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ALGUNS TERMOS MAÇÔNICOS HERDADOS DO PERÍODO

OPERATIVO

Toda essa herança pode esclarecer a origem da maçonaria operativa,


mas o termo que conhecemos “freemason” ainda ficaria um pouco vago. Segundo
Nicola Aslan, essa nomenclatura vem das construções na Inglaterra por volta do
século XII e XIII que era uma abreviação de “freestone mason”, um termo que
caracterizava os talhadores de uma pedra mais fina chamada freestone. Essa
pedra, por ser mais fácil a lapidação, era capaz de moldar diversas formas
artísticas e os trabalhadores dessa pedra com o tempo foi identificado como
freemasons ou franc-maçon no francês.
Em 1275 no decorrer da construção da catedral de Estrasburgo na
Alemanha, foi apresentada a organização de Steinmetzen, que significa
construtores ou canteiros. Na convenção de Estrasburgo, muitos arquitetos de
diversos lugares do mundo participaram reconhecendo essa organização como a
mais talentosa pelos detalhes de suas obras nas artes góticas. Segundo Nicola
Aslan, essa convenção teve a finalidade de tornar a organização uma fraternidade
para dar continuidade e crescimento nos trabalhos, então foi organizado uma
administração dando uma hierarquia e sinais toques e palavras para
reconhecimento dessa organização que se reunia dentro de uma “leubja”.
“Leubja” tem origem germânica e seu significado é lar, casa ou abrigo. Daí veio as
variantes como lodges, no inglês; loge, no francês; loggia, no italiano; logia, no
castelhano e loja, no português. Esse termo surgiu em 1292, para designar os
locais de trabalhos e para guardar suas ferramentas.
A organização desses grupos de construtores era, como sabemos, o
aprendiz que passava de 3 até 13 anos para a profissionalização do oficio, onde
ele era praticamente um estudante, até subir de cargo e virar um companheiro
construtor, que já sabia exercer sua função, e assim recebia um salário para
oferecer seu serviço. O mestre era o chefe da guilda que organizava todo o
trabalho. Por conta de convivência com monges que eram clientes por ter suas
catedrais construídas pelos construtores de pedra, de madeira e vidraceiros, as
organizações continuavam com um teor religioso e era exigido um juramento para
os novos ingressantes dos grupos de oficio. Esse juramento pedia dentre outras
coisas, lealdade com a igreja, com o Estado e com seu mestre, já que ele seria o
responsável pelo seu desenvolvimento. Outro termo que também foi herdado
dessas organizações foi o apelido que identificava um forasteiro que não fazia
parte de nenhum grupo. Quando havia alguém que poderia estar tentando
descobrir algum mistério por volta dos das lojas, era dito que estava “chovendo”
se fosse um homem, e “nevando” se fosse uma mulher.
O período operativo já havia tanto os trabalhadores manuais quanto membros que
não eram construtores, mas que participavam com outro tipo de oficio. Essa era
operativa atraia muitas pessoas por conta de suas regalias, já que esses
construtores tinham isenção de impostos, liberdade para se reunir secretamente,
podiam circular livremente e sempre tinham clientes para produzir mais bens.

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