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Física Experimental I
Marcos Domingos
Belo Horizonte
Maio 2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................3
1.2. Objetivos.....................................................................................................6
2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................6
1.3. Material.......................................................................................................6
1.5. Resultados...................................................................................................7
3. CONCLUSÃO................................................................................................11
4. REFERÊNCIAS..............................................................................................12
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1. RESUMO
Neste procedimento, obteremos experimentalmente o valor da constante de
deformação elástica de uma haste dado a força aplicada sobre ela, verificaremos que a haste
funciona similar há uma “mola”, além disso, iremos comparar os resultados obtidos com
constante de deformação de objetos similares.
2. INTRODUÇÃO
1.1. Fundamentação Teórica
A Lei de Hooke é uma lei da física que define a deformação sofrida por um objeto
elástico através de uma força aplicada. A teoria afirma que a distensão de um objeto elástico é
diretamente proporcional à força aplicada sobre ele. Um objeto se deforma quando sujeito às
mudanças de temperatura ou a uma carga externa como uma força por exemplo. Qualquer
corpo que sofra uma ação de uma força externa, de tração ou compressão se deforma, assim
têm-se uma deformação elástica se após, essa força aplicada, o corpo voltar a sua forma e
tamanho antes verificado, originais. Há um limite para este valor da força a partir da qual
acontece uma deformação que não pode retornar o corpo ao seu tamanho e formas originais,
ou seja, a deformação verificada no corpo é permanente. Este limite chama se de deformação
plástica, dentro deste limite elástico há uma relação linear entre a força aplicada e a
deformação. Considerando uma haste presa em uma das suas extremidades, aplicando-se uma
força F (m.g) vertical na extremidade que está livre, esta propiciará uma flexão y na haste.
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F=−kf . y
El e 3
kf =
4 x3
4F
Dado que: K= 3 é uma constante.
El e
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A partir disso, é possível apresentar a força restauradora e a deformação que
existe em diversos objetos ao sofrerem uma força sobre eles. Essas deformações podem ser
vistas a olho nu, ou não. Porém, sabe-se que todo material sobre o qual se aplica uma força
sofre deformação, a força restauradora faz com que o objeto volte ao seu estado original,
como uma haste por exemplo. Neste contexto a força restauradora faz com que a haste volte
ao seu formato original depois de deformada.
Levando em conta o caso de uma haste que seja presa em uma de suas
extremidades através de algum dispositivo como duas pequenas madeiras presa por uma
espécie de torno, dentro de certo limite ao desferir sobre a extremidade livre uma força F, a
haste apresentará uma flexão y diretamente proporcional à força que foi desferida.
Essa força é explicada pela lei de Hooke, no qual explicita que uma força exercida
sobre o corpo é igual a constante elástica vezes o deslocamento do corpo:
F=K . Δ x
F=kf . y
F=m . a
F=m . a↦ Fr =F + P=0
Kf =mg
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1.2. Objetivos
3. DESENVOLVIMENTO
1.3. Material
Haste
Escala de comprimento: Régua milimetrada utilizada para determinar o
comprimento com a precisão de uma ordem de magnitude e paquímetro
utilizado para medir a espessura e largura da haste;
Pesos: Pesos de massa (mᵢ +/- Δmᵢ);
Suporte: Porta massa para fixar os pesos na haste para realizar as medições.
Tendo conhecimento prévio das dimensões da haste (sua largura “l” e sua
espessura “e”) e, após colocado no suporte, o seu comprimento “x” medido da parte “livre” da
haste, que estava fora das placas de madeira utilizadas para suporte, sabendo que este variou
10 mm entre cada medida e sabendo também a massa que foi aplicada igualmente em todas
elas, é possível chegar, por meio de cálculos e o software SciDavis a constante K e ao
módulo de flexão “E” também conhecido como módulo de flexão ou módulo de Young de um
material, baseando-se na lei de Hooke. Foram realizadas nove medidas, variando o
comprimento em cada uma delas e medindo a flexão da haste com a força aplicada na borda
livre desta.
