uma amostra de conveniência
de 74 estudantes do Ensino Superior de Lisboa (FPCE, ISCTE, ISEL e ISPA), sendo
critério de exclusão a língua materna não ser o Português. Dos participantes, 36 eram do
sexo masculino e 38 do sexo feminino, com uma média de idades de 22 anos (SD=5,3).
Procedimento: a colaboração dos sujeitos foi voluntária e foi-lhes pedido que
respondessem às versões experimentais portuguesas do PROQ3 e da SOS. Foram
replicadas as análises estatísticas dos instrumentos de versão inglesa de modo a
conhecer os valores de precisão e a estrutura factorial das versões portuguesas de ambas
as medidas.

3-RESULTADOS
PROQ3- Na amostra de estudantes considerada, os resultados médios foram:
Total=113.4 (SD=14.2), SN=12.9 (SD=3.1) SP=16.2 (SD=2.7), NP=13.7 (SD=5.0),
IP=14.2 (SD=4.0), IN=15.4 (SD=2.5), ID=15.3 (SD=2.4), ND=14.2 (SD=3.3), SD=12.1

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(SD=3.1). A pontuação total média dos estudantes do sexo feminino foi de 112.5
(SD=15.2) e do sexo masculino de 114.5 (SD=13.3).
A precisão foi estudada calculando o Alpha de Cronbach, sendo o seu valor em
escala total de .80. Os valores relativos a cada octante encontram-se indicados a
vermelho na diagonal da tabela. Da tabela constam os valores das correlações de
Pearson (teste bilateral) entre os vários octantes.

SN SP NP IP IN ID ND SD
SN .75 .56** .05 .43** .11 .19 .35** .43**
SP .63 .29* .50** .26* .37** -.05 .31**
NP .37 .23 .34** .24* -.25 -.09
IP .90 .21 .44** .34** .10
IN .72 .30* .13 -.19
ID .61 .11 -.14
ND .75 .22
SD .70

Tabela1- PROQ3-Correlações entre Octantes (* p< .05; **p<.001) e Alpha de Cronbach (a


vermelho na diagonal)

Uma análise factorial (PCA rotação Varimax) com uma solução de 8 factores
explica 62.3% da variância de resultados. (Factor 1 eigenvalue=7.7, 19.2% variância,
itens correspondem ao octante IP; Factor 2 eigenvalue=4.7, 11.8% variância, itens dos
octantes IN e IP; Factor 3 eigenvalue=3.1, 7.7% variância, itens ND; Factor 4
eigenvalue=2.6, 6.4% variância, itens IP; Factor 5 eigenvalue=2.0, 5.0% variância,
itens NP e IN; Factor 6 eigenvalue=1.9, 4.6% variância, itens ID; Factor 7
eigenvalue=1.6, 3.9% variância, itens IN; Factor 8 eigenvalue=1.5, 3.7% variância,
itens SD).
SOS- Na amostra de estudantes considerada, o resultado médio na sub-escala
Self Inseguro=20.5 (SD=4.7) e na sub-escala Self Engolfado=18.44 (SD=4.9).
Uma análise factorial exploratória aponta 5 factores com eigenvalues superiores
a 1 (3.30, 2.25, 1.24, 1.14 e 1.07) que explicam 23.56, 16.10, 8.83, 8.15 e 7.67% da
variância total. Uma vez que os dois primeiros factores explicam 39,66% da variância e
expressam de um modo mais coerente a estrutura teórica que subjaz à construção das
sub-escalas, foi estudada uma solução de dois factores (PCA-rotação Varimax). Sendo

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que o primeiro factor (eigenvalue=3.3 explica 23.56% variância) dá conta de itens que
expressam intrusão (Self Engolfado) e o segundo factor (eigenvalue=2.25 explica
16.10% da variância) comporta itens que expressam abandono (Self Inseguro).
Os níveis de precisão (Alpha de Cronbach) e a correlação item-total estão
descritos na seguinte tabela:

