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Psicopedagógicos
Psicopedagogia no Ensino Superior e Formação de Professores
Revisão Textual:
Ingrid Cardoso Romão
Psicopedagogia no Ensino Superior
e Formação de Professores
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Conhecer o papel do trabalho psicopedagógico no Ensino Superior e como ele se insere no
planejamento da instituição;
• Compreender a ação do psicopedagogo enquanto gestor pedagógico e formador de profes-
sores para lidar com os diversos processos de aprendizagem.
UNIDADE Psicopedagogia no Ensino
Superior e Formação de Professores
Contextualização
Quem com pó de giz
Um lápis e apagador
Deu o verbo a Vinícius
Machado de Assis, Drummond?
A letra da canção de Tânia Maya e Viáfora, que abre esse texto, nos emociona e
faz refletir sobre a importância social do professor. Nesta unidade, vamos entender um
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pouco melhor sobre as contribuições da psicopedagogia para a formação do profissional
docente, em nível básico e superior, bem como sua importância para os universitários
com deficiência e dificuldades de aprendizagem.
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6000
5000
4000
3000
2000
1000 Matrículas em cursos de
0 graduação
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Figura 2 – Gráfico 1 – Matrículas em cursos de graduação
Fonte: Adaptada de INEP, 2019
Você sabia?
Que pessoas com deficiência têm reserva de vagas em universidades?
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UNIDADE Psicopedagogia no Ensino
Superior e Formação de Professores
O Ensino Superior é (ou deveria ser) uma continuidade da Educação Básica, etapa na
qual os objetivos didáticos se voltam para o desenvolvimento de competências nas diversas
áreas do conhecimento, destacando-se a leitura e a escrita, necessárias para todos os cursos,
e os conhecimentos matemáticos, aplicáveis aos cursos das áreas científica e tecnológica.
Dados obtidos a partir de avaliações externas feitas ao fim do Ensino Médio (PISA…,
2018) apontam que 68% dos estudantes brasileiros não possuem o nível básico de pro-
ficiência na área de conhecimentos matemáticos, sendo incapazes de resolver questões
simples e rotineiras envolvendo cálculos. Na leitura, detectou-se que 50% dos brasileiros
não atingiram o mínimo de proficiência, com sérios problemas de interpretação textual.
Segundo dados obtidos a partir de avaliações realizadas pelo PISA (Programa Inter-
nacional de Avaliação de Alunos) em 2018, ao fim do Ensino Médio, 68% dos estudan-
tes brasileiros não possuem o nível básico de proficiência na área de conhecimentos ma-
temáticos, sendo incapazes de resolver questões simples e rotineiras envolvendo cálculo.
Na leitura, detectou-se que 50% dos brasileiros não atingiram o mínimo de proficiência,
com sérios problemas de interpretação textual.
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O Psicopedagogo no Ensino Superior
São raras as instituições de Ensino Superior que contam com a presença de um psico-
pedagogo em seus quadros, todavia há um grande número de profissionais de pedagogia
e psicologia com especialização em psicopedagogia. O olhar psicopedagógico nesta etapa
de ensino se torna urgente quando há a necessidade de promover a inclusão, analisando as
particularidades no desenvolvimento de cada um, sejam elas mais gerais, como as falhas
na aprendizagem de língua portuguesa, ou específicas, dizendo respeito a orientações à
equipe de funcionários da faculdade ou à adaptação do ambiente às condições do aluno.
Isso inclui ações como providenciar intérpretes de Libras para pessoas com deficiência
auditiva, materiais ampliados ou em braille para indivíduos com deficiência visual, ou qual-
quer outra condição que requeira um cuidado especial. A esse respeito, Castanho eFreitas
(2006, p. 95) esclarecem que, a partir da formulação de políticas de inclusão, há uma
maior necessidade de preparação da comunidade acadêmica para receber tais alunos, e:
Para colocar em prática esse ideal, o psicopedagogo deve gerir o seu trabalho de
planejamento em uma rotina que envolva as seguintes atribuições:
• Pesquisar o ambiente institucional visando a eliminação de barreiras, de modo que,
além da acessibilidade física, haja a adaptação das condições de ensino de acordo
com a deficiência ou outras necessidades que o aluno apresente;
• Participar de reuniões com gestores das instituições de ensino superior;
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UNIDADE Psicopedagogia no Ensino
Superior e Formação de Professores
Objetivos Específicos
• Proporcionar um aumento qualitativo no conhecimento do aluno em
relação ao ensino básico da Língua Portuguesa e Matemática;
• Desenvolver as habilidades em leitura, interpretação de texto e opera-
ções matemáticas;
• Ampliar o prazer pela leitura e pela matemática;
• Apreciar diversos tipos de textos através de um trabalho integrado
e interdisciplinar;
• Provocar uma modificação da atitude do aluno em relação ao processo
de ensino e aprendizagem, isto é, a autoaprendizagem;
• Minimizar deficiência dos acadêmicos em relação aos conteúdos funda-
mentais da Educação Básica;
• Propiciar ao aluno contato com uma nova forma de aprendizagem, isto
é, Educação a Distância;
• Proporcionar interatividade entre docentes e alunos nesse processo de
ensino e aprendizagem;
• Estimular os alunos a raciocinar em tempos lógicos;
• Desenvolver a capacidade de análise de problemas e de sua resolução
através de estudo de caso.