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variou de 100 mm (0,10 m) a 180 mm (0,18 m) a constante e “y” é a deformação que se altera
de acordo com a alteração de “x” no experimento.
y (x )=K . x 3
4 mg
E=
K l ⅇ3
√( ) ( ) ( ) ( ) ( )
2 2 2 2 2
∂E ∂E ∂E ∂E ∂E
ΔE= ( Δm )2 + ( Δg )2+ ( Δ K )2 + ( Δl )2 + ( Δe )2
∂m ∂g ∂K ∂l ∂e
1.5. Resultados
Após analisar a situação foi verificado que o paquímetro é mais confiável que a
régua visto que ele possui uma maior precisão sendo que o paquímetro é ajustado entre dois
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pontos, retirado do local e a medição é lida em sua régua. O nônio é a escala de medição
contida no cursor móvel do paquímetro, que permite uma precisão decimal de leitura através
do alinhamento desta escala com uma medida da régua. Por isso as medidas a seguir irão
utilizar os dados obtidos a partir de medições feitas com o paquímetro com a exceção da
medida de comprimento.
Foram realizadas 8 medições, onde foi analisada a deformação “y” para cada
variação do comprimento “x” da haste. Como os aparelhos disponíveis para o experimento
estavam em milímetros e a massa em gramas, converteu-se as medidas para o sistema
internacional. Com essas medições podemos construir uma tabela com a variação do
comprimento da haste em cada medida e a sua respectiva deformação como mostra a tabela a
seguir:
8
6 3375000 34
7 4096000 41
8 4913000 49
9 5832000 54
Fazendo o gráfico do comprimento “x³” em função da deformação “y” temos o
seguinte gráfico:
y= y ( x )=K∗x ³
então
A=K
x=x ³
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K =A
K =(8,631+¿−0,248)N /m
4F
K=
El ⅇ3
4 mg
E= 3
K lⅇ
Com isso, vamos utilizar o Software Microsoft Excel para determinar o valor de E
e sua respectiva incerteza. Então temos que “E” vale:
√( ) ( ) ( ) ( ) ( )
2 2 2 2 2
∂E ∂E ∂E ∂E ∂E
ΔE= ( Δm )2 + ( Δg )2+ ( Δ K )2 + ( Δl )2 + ( Δe )2
∂m ∂g ∂K ∂l ∂e
√( ) ( ) ( ) ( ) ( )
2 2 2 2 2
4g 4m −4 mg −4 mg −12 mg
ΔE= 3
( Δm )2 + 3
( Δg )2+ 2 3 ( Δ K )2+ 3
( Δl )2+ 4
( Δe )2
Kl e Kl e K le Kl ² e Kl e
Com isso e podemos comparar a flexão “E”, obtida no nosso experimento passado
(1,068 ± 0,231) x 1011 N /m² , com o valor medido nesse novo experimento
(6,718 ± 1,358) x 1010 N / m² , podemos ver que os valores ficaram um pouco discrepantes, é
possível perceber também que o valor chi² é muito alto nesse novo experimento, sendo que
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essa é uma medida de divergência entre a distribuição dos dados e uma distribuição esperada
ou hipotética. Com isso podemos inferir que nesse experimento o valor obtido é menos
assertivo que no experimento anterior onde esse valor chi² é muito pequeno. Isso pode ser
devido a problemas de medições que tivemos em laboratório que serão discutidos na
conclusão. Em relação a comparação ao valor médio da flexão de diferentes tipos de aço (
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1,9 ± 0,2¿ x 10 N /m² , percebemos que nesse novo valor obtido não possui a mesma ordem de
grandeza, mas ainda sim está relativamente próximo do valor, o que aponta uma coerência
dos cálculos. O valor encontrado indica que o módulo de flexão do material da haste é menor
que o do aço, ou seja, o material da haste é mais flexível que o aço como já provado no
experimento anterior.
4. CONCLUSÃO
Com todos os dados obtidos ao utilizar o software SciDavis, chegou-se à uma
incerteza considerável. Ao realizar o experimento, os estudantes notaram que a haste utilizada
já estava deformada, sem qualquer massa associada a ela, além disso, a régua que media o
comprimento da haste não ficava em paralelo, devido à impossibilidade de ser travada em
uma única posição. Ao variar o comprimento da haste, os aparelhos que fixavam ela e a régua
ficavam se mexendo, portanto, uma sugestão para os próximos experimentos seria a
possibilidade de fixar os aparelhos na mesa.
Apesar dessa incerteza, o resultado obtido foi satisfatório, pois mesmo com a
ordem de grandeza não sendo igual a anterior, que foi mais precisa, o valor é coerente com a
realidade, o que comprova toda a fundamentação teórica da equação de Hooke.
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5. REFERÊNCIAS
CAMPOS, A. A. et al. Física experimental Básica na Universidade. Belo
Horizonte: UFMG, 2018. 2
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