Itens S O S Total S elf Inseguro Total S elf Engolfado


1 .61** -.11
2 .51** .13
3 .48** -.01
4 .63** .16
5 .49** .15
6 .66** .35**
7 .79** .34**
8 .10 .54**
9 -.03 .54**
10 .28* .48**
11 .26* .52**
12 .13 .55**
13 .17 .71**
14 .09 .67**
T otal Self Inseg uro A lpha=.70 .24*
T otal Self E ngo lfado Alpha=.69

Tabela 2- SOS Correlações Item-Escala (* p< .05; **p<.001) e Alpha de Cronbach (a vermelho
linhas inferiores)

4-DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


PROQ3 - Os resultados médios obtidos nesta população de estudantes (N=74)
intrigam-nos por serem superiores na disfuncionalidade quando comparados com os
resultados da mesma medida portuguesa numa amostra de pacientes de psicoterapia
(N=130) analisada em 2004/2005 em que a média para o sexo feminino era de 89.99 e
para o sexo masculino de 91.94.
Quanto às qualidades psicométricas do questionário, os valores do Apha de
Cronbach globais e em cada octante são genericamente semelhantes aos da versão
inglesa e aos obtidos nesse outro estudo português, e parecem bastante razoáveis, com
excepção do octante NP que em estudos anteriores aparecia com muito melhores valores
(.60 na amostra clínica portuguesa).

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A estrutura factorial (com 8 factores) continua a expressar coerência clara com a


sua base teórica, o que é compatível com os estudos da versão original e os realizados
com a amostra clínica portuguesa em 2005.
Pela análise das correlações entre octantes, fica também evidente que as
dimensões de disfuncionalidade expressas pelos mesmos não são mutuamente
exclusivas, notando-se uma maior relação entre octantes próximos e correlações
negativas entre octantes opostos. No entanto esta sobreposição entre octantes adjacentes
e uma centra bipolaridade entre octantes opostos ficou menos nítida neste estudo do que
nos resultados da amostra clínica portuguesa de 2005.
SOS- Os valores médios encontrados para as sub-escalas são equivalentes aos
apresentados pelos autores num estudo com uma amostra de 179 estudantes, ainda que
nos nossos resultados apareçam valores para Self Inseguro ligeiramente superiores aos
de Self Engolfado e na amostra britânica seja o oposto, o que poderá expressar diferença
relacional entre estes dois países.
Os valores de precisão (indicados pelo Alpha de Cronbach) são bons,
aproximando-se dos originais britânicos. As correlações item-total expressam
grandemente a coerência teórica que está na base da construção das duas sub-escalas
(que dão conta de duas dimensões diferentes, não mutuamente exclusivas).
Os dados da análise factorial é que se afastam um pouco mais dos obtidos pelos
autores na versão original. Para os autores a análise exploratória indicava 3 factores com
eigenvalue superior a 1 e pela análise do screenplot puderam optar por 2, na amostra
portuguesa surgem 5 e a análise do screenplot indicaria 5 ou 4 factores explicativos, em
vez de 2. Ainda assim, ao forçar uma solução de dois factores os itens que neles saturam
expressam claramente a divisão teórica das sub-escalas.

5-CONCLUSÃO
Fica a necessidade de continuar a estudar estes dois instrumentos na sua versão
portuguesa, mas também a ideia de que se podem tornar promissoras ferramentas de
investigação empírica e clínica, como aliás os autores britânicos têm vindo a afirmar (o
PROQ3 mostrou-se sensível a mudanças dos pacientes em psicoterapia, a SOS foi
utilizada para estudar dois tipos de paranóia).

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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a John Birtchnell e Dave Dagnan pelas autorizações do uso dos seus
questionários.

CONTACTO PARA CORRESPONDÊNCIA


Ana Sofia Medina, anamedina@netcabo.pt

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