A meta para Língua Portuguesa é: Em dois meses, o aluno dominará os
princípios básicos da norma culta da língua portuguesa, desenvolverá
habilidades escritas e orais e produzirá textos corretos, coesivos e
coerentes. (2008, p. 3-4)
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Curso de nivelamento são cursos de curta duração, geralmente ministrados nos primeiros semestres de um curso
superior, que servem para recordar alguns conteúdos básicos de matemática, língua portuguesa, língua inglesa,
informática ou de ciências, como física, química ou biologia, dos quais os alunos deveriam ter conhecimento para
ingressar no Ensino Superior e acompanhar melhor as matérias do curso que escolheram (O QUE…, 2016).
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Em um curso dessa natureza, a ação do psicopedagogo começa no diagnóstico das
principais dificuldades dos alunos em relação à língua portuguesa, perpassando a siste-
matização dos dados sobre sua aprendizagem, bem como a elaboração da proposta de
curso, a seleção e o acompanhamento dos alunos. Sendo assim, a atuação do psico-
pedagogo no Ensino Superior inclui teoria, prática e contato constante com os alunos,
tendo em vista que seu trabalho deve estender-se também aos alunos matriculados em
cursos a distância, ainda que eles sejam atendidos em uma dinâmica diferente.
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periódico remunerado para esse fim”. Junto com a equipe pedagógica, o psicopedagogo
contribui com o que compete à sua área de atuação, podendo, de acordo com a institui-
ção, ser o principal formador ou o profissional que traz conhecimentos específicos para
a efetivação da inclusão.
Isso ocorre de modo que a própria formação apresente caráter preventivo, pois o
professor instruído também auxilia na identificação de situações que podem ocorrer
com o aluno e que são passíveis de intervenção psicopedagógica.
• Janeiro (planejamento);
• Março;
Data • Maio;
• Agosto;
• Outubro.
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Ao olharmos esse programa de formação de uma rede de ensino, podemos verificar
que há conteúdos para serem desenvolvidos durante o ano todo a partir dos temas-chave
apresentados. Nesse sentido, o psicopedagogo é também um pesquisador, visto que,
por meio de seus registros, das demandas trazidas por professores e das atualidades na
área de ensino e aprendizagem, consegue organizar roteiros de estudos no intuito de
atender às carências de conhecimentos da instituição à qual está vinculado.
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Superior e Formação de Professores
Maria Teresa Eglér Mantoan é pedagoga, mestre e doutora em Educação pela Facul-
dade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atua como profes-
sora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Educação da mesma instituição,
e como coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença
(Leped/Unicamp). Recebeu o título de Oficial da Ordem Nacional do Mérito Educacio-
nal como reconhecimento à contribuição à educação brasileira. Dedica-se, nas áreas de
pesquisa, docência e extensão, ao direito incondicional de todos os alunos à educação
escolar de nível básico e superior de ensino. Como resultado de suas pesquisas, Mantoan
publicou, dentro outros, os livros: Websites atendendo requisitos de acessibilidade
e usabilidades (2020), O desafio das diferenças (2011) e Inclusão escolar: o que é?
Por quê? Como fazer? (2003) (CNPq, 2020).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Inclusão no Ensino Superior: docência e necessidades educacionais especiais
MELO, F. R. L. V. Inclusão no Ensino Superior: docência e necessidades educa-
cionais especiais. Natal: EDUFRN, 2013.
O livro organizado por Francisco Ricardo Lins Vieira de Melo é uma coletânea de
textos de professores universitários a respeito de questões relacionadas ao proces-
so de inclusão no Ensino Superior. São abordadas questões relativas ao currículo,
orientações didáticas, acesso e permanência de alunos com deficiência intelectual,
deficiência auditiva, deficiência física, altas habilidades/superdotação, transtornos do
espectro autista e outros transtornos que interferem na aprendizagem.
Vídeos
Quais são as instituições com ensino superior inclusivo?
Este vídeo foi inserido no artigo “Quais são as instituições de Ensino Superior com
sistema inclusivo?”, publicado na plataforma Diversa: educação inclusiva na práti-
ca, que se destina ao compartilhamento de conhecimentos e experiências sobre
inclusão de estudantes com deficiência, transtorno do espetro autista (TEA) e altas
habilidades/superdotação. O objetivo do vídeo é mostrar uma experiência de inclu-
são de pessoa com deficiência visual no Ensino Superior e o programa de inclusão
desenvolvido nessa universidade a partir de tal experiência.
https://bit.ly/3dhDI9X
Filmes
Happy feet
A animação traz a história de um pinguim que vive em uma sociedade que valoriza
o canto, mas ele só sabe dançar. Isso lhe causa alguns constrangimentos e, em
determinado momento do filme, uma professora faz questionamentos à sua mãe
sobre o seu nascimento e os motivos pelos quais ele seria diferente. Tal filme pode
ser usado na formação de professores, sendo possível traçar um divertido paralelo
entre a ação da professora e a intervenção psicopedagógica.
https://youtu.be/NF75QyhWmBs
Leitura
Assessoramento psicopedagógico no Ensino Superior
O artigo indicado para leitura, publicado na Revista Psicopedagogia, é resultado
de uma pesquisa que tem por objetivo geral analisar o assessoramento psicopeda-
gógico no Ensino Superior como uma ferramenta de apoio aos gestores, docentes
e discentes. Dessa forma, acredita-se que este texto servirá como um auxílio e tam-
bém como um manual de como trabalhar com os alunos com deficiência.
https://bit.ly/3mKT9ut
Portugal é um caso de sucesso na Educação Inclusiva
O texto indicado para formação de professores em inclusão traz uma entrevista
com o educador português David Rodrigues, que relata que ações levaram Portugal
a ser referência em educação inclusiva.
https://bit.ly/3tn2f2T
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Superior e Formação de Professores
Referências
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